The Dark Side escrita por Belcourt


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é tão amorzinho...
Boa leitura!



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Assim que empurrei as portas de entrada do fast-food, avistei Tyler sentado confortavelmente em uma das poltronas da área com televisão. Andei lentamente até lá. Enquanto movia os pés, pensava em uma maneira de convencê-lo a me ajudar. Parei atrás do acento bege e coloquei as mãos delicadamente sobre os ombros de Tyler. Senti seus músculos ficarem tensos.

–Oi. -Eu disse baixinho.

–Oi, bonitinha. -Ele tirou minhas mãos do seu ombro e levantou. -Quer comer alguma coisa?

Seus olhos analisavam meu rosto.

–Hum, acho que sim. -Respondi, sorrindo levemente. Tyler entrelaçou nossos dedos e me guiou até o balcão. -Mas eu vou pagar!

–Não, senhora. -Tyler negou veemente.

–Olá, Grace! -Ouvi a voz de Phill soar logo atrás de mim. Me virei, sorrindo.

–Olá, Phill.-Respondi, acenando.

–O que você vai querer hoje? -Perguntou. Seus olhos intercalavam entre Tyler e eu. Parecia um pouco chocado.

–Vocês ainda servem torta de maça? -Eu me apoiei no balcão, olhando o cardápio pregado ali. Phill assentiu. -Quero um superpedaço de torta de maça com suco de laranja.

–São dezenove dólares. -Ele disse enquanto digitava algo no computador. Tyler tirou uma quantia de dinheiro da carteira e ia colocá-la sobre o balcão, mas o impedi. Seus olhos escureceram.

–Eu pago. -Sussurrei. Tyler sorriu para mim, pousando suas mãos em minha cintura. Seus dedos fizeram círculos em minha pele coberta pela blusa.

–Eu faço isso, bonitinha. -Ele murmurou, colocando as notas no balcão. Phill pareceu espantado. Talvez não esperasse que eu e o novo morador da cidade estivéssemos tão próximos.

Após pegarmos minha bandeja, nos acomodamos em uma mesa no fundo do estabelecimento. Me mexi desconfortável, sabendo que teria de conversar com ele sobre o real motivo de estarmos ali, naquele momento. Coloquei um pedaço de torta na boca e comecei a mastigar. Tyler me olhou e sorriu.

–Fico feliz por não ter me chamado para um grill, ou algum lugar que sirva saladas.

Tentei ao máximo não rir.

–Tyler -comecei, olhando-o intensamente.-eu preciso de sua ajuda. -Ele assentiu, para que eu continuasse a falar. -Aquela garota, a Faith, ela estudava em nossa escola e nunca a vimos. Depois encontraram o corpo que tinha sumido da estrada...

–Está dizendo que quer descobrir sobre a morte dessa tal de Faith? -Tyler parecia pasmo. Eu assenti lentamente. -Não, em hipótese alguma. Não vou te ajudar a encontrar pista alguma. Isso é loucura. Dar tiros de olhos vendados.

–Por favor. -Supliquei. -Preciso saber o que houve com ela, porque isso pode acontecer comigo.

–Eu... -ele pareceu se perder em meus olhos. E eu me perdi nos dele. -tudo bem. Eu te ajudo.

–Obrigada. -Murmurei, sorrindo. -Vai querer algo em troca?

–Talvez. -Tyler parecia pensativo. Tentei descobrir vestígios em sua expressão, mas ele era imprevisível. -Eu quero um beijo.

Fiquei estática. Que tipo de pedido era aquele? Eu não iria o beijar; não mesmo.

–Na bochecha, certo? -Perguntei, com certo medo da resposta.

–Na boca, bonitinha. -Ele disse lentamente. Meus olhos, inconscientemente, foram para seus lábios. Carnudos, levemente vermelhos... Irresistíveis. Levantei os olhos. Tyler sorriu.

Levantou-se e deu a volta na mesa. Acomodou-se apenas na cadeira ao meu lado. Estava virado para mim. Seu rosto estava à centímetros do meu, a ponta de nossos narizes roçavam. Podia sentir o hálito quente bater em minha pele, e o cheiro inebriante me embriagando. Eu queria beijá-lo. Queria muito. Fechei os olhos, entreabrindo a boca. Senti os lábios macios de Tyler encostarem-se aos meus. Coloquei minhas mãos em sua nuca, aprofundando o beijo. Meu corpo estava quente, meus dedos gélidos, meu coração disparado, meu cérebro em estado de alarme. Era como se meu sistema entrasse em pane. Mas, não iria soltá-lo até me faltar ar. As mãos de Tyler seguraram minha cintura, e nossos joelhos colidiram.

Aquele momento parecia certo e errado. Uma parte em minha mente gritava para que parasse, mas eu não podia, porque estava simplesmente adorando estar segura nos braços quentes e fortes de Tyler e poder beijá-lo. Senti meus pulmões doerem, então, separei nossos lábios. Um sorriso radiante surgiu em seu rosto.

–Esse foi o melhor beijo de toda a minha vida.

Tentei espantar qualquer vestígio de vergonha para longe. Era impossível não me sentir lisonjeada, ou feliz, com comentários de Tyler. Nos conhecíamos há pouco tempo, mas poderia apostar que ele sabia cada coisa sobre mim, assim como eu sabia sobre ele. Coloquei minhas mãos sobre a mesa e sorri.

–Quando começamos com a investigação? –Tyler usou um tom de voz mais grave. Parecia um espião se preparando para o trabalho. Ri baixinho.

–Amanhã. –Afirmei. Suas mãos estavam repousadas sobre minha perna. –Conversarei com Jason, talvez ele saiba algo sobre a Faith que seja útil. Mas, por favor, não conte a ele sobre isso.

–Se refere ao beijo ou à investigação? –Suas sobrancelhas estavam arqueadas.

–Á investigação. Jason não pode imaginar que estamos trabalhando sem ele. –Respondi. Eu queria que meu amigo soubesse do beijo, porque, talvez se lhe contasse, pudesse expor minhas sensações estranhas também.

Tyler assentiu, afagando meus cabelos.

–Minha mãe apoia nossa amizade. –Não sabia se amizade era a palavra certa. Ele pareceu não se importar com a designação do nosso envolvimento.

–Ela me conhece? –Ele tinha a testa franzida, parecia levemente confuso.

–Não, mas já ouviu falar. E, pelo visto, gosta muito do que ouviu. –Sorri. Tyler retribuiu.

–Eu sei, sou muito legal, sociável, e, covenhamos, bonito. –Lançou-me uma piscadela. Provavelmente, ele havia se esquecido de acrescentar modesto à sua lista de “qualidades”. –Será que podemos sair hoje, de noite?

–Não vamos sair no sábado? –Estávamos em plena quarta feira, e a probabilidade de minha mãe permitir que eu saísse era mínima. Tyler assentiu. –Vou consultar a minha mãe.

–Ela não gosta de mim? Vai deixar de olhos fechados. –Ele analisava meu rosto agora; e isso começava a me deixar desconfortável.

–Tyler, estamos no meio da semana, nem se o Papa fosse me levar para rezar no Vaticano ela permitiria. Eu não posso sair. –Resmunguei, abaixando os olhos.

Esperei que ele concordasse comigo, mas tudo que ouvi foram risos.

–O quê? Qual é a graça nisso tudo?-Perguntei confusa.

–O seu drama. –Seus olhos castanhos se encontraram com os meus. Um sorriso amplo decorava seu rosto, e, pela primeira vez, notei uma pequena covinha em sua bochecha esquerda. –Me dê seu telefone, preciso resolver isso.

O olhei sem entender, mas, mesmo assim, retirei meu celular da mochila e entreguei. Seus dedos desbloquearam a tela e digitaram algo rapidamente, depois, ele levou o objeto à orelha.

–Olá, Sra. Andrews, aqui é Tyler Werlock...

Fiquei estática e boquiaberta. O que minha mãe acharia disso? Quero dizer, de um homem usando meu telefone sem restrições. Estava ainda mais preocupada com quê Tyler iria falar.

“Eu, normalmente, não sou desse jeito, você me atraiu e estou um pouco mais valente.” –Fearless, Taylor Swift.


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