Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 9
O local perdido.




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Parece que foi sorte, e realmente foi. Felizmente para Robin e seus amigos aqueles que tentaram acertá-los a partir de tiros não tinha uma boa mira. Estes que eram também os mesmos que haviam arrombados a porta. Porém isso não ajudou bastante, pois outro homem apareceu por trás daquele que não tinha boa mira e atirou para onde o nariz aponta-se. Também por sorte este havia esquecido de recarregar sua pistola.

– Desgraça! - Exclamou enquanto recarregava agora sua arma.

Os dois homens vestiam um terno preto quase idêntico ao de Robin e de Frota. Um deles, o que não tinha boa mira, tinha uma pele quase totalmente branca, cabelos negros e olhos mais negros ainda. Era alto, e também tinha expressões faciais um tanto... Estranhas para alguém de sua idade. O outro, pelo contrário, era do melhor estilo negão. Sua cabeça, tão redonda que comparava-se ao globo terrestre (mesmo sabendo que o globo não tem uma forma de globo, taria mais pra um ovo), era totalmente careca.

Robin conhecia-os, porém não podia acreditar no fato de estarem ali, rente a ele.

– O que? - De tanto surpreso que ficara o assassino não conseguiu ao menos terminar a pronuncia de sua indagação.

O moreno mirou seu olhar para o rosto de Robin e reconheceu-o no mesmo instante.

– Ora... - Ficou sem o que falar o moreno. - Robin, há quanto tempo.

– É. - Afirmou Robin.

– Quem são esses? - Ousou em perguntar Deck que calara a boca quando viu que o moreno mirava sua pistola para o mesmo

– Cala a boca, menó. - Ordenou.

E enfim calou-se.

– Eu sei, Robin. Nós estavamos mortos. – Disse o branquelo. – Os outros também perceberam isso.

– Outros? Que outros? – Perguntou espantado Robin.

– Pensou que era o último Hitman? – Retrucou o moreno.

– Não. – Respondeu o maconheiro Kalel, que também era um Hitman.

– Ora, mais um. – Disse o branquelo, com uma cara típica de homem propaganda da “H20”. – Desse eu não me lembro.

– Realmente já faz muito tempo. Mas o que vocês querem mirando armas em mim, Blekão e Cagliari? – Perguntou Kalel com seu olhar marrento de “Cai fora.”

– Vem pro rag, menó. – Desafiou Blekão, este que era o moreno.

– Isso é uma ameaça? – Perguntou nervoso Kalel com sua marra de sempre. – Vocês não passam de uns viados com o cú arrombado.

– Como ous..!! – Antes que pudesse concluir sua fala o branquelo foi atingido por centenas de balas. Elas, que, coincidentemente, vinham da uma mesma direção.

Blekao espantado pelo número de balas que seu comparça foi atingido olhou para a direção em que elas tinham vindo. E lá estava, Falcão, de pé com um pouco de fumaça saindo de sua mão-metranca. O negão que não havia percebido antes a mão-metranca de Falcão ficou com um tremendo medo e foi esse medo que o levou a dizer:

– Eu desisto. – Jogou sua pistola no chão, ajoelhou-se e pôs suas mãos em sua nuca.

– Lixo. – Gabou-se Falcão.

– Só isso? – Perguntou decepcionado o cirurgião que esperava mais ação.


Frota aproveitou a situação para olhar você-sabe-oque do cirurgião, esse que estava distraído. O estuprador para conter sua excitação teve que morder seus próprios lábios.

– Não haverá problemas caso eu falhar. – Esclareceu-se Blekao ainda ajoelhado.

– Como assim? – Perguntou Robin, curioso.

– Robin, eu adoraria muito te dizer tudo que está acontecendo, porém se descobrisse aconteceria grande anarquia. – Disse Blekao que estava sendo encarado por Falcão que utilizava a dádiva do olhar “Obedece ou morre” usado frequentemente por mães daquele tempo.

– Tudo bem eu falo. – Concluiu meio que com medo.

– Fala. – Ordenou arrogantemente Falcão.

– Robin, primeiramente gostaria que soubesse que eu e meu comparça não somos humanos. – Comentou. – Assim como você obtemos aquilo.

– Mas isso não nos torna seres robóticos, ou estou enganado? – Perguntou Robin, confuso.

– Somos comandados, todos nós, comandados por um grande e poderoso Software. – Blekao disse com uma cara séria.

– É, mas... – Dizia Robin, porém não pôde concluir graças a interrupção de Blekao.

– Mas o quê? – Perguntou já sabendo a resposta a seguir de Robin.

– Esse computador está perdido há vários anos. – Concluiu Robin.

– Isso até ontem. – Comentou Blekao.

– O quê? – Perguntou de olhos arregalados o assassino.

– Eu, junto a todos os outros Hitmans que estavam mortos, fui ressuscitado. – Explicou de cara feia o moreno.

– Blasfêmia. – Cuspiu no chão Kalel. – Se é verdade quem fez isso?

– Espera... – Ia dizendo Frota antes de ser interrompido.

– Uma pessoa bastante conhecida por vocês. – Comentou o negão.

Alguns segundos passaram-se. Estes que podiam ser caracterizados pela pergunta que a maioria das pessoas ali presentes perguntavam-se. “Quem?” Bem, primeiramente também foram caracterizados por outras coisas. Como por exemplo, o tédio do Doutor, a “boiação” de Deck que não entendeu coisa com coisa e a preocupação de Frota com outras coisas.

Porém, toda aquela tensão fora cortada a partir das cordas vocais de Robin.

– Falcão. – Chamou Robin com um olhar preocupado.

– Eu.

– Metralha esse viado. – Ordenou Robin e virou-se então para trás, onde havia uma janela.

– Tanto faz para mim, vou ser ressuscitado depois.

Três segundos se passaram e então decidiu se virar de volta para a direção onde estava Blekao, morto. O conhecido do Robin estava como um queijo, um queijo podre, de fato. Cheio de buraquinhos.

– E agora? – Perguntou Deck sabendo muito bem de quem se tratava seu inimigo.

Robin apertou o espaço entre suas sobracelhas fazendo pinta de preocupado.

Flashback do dia antes de hoje (ontem). Logo após Xupa recrutar os jovens.

Uma boa parte da região fronteiristica entre as potências mundiais Fantasy e Economist eram realmente um tanto quente, e repulsiva. Resumindo, era um baita de um deserto. Salsa Tensei não estava morando por ali (e obviamente não era louco o bastante para isso), estava simplesmente viajando a “negócios” dentro de sua caríssima e bela limosine. Esta que, por estar andando perante um deserto em alta velocidade. Já parecia mais um aglomerado de poeiras.

Salsa também seria conhecido como um dos ministros mais safados e corruptos em toda a política de seu país. Estava por ali procurando algo, algo que procurava desde as eleições anteriores.

O deserto descrito anteriormente também é conhecido como In Ferno, uma região afetada densamente pela Guerra Do Fim Do Mundo. Talvez In Ferno e Inferno fosse o mesmo lugar. Provavelmente não, porque tal inferno não tinha ainda o seu imperador, ou seja, Hades, Capeta, Bielderbergs... Bem, pelo menos isso até agora.


Por boa parte da viajem, que durava até então um pouco mais que 2 horas, Salsa dormiu.

Nosso Flashback realmente começa apenas quando Salsa acorda de seu cochilo. Estava no banco de trás de sua limosine, até porque, por ser um riquinho um tanto desgraçado, tinha seu próprio motorista. Este que estava com olheiras. O motorista realmente invejava de Salsa. Poder dormir na hora que quisesse... Ter dinheiro na hora que quisesse... Porém tinha que continuar a dirigir, com o seu terno caloroso dentro de uma limosine cujo ar-condicionado não dava conta do recado contra aquele calor desértico.

– Estamos chegando? – Perguntou Salsa com os olhos pesados.

– Acho que sim. – Respondeu o motorista, com os olhos mais pesados ainda.

– Finalmente. – Sua impaciência havia diminuído um pouco graças a resposta do funcionário público.

Salsa ficou olhando para o deserto carro afora, não se via nada além de areia e cactos.

Surpreendentemente In ferno era um local muito disputado entre as indústrias petrolíferas de todo o universo. Isso por ser o local mais rico neste produto em todo o continente. Só ficava atrás dos Estados Moderados Do Sul, ou melhor, o que sobrou de tal, após tal guerra.

Alguns minutos depois por razões desconhecidas o motorista decidiu parar o carro.

– Hey, o que está acontecendo? – Perguntou Salsa.

O motorista então respondeu:

– Desça, estamos atolados – Ordenou, como se fosse alguém mais “importante” do que Salsa na sociedade atual.

– Por que eu obedeceria um ser tão inferior a mim nessa sociedade atual como você? – Perguntou estranhando Salsa.

De fato foi uma frase longa, nota-se que em certos momentos Salsa tende a perder-se em seus pensamentos dizendo coisas totalmente complexas ou sem nexo. No momento, havia sido algo totalmente complexo.

– Porque você não quer ficar atolado pro resto da vida nesse deserto escaldante, certo?

Salsa olhou ameaçadoramente para seu motorista. O motorista sabia exatamente o porquê de tal estar encarando-o de tal maneira. E então, o empregado tratou de se corrigir.

– Certo... Vossa Alteza? – Corrigiu-se.

– Certo.

– Descerei também, para desatolar o veículo para continuarmos nossa jornada.

No mesmo momento que Salsa pisou na areia de In ferno o motorista, esperto, meteu o pé deixando o ministro por ali.

– Desgraçado!! – Gritou nervoso o ministro que já havia estranhado desde o início.

– Se fudeu. – Gritou o motorista que já estava longe de Salsa. De fato não havia carro atolado, e sim uma mentira cabeluda do motorista.

O motorista, de fato, já estava cansado do grande ego de Salsa e de seus pagamentos atrasados. Então, após abandonar o ministro, foi em alta velocidade de volta a Fantasy onde fez uma greve. Morreu com três tiros do que supostamente foi dito pela mídia que eram “balas de borracha”.

Salsa quando virou para trás ficou de cara para uma magnífica .12 que estava sendo carregada por ninguém menos do que Xupa Cabrinha. Assim como Salsa, Xupa estava lá procurando certa coisa faz anos. Coisa que estranhamente não posso revelar no momento, somente para dar suspense, claro. Salsa tremeu, nunca havia disputado uma batalha, há doze anos quando apanhava dos valentões em sua faculdade. Percebe-se então que não era um dos melhores em questão de corpo-a-corpo, além disso, seu adversário obtinha uma arma de fogo, coisa que o ministro não carregava no momento.

– Qual é a sua? – Perguntou Salsa tentando demonstrar que não sentia medo.

– Responda-me o senhor. – Respondeu Xupa ainda apontando a arma para o ministro.

– Você não sabe com quem está mexendo. – Comentou o ministro.

– Sei quem é você.

– Mesmo? Se fosse verdade não estaria ameaçando puxar o gatilho em minha pessoa.

– Acha que eu tenho medo de você? Seu merdinha do governo.

Xupa, para mostrar sua repugnância a respeito de não apenas Salsa mas também de todos os outros seus comparças de República, cuspiu no chão.

– Tsc. – Por não ter mais o que dizer Salsa resolver achar-se o tal.

– O que veio fazer aqui? – Perguntou Xupa.

– Bem, não devo dar satisfações para uma pessoa qualquer como você... Xupa Cabrinha.

Xupa Cabrinha sempre teve uma grande “fama” por ter sido um dos heróis da Guerra Do Fim Do Mundo. O homem de terno branco foi uma das quatro pessoas que se tornaram, graças ao louco Doutor Gepeto, Super Soldados, ou Super Novas.

Xupa tinha uma enorme vontade de puxar o gatilho.

Salsa somente para irritar mais o homem cuspiu no chão e logo após voltou à encará-lo.

Xupa ficou irritado mesmo sabendo que era isso que Salsa estava tentando fazer.


– Somente por EDUCAÇÃO, coisa que vocês negros não têm, irei dizer o que vim fazer aqui. – Respondeu finalmente o ministro, demonstrado toda sua “educação” quando a questão era entre raças humanas (não estou sendo racista, mas assim como um cachorro amarelo é duma raça diferente dum cachorro marrom, existe raças humanas)

– Além de vir tomar no cú? Também quer me pagar uma boquete? – Caçoou o homem de terno branco.

– Vim procurar aquilo. – Disse o ministro com um sorriso “amigável”, digamos de passagem.

– Também? – Perguntou Xupa, surpreso.

– O que está insinuando?

– Que estou com mais vontade ainda de te matar. – Respondeu Xupa, que, coincidentemente também tinha em seu rosto um sorriso “amigável”.

– Sério? – Perguntou tentando irritar mais ainda Xupa.

– Não. – Respondeu tentando irritar o ministro. – Diferente de você eu sei aonde ir. Isso porque tenho um mapa.

– Mapa? Do que falaste? – Perguntou Salsa.

– Nada, Cara-Pálida. – Caçoou pronto para puxar o gatilho.

– Sabe que não pode atirar em mim.

– Veremos.

Xupa puxou o gatilho. Porém estranhamente o ministro não gemeu nem parecia ter sentido dor, e realmente não sentiu. Isto por que Salsa, assim como todos os outros os políticos inteligentes, sempre vestia por baixo de seu terno preto um colete a prova de balas. Xupa então por perceber isso resolveu enchê-lo de tiro sucessivamente, e assim fez, porém não houve reação nenhuma. Logo então as balas terminaram.

– Só vim. – Aceitou o desafio com um sorriso largo e falso, sabia que iria perder.

Xupa deu um soco, porém errou. Isto porque já estava cansado, diferentemente de Salsa, Xupa não era rico ou coisa parecida, ou seja, teve que ir a pé até In Ferno. O sol radiante que cansava lentamente seus olhos atrapalhou crucialmente sua batalha com o ministro responsável por mortes e estupros Salsa Tensei, isso porque o ataque a seguir foi forte e impiedoso: Um soco forte no estômago de Xupa.

Xupa assim que caiu por não agüentar mais andar naquele seco e repugnante deserto deu-se por vencido e ficou ali, caído em frente à Salsa, cansado, suando demais graças ao calor do local. Além disso, podemos dizer que o ministro teve um pouco de sorte, pois realmente não socou para machucar, porém sorte existe. Não estou certo?

É bom lembrar, que mesmo sendo um Super Soldado, ou um Super Nova, resistência física não era o forte do homem de terno branco, e sim sua virtuosa destreza.

– Viado... – Resmungou Xupa, logo após desmaiou.

– Foi rápido. – Comentou Salsa, totalmente surpreso.

Pouco segundos depois o ministro percebeu que na mão esquerda de Xupa havia uma mala. – O mapa...

Assim que abriu tal mala Salsa viu que junto ao mapa também havia incrível poder de fogo. Nada mais nada menos do que cinco quilos de puro explosivo que, de acordo com o timer embutido, detonaria dali á exatas uma hora. Então surgiu uma pressa repentina em Salsa, estava com medo de que a bomba detonasse e ele ainda estivesse ali, mas creio eu que nem o homem mais lerdo e burro do mundo seria capaz de executar tal proeza. O ministro então pegou o mapa e afastou-se um pouco da maleta cheia de bombas.

– Veremos... – Disse procurando sua posição no momento em relação ao mapa.

Salsa sempre foi, desde seu colegial, um ótimo decifrador de mapas. Obviamente isso facilitou bastante sua vida em vários momentos, inclusive naquela tarde ardente em In ferno.

E nada mais disse Salsa durante sua caminhada até o local “X” do mapa que carregava. Não demorou muito, isso porque quando se encontrou com Xupa já estava perto daquilo. Estava cansado, suando demais, digo, ensopado de suor; agora sabia como Xupa se sentia antes. Já estava se desidratando, todos seus poros estavam abertos; porém uma imagem enorme aliviou sua dor. Isso, finalmente havia achado aquilo. Aquilo que procurava há anos e anos; sentia enorme satisfação.

Para ser mais preciso Aquilo nada mais era do que “O Centro de Controle de Hitmans”.


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