Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 102
Capítulo 101


Notas iniciais do capítulo

"Às vezes as coisas apenas têm um timing perfeito para se encontrar."

Enjoy!



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Murilo desliga o motor do carro no jardim e ambos olhamos para a fachada da casa do vô-sogro. Inesperadamente este dia seria cheio e precisávamos de muita baixa guarda e nem digo por ver o carro de Filipe estacionado ali perto pra me conferir essa certeza. Por um lado, ainda teria mais uma comemoração do aniversário de Iara, tal como dona Fanny prometeu, e por outro, o caso reaberto da investigação de Viviane, tendo Vinícius cara a cara com o pai novamente. Na terceira face da moeda, aquela terceira face quase escondida, eu e Murilo segurando o lance de revelar a nossa história com Denise para nosso pai e avô. Que dia, meu pai, que dia!

Ao cair essa realidade para nós, só podemos segurar o fôlego e expirar esse ar aos pouquinhos. Por incrível que pareça, me sinto muito tranquila e confiante. Tenho certo comichão de ansiedade na barriga, mas nada desesperador como imaginei que seria. Como uma cena de eminente dramalhão de filme, pisco ante a realidade e me viro para meu irmão, que demonstra também esse espírito esperançado, embora hesitante – muito hesitante, diga-se de passagem. Ele assente conforme vê que estico meu braço para seu lado e, em conforto, coloco minha mão sobre a sua, paralisada sobre a marcha do carro. É uma maneira silenciosa de dizer-lhe “temos que ir, temos que estar lá”.

Na verdade, eu basicamente repetia, pois antes de sair de casa, meu mano quis dar pra trás... ficar sozinho pra se preparar para o telefonema que faríamos esta tarde. Ele deu meia volta logo que alcançava a porta de seu carro e disse que ligaria para o Vini, para que ele me buscasse. De imediato, eu o parei, segurei seu braço e tomei seu aparelho celular, desfazendo qualquer comando que já tivesse iniciado. Até coloquei no bolso de meu short jeans.

— Não.

— Lena!

— Eu não vou sem você.

Cruzei os braços, ele também. Desconfortável, Murilo nem olhava pra mim. Podia ser pequena perto dele, mas era decerto alguém pra mexer com sua cabeça. Eu bem sabia meu poder sobre ele nessas situações, iria fazer novamente se necessário, mas não o deixaria sozinho. A gente tinha prometido ficar junto e junto ficaríamos, oras.

— Não precisa fazer isso. Além do mais, preciso arrumar minha mala. Vai lá no almoço, dá um abraço no Filipe e manda um beijo pra Iara e... eu dou meu jeito por aqui. Anda, devolve meu celular.

— Nada disso, não foi isso que combinamos. Também tenho que arrumar minhas coisas. Melhora essa cara e vamos.

Murilo inspirou e apertou a ponte do nariz mais desconfortável ainda. Mais calmo, ele resolveu argumentar, embora não tivesse força suficiente para articular:

— Só acho que não é o melhor, não quando vai ter tanta coisa hoje lá. Todo mundo vai sentir como estou e não quero aumentar a carga emocional desse... encontro.

Antes que ele entrasse naquele assunto novamente e talvez dele não saísse mais, aproveitei sua pausa. Ainda não tínhamos conversado o suficiente sobre aquilo diretamente, e não seria no meio da rua de casa que faríamos aquilo.

— Eu sei que fui contra desde o começo, de falar com nossa família, mas já não vejo assim, mano.

— Pode parecer covardia, Lena, mas...

— Você não é covarde, Murilo. Acho que já provamos que sozinhos não temos força o bastante, não? Agora, mais do que nunca, não podemos deixar ninguém pra trás, nem ficar pra trás...

O que Murilo faz na realidade é pensar demais mais uma vez, atividade que pelo jeito não foi feita para ele, pois tomava demais seu rosto e o mantinha calado nível suspeito. Enquanto não extravasasse ou algo tipo, não pareceria meu irmão. Estivemos esperando isso faz tanto tempo e agora ele não quer “participar”? Que história é essa? E é desse jeito que ele quer viajar com nosso pai? Não posso deixar ele se afundar nisso sozinho, tampouco deixá-lo às avulsas.

Mas se ele insistia em não ir, poderia eu até respeitar, entrar nesse jogo pra dar-lhe um pouco de espaço, já ficar sozinho estava fora de cogitação. Por isso caminhei de volta para a calçada de casa e comentei, como quem não quer nada:

— Mas se você quer assim mesmo, A GENTE não vai e pronto... Só me diz o que teremos para o almoço de hoje. No entanto, te lembro que as pessoas fazem perguntas...

Dessa vez que ele suspirou acho que foi de alívio. Vendo que eu não sairia de seu pé, arriscou até um meio sorriso sem muita vontade por minha atitude.

— Ás vezes você sabe como ser um anjo.

— E você, um herói.

Embora estivesse ele sendo irônico (acho), eu não estava. Isso definitivamente alargou mais aquele seu pequeno sorriso.

— Então, vou ter que fazer pipoca pra assistir algum filme de ação ou vamos almoçar com a família?

Pensei ter pego meu irmão nessa conversa, mas não... Murilo ainda vacilava.

— Eu ainda não sei se ir pode ser uma boa ideia...

— Dona Fanny deve ter feito algum especial pra Iara, você sabe.

— Tá querendo me convencer com doce?

— Tá funcionando?

Ele repuxou o chaveiro do bolso e por um momento pensei que ele iria escolher a chave de casa, mas ele procurou pela do carro e me respondeu:

— Talvez.

Um toc-toc nos desperta do silêncio de reflexão no carro. Era dona Fanny batendo na janela do lado do meu mano, fazendo cara feia por não termos descido logo. Isso é influência do vô-sogro sim e com certeza! Ouvimos ela gritar “já vou” pra alguém enquanto se encaminhava para casa e então descemos do carro. Ao convergirmos no jardim, devolvo finalmente o celular de meu irmão. Antes que dissesse algo mais, pergunto, apenas para me certificar:

— Acha que já tá ok pra entrar?

Ele não responde de primeira, só... Ele bagunça meu cabelo!

— Hey!

— Se eu não entrar, sei que vou me arrepender demais.

Aí dona Fanny volta só pra nos rebocar. Ela engancha um braço no meu e outro do Murilo e saímos andando, a senhorinha pequena no nosso meio se mostrando exigente e o perigo, coisa que adoro!

Vão se arrepender se não me contarem da Semana Iara!

Provoco até!

— Ah, tenho que te contar do micão do balão, dona Fanny! Levei até carão do meu surpervisor, pra senhora ver só!

— Pois contem, contem-me tudo!

Nesse clima renovado, Murilo me sorri cúmplice do outro lado. Vez e outra pode ele vacilar, porém, sabe que comigo pode contar. E ainda bem que ele sabe, que se arrependeria um tantão assim, provavelmente do tamanho do universo, de ver como se sucederia este grande dia.

Era como um grande sonho já não mais distante, pois agora ele se tornaria realidade.

~;~

Ultimamente meu irmão tem me dito que nunca se sentiu tão no lugar certo e na hora certa como agora. É uma sensação que acho que agora compartilho. Ela chega devagar e de repente, te dá um clic, pá, assim, num sopro, e aí parece que você vê tudo se encaixando à sua frente. Você vê que é hora de estar junto de quem se ama, de fazer boa colheita do que semeara, de ver o melhor que há nas pessoas, de entender as reservas de cada um e de se mexer se necessário. Ah, epifanias... Parece vovó fazendo recorte de rotinas mundanas.

Me olho no espelho mais uma vez, fiscalizando minhas costas pra verificar se ficou glacê na minha pele do ombro e, bem, estou risonha até pelo que devia estar “brava”. Vim parar aqui porque o bonito do namorado e o chato do Murilo resolveram brincar com garfos e o resto de glacê do bolo na mesa, algo como trampolim, não entendi bem o que faziam. Só sei que eu tava de boa, conversando com Iara, quando do nada senti um troço pousar em meu ombro. Por instinto toquei o local e... que negócio branco era esse? Iara segurou o riso ao ver do que se tratava e espiou além mim os dois culpados. Me virei devagar para aquelas duas peças. Vini se levantou da cadeira num pulo pronto pra fugir, e Murilo, vendo que não tinha pra onde ir, só apoiou a cabeça em uma mão e virou o rosto, já no ponto de começar a assobiar.

Logo que abri a boca para fazer drama, Filipe surgiu por trás, risonho, colocou uma mão no meu ombro (não no sujo) pra me parar e fez shhhh. Normalmente eu diria que ninguém faz shhhh pra mim, mas ali era um caso excepcional. Filipe levantava seu pai para levá-lo ao conhecido descanso pós-almoço. Ele me interrompeu porque sabia que qualquer ai chama atenção de seu Júlio e o senhorzinho faz de tudo para driblar seu horário de sono. Diz ele que não gosta de perder as papagaiadas que aprontamos— palavras dele – e que a gente fica o privando. Mas né, ele tem que obedecer essa rotina de descanso, e a gente dá um jeito de se comportar.

Vendo que estava impedida por forças maiores, limpei minha mão num guardanapo de mesa, lancei um olhar mortal para as duas pestes do outro lado e segui Filipe com o vô-sogro resmungão para o corredor. Ele dizia:

— Sei que já tô velho, mas precisar de duas pessoas pra escolta, não preciso não.

— Que é isso, seu Júlio, eu vou é no banheiro.

— Sei, menina, sei, banheiro.

— Sim, banheiro sim, porque os meninos me encheram de... suco.

Mordi minha língua pra não delatar aqueles dois bem ali, tal qual era minha vontade. Na verdade, meu desejo era passar glacê neles e ainda cantarolar adocica, meu amor, adocica! Provavelmente daria uma algazarra daquelas, eu sei. Filipe me alertou com o olhar, enquanto apoiava seu pai, que dava passadas pequenas para caminhar. Tive que sossegar, ué.

Assim que eles entraram no quarto, segui para a porta do fundo do corredor, que era o banheiro. Agora já nos trinques, me encaminho de volta. Ao passar pela porta do quarto, vejo-a entreaberta e ouço baixo uma conversa, sem poder entender bem o que diziam. Para não atrapalhar (e dar mais privacidade também), ando calada e quieta como um gato ninja. Chegando ao fim do corredor, ouço outras vozes baixas e essa... essa eu consigo entreouvir melhor. Era uma conversa de Djane com meu mano. Acho que, pelo tom por ela empregado, minha sogrinha tinha o abordado neste momento.

— Parece distante, Murilo. Algum problema?

— Eu? Nada não.

Ouvi que algum deles mexia na jarra de suco e colocava um pouco em um copo. Deviam estar na mesa de sobremesa. Me escoro na parede e fico a ouvir mais.

— Tem certeza? Você não é de ficar calado de repente.

— É só que... Não sei.

— Tem algo a ver com o Vinícius?

Vinícius?

— Por diz isso?

— Você olhou para ele agora.

— Ah. Não, não é bem... Quer dizer, é só que... bom, pensei aqui sobre a situação de seu Júlio. A nossa pressa de contar para o Vini era de poder resolver a questão de cuidar de nosso vô, não? Acho que só queria me assegurar disso antes de viajar.

Até que o Murilinho tá sabendo desconversar, ó. Quer dizer, sei que sua preocupação momentânea não é esta, embora seja uma boa questão. Meu mano pode até estar melhorando na arte do disfarce, mas quando é algo que o consume demais, como o caso de Denise, é mais difícil para ele não se deixar abater. Ontem, após saber dos planos de nosso pai, não aquietou mais que um segundo. Não gosto quando ele fica assim, que nem um bom cafuné resolve. Murilo calado, Murilo pensativo... Agora entendo que ele via isso como uma barreira entre nós quando eu me silenciava demais.

Até então ele ainda não tem a confirmação de que vai seguir viagem com nosso pai, porém, até segundo plano, ele está determinado em ir. Isso me aperta o peito, porque, por mais que eu veja um Murilo mais maduro, eu tenho medo daquela fera que ele vem amansando por todo esse tempo. E se ela voltar? E se dominá-lo de novo? O que posso fazer a respeito? Eu não vou estar lá, droga! Eu tenho que ir para o lançamento da minha avó.

Às vezes as coisas apenas têm um timing perfeito para se encontrar. E em pensar que em tão poucas horas aquilo iria “se acabar”... Eu apenas suspiro e continuo atenta à conversa.

— Ele está estável por enquanto, dona Fanny vem me atualizando. Acho que não tardará, Filipe provavelmente deve vir morar aqui. Digo, o Vini aceitou super bem as últimas notícias... Acredito que logo logo ele estará bem entendido de sua história e... é possível que antes de vocês voltarem de viagem é capaz de Filipe já estar aqui.

O que Djane não sabe é meu mano planeja viajar amanhã mesmo, e não sexta-feira comigo. Ninguém sabe, ele quem pedira. Nem Aline. Estou nesse grande dilema, de respeitar ou não seu pedido, porque né, poxa, ele precisa de apoio. Todo mundo precisa, caramba. E Murilo foi esse grande amigo, irmão, filho e neto para Iara, Vini, Djane, Filipe e seu Júlio. Esconder do vô-sogro eu até entendo, mas dos outros? E algo tão grande como isso? E justo quando ele me pede tanto pra não esconder mais as coisas? Não entendo bem esse seu comportamento.

— Espero mesmo que seja logo. Tem certeza que ele não teve mais crise? Não precisa mentir pra mim, Djane.

— Certeza, querido. Também estou bem atenta a qualquer coisa. Agora conserta essa carinha, que hoje é dia de comemorar!

E aí, sem compreender nada do que tá rolando na sala, ouço uns gritinhos de Iara, misturados a resmungos de Vinícius e risadas de Djane. É essa hora que escolho para reaparecer e... encontro-os espalhados pela sala... brincando de bater balão. Fico de cara!

Na mesma hora que recordo da festinha de boas-vindas para o Vini, quando este saiu do hospital, Iara bate um balão rosa para Djane que rebate e joga pro meu lado. Só que ela jogou meio que pra cima e eu pulo pra alcançar. E na hora que pulo pra trás... é, eu trombo em alguém. Filipe.

Pra quê déjà-vu quando você pode realmente repetir uma cena? Naquela festinha, a gente também trombou. Lembro que Filipe falava ao celular e ficou de birra pelo esbarrão que lhe dei. Diferentemente da última vez, ele não me olha feio. Muito pelo contrário. Ele diz um “opa”, me ampara, ri de volta e ainda chuta o balão. Iara também chuta, e chuta pro lado do Murilo, que pousa o copo de suco na mesa das sobremesas e entra na brincadeira, mais relaxado. Acho que a peste não sabe resistir a uma boa algazarra e por um momento fico feliz por isso.

Quando me vejo, já estou disputando o balão com ele, a ponto de subir nas suas costas, que logo me recebe e diz que tô no time dele, que ali era Fluminense. Iara abraça Vini de lado e responde que ali era Botafogo. Djane reclama que num vale, porque coração de mãe não se divide e olha pra Filipe concordar, só que ele não concorda e se reafirma Fluminense. Eu não ligava pra nada daquilo, apenas apreciava as boas picuinhas daquele povo. Depois de um tempo não presto atenção mais pra confusão, eu só aperto meu irmão e sem querer quase o sufoco no pescoço.

— Lena! Eu tô tentando ganhar pelo time!

— Desculpa, me empolguei.

A bagunça continua por um ou dois minutos até Djane tomar o balão e querer cobrar consciência de geral de que seu Júlio estaria descansando, o que, sim, Filipe concorda. Todo mundo (igual a eu, Iara e Murilo) faz um muxoxo. Logo meu mano se joga no sofá comigo e faço drama pra alguém tirar aquela coisa pesada de cima de mim. Quando acho que Iara vai me ajudar, ela faz é se jogar. Djane coloca as mãos na cintura e ralha com a gente.

— Meninos, jajá que o avô de vocês volta de novo!

Sim ou claro que aponto de quem é a culpa? Aproveito e ainda pego o Vini no pulo. Ele saía de fininho, pode acreditar nessa?

— E eles ainda tão me devendo pelo glacê! Nem ouse fugir, Vinícius Garra, que eu tô de olho em ti!

— Eu, tão nobre alma?

— Tu mesmo, criatura!

— Ouviu essa..., pai?

E aí eu enterneci... mesmo com pouco fôlego. Jogo sujo! Por um ou dois segundos não sinto os quilos do Murilo e da Iara me massacrando, aí volto a tentar me desvencilhar deles pelo menos pra respirar. Todos meio que assistimos Vini ir para o lado de Filipe, ali, de pé, vendo a bagaça toda de sorriso no rosto – sorriso esse que abre mais e logo se comprime, contido, ao ouvir o mesmo que todo mundo na sala. Filipe dá um tapinha no ombro de Vini e este o recebe com um sorrisão que logo morre ao escutar a resposta do pai, sério e risonho ao mesmo tempo:

— Ouvi, filho, ouvi. Mas tenho que perguntar... Você tem ou não tem culpa nesse cartório?

A cara do Vini ante a essa declaração: im-pa-gá-vel. É uma mistura de cara no chão com, falsa traição (a algum suposto movimento) e “eu sou seu filho, sabia?”. Sem mais opções, ele estende a brincadeira fazendo mais drama:

— Até tu, Brutus?

— Que eu posso dizer? Você bem sabe com quem anda. Melhor dizendo, com quem namora.

Não tem jeito, todo mundo ri. Ok, Iara gargalha. E eu finjo que não enrubesço – porque, né! – enquanto enfim consigo me sair de debaixo daqueles dois. Dona Fanny volta à sala e sente o climão, climão de alegria e brincadeiras, e logo quer saber o que houve. Assim que Vini começa a contar seus dramas à senhorinha cozinheira, não posso deixar de observar o ambiente familiar novamente. É, eu nunca me senti tão no lugar certo na hora certa quanto agora. Até mesmo sob acusação de dados palhaços.

Até mesmo quando tudo parece estar tão certo e incerto ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Estou caindo de sono, mas dormirei sossegada pq consegui vir postar :)

Sem trechinho do próximo pq seria mto spoiler. Até a próxima!



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