Mestiça escrita por Mandy Sunshine


Capítulo 5
Capítulo 5: O Lago da Bella


Notas iniciais do capítulo

Quinto capítulo!!! Reviews, please!! >.



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Devo confessar que estava ansiosa para começar a fazer essas coisas “sobrenaturais”. Sempre quis saber como é ser aqueles personagens de livros. Só não queria a parte da “pequena aventura” que eles são obrigados a passar. Acho que se eu estivesse em um livro, eu não chegaria nem na metade dele. Seria apenas o fator pelo qual o protagonista se motivou a matar o seu inimigo.

Talvez alguém esteja escrevendo essa história. Se você esta planejando minha morte futura, que eu sei que esta planejando, tente não ser muito dramática. Não faça da minha morte algo muito doloroso. Podem cortar minha cabeça, a morte é bem rápida, acredito, a dor dura uns 2 segundos, não seria tão ruim assim.

Eu estou viajando demais. Acredito que Thommas esteja falando há mais de 10 minutos. Acho que esta falando sobre o que eu tenho que aprender agora.

– Você tem que começar pela terra – Ele falou

– Eu não sou uma boa jardineira, nunca toquei em uma planta.

– Você se perdeu em que parte da minha conversa? – Perguntou com uma cara séria

– A parte que você disse que eu poderia começar meu treinamento agora. – Respondi, sincera

– Que legal. Falei – Olhou para o relógio – durante 23 minutos com o vento. Eram coisas importantes, sabia?

– Desculpe.

– No que você estava pensando?

– Besteiras. Nada sem importância. – E realmente eram sandices

– Então você esta querendo dizer que pensar besteiras é melhor do que conversar comigo? – Arqueou a sobrancelha, irritado.

– Não foi isso que eu quis dizer. É que... – Tentei me defender

– Não se preocupe até eu acho tedioso esse assunto. – Explicou. Sem interesse.

– Mas o que você estava falando mesmo?

– Besteiras. Nada sem importância – Ironizou.

Seus modos estavam começando a me irritar.

– Então eu sugiro que me entregue a merda deste livro agora. E que me deixe aprender sozinha.

– Você não iria conseguir. Tem várias coisas aqui que você não sabe o que significa. Não iria nem saber falar, na verdade. Iria terminar se matando – Colocou um sorriso maldoso nos lábios. Bufei. Ele é um idiota.

– A lua não deixaria. Antes de eu falar alguma coisa errada, algum animal tiraria minha concentração. – 1 a 0 para mim

– Teste-a para ver. Eu não me sentiria tão superior assim. Eu também sou um mestiço.

– Mas eu sou marcada pela lua e a única mestiça filha de bruxo com fada, acredito que isso me dá um pouco mais de vantagem – 2 a 0 para mim.

– Ser protegida pela lua não te deixa imortal. – Colocou a mão no queixo, parecia estar pensativo, ou apenas queria mostrar isso – Pelo menos eu acredito que não.

– Então existe alguma possibilidade de eu ser imortal.

– Eu estou dizendo que existe uma pequena possibilidade de NÓS sermos imortais

– Como assim? Nós?

– Mestiços são difíceis de nascer, isso nos dá muitas vantagens que os outros não têm. A imortalidade poderia ser uma delas. Isso poderia ser um motivo para as outras pessoas nos perseguirem. – 2 a 1 para mim, ainda – Achou que estava por cima não foi? Eu disse para não se sentir tão superior. Até porque você não é a única especial por aqui. – Debochou – 2 a 2.

– Como você... – Será que ele lê mentes? Será que ele sabe que eu o acho um gatinho?

– Eu não leio mentes. É que você é muito previsível, Kathy. E eu sei que você me acha lindo e gostoso. – Deu um sorriso sexy. Como se respira mesmo? Inspira, expira.

– Primeiro, eu não sou tão previsível a ponto de você adivinhar tudo o que eu penso. Segundo, não lhe dei permissão para me chamar de Kathy, até porque nem meus pais me chamam assim. Terceiro, eu não me lembro de ter e visto sem camisa– Falei, recobrando a consciência depois de tanta perfeição. Eu estou ficando louca.

– Você não fez nenhum comentário sobre eu estar errado de você me achar lindo, então eu sugiro que ache isso mesmo. Enquanto ao fato de não ter me visto sem alguma peça de roupa isso não é problema algum. – sorriu malicioso.

– Cale a boca Thommas! Você me irrita a cada palavra que diz. – Revirei os olhos

– Verdades irritam as pessoas. Elas nunca querem ouvi-las. – Eu desisto de contar quantos foras nós levamos um do outro, até porque eu perdi a conta faz algum tempo.

– Idiota! – Lancei uma almofada que estava no sofá em sua cara

– Isso doeu garota! – Esbravejou

– Oh, Deus! Desculpe! A minha intenção era de te fazer carinho – Ironizei

–Isso é o que realmente você quer! – Olhou sedutoramente para mim. Ele estava aproximando nossos lábios. Eu já disse que os olhos dele são lindos? – Mas já que você quer guerra! – Lançou-me uma almofada.

E assim começou a melhor guerra de almofadas que eu já participei. A primeira, para falar a verdade.

Quando dei por mim eu estava no ombro dele, rindo e gritando para que me soltasse, enquanto ele corria para fora de casa.

Ele corre rápido. Também é muito forte. Nossa. Foco Katherine, foco! Você não sabe para onde ele esta te levando.

Chegamos ao fim da “linha” e pude avistar a uns 4 metros abaixo um lago.

– Você não vai fazer isso – Ele me colocou no chão, mas sou diva demais pra correr, até porque ele me alcançaria em 2 segundos.

– Claro que vou – Ele tirou a camisa. Oxigênio por onde andas?

O fato é que não tive muito tempo para olhar a paisagem do local. Ele me pegou no colo novamente e nos jogou na água. Ela estava fria.

– Seu idiota! Imbecil! Eu não sei nadar! – Fingi engolir um pouco d’água. Eu já havia aprendido a nadar com o meu pai.

– Calma! Eu não sabia! – Tentou me ajudar. Parei de fingi e enfiei a cabeça dele na água. Comecei a rir.

– Te peguei!

– Isso não vai ficar assim!

– E o que você vai fazer? Posso saber?

Ele estava se aproximando de mim novamente, acho que agora me beijaria. Mas ao invés disso me empurrou com tudo para baixo d’água.

– Isso!

E assim foi o resto da tarde. Parecia que ele queria recompensar a minha infância de bosta.

Quando estava quase anoitecendo, saímos d’água. Eu estava morrendo de frio. Ele me deu a sua camisa, depois de muita insistência perante a minha relutância. O fato é que ele sabe argumentar bem.

Ficamos sentados na beira do lago, esperando o sol se pôr e a lua nascer.

– Qual o nome desse lago mesmo?

– O lago da Bella

– Esse é o lago que...

– Sim. Muitos dizem que você nasceu aqui.

– Hm.

– Nós devíamos ter começado o seu treinamento hoje – Ele mudou de assunto, já que viu que eu não fiquei muito confortável com o anterior.

– Começamos amanhã. Não tem pressa. – Falei calmamente

– Tem muita – Sussurrou – É melhor voltarmos para casa

E, assim, nós voltamos. Ele tinha muitas roupas femininas, de suas vítimas, pelo o que me disse. No começo não quis vesti-las. Sabe, é meio desconfortável vestir roupas de defunta.

– Você tira a roupa das suas vítimas? Seu tarado!

– Não é isso! É que seria um desperdício enterrá-las com essas roupas tão bonitinhas.

– Isso soou tão gay! - Debochei

– É. Eu sei.

Depois ele foi dormir no sofá e eu fui dormir na cama.

Temos muita coisa para fazer amanhã.


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