Dark Wood Circus escrita por Apolla Lilium


Capítulo 7
Jardim de Flores Vermelhas


Notas iniciais do capítulo

dessa vez eu tenho desculpa!
meu computador estragou e ele eu tive q comprar um novo...
ou seja, só na base do celular mesmo e n dá pra postar capitulo pelo celular u.u



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Miku tentou falar com o menino loiro mas tudo que saiu de seus lábios foram fracos gemidos. As vezes quando estava destraída ela pensava ouvir a voz de uma mulher rindo maleficamente ou falando coisas rudes... Isso seria um fato real ou apenas sua mente pregando-lhe peças devido ao grande trauma?

Certo dia, quando as luzes haviam se apagado Miku ouviu um barulho de ranger de metal próximo a sua cela e se aproximou da porta para ver o que era. A porta do outro lado do corredor estava aberta e um homem todo de branco arrastava o menino loiro pelo corredor.

Miku emitiu um gemido de pânico enquanto balançava as grades de metal, ela não queria que levassem ele... Aquele garoto era o mais próximo que tinha de um amigo! Ele não podia ir embora! Reunindo todas as forças que tinha ela balançou a porta e emitiu um sonoro “não”.

Os dois continuaram em seu ritmo lento e passaram na frente da cela de Miku que esticou fracamente seu braço na esperança de conseguir segurar o loiro. O homem de branco pareceu não se importar com tal gesto porém o loiro virou sua cabeça na direção da esverdeada e deu um sorriso. Mas, não era um sorriso feliz ou caloroso ou mesmo melancólico. Era um sorriso doentio e um pouco maluco e cruel... Como se soubesse que algo ruim fosse acontecer mas achasse que isso era algo bom.

Por que esse sorriso?

O menino havia enloquecido?

Ele ficou tanto tempo nesse lugar a ponto de ter perdido a noção de real e surreal; bom e mal?

As duas figuras avançaram no corredor até que por fim entraram em uma porta na ponta do mesmo. Essa era a primeira vez que Miku se sentiu realmente sozinha... Não havia ninguém, nem mesmo o garoto loiro... O que faria agora?

A garota percorreu o corredor com os olhos porém ele estava vazio. As luzes ainda estavam apagadas mas os olhos verdes já haviam se acostumado com o escuro e um pequeno brilho no chão chamou sua atenção.

Algo dourado e comprido... Uma chave... Uma chave!

Miku se abaixou e enfiou seu comprido e ossudo dedo por baixo da porta puxando a tal chave até que ela entrasse em seu cômodo. Ela segurou o objeto em sua mão e o girou observando os mínimos detalhes dele.

Será que havia sido o garoto loiro que deixou a chave ali para que Miku pegasse? O que ela abriria? Talvez sua porta!

Com as mãos tremendo ela enfiou a chave no buraco da porta... Entrou! Respirou fundo e girou a chave...

Click!

Abriu!

Um sorriso enorme apareceu no rosto de Miku e ela deu um passo entrando no corredor.

E agora?

A menina ficou parada em silencio olhando ao redor e se perguntando qual seria seu próximo passo. Então ela ouviu um som. Parecia um tipo de motor junto a um monte de espinhos se movimentando muito rápido, esse barulho foi acompanhado de uma risada alta e cruel que Miku jurava já ter ouvido mas que não reconhecia.

O barulho vinha de um dos cantos do corredor... Havia uma porta na ponta do lado esquerdo. Ela parecia com a da sua cela porém ao invez de barras cobrirem a janelinha havia um grosso vidro.

E havia alguma coisa no vidro... Marcas. Umas eram parecidas com mãos, outras eram como manchas; eram de diferentes tons de vermelho.

O que provocou aquelas marcas?

Hum... Talvez flores!

Sim! Belíssimas flores vermelhas juntas! Um jardim! Um belo jardim de flores vermelhas que leva até a saída!

Que maravilhoso!

Então por isso que os homens brancos traziam as crianças até aqui: para libertá-las!

Miku sorriu animada com o novo pensamento que se formou em sua cabeça. Queria ver o jardim antes de sair.

Esticando os pés ela observou o jardim pela janelinha. Havia uma grande pilha de alguma coisa indistinta num canto. Estava escuro então mesmo que apertasse os olhos Miku não conseguia enxergar tudo que via. Uma linda bola amarela rolou e caiu do monte indo parar em um dos cantos do comodo:

_Senhora, o 02-B acabou de cair, devo dar a Pochi¿

Disse uma voz masculina e um pouco submissa:

_Claro que não! Mande Pochi colocá-lo junto com a 02-A... E dê o resto da pilha de comer a ele.

Disse uma voz feminina e arrogante. Miku jurou ter ouvido essa voz em algum lugar... Um porão... Uma jaula de aço... Ela sabia que algo assim já havia acontecido mas não conseguia se lembrar quando... Como se o fato fosse apagado de sua mente.

Ela avistou algo pequeno indo na direção da bola amarela. Parecia uma pessoa engatinhando; tinha cabelos curtos, repicados e azuis claros e tragava um longo casaco branco e azul. O azulado abocanhou a bola amarela lambendo os lábios e então o dono da voz masculina o repreendeu:

_ Não Pochi! Coloque-o junto com 02-A e depois você poderá comer, a pilha é toda sua.

Então aquela pilha grande deveria ser de algum tipo de comida, certo? Bom, se é assim esse tal Pochi deve comer muito... É uma pilha muito grande.

Miku pensou: “a última criança levada foi a do quarto da frente... Talvez a próxima seja eu! Sim, amanha quando as luzes se apagarem de novo será a minha vez! Eu vou sair daqui! Verei o jardim de rosas vermelhas! Nada de gaiolas, nada de celas brancas, nada de luzes que se apagam de repente!”

A esverdeada abriu um enorme sorriso e voltou quase que saltitando para a sua cela.

Mais tarde, quando as luzes se apagaram mais uma vez, um homem vestido todo de branco acompanhou a menina pelo corredor.

Porém, Miku jamais viu o jardim... Jamais teve a liberdade que tanto ansiava...


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Notas finais do capítulo

vou começar a digitar o p´roximo capítulo agora... vai ser bem curtinho



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