A Christmas Story escrita por B Author


Capítulo 1
Christmas Special


Notas iniciais do capítulo

Eu estava planejando postar ontem, mas, como sabem, foi uma confusão só. Mas ainda é 25, então... Não me atrasei por completo.
Boa leitura.



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* * *

A neve caía leve, sem se amontoar muito ou impedir o caminho. A Mercedes preta passava com tranquilidade pelas ruas de Boston. Tudo ao seu lado transbordava de felicidade e tudo que ela odiava. As cores verdes e vermelhas preenchia toda a cidade. Ela saiu de sua cidade a fim de encontrar um lugar para passar aquele feriado. Se ela iria passar sozinha seu natal como todos os outros anos, ela queria mudar um pouco. Portanto, pegou sua bolsa e saiu naquela tarde mesmo, passando pelos cidadãos que ligavam as luzes e iam para casa, para suas famílias. Já ela, não havia ninguém com quem compartilhar.

O bar que lhe pareceu menos imundo ou enfestado de homens bêbados fora sua escolha da noite. A viagem consumiu quase toda a noite e agora faltavam algumas horas para a meia-noite. Então, ela estacionou seu carro em frente e tomou coragem para sair. De fato, não sabia por que estava ali. Não gostava de beber, a não ser nas ocasiões mais raras e geralmente estava sozinha. Na verdade, estava sempre sozinha.

O bar mais parecia uma lanchonete, com um piano vermelho no fundo do salão, ela podia ver a agitação dos funcionários para sair e ir comemorar com suas respectivas famílias e amigos. No entanto, havia outros solitários em busca que uma maneira para não passar aquela data em branco. Ela entrou, ouvindo uma música ao fundo. Um rapaz alguns anos mais novo que ela, cantava alegremente, para alguém na mesa a sua frente, que ela supôs ser o namorado. Não era o seu lugar, ela tinha certeza agora. As pessoas comemoravam que comemoravam o amor lhe deixava irritada por trazer a lembrança fria e cruel de que sentaria em seu carro e dirigiria de volta para uma mansão em que dormiria pensando em como seria se tivesse alguém para compartilhar sua vida. Não, ela deveria ir para casa.

“Hey...” Disse alguém, assim que se virou em direção à porta. “Vá com calma.” Ela abriu os olhos deparando-se com a mulher loira a sua frente.

“Eu... Eu já estava de saída.” Resmungou ela, brevemente. A mulher sorriu para ela.

“O cara do piano vai dar uma parada para brindar, não vai ficar?” A loira sugeriu, apontando para o rapaz. “É geralmente divertido. E além do mais, não devia dirigir.”

“Eu não bebi.” A assegurou com a voz mais firme e distante. “Quem é você afinal?” Retrucou.

“Emma.” Respondeu ela, como a pergunta lhe feita fosse de algum modo gentil. “Emma Swan. E você?”

“Regina.” Respondeu sem dar importância. “Bem, como eu disse... Eu estava de saída.” Repetiu ela, ansiosa para chegar até o seu carro. A loira riu brevemente.

“Tudo bem... Eu te vi do bar, achei você meio perdida.” Disse tentando ser simpática. Regina a fitou atentamente, parecia realmente estar tentando.

“Pois achou errado, eu preciso ir para casa.” Retrucou Regina estranhando aquela situação. A loira assentiu um pouco decepcionada.

“Claro... Seu marido lhe espera.” Disse em um riso nervoso. Regina deixou um sorriso escapar. Pelo menos não estava tão na cara sua solidão, seus ombros começaram a relaxar, enquanto o rapaz do piano se levantava e erguia uma taça.

“Acho que não...” Respondeu Regina, zombando de si mesma. A loira sorriu como se visse uma brecha para iniciar outra conversa.

“Hm... Esposa?” Tentou mais uma vez. Regina arqueou a sobrancelha, não pôde deixar de rir daquilo.

“Não, mais uma vez.” Negou rapidamente. Emma inclinou a cabeça, como quem procurasse entender algo.

“Bem, então, se me permite perguntar...” A indagou, com mais descontração. “Por que precisa ir agora? Eu garanto que a noite é boa por aqui.” Regina não compreendia a necessidade daquela mulher de lhe incentivar a ficar. Talvez trabalhasse lá e quisesse mais um cliente, no entanto, Regina não encontrou nenhum crachá que lhe indicasse o nome ou função.

“Bem, eu...” Ela disse, quando se lembrou de que não havia nada a fazer. “Eu...” A mulher sorriu desta vez não de um modo feliz, mas compreensivo.

“Sabe, quando eu te vi sozinha aqui, e vi que estava perdida, pensei em, sei lá, dizer um olá.” A morena arqueou a sobrancelha, um tanto desconfiada.

“Claro, quanta gentileza.” Sibilou ela, com um nítido sarcasmo. “De qualquer modo, não preciso de sua hospitalidade, com licença.” Disse Regina, dando-lhe as costas. A loira suspirou cansada logo atrás de si.

“Tudo bem. Eu também não tenho ninguém...” Comentou, dando de ombros. Regina parou imediatamente, olhando-a por cima do ombro. “Mas eu sou boa em achar pessoas... Caso esteja perdida.” Provocou-a. Um sorriso se pôs nos lábios da morena, que se virou de volta à loira. No entanto, Emma já havia voltando-se para um dos compartimentos do bar.

Regina a seguiu, batendo os saltos no chão, e sentou-se em frente à loira no compartimento. Swan sorriu com a surpresa.

“Espero que valha mesmo o meu tempo.” Resmungou ela, voltando-se para o rapaz no topo do pequeno palco. A mulher sorriu de sua insistência.

“Tenho certeza que sim, Majestade.” Disse ela, com um sorriso brincalhão. Regina estremeceu por um momento.


“O que disse?” A indagou.

“Foi uma brincadeira.” Avisou-lhe, descontraída.

Logo, o rapaz do piano junto de seu companheiro ergueu a taça para fazer um brinde. Emma decidiu entrar na brincadeira, erguendo a sua também ao levantar. Regina estava perdida, sem saber o que fazer. Nunca estivera em um lugar como aquele. A loira fez um sinal para que lhe acompanhasse, e entregou-lhe uma taça de um garçom que passava na hora. A taça estava vazia, mas Regina não se importou. Não iria beber, de qualquer maneira. Embora o lugar e as pessoas fossem completas desconhecidas, havia algo lá que lhe era muito familiar e, de certa forma, não era de todo mal.

“Por mais anos como esse!” Gritou o rapaz, erguendo a mão do namorado. Regina riu baixinho, não era o que ela desejava. Os anos que se arrastavam significava só uma eternidade de solidão. “Sei que há muitos solitários aqui, portanto, não sejam tímidos. Não vamos a solidão vencer essa noite.” Regina ergueu o olhar até ele, como se ele pudesse ler sua mente.

Os gritos soaram entendendo exatamente o que o rapaz queria dizer. Ele, então, voltou ao piano, mas desta vez acompanhado. As pessoas passaram a se movimentar mais, embora a música não fosse tão agitada assim. Regina nunca viu tamanha quantidade de sorriso, e de fato, as pessoas estavam conhecendo umas as outras. Ela olhou para a loira, com certo receio. Não gostava do esforço de ser simpática, preferia ficar onde estava. No entanto, deparou-se com os olhos esmeralda de Emma lhe fixando.

“O que foi?” Perguntou Regina, na defensiva. A loira andou até ela com um sorriso animado.

“Vamos dançar.” Disse ela, segurando a mão da morena. No entanto, Regina puxou-se de volta.

“Eu não danço.” Respondeu seca. Mas a loira parecia determinada, ela pegou novamente a mão da morena, contudo, com mais suavidade, pedindo-lhe permissão com somente seu olhar. Regina estreitou os olhos, consentindo de modo retraído.

Emma segurou as duas mãos da morena com um sorriso de ponta a ponta. Regina não entendia sua felicidade, mas estava contente em não passar novamente sozinha o natal. Como fora nos últimos dezoito anos. Regina não fazia muito esforço para acompanhar aquela mulher desconhecida, mas sentia seu espaço pessoal ser invadido cada vez mais, e sempre que tentava se afastar se via invadindo o dela.

“Regina, não é?” Perguntou Emma A olhando por um instante. A morena assentiu brevemente. “Nós nos conhecemos de algum lugar?” Regina estremeceu. Não podia ser de Storybrooke, ninguém poderia sair de lá, e mesmo se pudesse nunca se lembraria dela ou de quem ela era.

“Certamente não.” Respondeu Regina assim que recuperou o fôlego. “Sou muito ocupada.” Emma sorriu.

“Percebo.” Disse mais para si mesma que para a morena. “Eu devo estar lembrando-me de você de outra vida, quem sabe.” Emma sibilou, dando espaço para que a morena rodopiasse na dança. Regina o fez com muita leveza, tentando ao máximo relaxar os músculos. Não tinha como ela saber, do contrário, Regina se lembraria.

“Quem sabe.” Disse Regina, arqueando a sobrancelha. A morena fitou aqueles olhos esmeraldas com mais atenção, havia algo lá dentro, algo que ela reconhecia, ou deveria reconhecer.

“Quer saber uma coisa engraçada? Essa manhã eu fiz um pedido.” Disse ela, estudando cautelosamente a reação da morena. “Pedi que não ficasse sozinha neste natal. E, então, você apareceu.”

Regina engoliu seco, sentindo algo em relação àquela frase. Um vento frio percorreu seu corpo quando parou bruscamente, em frente à loira.

“Não gosta de sua família?” Perguntou Regina curiosa. Emma balançou a cabeça, enquanto colocava sua mão na cintura da morena.

“Sem família para gostar.” Respondeu, sem dar muita importância. Regina franziu o cenho. Ela era órfã? Tão sozinha quanto ela. A loira andou com Regina até o centro do saguão. “E você...?”

“Meus pais faleceram há muito tempo.” Respondeu apenas o suficiente, afinal, não conhecia de fato aquela mulher. Regina a fitou de cima abaixo, com certa desconfiança. “Quantos anos tem, Miss Swan?” A loira riu ao ouvir tal modo de chama-la.

“Isso importa? Quantos anos você tem, Regina?” A morena arqueou a sobrancelha, Swan de burra não tinha nada.

“Tem razão, não importa.” Sibilou, parando para observar o público a sua volta. Eram poucos aqueles que dançavam como elas, com o tempo, havia se formado um círculo para que os corajosos dançassem juntos.

“Você acredita em destino?” Perguntou Emma, baixinho. Regina franziu o cenho. Ela não tinha ideia de como acreditava. “Talvez ele tenha nos trazido para cá.”

“Espero que não esteja havendo nenhum mal entendido aqui.” Esclareceu Regina. Não queria que a loira tivesse nenhuma impressão errada dela. Ela não estava ali para encontrar alguém, embora não fizesse mal algum em se divertir um pouco. Emma hesitou por um instante, mas não desmanchou seu sorriso.

“Nós realmente não nos conhecemos? Você é tão familiar para mim.” Emma suspirou intrigada. Regina não pôde deixar de rir, se ela soubesse.

“Talvez tenha lido sobre mim.” Riu a morena brevemente. Emma riu também, achando aquilo engraçado. “Mas você também me é familiar, não sei o motivo.”

“Meu rosto é comum.” Deu de ombros.

“Estou certa que não, querida.” Regina sibilou. Emma a olhou de outro modo por um instante.

“Não?” Indagou, com um sorriso malicioso. Regina sorriu de volta

“Eu me lembraria.” Garantiu, sentindo a mão de Emma em sua cintura deslizar sobre suas costas. Emma sorriu torto.

“Talvez precise de algo para se lembrar.”

Regina não conseguiu assimilar quando tudo aconteceu ao mesmo tempo. O champanhe estourou no momento em que sentiu os lábios da loira recostar os seus com certa urgência. Ela segurou o pescoço sem saber ao certo o que fazer. O público ao seu redor gritava e batia palmas. Talvez por elas, ou talvez pela comemoração. Havia dado meia-noite. Era natal. No entanto, o que Regina sentiu não fora o espírito natalino ou a esperança de que o ano seguinte seria melhor que aquele. Não, o que a morena sentiu foi o vazio de seu peito preenchido por alguns segundos, e, por instantes relâmpagos, pôde ver algo, imagens confusas e desconexas. Algo sobre uma criança, um menino.

Mas Regina não deu importância, ela segurou a nuca da loira e se permitiu aproveitar aqueles segundos. Mesmo no beijo, as duas sorriam agradecidas por terem encontrado uma a outra. Talvez fosse o destino. Emma tinha dezoito anos e, após aquela primeira semana, ela queria sentir algo que não culpa. Já Regina, entrelaçando a mão da loira ao separarem-se, olhou-a nos olhos esmeraldas, sem a menor ideia do presente que ela lhe daria daqui a algumas semanas.

“Não sei de onde eu conheço você...” A loira disse, acariciando o rosto de Regina suavemente. A morena tinha uma expressão assustada, mas não ousou se separar ou interrompê-la. “Mas eu te encontrei.”


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Notas finais do capítulo

Obrigada imensamente pela leitura. E que haja muito Swan Queen para nós nesse ano, pelo amor dos Dois Idiotas ♥ Até a próxima!



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