Merry Christmas, Love escrita por Alice


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Clichê. Só isso.
DESISTI DA PORRA DO HENTAI, EU NÃO CONSIGO! AAAAAAAH -parey
Desculpe os erros, meu word tá ó, uma bosta.
Boa Leitura.



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Depois de um tempo sem falar nada, Zeito disse que iria buscar mais licor na cozinha. Ele bebendo? Sim, era estranho, mas o Meito devia estar na casa e com certeza o convencera de beber. Meito convencia fácil, mas tão fácil as pessoas... Já Zatsune subiu para o quarto e pela primeira vez resolveu usar um vestido, um vestido muito bonito por sinal. Na cor vermelha e na parte da saia havia alguns bordados em flores, e uma fita preta entornando a cintura. Aquele vestido nem era seu, odiava usar vestidos no dia a dia, mas naquele natal tinha que abrir uma única exceção.

Porém, quando saiu, não encontrou o motivo da sua preocupação com a roupa.

Desceu as escadas e encontrou Meiko sentada civilizadamente, como uma verdadeira dama, no sofá e tomando somente um copo de água, parecia trêmula. Pelo remédio que visualizou em cima da mesinha de centro, Meiko estava com dores de cabeça, talvez por uma noite inteira bebendo com seu irmão. Passou reto e foi até a cozinha, onde Zeito ria, sim, ria com Kaito e com Meito. E com outro copo cheio de bebida alcoólica.

Ela ficou meio sem jeito de falar com ele enquanto conversava com os amigos, resolveu esperá-lo terminar ajudando Miku a terminar de cozinhar a comida para o grande e glorioso jantar para o bando de esfomeado que se encontrava na casa.

– Hum, aposto que você conseguiu, né? - Miku falou baixo, para que só Zatsune a ouvisse. Esta não respondeu, nem balançou a cabeça, não demonstrou reação alguma a não ser continuar a lavar a louça. - Me diz, essa roupa minha é por causa dele? Credo, quem é você e o que fez com a minha irmã cafona?!

Zatsune virou o rosto e mostrou a língua para azulada, nem um pouco ofendida. De qualquer jeito, Hatsune sabia que ela estava arrumada para Zeito e sim, havia conseguido o encontro falso, mas nem sabia se este daria certo.

O tempo foi passando e Zatsune permaneceu na cozinha, calada, terminando de arrumar a mesa e cozinhando o que faltava. Miku estava cuidando de Meiko no quarto e se arrumando, provavelmente, para chamar atenção de alguém. De Kaito, de Len? Quem sabe?

Zatsune sentiu um frio na barriga quando Zeito sentou ao seu lado na mesa, quando tudo já estava posto e todos já estavam sentados, conversando, distraídos, felizes. Ela estava, por dentro, ele estava ao lado dela, e isso era o bastante. Era a mesmo sensação de Rin com Mikuo, Gumi com Len, qualquer um ali.

Enquanto comia, várias vezes ela o olhava de soslaio, seus olhos vermelhos estavam mais brilhantes que o comum, e ele estava livre pra sorrir, pra qualquer coisa. Estava parecendo embriagado, se é que não estava, pois na mesa havia duas garrafas de cerveja que foram tomadas somente por ele e Meito. Mas ela não ligava tanto assim, não no momento.

– Oe! Cadê a Miku-chan e a Meiko-chan?! - Kaito, aparentando estar preocupado com as duas amigas, perguntou.

– Estão ze pegando no quarto, pode! Eu zempre zuspeitei que a Meiko foze... - O bêbado, irmão da Meiko, que devia estar dando uma justificativa boa e verdadeira, respondeu com a voz embriagada. Zatsune respirou fundo, pondo a mão na testa e o cotovelo na mesa. Quem convidou os dois devia estar mesmo louco...

O que era pra ser um jantar normal, sem bebidas e pessoas embriagadas, foi totalmente divertido. Piadas, lembranças da infância, um clima diferente do comum, era gostoso. Ficou melhor quando uma mão alheia pousou na de Zatsune, abaixo do olhar de todos. Ela ficou corada, seu coração tomou um ritmo mais acelerado e descompassado.

Zeito olhou pra ela enquanto os outros conversavam distraídos. Sorriu.

– Um encontro falso precisa dessas coisas, hm? - ele disse, baixo para que só ela o ouvisse, rapidamente ela desviou o olhar e concordou com a cabeça.

– S-sim. Isso. E-encontro falso. - ela sussurrou, em resposta, e apertou mais a mão do maior. Ficaram assim o jantar inteiro, vez ou outra, Zeito bebia mais copos de qualquer bebida alcoólica que o bêbado lhe oferecia. Ele estava estranho. Nunca pensou que ele aceitaria beber.

Depois de tudo, de toda a bagunça, todos prosseguiram pra sala, já que ninguém se oferecera para limpar a cozinha nem nada, tudo sobraria pros residentes da casa.

Miku já havia descido e pedido para que Kaito a levantasse na colo, assim colocara a estrela no topo da árvore e comemoraram o fato de ela brilhar muito lá em cima. Ela estava feliz, muito feliz, e Zatsune deixou um pequeno sorriso contagiar seus lábios.

Mas tinha algo que a deixava incomodada. Como ficar incomodada se seu suposto encontro com a pessoa que gosta estava indo aparentemente bem? Ela não devia ligar, devia parar de pensar nisso. Mas era meio difícil ignorar os amigos chamando o moreno ao seu lado o tempo todo para se divertir com eles e ele negar só porque estava com Zatsune.

– Shion, isso é um encontro falso. Você já ficou o bastante comigo, vai lá se divertir também... - ela encenou um sorriso e apontou para os amigos quase bêbados. Zeito riu e franziu a testa.

– Até quando vai continuar com isso, Zatsune Miku? Isso pra mim não é um encontro falso. - declarou, bebendo o último gole do copo com bebida e largou-o na mesa de centro.

Zatsune arregalou seus vermelhos e brilhantes olhos e gaguejou algo incompreensível, até que decidiu se calar e concordou com a cabeça, corada. Não disse nada, apenas movimentou a cintura para mais perto do maior e assim ele passou o braço entorno do ombro da menor. Ele era tão... confortável.

– Não precisa ter vergonha... - ele sussurrou no seu ouvido, o que causou arrepios e choques na espinha - Eu sei que você não queria que isso fosse um encontro falso.

– N-não sussurre no meu ouvido d-desse jeito...! - ela respondeu, muito mais corada do que anteriormente e rapidamente roubou uma garrafa de saquê da mesa, cujo o resto que sobrou foi tomado em um só gole por Zatsune. A bebida desceu rasgando e queimando, o gosto era terrível. Zeito riu baixo.

– Se você quiser mais saquê, eu posso buscar mais pra você... - ele sussurrou mais uma vez, Zatsune quase sentiu o coração parar por um instante.

– Não, e-eu não bebo! E pelo que eu sei, você também não bebia... - virou o rosto, ouvindo um suspiro pesado da parte de Zeito.

– Você não sabe de muita coisa, então... - disse - Desde aquela festa sua de aniversário, Meiko me fez beber saquê e eu desde então me viciei. Você devia beber mais também, sabia...?

– Está querendo me embebedar? Não vai dar certo... - disse, convicta.

– Você ficaria mais solta. Deixaria de ser calada, sei lá, viveria mais o momento. Ás vezes temos que nos soltar, não é? Como esquecer nossos problemas se ficarmos parados? - perguntou, Zatsune o fitou. - Veja sua irmã. Ela parece feliz. E está bêbada.

Zatsune olhou na direção onde Zeito apontava o dedo e viu a irmã rir feito uma boba alegre com uma garrafa de espumante na mão e na outra uma de vinho.

É, ele até que tinha certa razão. Mas havia um furo naquilo que disse. De que adianta beber todas numa noite, se jogar, gritar, zoar, se no outro dia acordaria de ressaca, não se lembraria de nada e ficaria como uma morta o dia inteiro?

Como sempre, ela só pensava nas consequências.

Kaito o chamou mais uma vez, a décima sexta, e Zatsune já estava mais que incomodada.

– Eu disse, Shion, vai lá. - ela ordenou, impaciente, tentando deixar claro que estava tudo bem. Mas quem disse que estava? Não estava. - Se ele te chamar mais uma vez, eu juro que chuto ele.

– Calma aê, Zatsune... - pediu - Eu disse que não quero ir. Vou ficar com você até o fim da noite. - prometeu.

Ela queria rir daquilo. Estar numa situação dessas, ainda mais com Zeito, uma situação "romântica" era totalmente o oposto do que todos imaginariam. Se estivessem sóbrios para notá-los ali, com certeza estariam estranhando a repentina aproximação dos dois.

– Mas eu disse que está tudo bem, Shion. Não é você que disse que deveríamos aproveitar o momento? Aproveite-o. – ela falou calmamente, de braços cruzados e olhando para qualquer ponto da sala.

– Zatsune... Você é insistente... – ele bufou, dando um leve sorriso. – Eu vou, mas você devia ir também. Afinal, nós deveríamos aproveitar... – ele se levantou e espreguiçou-se – Mas ok, vou deixar você aí, morrer de tédio...

Ela revirou os olhos e ignorou, estava feliz por ter passado alguns momentos com Zeito, e sem ser “encontro falso”. Bom, era melhor do que nada, melhor do que aquela distância me mantinham há certo tempo.

Porém, não podia negar que queria que ele ficasse mais com ela, sem que ninguém os atrapalhasse. Mataria Kaito.

– Hm? Porque o Zeito não está aqui com você? – Miku apareceu junto com a Shion, sentaram-se ao lado de Zatsune no sofá. – Ai, eu pensei que vocês estivessem em um “encontro”... – Fez aspas com os dedos e Zatsune a olhou tediosamente.

– Ele está se divertindo. Assim como você estava há pouco tempo...- respondeu, bufando – Da próxima vez, iluda o Kaito com falsas esperanças de que vocês vão transar e assim ele não me atrapalha mais...

– Eh...? Quer dizer que você o nii-chan estão num encontro? E que o Kaito-nii-chan atrapalhou? – Com toda a sua inocência e respeito pelos irmãos, Kaiko perguntou.

– Não só ele, seu namorado também... – Zatsune continuou e Kaiko corou intensamente.

– Kai-chan, não é bem um encontro... É um encontro falso, sabe? Aquele que você tentou com o Mikuo e só deu certo com o Meito? – Miku explicou gesticulando e Zatsune interrompeu.

– Isso não vem ao caso. O que importa é que ele disse que não era um encontro falso, e sim um de verdade. – Zatsune explicou, e Miku abriu a boca em um perfeito “o”, evidentemente surpresa.

– Eu. Não. Acredito! Sério?! Que sortuda! Você sabe o que significa, não sabe? NÃO SABE?! – Miku exclamou e Zatsune estranhou-a.

– Ah, sim, sei! Que eu fui trocada por bebida alcoólica... – Ironizou.

Levantou-se e caminhou em direção ás escadas, subindo-as cansada e chegando no quarto, batendo a porta e caindo de cara na cama. É, estava cansada, já havia se passado das meia noite e podia ouvir alguns fogos vindos do possível festival que tinha ali perto, onde deveria ter ido ao invés de ficar em casa.

Não que estivesse arrependida, havia passado um bom tempo com ele, mas estava insatisfeita. Queria ter dito tudo o que estava entalado e assim evitaria ser deixada no sofá.

Se a maioria não estivesse bêbada lá embaixo, gritando, quebrando coisas e rindo de tudo, ela até poderia dizer o que já estava óbvio. De qualquer forma, deixou tudo de lado e concluiu que seria uma grande perda de tempo e energia pra voltar pra sala novamente.

Cansada e com uma dor de cabeça, a roupa impregnada de cheiro de álcool, virava de um lado para o outro na cama até que resolveu ler um livro que guardava embaixo do travesseiro, um livro qualquer de poesias chatas e sem nexo ou importância. Passaram-se exatas uma hora e meia. E muita folia lá em baixo.

Como mais cedo, ela queria ficar quieta, na dela, mas algo sempre a atrapalha, antes uma pessoa, dessa vez um barulho de “algumas” coisa frágeis caindo e se quebrando no chão, acompanhando de um grito feminino e agudo e altamente familiar para Zatsune. Era Miku, obviamente sendo machucada.

– Fala sério... Até na minha hora de paz alguém se machuca... – Levantou-se e largou o livro no chão, bufando e caminhando em direção á porta e descendo as escadas preguiçosamente. – O que foi dessa vez?

– Miku-chan... Ela tropeçou e esbarrou na estante que caiu em cima dela... – A Neru, que até então nem fora notada no lugar, explicou e apontou para a cozinha. – O vidro praticamente rasgou na perna dela... Kaito-kun foi ajudá-la. – Ela explicou, surpreendentemente Akaito esbarrou em cima dela e quase a derrubou. – Mas o que é isso?!

– Ah, oi Neru-chan número um, ou Neru-chan número dois... Espera, tem duas de vozê? – Bêbado e quase vomitando o que lhe desse na telha, ele apontou para as “duas Neru”.

Zatsune terminou de descer as escadas e roubou a garrafa de bebida das mãos do avermelhado, era hora de acabar com aquela merda toda, tudo fora longe demais.

– Ok! Tá na hora de ir embora, todo mundo sai! – Gritou batendo as palmas para chamar atenção de todos. – Já são uma e tantas da manhã, só quero ver a ressaca de vocês, seus merdas! Andem, saiam!

– Vai ser meio impossível tirar TODOS daqui, sabe?! – Neru exclamou, tentando empurrar o namorado cheirando a álcool para longe de si.

– Neru! Você leva o Akaito! Kaiko, você leva o Taito e deixa que a Miku cuida do Meito quando ela voltar da cozinha! O Kaito leva o outro irmão que eu não sei o nome e o Zeito tem pernas e nem parece estar bêbado! – ela olhou de canto e viu o moreno citado por último sentado no sofá e com a cabeça deitada na mesa de centro na sua frente, uma garrafa vazia ao seu lado.

– Ah, o que é isso, Zatsune?! Olha a situação dele! – Kaiko, pela primeira vez, falou em alto e bom som, também irritada em ter o irmão quase morto em seu ombro! – Só porque ele te largou num encontro não quer dizer nada!

– Eu não te perguntei nada, Shion! Levem logo esses fedorentos daqui, eu cuido dele se esse é o problema! – Apontou para a porta e as duas nas quais foram direcionadas á ordem saíram carregando o avermelhado e o masoquista.

Zatsune se virou pro moreno aparentemente desmaiado e, irritada, virou a garrafa de saquê e sentiu mais uma vez aquele gosto horrível, mas só ignorou.

– Anda, bêbado! Levanta daí! – ela vociferou, Zeito levantou o rosto.

– Eu não estou bêbado, sério... – disse, com a voz baixa e cansada, Zatsune bufou.

– Então levanta e vai embora! Já está tarde! – apontou para a porta e Zeito grunhiu, revirando os olhos, cansado. – Você não quer que eu te arraste, quer?

– Tá... Mas você tá irritada porque...? A gente tava no maior momento agora há pouco... – ele perguntou, levantando-se e andando em direção a porta, Zatsune franziu a testa.

– Estávamos há uma hora e meia, agora tchau. – apontou mais uma vez para a porta e Zeito quase saiu, se não tivesse caído nela e ficado apoiado por um tempo. Zatsune soprou uma mecha do seu cabelo, revirando os olhos.

Sim, ela resolveu ajudá-lo engolindo toda a sua raiva e orgulho, este último já havia engolido há muito tempo. Puxou o braço dele e enlaçou-o nos seus ombros, assim, caminharam para casa dos Shion que coincidentemente era a casa em frente á sua.

– Eu não acredito que você bebeu todas e eu ainda tenho que te ajudar... – murmurou Zatsune, bufando e chutando a porta da casa dos Shion.

– Você vai reclamar agora? – ele perguntou, vendo Zatsune chutar a porta novamente, desta vez para fechá-la. – Pelo menos eu me diverti...

– Se divertiu e agora está morrendo. Grande diversão... – Ironizou e rumou as escadas, deixando que o assunto morresse ali e Zatsune só torcia para chegar no quarto no cara e jogá-lo lá dentro.

Nunca tinha entrado naquela casa, nem muito grande era, apesar de abrigar uma família rica em irmãos, nem muitos quartos tinha. Zatsune preferiu seguir para o último quarto no fim do corredor e parou do lado da porta, com os ombros doendo ela tentou abrir a porta do quarto, porém esta não abria.

– Essa merda não abre, está trancada... Porque diabos você tranca a porta? – ela perguntou, com a voz cansada por carregar alguém pesado nos ombros.

Ele nada respondeu, fez algo ainda melhor.

Encostou-a na parede e tirou o braço no ombro dela, assim, pôs as mãos ao lado da cabeça da menor e a encarou com os olhos semicerrados. Ela o olhou com uma mistura de confusão com “o que demônios você está fazendo?”.

– Você sabe que não precisa me deixar bêbado pra entrar no meu quarto, hm...? – ele sussurrou, próximo aos lábios dela, assim exalando o cheiro de álcool que predominava todo o seu corpo.

– O-o quê?! S-s-sai de perto de mim, você está fendendo a cachaça! – Zatsune virou o rosto e exprimiu os olhos, queimando de vergonha da cabeça aos pés. - Está bêbado!

– Eu não estou bêbado! Bêbados não dizem que não estão bêbados, dizem? - ele perguntou enquanto se enrolava nas palavras, Zatsune revirou os olhos. Ah cara, o bêbado mais chato, com certeza, era ele.

– Dizem sim! E quer saber?! Boa Noite, Zeito! Um ótimo natal pra você, estúpido! - ela empurrou ele e saiu bufando, de braços cruzados até que Zeito a segurou pelo braço.

– Você está assim porque? O que eu te fiz? - ele perguntou, aumentando o tom de voz e rapidamente a menina arqueou as sobrancelhas, debochada.

– Você não fez nada, Zeito. Só está bêbado, e bêbados me irritam. E também estou cansada. - explicou, mantendo a paciência na voz, mas era fato que estava para empurrá-lo naquele quarto.

– Ah, sério... Você engana tão fácil... - ele ironizou, revirando os olhos. - Eu realmente queria que passar a noite inteira com você, mas digamos que você me empurrou pra fora daquele sofá...

– O quê? Do que você está falando?! Eu não falei disso, eu não disse nada! - ela abriu um sorriso debochado, isso estava se tornando irritante.

O que ele faria? Ele tinha que fazer alguma coisa, alguma coisa para acalmá-la e os colocasse numa situação apropriada para que ele pudesse entregar o presente de natal dele á ela.

– Sim, Zatsune, você disse que era um encontro falso. Sua intenção não era um encontro falso. - ele começou, soltando o braço dela e ficando de frente com ela. - Você tinha outra intenção.

– O-o quê? - ela estava ficando vermelha, tão vermelha que já não sabia se devia permanecer ali ou correr. Estava temendo o que ele diria. Ou o que ele faria.

– Estou dizendo que eu ouvi sua conversa na escada, e que Miku falou comigo também, bem antes disso. - ele revelou, e Zatsune abriu a boca como num grito sem som nenhum, apenas a cor vermelha apossou-se mais do seu rosto e invadiu o corpo inteiro.

– E-eu, a M-miku...! MALDITA! - ela vociferou e praguejou pela vida da irmã, á quem havia confiado, e então concluiu que ela sempre esteve certa e que nunca deveria se abrir pras pessoas, principalmente se essa pessoa for Hatsune Miku. - Eu não acredito que ela fez isso, sério! Que espécie escrota de irmã ela é? Ela vai entrar em extinção rapidinho!

– Isso não vem ao caso agora - ele interrompeu a crise nervosa de Zatsune, pondo a mão no bolso e movimentando-a lá dentro, um pouco nervoso se devia mesmo dar o presente. - Mas eu não entendo.

– E-essa conversa, sabe, já deu! No que isso vai dar, afinal? Conversa besta! - ela dizia, nervosa e cerrando os punhos, esperando que a irmã já estivesse em casa para que pudesse bater nela, muito.

– Não, você não vai embora! – Ele vociferou, e a menina voltou a olhar para ele com um ar de deboche. Quem ele pensa que é para mandar nela? Foi o que a menina pensou. – Q-quero dizer... Não, eu tenho que te mostrar uma coisa, não vá embora!

– O que é, Shion?! – Zatsune baixou o olhar diretamente para onde o maior fuçava em seu bolso inquieto, a procura de uma suposta caixa.

– Espera! Consegui! – ele tirou uma pequena caixinha preta e aveludada, e Zatsune arregalou os olhos. – Calma, não é isso que você está pensando! Não é pedido de casame... Esquece! Só abra quando você estiver na sua casa.

Ela pegou a caixinha e deu as costas, mal se importava com o que estivesse dentro, evidentemente um anel, um presente de natal idiota. Odiava anéis, e seguidamente passou a odiar mais ainda os natais. E que infantilidade é essa de abrir só quando estivesse em casa?! Estúpido, ela nunca o obedeceria, não aquele bêbado.

Quando desceu as escadas e ouviu a porta do quarto ser destrancada e fechada, ela abriu a caixinha e viu um anel prata e fino, com uma pedra da cor vermelha que lembrava o tom dos seus olhos, o tom dos olhos dele. Ela bufou, mas não pôde evitar um pequeno sorriso invadir o canto dos olhos ao pôr o anel no dedo e analisá-lo. Olhou dentro da caixinha novamente e notou um pequeno pedaço de papel, com certeza algo escrito nele. Abriu-o e leu, mais um sorriso contagiou seus lábios.

“Merry Christmas, Love”


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Notas finais do capítulo

Eu não mereço reviews por isso ;-;
Obrigada a quem leu
Beijos