P.O.V. Katniss

Em minha opinião Johanna estava precisando de companhia. Era essa a diferença dela desde que eu a vi pela ultima vez no 13, ela esta cada vez mais grudando na gente.
Depois de levarmos Paylor, Plutarch e Effie na estação nós voltamos para a casa.
— Por que vocês não pedem um carro? — reclama. Johanna quanto Voltamos a pé par a casa. — tenho certeza de que dariam um a vocês.
— Nós não precisamos de um carro. Todos os lugares ficam perto da nossa casa. Menos alguns, mas que não temos necessidade de ir o tempo todo. — diz Peeta.
— Eu devia ter pedido para deixarem um para mim pelo menos! — ela diz.
— Você sabe dirigir?- eu lhe pergunto.
– não, mas o carro não ia ser meu mesmo. O único perigo seria eu morrer. E isso não é novidade para mim. Principalmente perto de você Katniss!
Olho para Peeta. São esses assuntos que geralmente o faz ter as malditas lembranças. Ele para de andar, Johanna não percebe e continua andando. Eu me viro para ele.
— Peeta? - eu olho dentro de seus olhos. Pretos, azuis, pretos, azuis— Peeta esta tudo bem.
— Vai com a Johanna!— Ele se esforça para dizer enquanto seus olhos estão azuis. Punhos cerrados. Sobrancelhas franzidas, eu sinto que ele esta sentindo dor.
— Não eu não vou te deixar sozinho aqui.
— Katniss, por favor, vai. Eu te encontro em casa. Eu estou bem só preciso de um tempo. Sozinho!
O jeito como ele fala casa, como se nós morássemos juntos. De certa forma ate moramos. Eu olho para Johanna. Ela ainda esta andando e falando, imagino quando será que ela vai perceber que esta falando sozinha.
— Katniss vai!- Johanna olha para trás e faz gestos perguntando por que paramos. Eu olho para ela e para Peeta, não posso deixá-lo sozinho aqui com isso. Mas também não posso deixar Johanna andando pelo distrito. O prejuízo seria muito maior.

— Você vai para lá depois?- e assente com dificuldade. Johanna revira os olhos e volta a andar. Eu me estico e o beijo. O corpo todo dele se retrai. Talvez ajude como na revolução, Talvez não eu não espero para ver, corro em direção a Johanna.
— Reunião dos pombinhos? — ela pergunta quando estou perto o suficiente para ouvir.
— Ele precisou ir resolver uma coisa na padaria! Ele vai para lá depois.
— Pareceu ser mais serio. Achei que estivessem tendo uma típica briga de casal. Desde quando estão juntos? Desde que ele voltou?
— Johanna você está parecendo alguém da capital. Pare de fazer perguntas!- sim eu estava fugindo de Johanna. Porque eu sei o que ela quer saber, e se quer eu sei a resposta. Não sei o que Peeta e eu temos, assim como não sabia antes Na época do trem. É difícil dizer. Nós praticamente moramos juntos, nós estamos bem mais perto agora. E mesmo sendo igual a época do trem ainda é diferente. Antes os beijos eram guardados apenas para as câmeras, e em raros momentos esquecíamos que estávamos perto de uma. Agora não tem hora, nem lugar. Não agimos como um casal apaixonado ate porque eu nunca fui.desse tipo, ele é. Acho que agora estamos tão focados em melhorar que não temos tempo para isso.
— Alo? Tem alguém em casa?—Johanna bate na minha cabeça.
— Ai! O que?
— eu estou falando com você. E você esta em qualquer lugar menos na terra.—acabei me perdendo em meus pensamentos, se quer percebi que ela estava falando.
— Desculpe! O que estava dizendo?
— Peeta não foi resolver nada na padaria não foi?
— por que você acha isso?
— porque você esta preocupada. Eu vejo sua cara. Ele esta tendo aquelas coisas de novo?— não quero falar sobre isso.com Johanna. Mas se não for com a com quem vai ser?
— A terapia tem ajudado, mas não curado.
— ele ainda tenta te matar?- eu não posso, não consigo falar com ninguém sobre isso.
— Você esta fazendo perguntas de volta! Vamos mudar de assunto.
— Onde esta o bêbado do Haymitch?
— a ultima vez que o vi ele estava não cuidando dos gansos dele ontem antes de vocês chegarem.
— Acho que vou fazem uma visitinha para ele. Estou precisando de alguma coisa para me tirar do ar já que não tenho mais os seus morfinaceos para roubar. Você toma algum remédio que posso substituir?
— Não Dr. Aurelius me dispensou dos remedias alguns meses atrás. Joguei todos dentro do ralo.
Quando chegamos em casa estava perto da hora do almoço. Peeta ainda não estava lá. Comemos algumas coisas que estavam na geladeira e depois Johanna foi ver Haymitch, eu disse a ela onde era a casa dele, mas que não iria junto porque não queria ver a cena dos dois bebendo juntos.
— eu não vou ficar bêbada nem nada. Meu organismo se acostumou com essas coisas, só vou me divertir um pouco— ou seja ficar bêbada- e eu sei que não é por isso que você não quer ir.
Ela sai. Resisto à tentação de ir procurar por Peeta então só fico andando de um lado paro o outro Me sento no sofá pensando em tirar um cochilo ate ele voltar, mas minha mente esta cheia de mais para se concentrar em dormir. Quando está perto de duas da tarde eu.ouço barulho na porta e me levanto em um pulo. Ele aparece na porta da sala, eu olho em seus olhos!
— ainda sou eu! —ele diz. Meu peito está tão aliviado que nem me lembro de ter começado a pensar em abraçá-lo. Só vejo quando já estou em seus braços. — não foi forte, foram só visões. Onde esta nossa intrusa?
— Bebendo com Haymitch.
— não quero nem ver essa cena.— nós nos sentamos no sofá e ele coloca o braço nos meus ombros. — ela perturbou muito ?
— No nível Johanna. Acho que ela só esta muito sozinha. La no 7, tenho certeza de que ela não é querida por todos, devem ser mínimas as pessoas que realmente querem ficar perto dela.
— ela parece gostar assim!
— ou finge gostar! Não da para saber. — Nós ficamos conversando por um tempo. Depois fizemos algumas coisas para comer e depois trabalhamos no livro, sentados no sofá. Era quase 17 horas.
— deve estar interessante a conversa lá, ate agora ela não voltou. — eu digo.
— ou os dois apagaram!
— é pode ser também. É o mais provável.
— obrigado por ter saído de perto hoje. Não sei o que teria acontecido se você estivesse lá.
— não tive muito opção.
— mesmo assim, você foi! Talvez você não esteja mais com desejo suicida.
— ou não! - eu digo, estou concentrada em escrever com uma letra descente no livro, sinto seu olhar em mim e olho para ele, ele esta me olhando intensamente. Ele se inclina e eu imito o gesto, ele põem a mão no meu rosto e me beija eu o beijo de volta agarrando seu cabelo. Sinto calor por todo o meu corpo, esta esquentando, não só meu corpo, mas o beijo também, eu me inclino mais para frente e uma das minhas mãos se apóia em algo para manter o equilíbrio, percebo que o algo era o quadril dele, mas não tiro a mão de lá, ele me puxa para mais perto pela cintura e então nos separamos com o susto do barulho da porta se abrindo. Johanna aparece e nós nos sentamos ofegantes.
— Vocês estavam...— Peeta a interrompe.
— como foi o coquetel de bebidas?
— ele só me deixou pegar uma garrafa. — ela diz e se joga no sofá a nossa frente. — mas depois de um tempo ele apagou e eu peguei mais algumas. — ela conta a historia de como foi difícil assaltar o armário de bebida dele, mas que conseguiu e depois nós jantamos e vamos dormir.
— essa historia de dormir junto para afastar os pesadelos não funciona. E a Katniss gritando a noite toda me tira o sono. Eu vou dormir no outro quarto. — ela diz levando o colchão.— bom pesadelo para vocês.
— fácil assim?- diz Peeta.
— não acredito.
E por mais surpreendente que seja a noite foi tranquila, bem quer dizer tranquila no sentido mais comum para nós. Ou seja. Pesadelos, e protegermos um ao outro sem uma garota de calcinha e sutiã andando por ai.