No palco do auditório, o professor prosseguia com sua longa palestra, cujo o tema Caroline não se lembrava mais qual era. Ela sentia estar trancada naquele auditório há horas, apenas ouvindo o professor falar. Ela estava frustrada. A faculdade não era nem um pouco como ela esperara.

Seus pensamentos frustrados foram interrompidos com o celular vibrando de seu bolso. Sutilmente, o puxou e deu uma olhada na tela. E então, quase o deixou cair.

A tela mostrava que quem havia ligado era Rebekah Mikaelson. Caroline ficou completamente surpresa. Por que a vampira estava ligando para ela? Elas não se falavam a meses, e também não tinham motivos para faze-lo.

O celular parou de vibrar antes que ela decidisse se atenderia ou não. Caroline guardou o celular novamente, voltando a olhar para o professor antes que fosse pega. Ela ainda estava com a dúvida na cabeça. Não havia sentido. Por que Rebekah estaria ligando para ela? Talvez tivesse algo haver com Klaus. O coração dela imediatamente se apertou. Ela sabia que Klaus tinha vários inimigos, não era inimaginável que uma hora um deles fosse conseguir acerta-lo. E se Klaus estivesse ferido? Ou... Pior?

Ela balançou rapidamente a cabeça de um lado para o outro, tentando se livrar daquele pensamento. O que ela estava pensando?! Ela não deveria estar se preocupando com aquilo, de forma alguma. Ela não se importava se Klaus estivesse ferido. Ela não se importava com Klaus. E, caso Klaus realmente estivesse ferido, Rebekah não ligaria para ela. De modo algum. Caroline não tinha nada com o híbrido original.

O celular voltou a vibrar. Caroline tirou-o novamente do bolso, ainda discretamente. Seu dedo oscilou, parado a centímetros da tela. Então, após alguns instantes, finalmente apertou a tela com força, rejeitando a ligação.

Caroline guardou o celular e decidiu novamente tentar prestar atenção as palavras do professor. Então, se deu conta de algo. Já que Rebekah não poderia estar ligando por causa Klaus, qual era o motivo de tantas ligações? Algum lugar em sua mente ainda se preocupava que o híbrido realmente pudesse estar ferido, ou até morto. O celular vibrou novamente. Desta vez, Caroline, aproveitando o fato da sala estar escura e dela estar sentada perto da porta, se esgueirou para fora da sala e atendeu.

–Alô?

–Finalmente. Você não ouviu o celular tocar?! - Reclamou Rebekah.

–Eu ouvi, mas realmente não queria atender você.

–Eu tinha esquecido como sua educação era revigorante.

–O que você quer afinal? - Perguntou Caroline, revirando os olhos.

–Não se trata do que eu quero, mas do que meu irmão quer.

–Desculpe?

–Amanhã é o aniversário de Niklaus. Nós estamos montando uma festa surpresa para ele, e meu presente será a sua presença.

–E o que diabos te faz pensar que eu iria pra essa droga de festa?!

–O que?!

–Você me escutou.

–Eu acho que não fui clara o bastante. Você vai vir para a festa amanhã. Eu não estou perguntando. Você têm até as três da tarde para aparecer no Rousseau's se não quiser se sequestrada e arrastada até a festa. E você sabe que isso realmente pode acontecer.

A Original terminou a ligação antes que Caroline pudesse responder. Caroline suspirou. Então, rumou ao dormitório, desistindo de assistir a longa e monótona palestra do auditório.

Mais tarde, ela arrumou uma pequena bolsa com os pertences que precisaria para passar um dia em New Orleans. Ela iria, sim. Sabia que não teria opção. Rebekah a sequestraria se ela não estivesse lá na hora e lugar marcados, Caroline não tinha dúvidas. Porem, não parou pra pensar se realmente queria ir para o aniversário de Klaus em New Orleans. Não queria pensar, sabia que seria mais fácil apenas ir. Pois, se pensasse demais, temia que alguma parte de si ficasse feliz em estar fazendo aquela viagem. Então, ela apenas não se deixara pensar.