Letterman escrita por Dandelion


Capítulo 11
Suspeitos


Notas iniciais do capítulo

Olha quem reapareceu o/
DESCULPEM ME u.u
Tcho explicar o meu sumiço: eu não tenho o que fazer da vida, ninguém quer dar um emprego pra uma garota sem experiência e que tem um cabelo Black Power, então eu fiquei meio desanimada :p
Mas, contudo, porém, todavia, uma luz surgiu no fim do túnel e se tudo der certo estarei empregada até o final do mês, assim terei alguma coisa pra reclamar e ficarei mais motivada a escrever u.u ~enviem energia positiva for me :3~

Chega de falar da minha vida u.u
Vamos pro capitulo. Desculpem me mais uma vez u.u

Boa leitura :3



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Alexy estava sentado num dos bancos do Hospital, tinha o rosto enterrado nas mãos e lamentava baixinho, imaginando e criando mil possibilidades para salvar Will. Ele não parava de reviver o momento em que viu o corpo do namorado sendo jogado a metros de distância e ouvir o baque surdo com que o corpo caiu no chão.

Haviam se passado 12 horas desde o acidente, Will ainda estava na sala de cirurgia e os médicos ainda não tinham dado nenhuma noticia conclusiva, mas pelo que Alexy pudera ouvir dos socorristas, os ferimentos do namorado eram graves. Will poderia não sobreviver e era isso o que mais o angustiava.

O motorista que o atropelara estava alcoolizado e não soube responder com clareza as perguntas dos policias, que incrivelmente tinha chegado pouco tempo depois da ambulância. A única coisa que consolava parcialmente Alexy em caso da morte de Will era que o responsável passaria um bom tempo preso, por causa da bebida o homem havia assumido o risco de causar algum acidente, como de fato ocorrera.

Mas a possibilidade de perder Will era demais para Alexy.

Ele se levantou para buscar um café, no momento em que Caro e Armin chegaram. No entanto, Alexy sentiu uma irritação inexplicável quando viu os dois juntos, talvez fosse o cansaço, ou apenas o medo de perder alguém que ele amava e ainda ter que presenciar a felicidade dos outros. Forçando um sorriso ele se virou na direção do casal.

Caro veio até ele e o abraçou sem dizer nenhuma palavra de consolo, palavras que Alexy sempre considerou serem estúpidas e sem propósito. Ele se sentiu estranhamente tocado com o gesto, esquecendo logo a irritação e voltando a ficar triste.

–O que sabe até agora? –perguntou Armin.

–Não muito, apenas partes, os médicos não me dizem nada. Sinto-me perdido. –disse Alexy com um suspiro cansado. –O que eu vou fazer se eu perder Will? –disse ele com a voz embargada.

–Ora não pense besteiras. –reprovou Caro. –Você está péssimo, venha, vamos comer alguma coisa. O Armin fica aqui esperando por qualquer noticia, né? –o homem de cabelos pretos concordou.

Alexy acompanhou Caro até a padaria do hospital, mas com um peso no coração de estar negligenciando alguém importante. Mas ele sabia que Caro tinha razão, não poderia ser útil a Will caso estivesse doente.

–Caro, distraia-me, preciso parar de pensar besteiras. –pediu ele, dirigindo um olhar suplicante a ela, assim que eles se sentaram numa mesa da lanchonete do hospital, cada um com seu café.

A garota revirou a mente procurando alguma coisa para falar e distrair o amigo.

–Eu e o Armin nos beijamos.

–Isso eu já imaginava. –disse ele convencido. –Você já decidiram o que vão fazer, daqui em diante?

–Não, mas acho que vamos nos conhecer...

–Mais? –interrompeu Alexy. –Vocês praticamente conhecem metade da vida um do outro, Caro não acha que está na hora de vocês darem outro passo?

–Tipo pra um namoro? –perguntou ela quanto dava um gole em seu café.

–Tipo um namoro. –confirmou Alexy.

–---X----

Nathaniel se espreguiçou tentando afastar o sono. Desde o inicio das investigações do Caso Letterman, ele não dormia direito. Talvez fosse o choque de ver no necrotério duas crianças.

Infelizmente todas as pistas e suspeitas não levavam a investigação a lugar algum, apenas a becos sem saídas, e mais pontas soltas. O meio-irmão de Louis O’neil, por exemplo, não se tinha registro do garoto desde os seus 16 anos, quando escapou de uma instituição para menores infratores.

Hannibal Childfield apresentava um histórico de pequenos delitos desde os 12 anos. O garoto sofria constantes agressões de seu padrasto, o Comandante O’Neil, que era casado com Madeleine Childfield, mãe de Hannibal.

Quando fugiu da instituição ele estava cumprindo pena de dois anos por agredir uma garota fisicamente e cortar lhe os cabelos. Para Nathaniel esse delito, era compatível com o modo que Letterman executava as vitimas, a parte do cabelo pelo menos.

Ele suspirou e continuou a ler a ficha de Hannibal, alguns registros médicos do garoto tinham sumido ou não existiam. Não havia uma descrição detalhada da aparência dele, os registros diziam eu ele era branco e tinha cabelos castanhos crespos, sem nenhuma informação adicional.

Castiel entrou na sala como um furacão, ele estava com o rosto vermelho de quem tinha corrido muito no frio. Nathaniel observou o amigo arrumar suas coisas na cadeira e colocar os cabelos pretos, que precisavam de um corte, atrás da orelha.

–Novidades? –perguntou Castiel enquanto tentava estabilizar a respiração.

Nathaniel deu uma pequena risada e atualizou o amigo a respeito das novas –e inúteis– descobertas sobre Hannibal. Castiel ouviu tudo sem expressar nenhuma opinião até que Nathaniel tivesse terminado seu relato.

–Então estamos num beco sem saída? –Perguntou ele fitando o parceiro.

–Basicamente. –respondeu Nathaniel meneando a cabeça.

–A garota... Caro Parker, vamos investigar mais sobre ela.

–Mas ela é uma das possíveis vitimas. –disse Nathaniel confuso.

–Eu sei, mas investigando ela, pode ser que encontremos alguma coisa que deixamos passar.

–Certo...–Nathaniel se esticou e abriu uma das gavetas de sua mesa, pegou uma pasta e a jogou na direção de Castiel, que pegou por um triz. - No inicio das investigações Armin me mandou o dossiê dela, mas eu achei que não tivesse tanta importância assim.

Ele abriu a pasta e foi resmungando enquanto lia. De repente ele bateu com uma das mãos no papel.

–Aqui. Você sabia que nossa Caro Parker namorava? –perguntou Castiel com um sorriso zombeteiro no rosto. –Aposto que não. Bem, o ex-namorado dela chama Abraham Motre. Temos que pesquisar mais sobre ele. O fim de um relacionamento pode ser difícil para algumas pessoas.

Nathaniel revirou os olhos com a animação do amigo, e ergueu outra pasta.

–Abraham Motre, 22 anos, moreno, cabelos castanhos, olhos castanhos. É estudante de Relações Internacionais e está fazendo um intercâmbio de um ano na Alemanha. Ele não tem ficha criminal. Não tem como ser ele o assassino, temos o visto dele e toda a documentação necessária para o intercâmbio dele, anexada a essa pasta, além é claro das gravações no aeroporto do dia em que ele embarcou.

–Odeio quando o Armin é eficiente desse jeito, assim não posso reclamar com nada pra ele. –bufou Castiel. –Bom, voltamos as estaca zero.

Castiel cruzou os braços em frente ao peito e encarou o chão em busca de alguma resposta. Nathaniel fazia o mesmo, mas batucava com a caneta na própria perna.

–Os colegas de republica! –exclamou Castiel, assustando Nathaniel que deixou o a caneta cair.

–O que têm eles? -perguntou o loiro assustado.

–Ninguém pesquisou nada sobre eles ainda não é?

–Não, porque eles não eram suspeitos. –respondeu Nathaniel olhando em duvida para o parceiro.

Castiel cogitou a hipótese de deixar esse trabalho para o irmão, mas ele não tinha nada para fazer e Armin ainda não tinha chegado ao trabalho. Pesquisou a vida e todos os colegas de republica de Caro, e concluiu que as duas comissárias de bordo, Maria e Rita, não poderiam ser culpadas, porque nos dias em que os crimes aconteceram elas estavam de viagem marcada, e pela rápida ligação que fez, Castiel descobriu que elas não tinham previsão de folga até as próximas duas semanas.

Na mesa ao lado Nathaniel pesquisava sobre os dois advogados William e Alexander, ele parecia estar com um pouco mais de sorte. Dos dois, William tinha uma “ficha criminal” maior, ele foi preso por dirigir bêbado quando tinha 18 anos e foi preso um ano antes por porte de drogas, segundo a ficha eram drogas para consumo. Já Alexander tinha uma ficha imaculada, nunca fora preso, nem recebera multas de trânsito. Os dois eram advogados respeitados em suas áreas apesar da pouca idade.

Enquanto lia Nathaniel soltava murmúrios de aprovação, despertando assim um olhar de estranheza em Castiel, que começava a ficar irritado com os sons, apesar dele mesmo resmungar enquanto lia. Amassando um papel ele jogou em Nathaniel que ficou quieto, mesmo lhe lançando um olhar furioso.

–É sempre bom ver como vocês se amam. –disse uma voz rouca vinda da porta. Os tenentes levantaram a cabeça e viram Armin parado na porta com os braços cruzados. –Tem alguma coisa pra eu fazer? –perguntou ele.

–Na verdade tem, você poderia falar o que sabe sobre seus colegas de republica.

–Todos? Eles são suspeitos? Em que?

–É sobre o caso Letterman, queremos analisar todos os pontos possíveis.

–Certo. Vou contar tudo que sei. –disse Armin sentando-se numa cadeira. –Será que rola um doce antes?


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Notas finais do capítulo

E ai? Vocês acham que o Letterman é alguém da republica? e.e
Estão com dó do Will? Ou querem que ele se f***?
kkkkkk'

Asta lá vista u.u
Bj bjs



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