O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 55
Eu quero guardar esse momento


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! eu estou atrasada!!!!! eu sei!!!!!! essa semana minha escola vai estar em greve, só vou ter aula na terça e em alguns dias vou sair para ensaiar para o aniversario de quinze anos da minha amiga, gente vai dançar para abrir a pista de dança, que vergonha!
FELIZ PASCOAAAA! gnharam muito ovo? eu não, mas minha mae fez um monte de doce tem chocolate por toda a casa mas não é ovo! mas é melhorrrrrrrr kkkkkkkkk
bom gente eu sei que vocês queiriam uma gravidez duradoura mas não vai acontecer porque eu tenho poucos capitulos, a fic está acabando e ainda tem o caçula para vir. então sorry!
prometo aualizar Taynip essa semana. que também está na reta final!!!!
gente está tudo na reta final!
espero que gostem do capitulo.
Katharina!!!!!!! SUA DIVA EU CHOREI LEDO A SUA RECOMENDAÇÃO, É ESSE TIPO DE COISA QUE FAZ A GENTE QUERER CONTINUAR, ESSE CAPITULO É PARA VOCÊ. E PARA VOCÊ ASHLEY FELIZ ANIVERSARIO ATRASADO!!!!



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P.O.V. Katniss

Peeta tinha razão, eu não estava com barriga quando descobri que estava grávida, minha barriga só está começando a crescer agora, no final do meu terceiro mês. Estou sentada em uma cadeira na nossa sala com a blusa um pouco levantada para mostrar o inicio da minha barriga enquanto Peeta está parado a minha frente com uma tela pinceis e tintas.

— Isso realmente é necessário? — eu digo reclamando.

— É claro que é, eu quero que esse momento esteja gravado nas nossas vidas para sempre, o momento em que o nosso bebê começou a crescer! E fique parada!

— Podíamos simplesmente pedir a Effie uma câmera, daria no mesmo.

— Kat, que parte do eu quero guardar esse momento você não está compreendendo, eu quero guardar! Eu!

— você continuaria guardando, a diferença é que eu não teria que ficar tanto tempo parada na mesma posição! Está me cansando ficar aqui!

— Já estou quase acabando a base da barriga, ai você pode sair, eu conheço seu rosto o suficiente para não precisar olhar para ele para desenhá-lo. E pare de se mexer se não vou ter que começar tudo de novo!

— Seria muito mais fácil pedir a Effie uma câmera! — eu resmungo voltando a posição que eu tenho que ficar.

— Eu ouvi isso! e alias acho que Effie já nos mandou coisas demais!

Isso é verdade, assim como todo mundo, desde que anunciamos que íamos ter um bebê temos ganhado muitas coisas, principalmente depois que “vazou” para Panem toda que era verdade, tenho certeza de que isso foi coisa de Plutarch, passou na televisão e tudo.

E a pergunta que as pessoas tem me feito é: Como está sendo estar grávida? Minha resposta? Aterrorizante!

Flashback on

— Para quem a gente vai contar primeiro? — eu pergunto, estamos indo em direção a padaria, ele já não havia ido ao trabalho no dia anterior para me levar a doutora Mary, não poderia faltar de volta, mas ele não queria me deixar sozinha, ainda sentia enjôo e tonturas, ele dizia que eu poderia cair da escada e não teria ninguém para socorrer a mim e ao nosso filho, então a solução foi eu ir junto. Resolvemos que não teria sentido esconder a gravidez, já que em algum momento minha barriga iria aparecer e todos iriam saber, e tirando o fato de eu achar que a felicidade imensa de Peeta já entregaria tudo em cinco no máximo dez segundos. Pedimos a Mary que não contasse a ninguém que esperasse até que nós contássemos primeiro, ela concordou, mas duvido que as enfermeiras do hospital já não tenham desconfiado, eu que nunca apareço no medico de repente apareço e ainda para ir a uma ginecologista, eu acho que ficou meio obvio, e é por isso que nós vamos contar hoje, para todo mundo, para que saibam por nós e não pelos outros.

— Acho que se não contarmos para Delly primeiro ela vai surtar!

— Tudo bem! eu gostaria de contar primeiro a Greasy mas ela só virá a tarde, até lá Delly já vai ter descoberto desvendando o seu sorriso bobo! — Peeta sorri, mais!

— O que eu posso fazer, eu não consigo parar de sorrir, só de pensar que um filho meu está se formando aqui dentro! — ele me abraça por trás colocando a mão em minha barriga enquanto andamos. — Já me faz sorrir, e saber que você também o quer, me faz sorrir mil vezes mais!

— eu sei!

— Como você está se sentindo sabendo que tem alguém ai com você?

— Na verdade eu não sei dizer, não tive muito tempo para pensar nisso! É confuso, eu acho que ainda muito cedo, eu sei que tem alguém aqui, eu sinto algo por ele, mas eu não o sinto, pelo menos ainda não, só sinto os efeitos colaterais dele estar aqui, meu olfato está muito mais aguçado sinto cheiro das coisas de longe, senti cheiro do álcool de Haymitch na porta da nossa casa, e estou sentindo cheiro de torta de limão!

— Nós estamos perto da padaria, Agenor já deve ter começado o trabalho. Me faz um favor? — eu afirmo com a cabeça. — assim que souber a resposta para essa pergunta eu quero ser o primeiro a saber.

— você será!

Assim que entramos eu sou atingida por um cheiro maravilhoso, sinto uma súbita vontade de comer tudo o que está em volta, de onde eu tirei tanta fome desse jeito?

— Ei resolveu trabalhar chefinho? — diz Delly passando por nós com uma fornada de tortas e entregando na mão de Peeta. — anda logo o folga, tem muita coisa para você fazer por aqui, já que nos deixou sozinhos ontem!

— Eu estava cuidando da Katniss, Delly, eu disse a vocês que quando tivesse algum imprevisto, que quando certa coisa acontecesse, uma coisa que eu contei para você algumas semanas atrás, eu lembro de ter te avisado de que eu trocaria tudo isso aqui para ficar ao lado dela, quando acontecesse aquilo! — Peeta diz em código em um tom de brincadeira, Delly olha para ele por um momento tentando entender o código, então suas sobrancelhas se erguem e sua boca começa a se abrir lentamente, ela olha para Peeta depois para mim, depois para Peeta, depois para minha barriga e repetiu a sequencia uma duas vezes antes de gritar alto o suficiente para chamar a atenção de todos que estavam na padaria, funcionários e clientes!

— AI MEU DEUS!VOCÊ ESTÁ GRAVIDA!!!!

Todos sem exceção olharam para nós, eu me escondi atrás de Peeta que estava dando risada.

— Viu nem precisávamos ter dito a sua mão ontem Kat, ela deve ter ouvido lá do 6 junto com toda Panem! — Delly percebendo o escândalo que fez tapou a boca com a mão, mas ainda consigo ver a sua expressão de felicidade, algumas pessoas voltam ao que estavam fazendo outras continuam nos encarando.

—Me desculpa! Ai eu não acredito! Isso é serio mesmo? Vocês vão ter um filho?

— Sim! — Peeta responde me tirando de trás dele e me abraçando de jeito que ela possa pegar em minha barriga, é melhor eu me acostumar com ele fazendo isso porque a partir de agora vai ser assim.

— Eu só vou acreditar se a Katniss disse em voz alta! — ela diz e os dois me encaram, inclusive algumas pessoas como uma freguesa da minha vila, Alicia que está atrás do balcão fingindo não ouvir nada mas eu sei que ela está ouvindo e Agenor que está até se distraindo com o troco da freguesa.

— Sim, é verdade eu estou grávida. — eu falo em um tom que de para ela e todos os outros ouvirem.

— Ai meu Deus! — Delly diz tirando a mão da boca e exibindo um sorriso do tamanho de Peeta. Ela vem até mim e me abraça, Peeta me solta um pouco mas não se afasta, tenho a impressão de que ele não irá me soltar tão cedo. Quando ela me solta ela se vira para Peeta e o abraça forte. — Parabéns! Eu não acredito, na verdade eu acredito sim, eu falei para você que você ia conseguir realizar a sua lista!

— Delly! — Peeta a repreende.

— Que lista?

— Não é nada, era só um brincadeira que tínhamos quando éramos adolescentes apaixonados por pessoas que nem sabiam da nossa existência.

— você não contou da lista? você está quase completando e não contou para ela.

— Delly não...— ela não o deixa terminar de falar.

— Quando tínhamos 14 anos eu e Peeta fizemos um lista, uma lista dos sonhos, e naquela época nós dois éramos apaixonados por pessoas que não sabiam quem a gente era, você e uma outra pessoa que não vale apena dizer aqui. E nossa lista tinha basicamente a mesma coisa, fazer vocês notarem a gente, fazer vocês se apaixonarem pela gente, namorar, casar, morar junto, ter filhos, criar os filhos juntos, ver os netos juntos, e estar juntos para sempre! Confesso que essa ultima parte fui eu quem criei, mas o resto foi ele aqui! E ele está quase terminando a lista!

— Ai meu Deus Delly, você não está chorando está?

— Eu estou tão feliz por vocês! —ela nos abraça de volta.

— A Delly por favor!

— Tudo bem, me desculpa. Parabéns! Vocês merecem, tudo de bom! Eu vou voltar lá para dentro, deixa que eu fico com isso! — ela pega a fornada que Peeta havia posta em cima de uma das mesas e volta para a cozinha, Alicia é a primeira a vir, e depois que a freguesa vai embora sorrindo para mim Agenor também se junta a ela.

— Isso é verdade? — ela pergunta apontando para a minha barriga.

— sim! — eu e Peeta dizemos juntos, ela ainda abraçando comigo segundo nossas mãos em minha barriga.

— Ai que lindo parabéns! — ela me abraça e Agenor bate no ombro de Peeta.

— Foi rapidinho em chefe, não faz tanto tempo que você contou que iam tentar.

— Na verdade, a gente só... tento uma vez!

— Eita garota rápido! — eu parei de ouvir antes que eu virasse um tomate viva. Não ficamos o dia todo recebendo parabéns, Peeta tinha que trabalhar mas eu não estava confiante de que não iria cair em um buraco na floresta, por isso fiquei lá, tínhamos chamado Haymitch e Greasy, para dar a novidade, quando eles chegaram Haymitch que estava sobreo fez muitas piadinhas que nem vale apena citar, mas no final de tudo ele nos deu os parabéns, assim como Greasy. Ela se ofereceu para me ajudar com o que fosse preciso e eu aceitei porque, com toda a certeza ela tem experiência nesse assunto.

Em poucos dias todos do distrito já estavam sabendo, eu passava na rua e eles me davam os parabéns, já tinha até me acostumado, se eu passasse por algum lugar eles me dariam parabéns e perguntariam como estava o bebe não importa que eu só tenha ido ao medico uma vez, nem que só tivesse uma semana que eu tenha descoberto.

Se eu achava que o pior seria contar para a minha mãe, eu estava completamente enganada, o pior foi contar a Effie que explodiu em uma sintonia estridente, e depois de reclamar muito por nós só termos dito dois dias depois a ela, ela nos deu os parabéns e começou a planejar toda a mobília em mogno que ela mandaria para o quarto do bebê, e das roupas e de como ela queria que fosse uma menina para que ela pudesse passar o legado da moda, e então eu passei o telefone a Peeta e fui dormir.

Flshback off

— é esquisito!— eu digo.

— O que é esquisito?— Peeta pergunta enquanto dá mais algumas pinceladas na tela sem tirar os olhos de mim.

— Estar grávida! Você me disse para quando eu soubesse a resposta te contar em primeiro lugar. É esquisito, de um jeito bom, mas continua sendo esquisito, saber que tem alguém se formando aqui dentro, que está crescendo em mim, uma mistura minha e sua, e que eu estou guardando aqui até que ela esteja pronta. Isso é esquisito. — Peeta para de desenhar e me encara sem expressão por alguns segundos.então eu resolvo completar. — Mas é um esquisito bom.

— você não precisa se explicar toda a vez que achar que me magôo, eu entendo, se fosse eu carregando um filho nosso, eu estaria imensamente feliz, mas isso não tiraria o fato de eu me sentir estranho, é uma coisa nova, se eu estivesse no seu lugar eu me sentiria como um canguru, que vai tirar o bebê da bolsa em algum instante da vida!— ele volta desenhar e eu não posso evitar rir.

— Eu estava me imaginando uma bolsa na verdade, com o conteúdo ainda indeterminado, mas um canguru também serve.

— Por enquanto indeterminado! Agora que estamos a caminho do quarto mês o que você acha que pode ser. Menino ou menina?

— Eu ainda não sei, muitas pessoas vieram me dizer que mãe pode sentir mas tudo o que eu sinto é fome, nunca pensei que comeria tanto assim.

— É normal você está comendo por dois agora.

— Greasy disse a mesma coisa, ela me disse para comer coisas saudáveis e não só o que eu tiver desejo.

— Até agora você não teve muitos desejos, acho que só um, aquela noite que você levantou escondida para comer o cozido que eu havia feito e disse que sentiu uma vontade enorme de comer toda a panela.

— você não devia ter deixado, eu fiquei me sentindo péssima depois!— ele ri. — eu não acredito muito nessa coisa não, de que se não comer o que deseja a criança nasce com cara daquilo, como seria um bebê com cara de cozido de carneiro? — Peeta ri alto.

— Uma coisa eu posso apostar ele faria muito sucesso entre as garotas fãs de cozido. — eu rio.

— E se for uma menina?

— Ai eu não vou deixá-la sair de casa porque praticamente todos os garotos de Panem iriam correr atrás dela. — ele tira os olhos da tela e posso ver sua expressão, ele não está brincando.

— Que machismo senhor Mellark quer dizer que se for um menino ele pode ser paquerado por quantas garotas quiser mas se for uma menina não?

— Não é machismos! É a lei da vida! Pais não querem que suas filhas namorem, porque eles mesmos já namoraram e sabem o que garotas fazem quando estão namorando! — ela larga o pincel e vem até mim, ele é um pintor tão bom que não tem nenhuma gota de tinta em sua roupa,. Alguma manchinhas pequenas em suas mão mas apenas isso!

— Garotas podem ser tão atrevidas quanto os garotos! Pelo o que eu me lembro fui eu quem dei o primeiro beijo! — eu digo. — e se for um garoto e a garota fizer isso com ele?

— Bom... se ele for ficar tão feliz quanto eu fiquei quando você deu o nosso primeiro beijo eu não vejo problema nenhum! — ele segura meu rosto com as mãos.

— O mesmo vale para se for garota? — ele sorri e revira os olhos.

— Não sei! Já está comprovado que pais são mais possessivos com filhas do que com filhos, mas se ela gostar mesmo da pessoa, tanto quanto eu gostava de você, acho que já será um ponto a mais para este tal. — ele olha nos meus olhos.

— Gostava? — eu fecho a cara e desvio o olhar dos olhos dele percebendo o que ele disse. Ele se agacha, e puxo meu queixo para que eu volte a olhar para ele.

— Sim gostava, porque eu percebi que eu percebi que o jeito que eu te amava naquela época não chega nem aos pés do jeito que eu te amo agora! — eu fiquei tentando desviar dos olhos dele porque eu sei que se eu olhar para aqueles azuis eu me perderei neles e esquecerei que estava brava com ele. Mas ele não deixa que eu me desvie por muito tempo ele segura meu queixo o pressionando e sou obrigada a olhar. —você sabe que não estou dizendo isso só porque você está carregando um filho meu não sabe?— não respondo nada porque infelizmente isso já passou pela minha cabeça algumas vezes. Será que ele teria continuado me amando se eu tivesse dito não quando ele pediu um filho? — Katniss? — volto meu olhar para ele de novo, sua expressão é séria. — você não está duvidando, está?

— O que teria acontecido se eu não tivesse aceitado? Se eu tivesse insistido que eu não queria um filho?

— Nada! Nada. — ele diz, não consigo decifrar a sua expressão, raivo? Dor? magoa? Desespero? — eu teria esperado, assim como eu disse que esperaria. — ele se levanta e vira de costas passando a mão pelo cabelo. — você realmente acha que eu seria esse tipo... que eu...— ele não consegue terminar a frase.

— Me desculpa, mas isso acabou passando pela minha cabeça algumas vezes, eu sempre soube que você queria filhos, eu estava tentando me preparar para quando você os pedisse, mas talvez eu não conseguisse, talvez eu não conseguisse dar a você aquilo que você queria.

— você está se ouvindo? Há dezenove anos que eu sonho com você, o que eu queria, quero e sempre vou querer é você! sim eu sonho em ter filhos, eu sempre quis ter, mas eu sempre sonhei em ter filhos com você, em formar a nossa família, de nada adiantaria se fosse com outra pessoa, não realizaria a minha lista Katniss! você é base de tudo,quando eu consegui você, nada mais importava, mas ai eu percebi que nós podíamos ir mais longe. O que teria acontecido se você tivesse dito não? eu teria esperado que um dia você mudasse de ideia, e se você não mudasse não faria diferença, eu não deixaria de te amar, eu não te amaria menos por isso. eu sempre soube dos seus planos e de que eles não incluíam se quer um marido e que você já havia ido longe demais dos seus planos. Sim eu sempre quis ter filhos! — ele se aproxima de mim de volta, me fazendo olhar para seus olhos que estavam marejados, eu não consigo vê-lo desse jeito, instantaneamente sinto os meus próprios olhos se marejarem e me arrependo por ter feito aquela pergunta por ter duvidado nem que fosse por um segundo de que essa seria a sua resposta. — Mas o meu sonho sempre foi você, e eu te tenho, e já é mais do que eu pudesse imaginar ter. Eu confesso que você ter aceitado ter o nosso filho me deixou de certa forma... mais apaixonado por você se é que isso era possível, mas não mudou nada, do mesmo jeito que não teria mudado se você tivesse dito não!

— Me desculpa! Mas eu precisava saber! Mesmo que eu já soubesse, e somente não quisesse ver, ai eu não acredito que eu estou chorando por causa disso! — eu limpo minhas lagrimas que caíram sem eu perceber em uma quantidade que eu não sabia que existia.

— A doutora falou que seus hormônios ficariam descontrolados.

— Eu não achei que fosse agora no começo. Me desculpa. — ele se agacha de novo e sorri para mim.

— Que bom que agora você vê, nunca mais duvide do que eu sinto por você senhora Mellark! Nunca mais, eu te amo independentemente de qualquer coisa.

— Eu sei! Eu te amo! — ele sorri e limpa mais algumas lagrimas que caem mais elas são seguidas por outras. — ai eu odeio esses hormônios! — ele ri mais e se aproxima beijando meus lábios levemente, depois não tão levemente, depois não sinto leveza nenhuma no beijo, sinto todo o amor que ele sente tudo dentro de um toque, a cadeira geme e ele me levanta dela me carregando até o sofá, ele me deita nele delicadamente se apóia nos braços e volta a me beijar.

— Eu preciso terminar a tela! — ele diz arfando.

— ela não vai fugir, depois você termina! — eu digo e o puxo de volta ao beijo, ele ri e me beija de volta.

P.O.V. Peeta.

Acabei de terminar a tela do quinto mês, Katniss está dormindo lá em cima, ela não sabe que eu estou aqui, eu vou ter que subir antes que ela acorde, ela vai achar que eu tive mais visões, elas estavam andando longe, mas como o doutor diz, elas sempre voltam uma hora, tenho tomado muitos remédios, que tem ajudado a manter a sanidade, mas eles não as fazem ir embora, então eu contínuos as tendo, mas estou de certa forma acordado durante elas, eu vejo as imagens, mas sei que não são reais, fica mais fácil de lidar, mas ainda dói, eu digo a Katniss que não dói, que são apenas imagens, mas é só para ela não se preocupar comigo, ela já tem com quem se preocupar de mais, e esse alguém está dentro dela, e pelo bem dos dois eu me deixo sofrer sozinho. Mas ainda bem, os remédios não deixam acontecer diariamente, acontece de vez em quando.

Mas dessa vez não foi por uma visão que eu acordei, foi por um pesadelo, um pesadelo terrível: eu havia acabado de cegar da padaria, ainda tinha farinha no meu cabelo e massa nas minhas unhas, eu entrei e chamei por Katniss, não houve resposta, eu chamei pelo meu filho, não houve resposta, eu começo a subir as escadas e meus pés escorregam em algo viscoso, eu olho para o chão e vejo algo vermelho, eu me abaixo e posso sentir o cheiro, eu sei o que é mas não quero acreditar que seja, eu me abaixo e toco, sim, é sangue, e está escorrendo pela escada toda, eu começo a correr para cima, ignorando as escorregadas que do no sangue, sigo a trilha que o sangue está fazendo que levam direto para o quarto do meu filho, e lá eu encontro a cena que me fez acordar, Katniss jogada no chão, com meu filho apertado em seus braços, mas não é seu aperto que os está segurando, pois seu aperto já não mais existe,não há mais vida dentro dela, o que os mantém juntos apertados um contra o outro é uma lança fincada no corpo dos dois e o sangue deles escorre pelo quarto.

Eu acordei em um solto, Katniss não acordou, eu a apertei contra mim, segurando sua barriga com força enquanto as lagrimas caiam silenciosamente dos meus olhos.

— Não era real! Não era real! Eles estão bem! ela está lá em cima dormindo com meu filho no ventre, está tudo bem! — eu repetia para mim mesmo enquanto dava meus últimos retoques a tela do quinto mês de gravidez.

As coisas estão melhores, quer dizer para nós, como pais, temos ganhado muitas dicas, Mary diz que esta tudo bem com o bebê, mas que ainda não podemos ver o sexo porque ele está em uma posição que o equipamento não alcança, eu quero que seja uma menina, uma menina linda assim como a mãe, Katniss ainda não sabe o que quer que seja, ela disse que não fará diferença, que ele ou ela continuará sendo a criança mais mimada da face da Terra, temos ganhado, muita coisa, o enchoval está praticamente completo, tudo branco já que não se sabe o sexo, mas assim que descobrirmos eu e Katniss vamos pintar as paredes do quarto e colocar os moveis que ainda estão no porão junto com as minhas inúmeras telas. Quando termino a tela do quinto mês eu subo para fazer o café, e quando ouço barulho lá em cima resolvo subir, ouço o barulho do armário, ela deve estar trocando de roupa, bato na porta ela diz para entrar e quando entro dou de cara com a minha esposa andando de calcinha e sutiã pelo quarto.

— Desculpa eu não sabia que você estava se trocando eu bati e você disse que podia entrar! — eu digo mas viro a cara como ela teria virado se fosse ao contrario, eu não tenho vergonha de olhar, ela é linda, e a barriga de 5 meses a deixa mais linda ainda.

— Não tudo bem! — ela diz, ela está segurando uma blusa branca, mas não se esconde quando percebe meu olhar, ela apenas continua indo de gaveta em gaveta sem se incomodar. — Eu já estou pronta! — ela diz fechando com raivo uma gaveta e parando na minha frente.

— O que? —eu digo tentando disfarçar meu olhar fixo para seu corpo.

— Nada mais cabe em mim Peeta! Nada! — ela joga a blusa que segurava no chão. — então eu vou ficar assim! — ela aponta para as roupas de baixo. — Já que são as únicas coisas que ainda cabem em mim! Ainda porque a doutora disse que meus seios podem aumentar por causa do leite, então em breve nem o sutiã vai caber em mim! — ela está realmente irritada mas eu não consigo evitar rir da cena em que me encontro.

— Olha eu não tenho nada contra esse seu novo visual, desde que você só o use dentro de casa!

— Não, eu vou sair assim também! A menos que eu me enrole em uma toalha de mesa, que ainda cabe em mim! — eu começo rir e ela se aproxima mais de mim e bate no meu braço com força. — Para de rir eu estou serio!

— Ai Katniss! — eu tiro meu braço de perto dela e vou até o seu armário! — eu duvido que nada mais caiba em você! deve ter alguma coisa, eu sei que você não tem roupas para gravidez, mas você nunca foi de usar roupas apertadas, suas roupas sempre foram folgadas então deve ter alguma que de em você.

— Até semana passada ainda davam! Mas eu estou entrando no sexto mês,e eu estou enorme!

— Não está tão grande assim! Não tem um pedacinho de gordura nessa barriga! — eu chego perto dela e abraço tomando cuidado com a barriga. — tudo isso aqui! — wu passo a mão por toda a barriga dela.— é o nosso filho. Mary falou que seus hormônios iriam se alterar e que você poderia ficar um pouco irritadiça!

— Peeta Mellark! — ela diz e se afasta de mim. — eu estou enorme, me enjôo facilmente e choro o tempo todo por motivos ridículos, não me diga de novo que são só os meus hormônios de grávida porque eu sei muito bem o que são, mas isso não muda o fato de eles ainda estarem aqui! — eu sorrio, vou até a minha gaveta pego uma blusa e caminho até ela de volta pegando seu rosto com as duas mãos a forçando a olhar para mim, suas sobrancelhas estão franzidas e seus lábios rígidos do jeito que ficam quando Eloá está irritada, eu sorrio beijo sua testa para tirar as rugas de irritação, e depois seus lábios, ela não me beija de volta, mas seus lábios não estão mais rígidos.

— Kat, se acalma! — eu digo. — Toma usa as minhas roupas enquanto você não acha nada, esse é mais um efeito colateral, nosso filho está crescendo, ele precisa de espaço. — ela bufa respira fundo revira os olhos, mas afirma e pega minha blusa a colocando, geralmente ela ficaria em sua cocha, mas por causa da barriga ela fica um pouco enrugada e vai até pouco abaixo da cintura, só se prestar muita atenção e não conhecer a Katniss não verá a barriga, mas só uma camisa grande.

— Eu ainda preciso de uma calça! — ela diz com o tom de voz de volta ao normal.

— A eu não sei não! — eu digo pegando a mão dela e a fazendo dar uma voltinha. — eu gostei dessa visual aqui!

— Mas eu não posso sair com ele!

— Não pode mesmo! você tem uma calça que você sempre reclamava porque ela caia o tempo todo!

— Ah, é verdade! Eu vou achar! Desculpe eu explodi de novo! — eu sorrio e a beijo de leve. — onde você estava de manha? Eu acordei e você não estava lá.

— Eu estava fazendo o café, e terminando a tela do quinto mês!

— Como você acordou? — ela já está desconfiando como eu havia suposto.

— Kat está tudo bem! foi só um pesadelo estúpido.

— Tudo bem! eu vou procurar a calça e já desço!

— Tudo bem! — eu beijo sua testa, me ajoelho e beijo sua barriga. — nem te dei bom dia não é meu amor! Ele ainda não se mexeu?

— Se mexeu eu não senti. Mary disse que algumas crianças demoram a se mexer, acho que é o caso dele ou dela.

—Ainda sem suspeitas?

— Prefiro ter certeza, acho que você já meu deu suspeitas de mais com os quadros!

— Eu sei! Mas dizem que suspeita de mãe sempre está certa!

— Eu não sou uma mãe muito normal!

— Nós não somos pais muito normais, eu vou te deixar tocar de roupa, me admira o fato de você não ter corado nem um segundo estando de roupas intimas na minha frente.

— Peeta eu estou parecendo um balão, provavelmente eu só vá me importar depois que tudo isso já tiver passado.

Quando ela desce de volta está com a minha blusa a calça um pouco apertada.

— Viu agora você não pode reclamar dessa calça. — só então percebo o casaco de caça do pai dela e as botas, ela os joga em um canto e se senta a mesa. Enquanto comemos eu tento decidir se é uma boa ideia ela ir caçar ou não. quando terminamos eu decido parar de pensar em voz baixa.

— você vai caçar?

— Ainda não sei, acho que só vou dar uma volta na floresta.

— Eu não sei se é uma boa ideia você ir para a floresta sozinha nessas condições.

— Que condições? Eu estou grávida não doente!

— Eu sei, mas tem muitas declinações e buracos e pedras na floresta, você pode cair.

— Eu conheço muito bem a minha floresta, pode ficar tranquilo eu não vou cair!

— A gente não programa cair mas mesma assim agente cai.

— Peeta eu vou ficar bem.

— Por que você tem que ir?

— Por que eu sinto falta. Eu gosto de pisar descalça na grama, de sentir o vento no rosto, das folhas que o vento carrega grudando nas minhas roupas, da luz do sol por entre as arvores, eu gosto da floresta, e eu sinto falta de lá, eu a tenho evitado, por causa do bebê, mas eu sinto que eu tenho que ir, é como um desejo, só que ao em vez de ser uma comida é uma ação eu estou com desejo de ir até lá.

— Então eu vou com você!

— Não você não vai!

— Por que não?

— Porque eu sei o que acontece quando você vai lá, minhas armas estão lá, e você sabe onde eu as guardo, e eu não quero que você tenha outra crise, eu sei que dói, eu não sou estúpida eu vejo nos seus olhos, e eu não quero que você sofra, se você vai ficar melhor eu prometo que não caço que não encosto no arco, mas eu preciso ir.

Uma voz brota na minha mente me dizendo: ela quer te separar do seu filho! Eu ignoro a voz.

— Já que você não vai usar o arco eu posso ir junto.

— Peeta, você tem que trabalhar, você não pode largar o seu trabalho sempre que quiser só para me acompanhar em algo que eu posso fazer sozinha.

Ela vai matar o seu filho! Ela vai deixar que seu pesadelo aconteça.

— Katniss por favor me deixa ir junto.

— Eu posso me virar sozinha. Eu não estou invalida só porque tenho uma barriga.

Ela é uma bestante vai transformar seu filho em um também e ai os dois vão te matar! Eu começo a ver imagens, de bestantes e filhotes me atacando.

— Argh! — eu me viro e alcanço a cadeira a apertando com força.

— Peeta?

— Katniss vai embora! Argh. — as imagens me inundam com mais força,. — Não, é o meu filho, ela não é uma bestante, ela não vai matar meu filho! — a sinto se aproximando. E grito. — Katniss vai embora!

— Não! — ela diz e eu sinto seus braços em torno de mim, as imagens que enchem minha mente são tão terríveis que não posso descrevê-las.

— Katniss, pelo amor de Deus, Katniss se eu machucar você ou nosso filho eu me mato na hora! Vai embora!

— você não vai! Sente a gente Peeta, isso aqui é real! A gente te ama!— eu sinto sua barriga pressionada contra as minhas costas, seus braços em meu peito, sua respiração acelerada. Eu controlo a minha própria, ela não vai sair daqui, e eu não posso matar meu filho eu tenho que me controlar! Aos poucos, não sei quanto leva, eu consigo voltar ao normal, só então ela se afasta. Eu me viro e seguro seu rosto.

— Nuca mais faça isso de novo Katniss! eu não estava brincando quando disse que se eu fizer alguma coisa com vocês eu me mato na hora.

— você não vai fazer nada com a gente. Vai trabalhar, eu vou rapidinho na floresta e depois vou para a padaria e fico lá o tempo que você quiser.

— Katniss eu não estou te prendendo, eu só não quero que você fique por ai sozinha. Pode acontecer alguma coisa.

— Eu conheço esse distrito como conheço a minha casa, não vai acontecer nada.

— Tudo bem! se não quiser ir a padaria me ligue para eu saber que você está bem!

— Eu para lá! Não vou usar o arco eu prometo.

— Tudo bem! Tome cuidado!— ela afirma beija meus lábios de leve e depois se afasta pegando o casaco e as botas.

P.O.V. Katniss.

Sim eu fiquei com medo de que ele não pudesse se controlar, mas eu estava pronta para sair correndo e proteger o meu filho, mas eu não poderia deixá-lo lá sozinho sofrendo, eu precisava fazer algum coisa, talvez desse certo como deu, talvez não desse, mas eu não poderia simplesmente sair.

Quando cheguei a floresta senti a sensação de deseja realizado do mesmo jeito que senti quando engoli a panela de cozido no terceiro mês, aquilo não era um desejo meu, era um desejo nosso, esse bebê ama a floresta como eu a amo. Está um pouco mais fácil agora, não tão aterrorizante, eu estou me acostumando, o que não me acostumo é com esses meus hormônios desregulados, as vezes eu grito, as vezes eu choro, e as vezes nada. É horrível depender de algo tão bipolar desse jeito.

Tiro minhas botas e as jogo em um canto, é primavera, as flores estão brotando, a grama e relva estão altas elas se entrelaçam nos meus dedos enquanto caminham, então ou decido me deitar e elas se entrelaçam pelo meu corpo todo. É magnífico. Meus sentidos aguçados pelos hormônios fazem tudo parecer melhor. Mai bonito. O cheiro, o gosto, e o som, o som dos pássaros, dos esquilos correndo, dos coelhos que já me conhecem fugindo e dos que não me conhecem parados me avaliando de longe, e um outro som alguém me chamando, me sento e procuro em volta, mas não vejo ninguém, mas tenho certeza de que ouvi, me levanto com uma certa dificuldade, estou me adaptando a barriga de cinco meses quase seis, olho em volta, mas não vejo nada, então ouço atrás de mim, e seu andar silencioso, mas faz saber quem é antes mesmo de eu sua voz, ninguém nunca me pegou de surpresa, exceto uma pessoa.

— Catnip?


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Notas finais do capítulo

oooooooooooh quem será??? kkkkkkkkkk
eu disse faz uns seis capitulos que ele iria aparecer e ai está ele, para os fãs e os haters.
vejo vocês em breve.
comentem.