Procura-se um Sangue Azul escrita por Mia Peckerham


Capítulo 22
Vingança é um prato que se come quente


Notas iniciais do capítulo

~indireta no título mwahahahaha~
Pessoal, esse é o PENÚLTIMO CAPÍTULO DA FIC, noooooooooooooo
Sério mesmo, não sei o que vou fazer da minha vida depois que acabar :c
Tenho outra fic pra atualizar, uma pra excluir (porque ficou claro que eu não vou continuar com ela...) e uma One-Shot pra postar, mas não é a mesma coisa asdfghjkl Procura-se Um Sangue Azul TOMOU TODA A DEDICAÇÃO QUE EU TINHA asdfghjk

Enfim, espero que gostem desse penúltimo capítulo (ai, dói tanto dizer isso...)
Esse cap. foi também o mais longo, ganhou até do "O baile" ♥
Como geral queria, TRETA TRETA TRETA TREEEETAAAA HAIHAIHAIHAI
Vamos ver se vocês sentem o gosto do sangue daí do outro lado da tela... Porque, sinceramente, eu senti aqui!
Enfim, boa leitura!! ;)



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– Francamente, Janos! – Orla irritou-se. – Não podia ter pensado em uma desculpa melhor? Agora meu filho acabará encontrando aquela garota e a trará de volta ao castelo...

– P-perdão, minha senhora... – Janos encolhia-se de medo. – Se houver algo que eu possa fazer para reparar...

– Não, não há como... Tudo está perdido agora... – A rainha sentou-se em seu trono, as sobrancelhas curvadas, o rosto carrancudo e os ombros tensos. Uma ideia passou por sua cabeça: - Pensando bem, há algo que se possa ser feito, sim...

Janos, que já explodia de medo do que Orla pudesse fazer caso ele voltasse a decepcioná-la, ajoelhou-se perante a mulher:

– O que quiser, majestade. Diga o que deseja, e eu o farei.

Orla sorriu maliciosamente:

– Reúna seus melhores homens. Vá atrás de Ezekiel e da moça e tragam-nos a mim vivos, porém presos.

***

Ezekiel e Erica trotavam lado a lado em seus respectivos cavalos, em silêncio. O príncipe não ousava mencionar a morte de Kirk, e Erica ainda parecia muito frágil para dizer qualquer coisa.

Abruptamente, ela parou o cavalo. Ezekiel fez o mesmo, curioso.

– O que foi? – Ele disse.

– Ali na frente – Erica apontou -, são guardas do palácio?

Ezekiel seguiu com o olhar o indicador da garota e encontrou o que ela estava apontando. Eram homens montados a cavalo, armados e vestindo armaduras douradas.

– Sim – o príncipe torceu o nariz. – Devem ter vindo à nossa procura. Vamos voltar e chegar ao castelo por outro caminho.

Assim que deram a volta com seus cavalos, Ezekiel viu a aproximação de alguém na mesma estrada em que andavam. Era Janos.

– Majestade – o homem disse; o emplastro em seu rosto estava enrijecido agora -, queira nos acompanhar de volta ao castelo.

Os guardas que estavam longe se aproximaram ao ouvir a voz distante de Janos, e logo Ezekiel e Erica estavam cercados por dez homens armados e montados nos melhores cavalos. O príncipe sabia que não queriam levá-los ao castelo pacificamente.

– Não estamos indo para lá – mentiu. – E não podem nos obrigar.

Janos sorriu, tristonho. Fez um sinal e Ezekiel escutou o som de uma lâmina sendo sacada. Imediatamente agarrou também sua espada, mas havia dois guardas apontando as suas para Erica, que estava desarmada e indefesa, e outros quatro homens o cercavam a cavalo. Eram dez contra dois, e Erica não tinha arma alguma para lutar. Não havia como resistir.

– Sinto muito, majestade – Janos disse. – São ordens da rainha.

Os guardas arrancaram de Zeke a espada e os fizeram desmontar de seus cavalos. Ataram as mãos dos prisioneiros e os levaram até o castelo.

***

Quando entraram no salão, arrastados pelos guardas, Ezekiel e Erica tinham as expressões mais indignadas que Orla já vira em toda sua vida.

O príncipe foi o primeiro à, pondo-se de pé, reclamar da situação. Suas bochechas estavam vermelhas como o vinho servido naquela noite; Zeke detestou o fato de estar acorrentado e sendo punido por sua própria mãe como uma criança, diante de todas as princesas e os convidados.

– Não sei o que a senhora pretende com isso – ele rosnou para Orla.

A rainha desceu do trono e dos degraus que levavam até ele.

– Tem que aprender, Ezekiel, que não pode ir contra as regras como bem entender. – Ela fez um sinal com a taça de vinho e um criado apressou-se em enchê-la. Ezekiel percebeu que ela já estava alta de tanta bebida. Depois a rainha continuou: - Guardas, levem o príncipe até A Torre e o acorrentem lá. Não o deixe sair.

Ezekiel arregalou os olhos. A Torre era o último andar de uma das torres do castelo onde, quando pequenos, Orla costumava acorrentar Ezekiel e Martin por algumas travessuras ou por fracassarem em aulas e lições como as de montaria e esgrima. Ezekiel tinha fobia e medo daquele lugar, e de tanto tentar escapar e se contorcer contra as correntes, tinha cicatrizes nos pulsos.

Os guardas mal haviam começado a arrastá-lo para fora do salão de festas e o príncipe já tinha seus pés fincados firmemente no chão, resistindo aos empurrões.

– Mas o que é isto? – Daragh vociferou do outro lado do recinto. – Quantos anos faz que Ezekiel não precisa mais desse tipo de punição? Ele já é um homem crescido! Se vai julgá-lo como um criminoso, condene-o logo à forca!

Orla encarou o marido com o queixo erguido:

– Talvez seja exatamente isso o que devo fazer. Guardas, levem-no para a execução!

Os guardas que seguravam o príncipe pelos braços começaram a puxá-lo para fora do salão. As princesas emitiram um “oh!” em uníssono. Em algum lugar Ezekiel ouviu o grito de Erica. Ele tentava com todas as suas forças empurrar-se para trás enquanto os guardas o forçavam a caminhar adiante, mas não conseguiria nunca vencer a força dos dois sozinho.

– Pare com isso, Orla! – O rei esbravejou. – Vocês dois, parem com isso agora mesmo!

Os dois guardas pararam de arrastar Zeke e o levaram de volta para o fundo do salão, perto da mesa de jantar. Zeke ergueu a cabeça e viu seu pai descer da escadaria com cara de poucos amigos e caminhar até Orla. Começaram a discutir sobre a presença dos convidados e sobre punir o príncipe.

– Não pode mandar matar seu único descendente restante! – O rei gritou com a mulher.

– Eu sou a rainha deste reino – Orla manteve o tom de voz calmo, sereno, mas de certa forma havia fúria em suas palavras. – Posso mandar matar quem eu quiser.

– E eu sou o rei, e posso dizer que ninguém morrerá hoje, se eu quiser.

Daragh pareceu por um momento ter ficado com a última palavra, mas então Orla, rápida como uma raposa, sacou uma adaga da manga de seu vestido e fincou-a na barriga do rei. Um, dois, três, quatro ou mais golpes, enquanto Daragh gritava e curvava-se sobre si mesmo, sangue jorrando das feridas. Ezekiel ouviu vários gritos, e um deles era o seu, mas mais parecia com o grito de um animal agonizando. Sentiu a dor de cada facada em seu próprio abdômen e debateu-se contra os guardas, tentando escapar, em vão.

Quando o rei caiu desfalecido sobre a poça de seu próprio sangue, Zeke caiu de joelhos aos pés dos guardas que o seguravam, sem forças para se mover.

– Agora não há mais rei algum – Orla disse como se o marido ainda pudesse ouvi-la. – Cale a boca.

A rainha voltou-se para um dos guardas e pegou uma espada que Ezekiel reconheceu no mesmo momento. Era sua própria espada, que ganhara de seu pai no dia em que nasceu.

Orla sorriu ao ver o brilho da lâmina. O sorriso era distorcido, maligno e doentio, mas caía bem no rosto dela, jovem demais para a própria idade. Ela caminhou devagar pelo salão, e as princesas, com faces horrorizadas e algumas aos prantos, abriam caminho para deixá-la passar. Orla despertava o medo em todos; Zeke sabia que os guardas não haviam parado a rainha ou desobedecido qualquer regra injusta que viesse dela por puro medo, portanto não os culpava.

A mulher doentia aproximou-se de Erica. Agora que as princesas haviam aberto espaço, Ezekiel conseguia vê-la. Estava numa situação como a dele, presa pelas mãos e sendo detida por dois outros guardas.

Orla fez um sinal e os guardas empurraram a plebeia para o chão, fazendo-a ajoelhar-se diante de todos. A rainha puxou-a pelos cabelos e encostou a lâmina da espada de Zeke na pele fica do pescoço de Erica.

– Vamos acabar com isso de uma vez por todas – Orla resmungou.

Não! – Ezekiel gritou, lutando contra a falta de ar de seus pulmões. – Não, espere! Quero propor algo.

Erica o encarou, mas Zeke desviou o olhar. Já havia decidido o que iria fazer, e não precisava dos olhos repreendedores de Erica para dizer a ele que deveria deixá-la morrer; isso seria inconcebível para o príncipe.

– Caso-me com quem você quiser – ele disse, ofegante. – Deixo que escolha pessoalmente a minha noiva. Sou capaz de fazer qualquer acordo, desde que deixe Erica ir. Dê a ela algum dinheiro, mande-a para fora do reino, nunca mais verei o rosto dela, se assim quiser. Mas preciso saber que ela estará viva e segura.

Orla arqueou as sobrancelhas, soltou os cabelos da plebeia e abaixou a espada. Sem tirar os olhos de seu filho, caminhou até ele. Ezekiel levantou-se e encarou sua mãe nos olhos:

– Jure por Ophélia que Erica ficará bem, e serei o tipo de filho que você quiser.

A rainha sorriu.

– Eu juro. Juro por Ophélia e por todos os seus anjos. – Virou-se e encarou os guardas que detinham a plebeia: – Soltem-na. Levem a garota até A Torre e a deixem lá até o amanhecer, mas não sem mantimentos. Depois trataremos de mandá-la em um navio para longe daqui.

Ezekiel observou atentamente enquanto os guardas tiravam as correntes de Erica. Quando a garota estava livre, o príncipe atirou-se ao chão e puxou as pernas de sua mãe, derrubando-a. A rainha gritou, mas antes que pudesse reagir ou ordenar algo aos guardas, Ezekiel puxou as toalhas da mesa de jantar, derramando o caldo fervente sobre ela.

Orla levantou-se gritando de dor e cambaleou até o centro do salão. Os guardas foram ajuda-la, deixando Ezekiel sozinho, e Erica correu até ele.

– Pegue minha espada e chame Janos – o príncipe disse.

Erica arregalou os olhos:

– O que vai fazer?

Ezekiel desviou o olhar. Parecia triste, mas também decidido.

– Pegue minha espada e chame Janos – ele repetiu.

***

Erica encontrou a espada de Ezekiel no chão. Pela primeira vez pode empunhá-la ao invés de apenas observar de longe. A lâmina era fina, porém precisa, bem afiada. Cabo da espada era pesado, compensando a leveza da lâmina, e não se encaixava nas mãos de Erica, mas ela sabia que era perfeita para a mão de dedos longos de Zeke. O rubi preso na espada era mais do que digno de seu significado: luta, força, resistência, coragem. A Lapis de Centrum do príncipe condizia perfeitamente com sua personalidade.

Carregando a espada, a plebeia encontrou Janos do outro lado do salão. Os outros guardas ainda tentavam ajudar a rainha, que se contorcia no chão com as queimaduras. Janos tentava acalmar um grupo de princesas. Todos estavam aterrorizados.

– O príncipe está chamando – Erica disse, tocando o ombro do guarda.

– Não recebo ordens de garotas intrometidas! – Janos esbravejou.

Erica arqueou uma sobrancelha e ergueu o braço que segurava a espada, pressionando a ponta contra o pescoço do homem.

– É melhor se apressar, Vossa Alteza não gosta de esperar – ela disse, sorrindo docemente.

Janos engoliu em seco e foi até o príncipe.

– Tire minhas algemas – Ezekiel ordenou.

– Mas a rainha...

Não quero saber – ele insistiu. – Tire minhas algemas.

Janos baixou a cabeça e obedeceu. Quando Ezekiel se livrou das correntes, pegou sua espada e caminhou até Orla.

***

A rainha estava no chão limpando-se do caldo quente que fora derramado sobre ela, cercada por criados e guardas. Quando Zeke se aproximou, pisando fundo e com olhar severo e determinado, abriram espaço.

Orla olhou para cima e viu o príncipe com sua espada na mão esquerda. Lembrava-se de como detestava o fato de ele ser canhoto quando era menor, e de como tentara forçá-lo a lutar e escrever com a mão direita.

Mas mamãe, Ezekiel resmungava e dava pulinhos e socos no ar, enraivecido, a esquerda é minha mão mais forte!

Ezekiel sempre tivera o sangue quente, como o de seu pai. Orla se apaixonara por Daragh e, quando Zeke nasceu, tão parecido com o rei, tão espontâneo, apaixonou-se mais ainda.

A rainha olhou em volta. Pensou no corpo de seu filho que haviam enterrado naquela manhã. Parecia que já fazia muito mais tempo. Tanta coisa acontecera desde então...

Orla viu também o corpo de Daragh; ainda não havia sido retirado do salão. Como pode matar seu próprio marido, o homem que a escolhera como esposa, mãe de seus filhos, rainha de seu reino?

Também pensou em seu filho mais velho, Arthur. Haviam chamado ele, a esposa e os filhos para o enterro de Martin, mas a viagem era longa de seu reino até aqui; agora, quando ele e sua família chegassem, veriam apenas Ezekiel num castelo cheio de criados.

Os olhos escuros de Orla encontraram o azul dos olhos de Erica. Já não havia ódio neles, assim como não havia nos dela. Orla pensou no pequeno irmão da plebeia. Nas condições em que viviam. Era uma garota pobre que apenas queria dinheiro para sustentar o que tinha de mais importante em sua vida, sua única família.

E, diante de todas aquelas princesas, criados, guardas, estando toda ensopada de caldo quente, tento o próprio marido morto e seu filho voltando-se contra si, Orla sentiu-se ridícula.

– O que vai fazer? – Perguntou à Ezekiel com os olhos cheios d’água. Lágrimas, todavia, não sensibilizavam o príncipe.

Orla já havia visto seu marido fazer o mesmo trezentas mil vezes, mas agora, parecia menos familiar do que nunca.

– É a justiça para os assassinos do reino – Ezekiel resmungou. – Papai faria o mesmo. Se estivesse vivo.

Uma lágrima rolou pela bochecha de Orla. Ela apenas balançou a cabeça, confirmando.

– Em nome de Ophélia, condeno-a a morte pelos crimes que cometeu. Confessa seus crimes?

Orla ouvia a voz de Daragh ao olhar para seu filho. Como cresceu, como se tornou homem... Quando foi que aconteceu? Onde estava a rainha que não acompanhou seu filho? O amava mais do que tudo, mas com o tempo pareceu ter se esquecido...

Orla chorou mais uma vez:

– Confesso. Eu confesso tudo de que a deusa me acusa.

As lágrimas não cessavam, e a rainha não se esforçou para controlá-las. Ezekiel pôs as duas mãos no cabo da espada e levantou-a acima da cabeça, apontando a ponta da lâmina para as costas de sua mãe. Não havia expressão em seu rosto, assim como nunca havia no de seu pai nesses momentos.

– Ezekiel – Orla sussurrou.

– Sim? – O príncipe respondeu.

Orla trocou olhares não só com ele, mas também com Erica. A plebeia chorava, assim como a rainha. Orla pensou que fora uma tola por achar que as lágrimas de uma nobre valiam algo mais que as de uma moça sem riqueza alguma. Erica era feita de carne, pele, ossos, nervos... Nada poderia diferir uma da outra.

– Eu sinto muito – a rainha sussurrou com a voz embargada.

Por um momento um lampejo de emoção passou pelo rosto de Zeke. Seus olhos se estreitaram, a as sobrancelhas se curvaram. Ele endureceu o olhar novamente e, rápido e seguro, desceu a espada sobre o tórax da rainha.

***

O príncipe soltou o punhal de sua espada e ela não se mexeu. Ficou atarracada ao corpo sem vida de sua mãe. Ezekiel virou a cabeça para o lado, evitando encarar, mas ali estava o corpo de seu pai. Não havia como fugir.

Erica deu um passo frente e o olhou nos olhos. Havia lágrimas reprimidas ali, e suas bochechas estavam marcadas com traços por onde as gotas correram e lavaram a maquiagem. Por baixo dela, o príncipe ainda conseguiu ver a marca das unhas de sua mãe.

– S-senhor...? – Um criado aproximou-se de Ezekiel. – Creio que o senhor saiba que agora devemos...

– Sim – Ezekiel interrompeu. Sabia do que se tratava. – Pode, por favor, anunciar o evento? E peça que os criados acomodem as princesas em quartos vagos. Não queremos que a viagem das senhoritas seja perdida. Façam de tudo para que elas se acalmem e sintam-se bem.

O criado fez uma longa reverência e virou-se para as princesas:

– Por favor, senhoritas, acompanhem os criados. Eles as guiarão para cômodos limpos onde poderão se abrigar por esta noite. Amanhã estaremos organizando a coroação de príncipe Ezekiel Bellafonte como o novo rei de Lionsgrow.

Os criados levaram todas as princesas pelos corredores, algumas em pânico e recebendo cuidados especiais, outras chocadas e fazendo comentários maldosos entre si. Erica e Ezekiel ficaram no salão, assistindo aos guardas que retiravam os corpos do rei e da rainha. Um dos guardas limpou a espada do príncipe e a devolveu de modo solene. Ezekiel encarou a lâmina por alguns segundos dolorosos antes de enfiá-la na bainha novamente.

– Então, amanhã você será rei – Erica sussurrou. Por algum motivo, falar em um tom de voz normal parecia algo pecaminoso.

Ezekiel não sentia o mesmo. Sorriu da melhor maneira que pode, um sorriso frágil, tristonho e quebradiço:

– É a lei, não é? Um reino sem um rei é só um grande pedaço de terra...


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Notas finais do capítulo

E, sim, TEVE UM POV SENSÍVEL DA ORLA!!
Quase me senti culpada por odiar tanto assim essa rainha ;-;
Deixa um review sobre o que você achou, vai?! ;D



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