P.O.V. Peeta

6 meses até o meu casamento! Não , vou reformular a frase, desse jeito pareceu uma coisa qualquer e comum, o que com toda a certeza não é. 6 Meses até eu estar ligado oficialmente com o amor da minha vida para sempre. Agora sim. Eu não caibo dentro de mim de tanto que a felicidade me ocupou todo o espaço.

Delly diz que eu sorrio a cada cinco minutos, e que a minha comida tem estada com um gosto muito melhor. O que eu não duvido que seja verdade.

Até agora poucas pessoas sabem, só Delly que foi uma das primeiras, o pessoal da padaria, a família de Greasy, a mãe de Katniss, Haymitch, que fez algumas piadinhas bem ridículas sobre nós finalmente deixar-mos de sermos virgens. E Effie que entrou em um estado e ebulição pelo telefone, tivemos que passar muito tempo falando para que ela entendesse que nós só queríamos a ajuda dela para conseguir organizar o casamento, não para produzir, assim que falamos que íamos casar ela começou a falar sobre alugar um grande salão na capital e transmitir pela TV, mas uma coisa que nós temos certeza é que, não iríamos de novo à capital, e que nossa vida amorosa já foi transmitida de mais para o povo de Panem. Plutarch acabou descobrindo e tivemos que negociar, ele queria que como o casamento seria no 12, ele queria que Caesar viesse para cá e fizesse uma cobertura do casamento. Ele virou um tipo de jornalista, não apenas um entrevistador. Nós discutimos muito, e combinamos em dar uma entrevista, apenas uma, antes do casamento, e que Caesar seria convidado do casamento, porque afinal de contas, se não fosse a entrevista dele Katniss ainda não saberia sobre o que eu sinto por ela.

O prefeito do 12 que se mudou tem alguns anos, o senhor muito bem humorado que conhecemos na capital quando fomos parar os jogos vorazes também sabe. Ele nos chamou para um almoço na casa dele, e quando ele viu a aliança entrou em estase, e ofereceu o salão da prefeitura para o casamento, e também se ofereceu para oficializar.

Nosso casamento seria uma mistura to típico do 12 e algumas coisas que gostamos e que Effie fez questão de ter se não ela não ficaria quieta. Ainda estávamos cuidando dos detalhes, afinal, ainda faltam 6 meses. Longos seis meses. Podiam acabar logo.

— Então acho que agora você poderia começar a pensar na lua de mel não é? — Delly me pergunta enquanto trabalhamos. Ela nunca mais tocou nesse assunto. Até agora.

— Delly quantas vezes eu vou ter que te dizer para não se meter no meu casamento.

— Eu sou a madrinha! É claro que eu vou me meter. E antes você disse que ainda faltava muito tempo, agora não falta mais. — tenho tentado evitar esse assunto, porque toda a vez que eu penso eu começo a ficar vermelho, minha lua de mel, com a Katniss! uma coisa que só aconteceria nos meus sonhos de menino apaixonado agora se tornaria real daqui a seis meses. Acho que ela tem razão é a hora de começar a preparar isso. Mas eu não vou conseguir conversar sobre esse assunto com a Katniss, então eu vou preparar tudo e fazer uma surpresa, assim eu não me sinto tão pervertido. — Estou vendo a sua caria de pensamento! Eu posso te ajudar com isso! Planejei metade da lua de mel da minha amiga no ano passado, e sabe o que aconteceu? — não sei se quero saber. — ela voltou grávida! — ela diz sorrindo e eu me engasgo com o ar. — Ei eu não estou dizendo que a Katniss também vai voltar grávida, é só você tomarem os devidos cuidados que minha amiga não tomou!

— Não estou gostando desse assunto Delly.

— Ora por favor. Até parece que a gente nunca conversou sobre esse assunto antes. — meus tempos de adolescência, fazem tanto tempo.

— Éramos adolescentes, e eu tinha certeza de que nunca iria acontecer comigo, agora está prestes a acontecer, então sim eu não estou gostando.

— Tudo bem, eu ai da posso te ajudar com o resto, mas vou deixar essa parte mais.... Com você! Primeiramente, o lugar! Que tal o 4? Dizem que é muito romântico, a praia e tudo mais,.

— Muito clichê. E temos amigos lá! Seria estranho! Delly pode deixar que eu cuide disso.

— Tudo bem! — ela se cala por exatos, 30 segundos. — Katniss já escolheu o vestido? Porque como eu vou ser madrinha, eu tenho que saber como é o vestido dela, se ela quiser, eu posso ajudar a escolher!

— Ai meu Deus! Eu me demito! — eu digo jogando o avental em cima do balcão.

— você é o dono não se demitir!

— Eu me demito por hoje. Estou declarando que hoje é o dia do demito. Se quiserem se demitir fiquem a vontade, mas amanha de manha as 8:30 estão todos contratados de volta! Eu vou para casa!

Quando chego em casa está tudo muito silencioso, de inicio penso que Katniss está na floresta, mas as botas dela estão na porta então ela está em casa, subo as escadas e quando entro no nosso quarto eu a vejo, ela está sentada na cama de costas para a porta, curvada sob alguma coisa.

— Bom dia! — eu digo quando chego a soleira da porta, ela devia estar concentrada porque ela da um pulo assustada e fecha correndo algo escondendo atrás dela e se virando para mim.

— Oi... Bom dia... o que está fazendo aqui essa hora? — eu olho desconfiado para ela enquanto me aproximo.

— Eu me demiti, antes que Delly explodisse meus miolos com perguntas sobre o casamento. O que estava fazendo?

— Nada de mais!

— E o que é isso que está escondendo? — eu me aproximo mais e ela se levanta da cama.

— Não estou escondendo nada!

— Então me deixa ver o que é isso que está atrás de você ! — eu vou até ela mas ela muda de lugar.

— Não é nada Peeta. É coisa minha!

— Desde quando você tem alguma coisa sua?

— Desde agora! — ela muda de lugar de nova mas eu consigo ver o que é atrás dela, é um caderno de desenhos, e tem uma pagina marcada.

— você anda desenhando? Deixe-me ver!— eu consigo puxar o caderno e o abrir mas ela pula em cima de mim antes que eu veja qualquer coisa. — Ai Katniss, ai! — ela puxa o meu cabelo até que consegue pegar o caderno de volta, mas eu consigo ver um nome, o que para mim já é o suficiente. “Cinna”.

— Eu falei para você não pegar!

— Cinna? Isso era do Cinna? É mais um daqueles cadernos com as roupas que ele fez? — ela afirma. — Eu já vi todos, porque esse drama todo?

—Porque esse você não pode ver!

— Mas eu já vi todos!

— Todos menos esse, que você vai continuar sem ver, até o dia certo!— eu começo a juntar as pistas, o Cinna fez, ela não me mostrou, estava vendo agora, e eu não posso ver. Ela só olha os cadernos quando ela quer alguma roupa, e o único evento próximo é o nosso casamento.

— São vestidos? Vestidos de noiva? Ele desenhou um vestido para você sem ser aqueles do primeiro “casamento” — ela não responde o que eu levo com um sim. — E por que eu não posso ver?

— Porque não pode Peeta, deixa de ser teimoso! — ela se senta de volta na cama sob os joelhos.

— você não acredita naquela historia de que da azar não é?

— Claro que não, eu só não quero que você veja! Ainda nem escolhi.

— Isso não é verdade, tem uma pagina marcada que eu estou vendo! — ela esconde mais o caderno.

— Não importa, você não vai ver! você também não me mostrou o seu terno!

— Eu te mostro agora se você quiser!

— você já está com ele pronto?

— É obvio que sim. Já está praticamente tudo pronto da minha parte.

— Tudo? — ela me pergunta me encarando com uma sobrancelha levantada, eu sei o que ela está pensando mas não vou tocar nesse assunto!

— Praticamente.

— Bom que bom que marcamos para um ano depois, porque da minha parte eu estou começando a ver agora!

— Eu esperava por isso. Eu posso te ajudar você sabe disso.

— Não , foi por isso que nós dividimos.

— Eu não me importo com quem vai fazer o que. É o nosso casamento, nós temos que fazer isso juntos. Bom que tal agora? Tenho tempo livre, o dia todo! — eu me jogo na cama na frente dela, e aproveito para tentar ver alguma coisa do caderno mas não consigo ver nada.

— Tudo bem! A lista de convidados.

— Não tem muita gente para convidar! O pessoal do distrito que nós queremos que vá, já sabem. A família de Greasy, Agenor, Delly, Haymitch, o prefeito e....

— Os Hawthorne. — ela completa.

— Isso! — eles voltaram tem alguns anos, Hezelle, com Vick, Rory e Posy. Nós não nos víamos muito. Eles estavam sempre trabalhando, e eles moravam na vila norte, do outro lado do distrito. Mas nós nos víamos, nos dávamos bem, eles já até tinham aceitado o convite, mas era sempre estranho, porque não tinha como pensar neles sem pensar no Gale. — você vai convidá-lo?— eu nem preciso dizer o nome, ela sabe muito bem.

— Pedi a Hezelle que lhe desse o convite quando eles se vissem, mas duvido que ele apreça, pelos motivos óbvios, e porque Hezelle me disse que ele está fazendo muitas viagens no trabalho dele, não quis saber muito.

— Tudo bem! Voltando a lista. Tem os meus sócios do 9. Johanna. Beetee e Wiress, Annie e Liam a mãe com a mãe e o doutor. Paylor, Plutarch, Caesar, Effie, as equipes de preparação, e.... a Sua mãe?

— Não sei se ela vem! — ela diz com a voz irritada, eu me apoio nos cotovelos e olho para ela.

— Como assim?

— Quando nos falamos da ultima vez e eu a convidei, ela disse que iria fazer o possível para estar aqui quando eu subisse no altar. Ela disse que ia fazer o possível! — sinto a irritação no seu tom, e o compreendo, é o casamento da filha dela, a única filha dela, como ela pode pensar em não aparecer. — mas eu não me importo, se ela quiser aparecer apareça, eu mandei o convite!

— Ei. Não fica assim. É o nosso casamento, tem que ser um dia feliz! — eu a cutuco na barriga e ela sorri.

— Eu sei! Então são esses?

— É não tem mais ninguém! Todos já receberam os convites. E já até começaram a mandar os presentes.

— Se você chama o presente da Johanna de presente! — Eu rio, foi constrangedor abrir o presente dela. Digamos apenas que foi um presente para depois do casamento, ou melhor para o que acontece depois do casamento.

— Tudo bem. mas o de Beetee e Wiress foi muito bom! — eles me mandaram uma nova perna mecânica, que eles mesmos inventaram, eu sinto como se estivesse com a minha perna de verdade de volta, e ela é muito flexível e resistente, eu não preciso tirar para absolutamente nada, nem para dormir, nem para tomar banho!

— É, acho que foi o melhor até agora! Não quero nem ver o de Haymitch.

— Isso se ele se lembrar! Acha que foi uma boa ideia chamá-lo para ser padrinho?

— Talvez sim, talvez não! ele prometeu que estaria sobreo no dia!

— Só durante o dia, porque na festa eu duvido que ele resista.— eu começo a pensar em como seria, cada momento desde a entrada dela pelas portas do salão da prefeitura, até a hora do aceito, então me dou conta de um detalhe. — Katniss quem vai te levar no altar? — ela olha para as mãos por um tempo, e eu vejo que ela não está mais aqui, está absorta em seus pensamentos, talvez tendo uma lembrança. Acho que esse é um assunto delicado, mas teria que ser tocado de qualquer jeito.— Nós podíamos pedir ao Haymitch...

— Não! — ela me interrompe. — Eu vou entrar sozinha! — ela para de encarar as mãos e olha para mim. — Uma vez, eu briguei com um garoto na escola, e quando meu pai foi me buscar eu disse a ele que nunca me casaria para não ter que aguentar um garoto na minha vida. E ele disse que um dia eu ia pensar diferente, e que ele ia estar lá, para me entregar para esse garoto, e dizer a ele para não fazer nenhuma estupidez comigo. E eu disse para ele quem isso não iria acontecer, e ele apenas riu. Ele disse que estaria lá para me levar, e eu acredito que ele vai estar, e ninguém vai tomar o lugar dele! — Ficamos em silencio por exatos 5 segundos. — E você? vai entrar com quem?

— Bom minha mãe nunca me disse nada sobre isso, acho que ela nem acreditava que fosse possível eu casar algum dia, eu mesmo não acreditava. Então acho que ela não vai se importar se a Effie entrar comigo.

— A Effie vai surtar quando você disser isso a ela! — ela sorri.

— Não importa com quem a gente entre, desde que a gente diga aceito!

— Esta duvidando que eu vá dizer? — ela me encara, na verdade eu estou com um medo terrível de que ela diga não e saia correndo.

— Bom, contando pela quantidade de pesadelos que eu estou tendo desde que te pedi em casamento, com você me abandonando no altar eu acho que eu tenho motivos não é?

— Nos meus pesadelos eu não consigo nem chegar ao altar então você está no lucro. — eu fico imaginando de como seriam esses pesadelos, do que aconteceria com ela para que ela não chegasse ao altar. — Desculpe eu não devia ter dito isso, não ajuda muito não é?

— Nem um pouco! Mas em fim, eu estava pensando que o que vão falar para a gente repetir não nos vai ter muito sentido, porque nós já vivemos tudo aquilo.

— Concordo!

— Na saúde e na doença.

— Nós dois já ficamos juntos em doenças bem graves! — ela completa, certamente lembrando da caverna com a minha perna, e antes do massacre quando ela torceu o tornozelo na cerca. — Na riqueza e na pobreza.

— Nós já fomos muito pobres e depois muito ricos! — eu completo.

— Para amar e respeitar, até que a morte nos separe.

— Muitas outras coisas já nos separaram inclusive a morte! — me lembro da vez em que eu morri e Finnick fez meu coração voltar a bater. — Então, eu estava pensando em nós fazermos nossos próprios votos.

— Eu não sou muito boa com palavras. Nossos votos vão ficar com uma desvantagem muito grande. E Effie ainda quer fazer um jantar depois do casamento ao seja tenho certeza de que ela, vai nos fazer falar um discurso.

— você não precisa falar no jantar.

— você promete que não vai rir no casamento enquanto eu estiver falando meus votos?

— Katniss, você vai estar na minha frente esperando para se tornar a minha esposa, eu se quer vou prestar atenção no que você vai dizer!— ela pega o travesseiro e bate um mim com ele— Ai! Nossa, isso é só um travesseiro como você pode fazer doer tanto?

— Tudo bem, eu escrevo os votos!

— Que bom porque os meus já estão prontos! — ela me encara. — Eu estou esperando esse momento a minha vida toda, é obvio que eu já tenho meus votos.

— Tudo bem, mais uma coisa para a lista de coisas que eu já deveria ter feito e não fiz.

— Relaxa, tenho certeza de que Effie vai dar um jeito de vir para cá um mês antes se duvidar, e ela arruma todo a casamento com um piscar de olhos. — eu me levanto e lhe dou um beijo na bochecha.

— você está com cheiro de farinha! — ela diz sorrindo.

— Eu vou tomar um banho. — eu digo me virando, então sou impedido quando ela puxa minha camisa me trazendo de volta.

— Eu nunca disse que não gosto. — ela me olha nos olhos, e eu me aproximo dela, e roço os lábios nos dela sem beijá-la de fato, e sem tirar o olhos dos dela, eles são tão bonitos que da vontade de ficar ali os observando para sempre, até que ela os fecha e me beija. Eu apoio aos mãos uma de cada lado dela na cama me ajoelhando nela também, uma de suas mãos ainda está a segurando a minha camisa, enquanto a outra se entrelaça com o meu cabelo, eu a empurro de leve e a gente cai deitado na cama, eu por cima dela, quando preciso respirar eu beijo o seu pescoço, sua respiração está acelerada, então eu abro os olhos e vejo que o caderno está livre em cima da cama, eu começo a mexer a mão até ele.

— Nem pense nisso Mellark! — ela diz ofegante. Então ela se vira e fica por cima de mim agora, sentada em meu colo ela pega o caderno e o aperta com força, depois me beija mais uma vez mordendo meu lábio com força.

— Ai! — eu reclamo, porque dói de verdade. — Isso doeu! — eu digo quando ela sai de cima de mim levando o caderno junto, eu levo a mão a boca e sinto gosto de sangue.

— Isso é para você aprender a quando estiver em um beijo, só beije!— então ela sai do quarto piscando para mim antes de fechar a porta. Ótimo agora sim que eu preciso de um banho! Frio de preferência.

(...) pouco antes do jantar Katniss vai tomar banho e eu faço alguma coisa apara a gente comer e o telefone toca.

— Alo?

— Ola Peeta! Aqui é a Paylor!

— A ola, como vai?

— Bem, mas acho que vocês estão muito melhor, como andam os preparativos para o grande dia?

— Bem eu acho! A maioria já ta pronta, mas tem algumas coisas que a gente decidiu ver agora.

— Plutarch estava me enchendo a paciência para que eu convencesse vocês a transmitir o casamento, ou só algumas partes dele para Panem, para mostrar como vocês estão felizes, para incentivar. Mas eu sei que essa é uma péssima ideia, e que vocês já concordaram na entrevista, mas para que ele pare de me encher eu queria perguntar se vocês topam que um fotografo que nós mandemos nos de algumas fotos apenas para passar em um telejornal, só algumas, três ou quatro, e ele ainda vai tirar foto do resto da casamento para vocês apenas, é um presente de Plutarch!

— Eu não sei, eu tenho que ver com a Katniss.

— E onde está a noiva?

— Tomando banho!

— A tudo bem, eu esperaria por ela, mas eu tenho uma reunião em três minutos, então eu vou direto ao ponto, eu liguei para dar o meu presente, pode ser que eu não consiga chegar a tempo da cerimônia, então eu gostaria de dar um bom presente.

—Não se preocupe, desde que você venha não precisa compensar nada.

— Eu já comprei, e não me custou quase nada, pode parecer que sim, mas não! eu não sabia o que fazer com aquilo então eu estou dando para vocês. Vai fazer bem tanto para mim quanto para vocês.

— Como assim?

— O meu presente, eu vou parar de enrolar, minha reunião começa em dois minutos!— eu escuto com muito entusiasmo o que ela tem a dizer. E é a minha solução.

— Paylor isso é perfeito, obrigado! Você acabou de tirar uma das coisas da minha lista! Sim eu com certeza vou levá-la lá na lua de mel. Não pode deixar eu falo com Effie sobre isso e ela pode preparar tudo, ou melhor, mandar preparar. Obrigado Paylor você salvou a minha vida. Tudo bem vá antes que você se atrase a presidenta tem que manter a hora.

Eu sorrio ao desligar, problema da lua de mel resolvido, e eu nem precisei da Delly.

— Quem era no telefone? — Katniss parece atrás de mim.

— Que susto Katniss! Eu já não falei para não fazer isso?

— Desculpa, não da para resistir! — ela diz mexendo nas panelas para ver o que eu preparei.

— Era Paylor. Ela ligou para perguntar se a gente toparia que Plutarch mandasse como presente um fotografo e que algumas fotos aparecessem em um telejornal.

— O que você acha?

— Eu acho que algumas fotos não vai ter problema.

— Então tudo bem! ela ligou só para perguntar isso?

— E para dizer que talvez ela não chegue a tempo da cerimônia!

— Menos uma pessoa para ver o desastre que vai ser o meu voto!

Eu não conto a ela sobre o presente, porque assim como foi o presente de Paylor para nós, vai ser o meu para ela.

(...)

Durante a noite eu começo a apertar demais Katniss durante o pesadelo, descubro porque quando eu acordo, o pesadelo fez com que alguma coisa em mim se agitasse, eu começo a ver imagens de Katniss matando, e dela brincando com o sangue das pessoas mortas no chão escrevendo você é o próximo em uma parede branca, eu abro os olhos, não é real, não é real. Eu me solto dela com cuidado e desço as escadas antes que algo aconteça, eu vou apara o porão tranco a porta e jogo a chave por debaixo da porta, quando Katniss acordar no dia seguinte, ela vai saber que eu estou aqui, essa é a terceira vez que eu falo isso, o sol está quase nascendo, mas tem nuvens de mais na frente, eu tento me acalmar, lembrando de momentos felizes, o momento m que Katniss aceitou se casar comigo, mas lembrar dela não está ajudando muito, então eu lembro de como estava em volta, o sol se pondo e de como era bonito. Pego uma tela em branco e as tintas, derrubando algumas coisas enquanto ainda teto me livrar das visões. Eu pinto, ignorando as imagens obscuras que me aparecem, me concentrando apenas em pitar, o por do sol, atrás de uma mesa com duas pessoas, que eu faço apenas a sombra, para dar ênfase apenas no lindo por do sol no fundo, quando termino já estou sob controle, e começo a lembrar de outras coisas bonitas que eu vi pela vida e as desenho, uma por uma em varias telas, a primeira vez que vi uma Prímula noturna ela estava desabrochando, eu a desenhei, os olhos de Katniss que eram os mais bonitos que eu já vira, eu os desenhei, desenhei tudo de bonito que eu já vira, minhas mão doíam, mas mesmo assim eu me obriguei a aguentar e desenhar a primeira coisa bonita que eu vi na vida. Katniss, com suas duas Tranças ao em vez de uma, rosto risonho e corado, vestido vermelho, e desenho também os tordos parados acima dela esperando que ela termine de cantar para reproduzir sua voz.

— Peeta? — Katniss bate na porta do porão, estou concentrado de mais nos detalhes dos olhos da pequena Katniss para responder. — Peeta? — agora sua voz está mais perto, ela está dentro do porão.— você passou a noite toda aqui?

— Boa parte dela.

— você teve uma recaída?

— Não, só as visões, mas eu estava te apertando enquanto dormia, por isso resolvi me afastar.

— O que... o que você está pintando? — ela encara o rosto dela mesma pequena, mas sua expressão muda de desentendimento para outras coisas, eu desenhando uma criança que se parece com ela, acho que para ela tem outro sentido.

— É você! — eu digo depressa, ela parece aliviada por se poupar de uma conversa que ela não queria ter, eu também não queria porque eu sabia o que ela iria dizer, e eu não queria ouvir de novo, ela achou que eu estivesse desenhando nossa filha, mas ela não sabe, mas eu já desenhei varias vezes, não só uma meninas mas também um meninos, de vários jeitos já que eu não sei como virá, cabelos negros e olhos azuis, ou cabelos loiros e olhos cinzentos. Eles estão na casa de Delly justamente por isso. — Como eu a vi pela primeira vez. Eu pintei a noite toda, as coisas bonitas que eu vi pela vida! — ela anda entre os quadros que eu pintei durante a noite.

— você fez tudo isso só durante a noite? — eu afirmo, só agora realmente vendo tudo o que eu fiz. — Esse aqui é o dia que... você me pediu... — ela diz apontando para o quadro do por do sol com as sombras.

— Sim!

— É lindo Peeta. Realmente lindo.

— A ultima vez que você viu minhas obras assim você disse que odiava tudo, mas que eram incríveis.

— você pintava as cenas que me atormentavam.

— E agora eu pinta as que me libertam! Grande mudança não é?

— Sim. Nós fizemos grandes mudanças!