O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 14
Seres noturnos


Notas iniciais do capítulo

Ola minhas leitoras lindas! (e leitores se eu tiver algum, até agora nenhum se manifestou) estou de volta com o capitulo 14, e avisando que o proximo capitulo talvez seja o inicio de um Peetniss, já que como eu prometi chegamos ao capitulo 15, estou me empenhando bastante para tirar essa fic do chatice que ela se tornou, a culpa é de taynip, tem ocupado bastante meu tempo, mas até que está ficando legal, e a de percy jackson também tem me distraido tenho feito muitas pesquisas para não falar bobagem!
espero que gostem de tudo!
obrigado pelos comentarios.
pov Peeta para vocês



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P.O.V Peeta.

Foi hilário ver a cara dela. Eu ouvi alguém na casa, podia ter colocado pelo menos uma camisa antes de sair do banheiro, mas quando ouvi a voz dela no quarto eu resolvi.. que seria bom ter uma comedia pelo menos uma vez, foi hilário ver a cara dela quando eu sai do banheiro, eu me lembro da arena, como ela me fez entrar em uma saco para não ter que me ver sem roupa. Posso parecer um pervertido agora, mas eu sempre quis saber qual seria a reação dela nesses momentos, eu sempre fui apaixonado por Katniss, seria mentira dizer que eu nunca pensei nessas coisas.

Não consigo evitar rir quando ela vai embora vermelha. Eu não esperava que ela aparecesse, ela nunca veio aqui em casa, coloco uma roupa e desço então tento imaginar o que ela pensou quando entrou aqui, ontem a noite não foi fácil, eu tive diversas crises de dor na cabeça, e sempre que eu fechava os olhos a outra parte assumia, não importava quantas luzes estivessem acesas, o escuro ficava me perseguindo. Então eu simplesmente desisti de dormir. Dr., Aurelius me deu antes de eu vir para cá, diversas caixas de folha, lápis, quadros em branco e tinta, e foi assim que eu passei a minha noite, pintando desenhando até meus dedos estarem ardendo, desenhei tudo o que me afligia, imagens das arenas, dos meus pesadelos a noite, mas os que eu mais fiz, imagens de como eu via Katniss quando a outra parte tomava conta de mim. Espero que se ela viu tudo aquilo, que não tivesse entendido, que não tivesse percebido que era ela, em quase todos os desenhos no chão da minha sala, tinham coisas caídas, eu as sai levantando, não gosto de bagunça, e acho que a outra parte fazia isso de propósito quando tomava conta, a primeira coisa que fazia era sair jogando as coisas no chão, para me irritar quando eu tivesse voltado a ser eu. Quando chego na cozinha, a primeira coisa que eu me deparo é muito pão, lembro-me vagamente de antes de eu ter a recaída, de tentar me acalmar cozinhando mas eu não sabia que eu tinha cozinhado tanto, coloco algumas coisas em cestas e saio, passo na casa de algumas pessoas da vila e entrego os pães,alguns meses atrás elas me ofereciam dinheiro pelos pães mas eu nunca aceitava, agora eles me oferecem material para fazer mais pão, ovos, leite, farinha, no começo eu não aceitava também, mas ai os meus suprimentos foram ficando escassos então comecei a aceitar. A penúltima casa que eu vou é a de Haymitch.

— Haymitch, estou entrando! — ele tem mantido a sua promessa, e tem se mantido sobreo o suficiente para conversar algumas horas com Katniss, ele responde perguntas sobre a capital, ou eles simplesmente ficam calados olhando um para a cara do outro, não sei como isso ajuda, mas tem ajudado a ele. Ele está caído com metade do corpo em cima da mesa, eu bato a cesta com os pães com força na mesa e ele acorda. — O que você tem contra usar a cama?

— Não tenho nada contra a cama, mas as escadas.... — ele boceja enquanto fala.

— Então por que você não trás a cama para baixo?

— Falta de músculos no corpo. Mas você ainda tem alguns. Se oferece?

— Hoje não!

— A garota passou aqui mais cedo, estava parecendo um furacão de preocupação. O que houve? Saiu da cama depois da noite romântica?

— Não seja idiota, você sabe que não existe nada entre a gente.

— você dormiram juntos muitas vezes sem estar acontecendo nada entre vocês, quer que eu acredite que nunca aconteceu nada.

— Mas não aconteceu nada. Não que eu me lembre. — se tivesse acontecido, será que as memórias da capital teriam me feito esquecer? Eu me esqueci de um bocado de coisas, mas eram coisas inúteis, será que eu poderia ter esquecido algo tão grande, eu acho que não seria possível, todas as cenas que tinham algum q de amor e foram filmadas pela capital eles usaram contra mim, no telessequestro, o 13 me fez ver tudo de volta, do jeito que realmente aconteceu, mas ainda era tudo muito confuso.

— Que você se lembre? Está ai a razão do furacão Katniss de hoje.

— Não tem nada a ver Haymitch. — eu puxo uma cadeira e me sento— Não aconteceu, aconteceu?

— Como eu vou saber, não estava dormindo com vocês!

— Mas eu acho que você saberia se tivesse acontecido.

— você realmente acha que Katniss me contaria algo desse tipo se tivesse acontecido, e você, nem mesmo você teria me contado.

— Haymitch na arena, rolaram muitas coisas....

— Ei garoto, esses são assuntos que você vai ter que tratar com a nossa miss simpatia.

Tudo bem não seria um assunto fácil de se conversar, mas eu precisava saber o que realmente aconteceu, acho que o verdadeiro ou falso pode me ajudar a diminuir a intensidade do assunto.

Vou até a casa de Katniss e como sempre ela está sentada na cadeira da cozinha com Buttercup no colo. A porta está aberta então eu entro, ele sabe que eu estoui aqui então não se assunta quando eu entro na cozinha, por menos barulho que eu faça, eu sei que ´para ela eu estou fazendo uma fanfarra inteira.

— você não devi deixar a porta aberta.

— Não tem ninguém que vá me assaltar.

— Mas tem alguém que tem outro alguém dentro dele, que pode tentar te matar, e uma porta aberta facilitaria as coisas.

— Se esse alguém quiser mesmo me matar, não vai ser um porta fechada que vai impedir.

— Só mantenha a porta trancada okay? — eu estava prestes a tocar em um assunto delicado, provocar uma discussão por causa de uma porta destrancada não facilitaria as coisas. — Está tarde demais para almoço? — olho para o relógio, são 14:41. Ela sorri.

— Estou faminta! — eu sorrio de volta, depois que viramos amigos, ou pelo menos o mais próximo disso, temos conversado mais, e eu gosto de vê-la sorri então, costumo manter uma conversa com coisas que a façam sorrir. Começo a cozinhar, alguma coisa simples, só com o que tem na geladeira, acho que dá para fazer um risoto, coloco tudo em cima da mesa, então ela se levanta e lava as mãos na pia.

— O que está fazendo?

— você não pode estar aqui 24 horas, é bom eu aprender a me arrumar sozinha, agora que a padaria está quase pronta, você não vai ter tempo de ser minha baba.

— Eu já disse ser sua baba é prioridade! — ela sorri.

— O que eu tenho que fazer? — ela me pergunta enquanto seca a mão no pano. Eu e Katniss cozinhando juntos, é um dos sonhos que eu tinha quando eu era o garoto mais apaixonado da face da terra.

— Pode cortar os legumes então já que você quer trabalhar. — entrego um faca para ela, mas demora alguns segundos para entrega-la, sinto uma vontade que vem de dentro da minha mente, de enfiar aquiela faca em seu peito ao em vez de entregar-lhe em sua mão.

— Peeta? — meus olhos, eu esqueci, meus olhos, ela sabe quando tem alguma coisa errada.

— Ta tudo bem. — eu viro a faca, segurando a laminda ao em vez do cabo, assim sei que não vou enfiá-lo em sua mão quando lhe entregar, ela pega a faca da minha mão e nossos dedos se toca, e sinto como se uma corrente elétrica tivesse saído do corpo dela e entrado no meu, por esse simples toque. Nós nos olhamos, acho que ela sentiu o mesmo, ela pigarreia e se volta para os legumes.

— Todos eles? — ela pergunta.

— Pode ser— eu volto a realidade. — assim já sobra para o jantar e nós podemos ficar mais tempo na rua. — estamos ajudando as pessoas com o que elas precisam, qualquer um, e tem ajudado mais a Katniss do que as pessoas mesmo, ela está voltando a ativa, seu corpo está se acostumando com a rotina, as vezes trabalhamos com Greasy e o sol faz a nossa pele arder, mas mesmo ardendo, é bom, para mim também, mantém minha mente ocupada, e mesmo que por momentos minha mente tem a súbita ideia de pegar um dos tijolos e bater na cabeça dela até sangrar, pelo menos são só pensamentos e não ações, como poderiam acontecer se eu estivesse sozinho e sem fazer nada.

Me volto para o fogão e enquanto ela corta as coisas eu faço o frango e o arroz.

— Katniss...? — eu não sei como começar a falar.

— Fala!

— eu tenho algumas... Perguntas do verdadeiro ou falso.

— Pode falar!

— Elas podem ser indelicadas, ou pessoais.

— Acabei de te ver de toalha, mais pessoal do que isso? — ele ri, eu sorrio, se ela está fazendo piada com isso, é um bom sinal.

— De certa forma! — ela larga os legumes e se apóia na pia ao meu lado, de frente para mim, não gostei disso, ela pode ver meu rosto agora.

— Sobre que assunto pessoal? — acho que estou corando.

— Bom... É... Tem muitas coisas que aconteceram que foram mudadas pela capital, nos jogos principalmente.

— Pode falar!

— Tiveram muitos.... Beijos durante os jogos, eles não pareciam muito espontâneos, mas teve um que foi diferente. Verdadeiro ou falso? — ela cora, e olha para baixo.

— Verdadeiro!

— O primeiro que você me deu foi para tirar o veneno das teleguiadas?Verdadeiro ou falso?

— O que? Não. Falso! O primeiro eu te dei para você calar a boca.

— Eu pedi um beijo em troca de ficar quito? Verdadeiro ou falso?

— Falso! você falava demais, sobre você morrer, foi o jeito mais fácil que eu achei de te fazer ficar quieto, aquele assunto não estava me agradando.

— Por que não?

— Essa não foi uma pergunta de verdadeiro ou falso. — ela tem razão eu estava saindo do foco, evitando uma coisa que eu precisava perguntar.

— Tudo bem. Pode ter coisas que as lembranças tenham ocupado o lugar e eu tenha esquecido. No trem, nós dormimos varias vezes juntos no trem. Verdadeiro ou falso?

— Verdadeiro.

— Nós só dormimos juntos no trem, verdadeiro ou falso? Foi o jeito mais fácil que eu achei de falar isso.

— O que você quer dizer? — ela me olha confusa.

— Não aconteceu mais nada além de dormir, pegar no sono. Verdadeiro ou falso.

— Verdadeiro! Verdadeiro!

— Atá! Que bom! Não que não tivesse sido se tivesse acontecido, é que...

— Eu entendi! — ela sorri, e volta a cortar os legumes. Dou uma olhada para ver se ela está fazendo tudo certo.

— Ei, isso é uma cebola não uma laranja! Você tem que descascar e depois picar!

— Meu olho está ardendo! Eu não to vendo nada! — eu rio da situação

— Me da aqui! — eu tiro a cebola da mão dela e ela começa a esfregar os olhos. — Não faz isso sua mão ta suja, vai arder mais! — já é tarde. — vem cá! — eu a puxo até a pia e ligo a água — me dá a sua mão. — eu limpo a mão dela depois encho de água e falo para ela passar nos olhos, o cabelo dela mergulha na pia e eu o seguro. — Por que você não faz mais a trança?

— Ai! — ela se levanta e pisca, seus olhos estão vermelhos. — Eu não tenho mais paciência, deixar solto é mais fácil. — eu vejo tudo aquilo e começo a rir

— Que bagunça!

— Para de rir, eu trazia a comida para a casa, quem a fazia era a minha mãe.

— Não sei por que! — eu rio mais e ela me bate.

— Eu achei que padeiros só fizessem pães!

— Meu pai me ensinou a cozinhar para eu poder me livrar da minha mão de vez em quando.

— Seu pai era um homem bom!

— Mas já a minha mãe!

— Não foi isso que eu quis dizer!

— É o que todos acham! Ou melhor, achavam! — o clima fica quieto, termino de cortar os legumes e jogo na panela com o frango.

— O que houve com você hoje de manha?

— Eu estava dormindo! — me sento na cadeira enquanto espero tudo ferver. — passei a noite acordado.

— Desenhando pelo visto. — ela aponta para a minha mão, meus delos ainda estão vermelhos.— Eu vi os desenhos, na mesa! — espero que só não os tenha entendido.

— O que achou?

— São tristes e medonhos! São de dar medo mesmo! Não me admira que você queira me matar quando as vê! — droga, ela entendeu.

— Como você sabe que....

— Eu deduzi, levou um bom tempo e uma boa concentração, as coisas caídas, os quadros derrubados, e muitos desenhos pavorosos de bestantes. Se você estava desenhando aquilo tendo uma crise e as crises acontecem por você querer me matar, não é difícil saber.

— Eu sinto muito.

— Eu que sinto muito, é minha culp....

— Não comece com a historia da culpa. Ninguém tem culpa além de Snow. E ele está morto. — eu sei que o que eu falar não vai fazê-la mudar de ideia, ou pensar diferente, mas desde que ela não fale, nós não vamos discutir.

— você vê aquilo sempre?

— Só as vezes, quando as crises são piores, quando eu realmente tenho a recaída, quando acontece aquilo que aconteceu na guerra.

— E os outros? Os outros desenhos na mesa, e no quarto?

— você foi no quarto?

— Desculpe!

— Tudo bem, a maioria eu já havia te mostrado no trem, respondendo, são os meus pesadelos, todos os ouros, são o que eu vejo a noite quando eu fecho os olhos, e foi por isso que eu não os fechei ontem.

— Mas você acabou dormindo de qualquer jeito.

— O que é obscuro fica melhor no que é obscuro, dr Aurelius me disse isso, a luz do dia de certa forma me ajudou por algumas horas, não muito mas o suficiente para eu descansar.

— Funcionou?

— Sim! Por que?

— Eu gostaria de ter um sono sem pesadelos!

— Ainda os tem?

— Piores do que antes. Agora tem todas a mortes, todas elas, me matando durante o sono, acabo acordando mais cansada por lutar tanto para acordar.

— Quer tentar? — o que eu estou pensando, não é seguro, o escuro da noite, eu sou quase um vampiro que só aparece a noite, mas que pode escolher aparecer a qualquer momento.

— Dormir sem pesadelos. Claro! Qualquer coisa! você vai ficar acordado também.

— É melhor ficarmos em lugares diferentes, a outra parte sempre tem mais força a noite por eu estar desligado da distração.

— Tudo bem! Se der certo pode ser que nós troquemos de modo de vida, e nos tornemos seres noturnos. — ela sorri, eu gostei do jeito que ela falou, nós nos tornemos, eu a encaro sorrindo, e ela sorri de volta. — Peeta o fogo!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e até o proximo com TALVEZ o inicio do Peetniss
comentem!!