21:30 - Véspera de Natal

Já eram nove e meia, a ceia já estava pronta com exceção do peru que demoraria por volta de mais uma hora para ficar pronto já que a gênia da Cat esqueceu de ligar o forno.

Bom, por falar na ruiva, esta vai passar o Natal com seus amigos da Hollywood Arts na casa da Jade, que por incrível que pareça pareceu animada por convidar os amigos para passarem o Natal juntos, na minha opinião é uma pegadinha, mas deixemos assim. Até por que eu estou ocupada demais terminando de arrumar a casa, Cat me chamou para ir para a casa de sua amiga má, mas Carly resolveu passar o Natal nos Estados Unidos com Spencer, eu, Freddie e Gibby. O único problema é que ela meio que não sabia ainda que eu tinha me mudado, não preciso nem falar que ela surtou, né?

Pois é, depois da bronca e do sermão e de mais uma vez fazer um pacto de que sempre contaremos tudo uma pra outra, ela me perdoou e eu como uma boa amiga a chamei, e claro Spencer também, para passarem o Natal comigo aqui em Los Angeles, tudo estaria maravilhosamente bem se ela não tivesse perguntado se Freddie e Gibby poderiam vir. É claro que eu não me importaria de ver o Gibby, o real único problema mesmo seria rever o nerd Benson.

Acontece que nossa despedida foi meio estranha, mal trocamos palavras e ele pareceu aceitar muito bem o fato da mudança, e eu realmente só queria me afastar por motivos óbvios como o fato dele ter beijado minha melhor amiga pouco depois de ter pedido para reatarmos. Sim, Carly me contou tudo, não fiquei triste ou brava com ela, mas fiquei meio magoada com ele, quer dizer será que pra ele o quê tivemos não significou nada? Porque pra mim significou, sim, e muito. E o simples fato dele ter pedido para reatar congelou meu coração por uns momentos, mas ele mudou logo de assunto. E quando eu descubro que ele beijou minha amiga pouco depois, o que se passa na cabeça desse garoto?

Bom, o fato é que eu ainda o amo, mas também ainda tenho amor próprio e não vou deixar Freddie Benson me abalar, será apenas uma comemoração de Natal com amigos, como tantas outras que já tivemos. Enfim, mostrarei a ele que estou muito bem aqui em L.A. E também tenho mais responsabilidade. Estou trabalhando e estudando, ele ficará surpreso e também reverei Carly a quem eu sinto imensas saudades. Ok, vou tomar um banho e me arrumar, afinal é Natal e eu vou receber visitas. Cat já deve ter saído então terei um pouco de paz.

40 minutos depois

Ouço a campainha tocar. Chegaram! Já me arrumei, estou (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_44/set?id=93297935) bem elegante com um scarpin preto McQueen, um vestido tricolor onde a parte da cintura pra cima é preto e embaixo é uma saia rodada vermelha e branca, como acessórios um grande anel com uma ônix cercada de pedrinhas e um brinco com strass, dourado. Prendi a respiração e abri a porta

-SAM!!! - uma morena louca pulou no meu pescoço

-Carls, que saudade. Não consigo respirar.

-Desculpa. - ela disse meio envergonhada, atrás pude ver Spencer, Gibby e ele

-Sam, não vai me dar um abraço? - perguntou Spencer, corri e o abracei com saudade

-Sim Spencer, senti muito sua falta.

-Eu também loirinha.

-GIBBY! - abracei meu amigo estranho, eu normalmente não o abraçaria de tal forma, mas a saudade é maior

-Não vai me bater? - ele disse meio assustado, mas me abraçando de volta

-Não. - falei rindo, e por último... - Freddie... - forcei um sorriso, mas para fechar um pouco a boca, eu estava quase babando de tão lindo que ele estava, com uma calça jeans escura e um camiseta azul marinho quase preta da Lacoste que deixava seus músculos beeeeem à mostra, além do cabelo meio desarrumado que lhe dava um ar sexy

-Não vai me abraçar Sammy!? - perguntou com aquele lindo sorriso de lado, tudo o que fiz foi o abraçar forte com tanta saudade, ele me abraçou mais forte ainda acariciando meus cabelos - Você está linda. - disse sussurrando, corei. Até que nos separamos com alguém pigarreando, Carly.

-Então loira - a morena com um look bem moderno, (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_72/set?id=105164086)com um short violeta, uma blusa bem chique preta, open boot também preta com detalhes dourados, uma bolsa Yves Saint-Laurent e acessórios como um lindo anel e um bracelete Hermés, falou - , conte-me tudo. Quero saber sobre sua vida em L.A. Quem é essa tal de Cat, como é trabalhar como babá, absolutamente tudo. - ela disse se sentando no sofá, é isso vai demorar

30 minutos depois

Comemos uns petiscos, pois a ceia só seria à meia noite, conversamos sobre minha vida, sobre a Itália e os namorados italianos de Carly, sobre umas obras que Spencer foi convidado a expôr no Museu de Arte de Seattle, sobre o Ridgeway e o quanto ele está chato sem eu e Carly, na minha opinião ele sempre foi chato, mas enfim. Eu e Carly conversávamos no sofá, Gibby e Spencer conversavam animadamente na cozinha e comiam e percebi Freddie se servindo de vinho com um olhar meio distante. Carly se levantou para comer e aproveitei para falar com ele.

-Oi. - ele me olhou

-Oi. - deu um fraco sorriso

-Está tudo bem?

-Claro, por que não estaria?

-Porque você tá com um olhar meio distante.

-Impressão sua. - se sentou no sofá e sentei-me ao seu lado

-Qual é Freddie, você pode me falar.

-É que... eu sinto falta disso, de todos nós juntos, mas você e Carly se mudaram e não é mais a mesma coisa, sabe?

-Sei, mas temos que continuar nossa vida.

-Mas eu quero continuar minha vida com você, quer dizer, com vocês. - ele disse totalmente corado

-Freddie, não morremos e não vamos perder o contato, apenas nos mudamos, sempre seremos melhores amigos.

-Eu sei. - ele abaixou a cabeça rendido

-Hey! - Carly nos chamou

-Sim, Carls?

-Que tal passarmos a contagem para o Natal perto do letreiro de Hollywood, vão soltar fogos lá e podemos cear quando chegarmos.

-Deve estar muito cheio lá.

-Ah por favor. - ela fez bico, olhei pra Freddie e ele sorriu

-Ok, deixa só eu desligar o forno, senão o peru já era. - desliguei-o e fomos

20 minutos depois

Chegamos, a visão parece reveillon em Copacabana de tão cheio que está nesse lugar. Falta uma hora para o Natal, Carly e Spencer foram comprar água, e Gibby jurou que a menina mais à frente era sua alma gêmea (¬¬) e foi lá falar com ela. Ficou somente eu e Freddie, ele ainda estava com aquele olhar distante.

-Freddie?

-Sim?

-Me fala o quê houve. Você vai ficar com essa cara em pleno Natal?

-Eu tô bem, Sam.

-Não tá não.

-Estou sim.

-Não tá não.

-Estou sim.

-Não tá não.

-Aff Samantha, já disse que estou bem. - ele parecia meio irritado

-Não me chama de Samantha, e se você não fosse tão burro me falaria o quê houve, eu só queria te ajudar. - ia sair com raiva, mas ele segurou meu pulso - Me solta, nerd.

-Qual é, Sam. Para de ser tão impulsiva, eu só não quero falar.

-Pensei que fôssemos amigos.

-E somos. Melhores amigos.

-Então por que não me diz o quê houve?

-Só responde minha pergunta. - ele disse olhando pra baixo - Você ainda me ama? - disse sussurrando

-O quê?

-Você ainda me ama? - agora ele já me olhava diretamente nos olhos

-P-por quê v-você quer saber? - droga, gaguejei

-Porque eu queria ter um bom motivo pra aceitar uma bolsa na Universidade da Califórnia.

-Recebeu uma bolsa? - assentiu - E por que isso seria um bom motivo?

-Seria bom estudar perto de quem eu sinto mais falta.

-Pensei que fosse a Carly. - disse olhando para baixo, ele segurou meu queixo

-Não amo a Carly. Quando vai entender isso?

-Então por que a beijou? - olhei-o nos olhos me segurando para não chorar, ele pareceu surpreso com a minha pergunta e continuei - Sim, ela me falou. Sabe Freddie, eu não te entendo. Sempre amou a Carly, nos beijamos, namorou com ela, terminou, disse que não a amava mais, namorou comigo, disse que me amava, terminamos, perguntou se queria reatar e no mesmo dia a beijou. Qual é a sua? - foi bom colocar tudo para fora, ele me olhou espantado e segurando meu rosto disse

-Sam, nunca amei a Carly. Achava que a amava, mas era apenas como admiração e como irmã. O quê tivemos foi muito mais profundo e acho que o maior erro da minha vida foi ter concordado em terminar. Aquele beijo com a Carls não significou nada, foi só um despedida, e dois dias depois quando você disse que vinha pra L.A. tão determinada, eu resolvi aceitar, pra te ver feliz, porque eu te amo, mais que tudo.

-Me ama? - ok, eu já estava chorando, ele assentiu - Eu também te amo, Freddie. - ele sorriu e me beijou. O beijo era doce e calmo, mas foi se intensificando com a passagem da língua, ele com uma mão segurava em minha cintura me puxando para perto e com a outra segurava minha nuca, me impedindo de nos separarmos, mas nos separamos devido a escassez do ar, com selinhos no final. Ele ainda me segurava.

-Eu te amo, Princesa Puckett.

-Eu também te amo, nerd Benson.

-E eu prometo nunca mais deixar você fugir de mim.

-O quê quer dizer? - perguntei o olhando

-Quero dizer que aceitarei a bolsa na universidade, pra ficar perto de você.

-Sério? Não precisa vir pra cá só por minha causa, podemos... -ele colocou um dedo na minha boca me impedindo de falar

-Shh... Quero ficar perto de você - me abraçou e sussurrou em meu ouvido - , pra sempre.

Ficamos ali abraçados, e comemoramos o Natal juntos com fogos, este e todos os outros natais de nossas vidas, pois realmente, ele não estava brincando quando disse "para sempre". Fim.