Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 1
Abertura e Prévia da Última Temporada


Notas iniciais do capítulo

Olá, querido(a) leitor(a), bem-vindo(a) à sexta e ÚLTIMA temporada!

Sabem bem como a Milena gosta de começar as temporadas no estilo, eis então o primeiro trecho da odisseia. Em breve postarei o restante. Aqui é só pra dar uma sossegada pro coração de vocês por causa daqueeeeeeeeeeele fim em Um Novo Amanhã.

Enjoy!



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Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades, né, Peter Parker? Pois com um Murilo vêm grandes explorações. Mal abro um olho para as CINCO mensagens de texto notificadas que o bendito deixou na minha caixa, o celular começa a tocar. Mais uma breve lembrança de que o toque que toma o espaço é universal. Life in color. O que não sinto ser uma vida em cores se ainda me sinto no limiar do sono, não sei o que é realidade, não sei o que é sonho. Nunca realmente pensei sobre como são as cores nos sonhos. Nunca realmente pensei sensatamente foi dentro de um sonho.

Pelo menos não que me lembre.

A vontade, contudo, que tenho, é de enfiar o aparelho debaixo de meu travesseiro – pra não dizer que desliguei – e esquecê-lo lá por mais umas horinhas de sono. Só que a música do toque recomeça, suspiro, atendo logo. Do outro lado, meu mano soa muito enérgico para meu estado de profunda sonolência:

- Viu minhas mensagens?

- Cara, ainda nem abri o olho, imagina ler cinco mensagens.

- Como você sabe que são cinco?

- Chutei.

- Hum.

- Que horas são?

- Seis e quinze, acho.

- Seis e quiiiiiiiiinze, criatura? Que tu quer a essa hora?

Era de madrugada ainda, caramba!

- Preciso que faça uma coisa pra mim.

- Tu num sai daí 7h?

Murilo estava de plantão novamente. Desde a aprovação de seu projeto no centro meteorológico – na verdade, o projeto era de Armando, colega seu de trabalho, mas com o tempo de orientação meu irmão acabou participando, e só esperou se livrar de todas as enfermidades que havia lhe acometido para voltar a trabalhar – ele tem feito mais plantões, pois está numa fase de transição de alguma coisa lá técnica que não entendo quando tenta me explicar.

- Acontece que não vou poder sair nesse horário. E isso me impede de separar minha camisa pra lavar. Preciso de uma específica. Você vai ter que levantar.

- Faz quando chegar, oras.

Quase desliguei.

- Aí não vai dar tempo. Tem que botar pra lavar cedo pra poder secar ainda hoje, pretendo usar de noite. Quando eu chegar aí já vai tá tarde. E não vai ter tanto sol quanto agora de manhã. Eu PRECISO dessa camisa, Milena, tá me ouvindo?

- Tem trocentas camisas e só quer uma. Depois reclama de mim.

- Olha, eu vou conhecer a família da Aline oficialmente, tá? Já tô pilhado o bastante. Ainda não dormi. Me cede só essa camisa, pode ser? Por favor?

Posso tá grogue, mas sei que isso vale ouro de troca.

- Quê que eu ganho com isso?

- Te dou um passe em branco.

Ele tá necessitado mesmo. Passe em branco em nossa língua Lins quer dizer que eu posso fazer ou pedir qualquer coisa e não serei julgada ou negada. Era caso de último recurso mesmo usar essa ”carta”. Nem quando ele tem que tomar injeção ele a usa. Porque sabe que é poderosa, tem que saber usar sabiamente.

Mas não tem por que eu não me aproveitar, né? Abro melhor os olhos para a pouca claridade do quarto que vinha das frestas de minha janela. Meu estado sonolento é tanto ainda que não consigo me mexer além de sustentar o aparelho celular ao ouvido.

- Ok. Qual é?

- Aquela preta com botões transparentes, de manga, lembra? Deve tá do lado direito do guarda-roupa. Fico mais bonito com essa. E decente.

Pondero um pouco. É verdade, fica com cara de gente.

- Tá, vou ver aqui.

- Ok, mas vê mesmo. E... hã....tudo bem por aí?

- Mu, olha minha cara pra saber se tem ladrão aqui.

É que na semana passada houve sete assaltos/invasões a casas do nosso bairro, não necessariamente na nossa rua, mas próximo dela. Geralmente de dia, algumas à noite. Nenhuma de madrugada até então. Se bem que não sei se ladrão ou esses ladrões específicos concordam que 6h da manhã ainda é de madrugada. Também não queria perguntar claro.

Só que na sexta-feira, preocupada com isso, Murilo tinha um plantão, porém voltara mais cedo. Com medo pelo barulho estranho que ouvi, me armei de uma caneta de ponta fina que foi a primeira coisa que peguei na minha cômoda quando me levantei às pressas. Era 5h praticamente. Abri minha porta com calma, engolindo o nervosismo e saquei a caneta logo que meu irmão chegava ao corredor. Ao me notar, ele deu um pulo tão grande que bateu no vão da porta do banheiro do outro lado. Ao ver que era a criatura, aliviei mais e pude rir um pouco pelo menos.

- Não sei se você percebeu, mas ainda não chegamos ao videofone.

- Imaginação serve pra isso. Até então não matei nenhum cidadão do mal com a caneta, pronto, taí.

- Hum. Toma cuidado.

Depois do incidente da madrugada, reforçamos a casa com algumas fechaduras extras. As chaves reservas teriam que ficar guardadas por um tempo, até baixar a poeira, não poderíamos arriscar. Pensei em chamar Flávia pra dormir comigo quando Murilo passasse as noites fora, porém, ela tem tido umas visitas familiares em casa, não pode no momento, noite passada tinha um jantar se bem me lembro, e Vinícius, bom, às vezes Murilo ainda é relutante por saber que temos intimidade e ele não gosta de nos deixar sozinhos assim. Ele não ofereceria a casa de bandeja.

Djane me convidou para ficar com ela algumas vezes. Sinceramente? Não queria mais abusar de minha sogra. Quando teve a viagem e meu irmão teve o timing perfeito de arrumar duas doenças, ela hospedou tanto ele quanto a minha mãe. E cuidou junto. Além do mais, acho que ela merece um tempo com o filho, que ainda é resistente quando o assunto é a felicidade da mãe num relacionamento.

Mesmo com duas semanas após esse jantar estranho, ele se recusa a aceitar o professor Renato. Qualquer menção é pedir pra Vinícius ficar chateado. Bobagem e feio da parte dele, já conversamos eu, Murilo e até minha mãe com ele sobre isso. Djane ficava mal, sem dar muito nas aparências, claro, ela realmente precisava do apoio do filho pra isso. Temos apenas esperado a poeira baixar pra ver como ele reage mais. Se continuar assim, vamos ter que fazer uma intervenção ou algo do tipo.

- Prometo que não pego mais plantões, ok? Armando já chegou de viagem.

- Tá. Vou deixar minha caneta a postos pra todo caso.

- Não sei o que você acha que dá pra fazer com uma caneta.

- Nunca se sabe até tentar, Mu. E quem quase vomitou o coração foi tu. Eu só tava tremendo na base, ia ser certeira de qualquer forma.

Era verdade.


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Notas finais do capítulo

Reviews sempre são bem-vindos e, apesar da fic estar praticamente com todos os capítulos, eles impulsionam a escrita de qualquer pessoa. Perguntas, curiosidades, comentários ademais, o que seja, sintam-se à vontade.

Abs,

Alexis K.



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