I Just Wanna Stay In This Moment Forever escrita por Cah_Vasconcelos


Capítulo 1
Eu Só Quero Estar Nesse Momento Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic do Tokio Hotel, escrevi no dia do aniversário deles, como um "presente" e tal.



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Era 01 de setembro de 2009, Bill e Tom Kaulitz faziam 20 anos.

 

Na boate, tocava uma musica animada, algo como Britney Spears. Tom se divertia com alguma loira, alta e magra o bastante para ser modelo. Nada novo.

 

Já Bill estava encostado no bar, olhando o irmão falar coisas na ouvido da moça que soltava risadinhas, no mínimo irritantes na opinião do próprio Tom; nada novo de novo. O mais alto não entendia porquê o irmão andava com esse tipo de garota, quer dizer, ele não andava, era apenas uma noite e tchau. O pior é que elas pareciam não se incomodar e até mesmo gostar de ser o brinquedinho sexual de um cara qualquer. Mas com ele, era diferente. Só havia feito sexo com uma garota e, ainda assim, nem fora tantas vezes.

 

– Hum... Oi? – Ouviu uma voz hesitante e baixa perto do seu ouvido. Virou-se e deu de cara com olhos castanhos, quase negros. Ela era alta, mas ainda mais baixa que ele e tinha os cabelos cacheados que iam até um pouco depois do ombro. Bill paralisou, encantado. – Você... Você é Bill Kaulitz, não é? – Gaguejou a moça, parecendo envergonhada. O de cabelos negros deu seu melhor sorriso.

 

Sim, sou eu. Quem é você?

 

– E-eu? – Enrolou-se nas palavras, fazendo o rapaz abrir ainda mais o sorriso. Os olhos da moça se desfocaram um pouco, mas logo voltaram a encará-lo. – Bom, meu nome é Brooke e... – Sua voz morreu, ela se voltava tão nervosa que isso estava quase afetando Bill.

 

– Um nome bonito. – O mais alto viu a coloração rosa que apareceu subitamente no rosto da jovem que logo riu, sem graça. – De onde você é, Brooke? Não parece ser daqui.

 

– Estados Unidos. – Ela pareceu hesitar, mas logo continuou. – Pode me fazer um enorme favor? – Bill arqueou a sobrancelha, onde jazia o piercing, meio confuso. – Hoje é minha despedida, estou indo embora amanhã, sabe? Eu apostei com os meus amigos, – Ela apontou para trás – que ficaria com quem eles escolhessem hoje e... – Parou, quando viu que ele ria.

 

– Eu sou o felizardo? – A essa altura o mais alto já gargalhava, mas que ideia sem noção!

 

– É, mais ou menos. – A moça estava adoravelmente corada e mexia incessantemente nas mãos.

 

– Por que está me contando? – Perguntou, sério.

 

Bem, eu... Não sei.

 

E depois disso, o silêncio. Bill voltou seus olhos para a pista de dança e não encontrou mais seu irmão. Ele e sua acompanhante já deveriam ter saído dali há tempos. Brooke, por sua vez, encarava incrédula os amigos que faziam gestos bastante exagerados para que ela agarrasse o moço ao seu lado. Ela quase riu, como se tivesse coragem! Ele devia estar achando-a uma idiota. Até que tomou coragem e soltou:

 

– A propósito, feliz aniversário. – Bill virou a cabeça tão rápido que ela pensou ter ouvido um estalo. Deu um sorrisinho. – É, não é todo dia que a gente faz 20 anos, certo? – Ele riu.

 

– Sim, certo. – Respondeu, ainda rindo. – Quantos anos você tem?

 

Dezoito. – Respondeu rápido.

 

E o silêncio retornou. Brooke respirou fundo e desistiu. É, perdera a aposta. Sem dizer nada, começou a andar de volta para a mesa onde sentavam aqueles amigos da onça que ainda faziam gestos pra que ela voltasse lá e o agarrasse. Droga, por que fora tão idiota e não os mandara pastar antes de passar vergonha assim?

 

Bill viu a moça se dirigir à mesa onde cinco rapazes e duas raparigas faziam gestos escandalosos, riu. Bem, estava na hora de viver um pouco, não é? Respirou fundo e virou-se para a saída, o irmão estava voltando... Sozinho. Estranho... Voltou-se de volta para a garota, Brooke, era isso. Agora ou nunca. Avançou pra ela a passos largos e a pegou pelo braço, virando-a bruscamente para si.

 

Os olhos de Brooke se arregalaram, mas o que era isso? Encarou os olhos castanho-claros do rapaz à sua frente e logo o reconheceu: Bill. Abriu a boca para falar, mas foi interrompida por uma mão em seus lábios.

 

– Não é um favor. – Bill falou e aproxima coisa que a garota viu foram seus olhos se fechando.

 

O beijo começou desajeitado, conturbado. Eles não sabiam exatamente o que fazer. Os lábios se tocavam de leve, quase não dava pra sentir. Mas quando a mão da moça se enrolou nos dreads negros e finos, Bill perdeu o controle e pressionou com força os lábios, a abraçando, apertando, mais perto, mais, mais.

 

Brooke sentiu a língua encostar de leve no seu lábio superior e abriu a boca, sentindo o gosto metálico causado pelo piercing de Bill, o metal passeando por toda sua boca. Ela sugou o pequeno objeto para si arrancando um gemido inesperado do rapaz. Quase sorriu, quase.

 

Sentiu-o se afastando devagar, delicadamente e abriu os olhos, encontrando os dele ainda fechados. Sorriu, era isso. Seu sonho se realizando. Bill abriu os olhos e viu os dela abertos, olhando para ele, seu sorriso aberto, parecia esbanjar felicidade e ele logo se viu abrindo o mesmo sorriso.

 

– Oi. – Murmurou Bill, passando o nariz no dela, feliz.

 

– Oi. – Respondeu, rindo.

 

 

~x~

 

Bill,

            Eu precisei ir, mas fiquei com pena de te acordar. Alguém já te disse que você dorme como uma criança? É lindo. Essa noite foi linda, Bill. Eu juro, juro que nunca vou esquecer de  você ou do que aconteceu entre a gente. Mas eu não posso ficar. Espero que você me entenda, por favor.

 

Com amor,

                                   B. D.

 

P.S.: Deixei meu número no seu celular, você não se importa de eu ter mexido nele, certo?

 

O rapaz de dreads finos, pequenos e negros lia e relia aquele bilhete. Como... Como isso foi acontecer? Ela simplesmente foi embora assim? Sem nem olhar no rosto dele e ainda fez piadinha de como ele dormia?

 

Não, Bill não entendia.

 

~x~

 

Andava pelas ruas quase desertas de sua cidade natal; como era estranho. Como doía se apaixonar por uma desconhecida. Não, ele não teve coragem de ligar pra ela. Apesar de Tom sempre dizendo que era o que devia fazer. Mas e aí? O que ele iria dizer? “Brooke, me apaixonei por você, por favor, volte”? Não, seria ridículo.

 

Ele continuou a caminhada. Sua dor apenas aumentava. Leizip nunca lhe pareceu tão vazia, tão triste. Talvez ajudá-la naquela aposta idiota tivesse sido má ideia; talvez passar a noite com ela tenha sido outra pior ainda e; com certeza, pensar que ela fosse ficar fora uma doce ilusão.

 

Ora essa, ficar por ele... Ele era apenas mais um cara de uma noite de despedida na Alemanha. Mas ele não a esqueceria; não, não ele.

 

Remember, to me you'll be forever sacred. I'm dying, but, I know, our love will live.

            (Sacred – Tokio Hotel)

 

Fim~


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Notas finais do capítulo

Gostaram? OIASAISOIAOSIAOISOAIS Talvez tenha uma continuação fofinha que nem essa, fiquem me cobrando que é pra eu não esquecer hein qq
Deixem reviews, vocês sabem, um minuto da sua vida faz o meu dia '-'