Own Universe escrita por Zeeyo


Capítulo 3
Capítulo 3 - Come here, little sister


Notas iniciais do capítulo

A capa tá mais sugestiva que o capítulo, mas eu não resisti á essa imagem, foi mal asuhasua
Len dlç xF dá pra sentir um gostinho do que tá por vir :3 Espero que gostem o



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Sim, eu havia acabado de espirrar na cara de Len Kagamine. Len limpou os respingos de cuspe sobre seu rosto, tremendamente enojado. Então eu realmente havia conseguido deixar tudo pior do que já estava, mas pelo menos não seria mais agarrada, por que era exatamente isso que ele parecia querer fazer. O que ele tinha na cabeça? Eu era irmã dele! O idiota grunhiu de raiva, esmurrando a parede.

– Por que você sempre estraga tudo, sua... Sua... Argh! - Eu estava na paz. Estava na SANTA paz que ninguém mais além de mim podia ter com aquela família. Mas agora EU estragava tudo? Ele teria que ouvir umas coisinhas.

– Tem certeza que não está falando de si mesmo, Len? Eu não vim aqui pra fazer as pazes com ninguém, nem permaneço por vontade própria. E ah como eu queria estragar tudo, mas ao contrário de você eu me importo com os sentimentos da nossa mãe, e ela deseja de todo ser que fiquemos de bem. Então ou você colabora e para de agir como se tivesse toletes no lugar do cérebro, ou vou ter que te forçar a fazer parte do teatro, coisa que eu não quero. Deu pra entender? - Eu nunca me vi tão decidida ao falar algo como estava naquele momento, mas não esperava que ele não reagisse.

– A única que não entendeu ainda é você. Tudo pode parecer tremendamente propício para que seu teatrinho aconteça, mas as coisas do meu jeito parecem bem mais divertidas - Len segurou meus quadris com força contra o dele e minhas pernas tremeram. - Você não quer colaborar? Por mim tudo bem. - Aproximava seu rosto, meus olhos em sua boca. - Vai ser uma delícia te obrigar. - Meu irmão sorriu com maldade, colocando seu cabelo pra trás e mordiscando meu lábio inferior, lambendo-o em seguida. Meus olhos fecharam e como eu me odiei por isso, mas virei o rosto antes que ele pudesse me beijar. Eu devia estar doente, pois cada célula em meu corpo parecia querer aquilo. O Garoto enrolou uma mecha de meu cabelo em seu dedo e saiu rindo. Maldita risada sexy! Minhas pernas fraquejaram outra vez e me permiti cair sentada quando Miku entrou, sendo arranhada por Len e recebendo uma piscadinha. Ela olhou pra mim, completamente desorientada e entendeu: Ele não estava brincando.

Mikus POV:

Sentamos á mesa pra jantar. Eu ainda não acreditava que Len ia realmente fazer o que havia me dito antes de eu e Rin irmos pra lá, até por que era surreal pensar que ele podia ser apaixonado pela própria irmã, mesmo que não se considerassem. Era impossível, improvável, e sinceramente? Irresistível. Len apaixonado não era algo em que eu apostaria minhas fichas. Talvez ele só quisesse se divertir e tirar o clima chato que havia naquela casa, mas a Rin estava mesmo precisando de um pouco de emoção naquela vida parada dela, e eu estava mais do que disposta á ajuda-lo. Seria ótimo pra que eu mesma pudesse fugir das minhas próprias confusões, que não eram poucas, principalmente por que Meiko, namorada de Kaito, estava ali, agora me encorajando a chamar Gakupo pra ver um filme em família um pouco mais tarde. Eu sabia o que aquela vaca queria que acontecesse e não gostava nem um pouco. Quando uns estivessem dormindo e outros se pegando ela fugiria para o quarto com o meu Kaito e eu não quero nem pensar no resto. Ok, eu estava namorando há alguns meses com um cara incrível, mas quem ali não sabia que o Kaito era propriedade minha até ela chegar? Ou melhor, até ela chegar não, por que até meia hora atrás as coisas ainda passavam um pouco do que se chama amizade dentro da dispensa entre eu e o inocente namorado dela. Todos tentavam parecer felizes enquanto comiam, exceto Rin, que deixava bem claro o quanto estava desconfortável. Kiyo e sua mãe conversavam animadamente sobre o trabalho dele, e os sorrisos amigáveis que a mulher dava para a enteada como tentativa de acolhê-la não pareciam ter bom resultado. Eu mesma não ia muito com a cara dela, mas não custava a Rin pelo menos tentar agir naturalmente, certo? Ok, talvez custasse. O pai de Len encarava o loiro e aquilo não me parecia um bom sinal. Todos tinham ouvido o murro que o garoto tinha dado e a discussão dele com a gêmea antes de sair do nosso quarto, e mesmo que ele não soubesse dos planos incestuosos do seu filho, tudo aquilo com certeza já estava fedendo pra todo mundo. As ideias de Len eram sempre severamente criticadas pelo seu pai e irmãos, mas ele não estava nem ai. De cabeça baixa, não parecia disposto a desistir de conseguir a irmã só pra ele. Tudo aquilo me dava um arrepio na espinha por ser tão errado e extremamente difícil, mas as coisas erradas sempre tem aquele ar adorável de aventura.

– E ai, priminha? Quando o teu namorado chega? - Kaito perguntou, se dirigindo a mim com o apelido que ele me dera desde que eu era pequena. Sua mão subindo pela minha coxa por baixo da mesa me fez congelar e ferver ao mesmo tempo, e rir pela cara inocente que Meiko expressava.

– Ás três... Priminho. - Falei, mantendo a compostura. Do modo difícil eu havia descoberto que quanto menos trela eu desse, mais atenção eu teria.

– Então vai dar tempo de fazer a pipoca comigo. - Disse e pela sua voz eu já sabia que teria reprise do episódio na dispensa. Seu olhar lascivo estava tão intenso que quando sua mão apertou-se em minha perna, tive que espremer os olhos e comprimir a boca pra não nos denunciar ali mesmo, me recuperando com qualquer desculpa esfarrapada de “droga, eu esqueci...” pra justificar as minhas feições. Já não tão ingênua, Meiko segurou a mão de Kaito que estava encima da mesa, fazendo-o olhar pra ela com ternura. Era incrível como ele conseguia mudar de expressão rapidamente quando se tratava de manter as aparências. Mal sabia ele que se vacilasse com a namorada, seu próprio irmão já estaria na fila para consolar. Kiyoteru era o mais gente boa daquela casa, e por ser tão gente boa ele sabia que Meiko não merecia o que Kaito fazia com ela. Voltei minha atenção para Len, que brincava com a sopa, mordiscando a própria boca. Provavelmente a culpada da distração era a Rin. Sim, ele com certeza já tinha esquecido o espirro e qualquer coisa que ela tivesse dito. Não me parecia que alguém veria filme naquela noite.


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Notas finais do capítulo

Não sei quando o próximo capítulo vem, me perdoem haushauhs essa fic me trás lembranças muito loucas, e não tenho certeza se gosto de tê-las, mas por vocês, o terceiro capítulo -finalmente- saiu. Comentem pfvr :3

Beijunda!