I believe you. escrita por Calis


Capítulo 1
Capitulo Único.




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“A esperança e a única coisa mais forte que o medo”The Hunger Games.

24 de dezembro.

Querida mamãe,

Como à senhora está? Tudo bem? E o papai? Eu ainda faço perguntas tolas, não é? Mas eu nunca saberei tais respostas não é, hoje e dia 24 de dezembro, véspera de Natal.

Eh, feliz natal não é? Eu devo desejar não é, mas me parece errado, mamãe.

Eijun, Kou e Futaba vêm para cá hoje, eles estão fazendo uma pequena festa de Natal, eu passei o dia com Hayato hoje e com Aiko, ambos estão animados, mas ainda assim frustrados por não saírem do hospital.

Graças ao senhor Konya, conseguimos convencer os professores a darem aulas para eles não perderem mais o ano escolar, e conseguiria recuperar o tempo perdido, e o medico disse que eles ficaram animados, e espero que logo eles passem o natal conosco, não é? Meus amigos estão mais do que eufóricos hoje – eles me parecem animados, mas a senhora saber que nunca comemoro o Natal, ou festas que tiverem nessa época do ano, apenas me foco em algo, e esqueço o resto para não lembrar.

E ruim lembrar, existem os pesadelos, existem as lembranças que me torturam durante as noites de insônia que me lembro de vocês, acho que e um costume estranho esse não é? Lembrar, Konya-san estava me atazanado hoje, bizarramente animado com a noite de Natal, ele vai passar com a filha e o genro em outra cidade, ao menos, ele me deixará em paz esse ano.

Estou cansada, sabe como é isso, mãe.

Eu gostava de acreditar antes, eu até ficava ansiosa, a senhora lembrar não é? Era tão mágico, eu realmente me animo com isso saber, e mágico sim, mas não consigo mais acreditar no Natal, no Ano Novo, nas promessas, e nas pessoas especialmente.

Mais três pessoas mudaram isso, apenas três pessoas.

Futaba Yoshioka foi à primeira, a tentar me tirar da minha solidão – afinal, eu estava em choque – tinha apenas 12 anos quando tudo aconteceu, quando você e o papai foram embora, e que Aiko que tentar reverter o quadro de sua paralisia e que tem grandes progressos e Hayato entrou em coma, e passou um ano em coma e ainda está preso naquela cama de hospital depois disso recuperando os movimentos, e eu sendo eu e apenas eu, tentando manter-me o mais sã possível para eles, eles melhoraram muito e claro, mas eu sei que não serão os mesmos quando sairei do hospital, eu espero que logo.

Eijun Sawamura foi o segundo que conseguiu isso, me tirou dali – e fez alegria de meus irmãos, fiquei feliz e claro com isso, mas ainda e difícil acreditar nas pessoas, mas eu confio nele, como nunca confiei em ninguém, estranho né? Mas deve-se confiar, né, mamãe, eu devo confiar.

Kou Mabuchi e um estranho idiota que me mantem o mais irritada possível, mas gosto dele, mesmo ele sendo um chato de vez em quando, mamãe, mas eu acredito que seja assim mesmo, eles são o meu porto seguro, e ainda assim não consigo expressar isso em palavras.

Sinto falta de vocês, mande um beijo ao papai.

Com amor e carinho de sua filha,

Hayate Sasaki.

x

Ter fé, apenas crê naquilo que não e provador cientificamente, o que é tudo isso? E o porquê destas palavras serem tão importantes para as pessoas a sua volta? Por que ela tinha que aturar tais palavras quase constantemente em sua vida? Qual o real significado destas palavras? Por que todos queria que ela acreditava-se em algo irreal?

E o que Hayate Sasaki se perguntava todos os dias quais os reais significados das palavras que sempre ouvia dos seus professores. De seus amigos. E até mesmo de seu vizinho ranzinza, e principalmente de seus melhores amigos que vivia dizendo que ela deveria ter fé na magia do Natal.

Eijun Sawamura, Kou Mabuchi e Futaba Yoshioka quase inconscientemente repetiam aquelas palavras com afinco, quase amabilidade e uma determinação desconhecida para a catcher;

Ela nunca acreditou em nada disso, quando acreditou, era apenas uma criança sonhadora e cheia de sonhos, mas isso era passado, e o passado deve ser deixado para trás como todas as coisas que a prendem ao passado que a fazia ter pesadelos à noite.

Ela ainda não entendia o real significado da frase ter fé, ou da palavra acreditar, nunca teve certeza do que aquelas duas palavras podiam fazer para uma pessoa, e nem queria saber, estava farta de ouviu aquelas palavras constantemente da boca das pessoas – O que conhecia das palavras era apenas o que um simples dicionário dizia, o que era o significado simbólico apenas que dizia que era crê em algo, como boa intelectual, Hayate levava as coisas muito para o lado racional, e não via sentindo em acreditar em Papai Noel.

Ela não comemorava o natal e nem mesmo o Ano Novo, por bons motivos que não deveriam ser exposto a ninguém, mas, no entanto, naquele ano, Eijun fizera questão de fazer uma pequena festa para ela em seu apartamento contra a vontade dela. A garota de cabelos castanhos apenas suspirou ao lembrasse-se do dia em que Eijun Sawamura, Kou Mabuchi e Futaba Yoshioka apareceram com aquela ideia maluca antes do recesso de Natal.

Era novembro, estavam prestando exames para a escola e estava como sempre pilhada, o que era normal para alguém tão centrado quanto a Sasaki – e eles a pegaram depois de uma prova de calculo, ela estava cansada, e nem se deu ao trabalho de ouvir o que eles tinham a dizer, apenas concordou sem nem ao menos saber do que se tratava, e depois, se arrependeu. Fora no mínimo estressante para a catcher reserva do colégio Akagi ao descobrir os planos de seus amigos para aquele Natal, ao qual ela passaria estudando sem cessar.

Apenas pendeu a cabeça para o lado, ao ver seu melhor amigo pendurar a ultima bola de natal sobre a pequena arvore improvisada em seu pequeno apartamento, o pitcher do colégio Akagi apenas virou-se, havia um enorme sorriso em seu rosto enquanto a outra juntou as sobrancelhas para ele, estava irritada com ele por aquele idiota ter ignorando os seus protestos, e está ali em sua sala, fazendo algo que catcher abominava com todas as suas forças.

-Ficou perfeito, não acha Hayatecchin... – tagarelou o amigo, e outra apenas bufou – Mamãe emprestou para a gente, e ficou perfeito.

Hayate apenas juntou as sobrancelhas, e pronunciou-se num tom no mínimo seco, o que foi totalmente ignorado por Eijun.

-Por que trouxe uma arvore para cá, Ei-chan? – questionou pela decima oitava vez, havia sido clara que não iria comemorar, mas seus amigos não a ouviam e por isso, ela teve que se render a isso – Não e certo, você saber que não comemoro o Natal, e isso e no mínimo insultante, Ei-chan.

-Mas todos devem comemorar o Natal, Hayate... – ele apenas sorriu com seriedade, não se afetando pelo humor do cão da outra – Você ao menos seja gentil com Fuu-chan e Mabuchi, eles estão sendo gentis, e, por favor, seja ao menos educada.

Hayate o ignorou e mandou um olhar irritado a ele, mas eu não pedi por isso, Eijun, e saiu da pequena sala marchando furiosa por isso, Eijun estava testando a sua paciência estava claro pelo sorriso presunçoso para ela, e catcher conhecia aquele maldito sorriso melhor que ninguém – indo ao quarto, seu apartamento tinha quatro cômodos que eram a cozinha, a pequena sala de visitas, o pequeno banheiro e seu quarto onde se encontrava naquele momento, apenas sentou-se na pequena cama e enterrou as mãos ali.

Por que eles não entendiam que ela não queria comemorar o Natal? Por que queria tanto que ela comemorasse uma data tão melancólica como aquela? Era uma das questões que Hayate se questionava sempre, desde sempre ela ignorou o Natal, normalmente, naquela época do ano Hayate estaria ocupada demais com seus estudos para se preocupar com bobagens como festas, e sempre foi assim e por que eu mudaria agora depois de todos esses anos? Depois de tanto tempo sozinha neste apartamento? Questionou-se, mas suspirou ao perceber que perderia aquela batalha que travava consigo mesma, todos os anos a catcher ignorou as festividades Natalinas assim como seu aniversário, e, portanto o Ano Novo, apenas levantou os olhos verdes para o pequeno porta-retratos que tinha em sua cabeceira.

Neles havia ela com o enorme troféu na mão ao lado dos irmãos gêmeos, e sua família que apenas demonstrava felicidade pelo primeiro campeonato de Baseball que os gêmeos haviam conquistado como uma equipe, e o sorriso da mãe eram calorosos como o sol –havia outra foto com eles sorridente, era dezembro também naquele enquanto os trigêmeos sopravam as velinhas do 12° aniversário com os pais do lado, eles e eu, os Trigêmeos Sasaki – a catcher apenas segurou a moldura entre os seus dedos, e fora o seu natal com eles, depois naquele mesmo ano, numa fatídica noite de Dezembro, quase perdera os irmãos que estavam ainda no hospital, mas perdera os pais num acidente de carro, era a única com saúde para cuidar dos irmãos, por isso ela batalhava por um futuro juntamente com eles.

Desse então, Hayate era apenas ela para eles... E ela, não havia mais ninguém por quem esperar e estava só nesse mundo e seus irmãos necessitavam de sua ajudar, até reencontrar Eijun, que a trouxer da solidão.

-Hayate? Posso entrar?

A voz ecoou suave e feminina, Hayate apenas murmurou um entre baixo, e viu a garota entrar, os cabelos castanhos mais claros que os seus e olhos do mesmo tom, ela usava moletom escuro que havia uma palavra escrita, Happy, e uma caretinha, aquela e ali, era Futaba Yoshioka, única melhor amiga de Hayate que sorriu ao ver a jovem catcher.

-Se escondendo de novo?

-Futaba, não comece... – retrucou ríspida – Você saber muito bem que não comemoro o Natal, e nem mesmo o Ano Novo.

-Dear, deveria comemorar sabia well, it’s funny, dear... – a outra falou inglês com sotaque forte e alguns erros na pronuncia, enquanto Hayate revirou os olhos com isso e de como Futaba tentava ao menos alegra-la – Eles iam gostar.

Os olhos da outra pousaram sobre o pequeno porta-retratos – as pessoas no retrato sorriam largamente, Futaba apenas olhou o sorriso verdadeiro e sincero de sua amiga li, exposto, nunca havia visto tal sorriso antes.

-E, eu sei.

Ela queria acreditar por eles, mas cicatrizes deixadas em seu coração eram para sempre.

x

Estava animado.

O clima naquela sala era quase palpitava de tanta alegria por aquela festividade.

Mas do que normalmente estaria naquela época do ano naquele pequeno apartamento, Futaba sabia que não haveria luzinhas e nem mesmo uma pequena arvore de natal no canto da sala, bonitinha e simples, sim vários livros espalhados e uma comida não muito agradável para a sua companhia – Hayate estava encostada na batente da porta, seus olhos verdes estreitaram enquanto os amigos riam de algo fútil que a Yoshioka sabia que a amiga desenharia sem dó e nem piedade alguma.

Mas sorriu ao ver os amigos animados, era a magia do Natal tão evidente naquele clima festivo – Kou e Eijun estavam olhando os pequenos presentes postos ali por eles mesmos, Futaba sorriu ao perceber o ar complacente da amiga que apenas cruzavam os braços ao redor do busto e em frente à camisa do Nirvana, a jovem de cabelos caramelos sempre esteve onde Hayate estava, desde que pequenas se conheciam e viviam no mesmo bloco de apartamentos desde que Hayate ficará órfã e Futaba também aos 10 anos, mas ela lidará bem com a perda, mas sua amiga nunca lidou bem com isso e ainda teve que ser forte por ela e pelos irmãos que se encontravam no hospital, e sabia bem do gênio difícil da amiga.

-Dear, vamos? – questionou animadamente.

-Você ainda tentar ser legal comigo, Futaba... – murmurou à outra séria, um misto de curiosidade mesclada ao simples e tedioso mau-humor da outra, Futaba sorriu – Você sempre sorri com o meu sarcasmo.

-Acho uma graça, dear.

Piscou para ela, a Yoshioka conhecia um pouco do gênio difícil da amiga assim como aquela expressão de puro desgosto que cruzou mesmo que por poucos segundos o rosto da amiga – desde a morte dos pais da mesma – Hayate havia se fechado num pequeno casulo ao qual ela sentia-se segura, havia linha tênue entre o mundo real ao qual Hayate apenas mantinha-se em pé e disposta a lutar, e o mundo da Sasaki que era onde viviam as suas eternas lembranças.

-Finalmente, Yoshioka.

Pronunciou-se o rapaz de cabelos azuis-escuros, os olhos azuis escuros fixos e um sorriso de escarnio, a jovem de cabelos cor de caramelo apenas sorriu mais ainda, e sentou-se ao lado dele e em frente à Eijun.

-Não comece Kou-chan... – provocou o outro que apenas revirou os olhos com tom displicente da outra que sorriu irônica – Feliz natal, guys!

-Misturando ainda o inglês e o japonês, Fuu-chan... – Eijun apenas sorriu, e alargou o sorriso e voltou-se para Hayate que se sentou ao seu lado, tensa, mas ainda emburrada – Feliz Natal, dear!

Hayate levantou os olhos e pronunciou num tom calmo.

-Feliz Natal!

Sua voz soou calma, mas ainda desprovida, e um passo, pensou Futaba enquanto a conversa que foi travada era sobre amenidades e sobre o tempo frio que fazia naquela noite de 24 de dezembro, animação evidente, mas Futaba observava minuciosamente o rosto composto de Hayate, mesmo não demonstrando nenhuma emoção, a garota de cabelos caramelo sabia que a amiga estava perdida em seus pensamentos.

-Deveria acreditar dear.

Murmurou antes de beber o suco, Hayate foi pegar de surpresa.

-Acreditar em que? – questionou num tom duro – No Papai Noel? Ou em milagres, Futaba?

-Em nós, ter em nós... – continuou Kou num tom calmo – Você acreditar em nós?

Hayate apenas desviou os olhos, a Sasaki ficou em silêncio – Eijun censurou o amigo pelo olhar, enquanto Futaba estava ansiosa, esperando pela resposta da amiga – desde sempre ela teve apoio das pessoas que seus pais confiavam, mas Hayate não, sempre fora só ela.

-Eu acredito em vocês, mas tenho medo... – pausou por um momento, sua voz soou quase incrivelmente nervosa – Que sejam iguais aos outros que me abandonei quando eu precisar mais de vocês, e isso, eu tenho medo.

Futaba lançou-se em seus braços, juntando-se aos amigos, abraçaram a amiga com força lhe passado a sensação de segurança que sempre passavam para a catcher do colégio Akagi, firmemente enquanto o badalar da meia-noite acontece, mas a garota não se afastar e olhar Hayate com apreensão e compreensiva.

-Eu nunca vou ter abandonar.

-Nem eu! – gritou Eijun animado – Não irá se livrar da gente, né, Kou-chan?

-Ah~! Não há nada a se fazer, além disso, por que eu realmente não encontraria ninguém tão amável quanto a Hayate... – o rapaz sorriu irônico para eles, Futaba riu, sabendo que era como o amigo se expressava – mas nunca vou ter abandonar também.

Hayate apenas parou e apertou mais Futaba e os amigos enquanto tentava segurar as lágrimas, mas soluçou, e as lágrimas em seus olhos enquanto os abraçou firme ao redor de Eijun e escondeu o seu rosto ali – chorou como nunca havia chorado antes, as cicatrizes sempre estaria nela, Futaba sabia disso, mas eles sempre estariam juntos para que a Sasaki nunca ficasse sozinha.

-Obrigado, eu acredito em vocês.

-Então, feliz natal! E vamos comer!

Alegrias reinavam ali juntamente com as emoções daquela data que fazia as pessoas esquecer as diferenças, enquanto as cicatrizes por aquele momento eram esquecidas assim como a tristeza presente no coração dela, Hayate olhar para o céu enquanto flocos de neve caiam sobre a janela de seu pequeno apartamento, e sorriu, amanhã ficaria com os irmãos e contaria as novidades, finalmente havia começado a aceitar.

“Eu vou acreditar, mamãe, eu vou mesmo, eu acredito neles”.

Fim¹.


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Notas finais do capítulo

Comentários?
Feliz Natal, minna-san! XD
¹- Acontecimentos antes de Wait for me.



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