The Dark Side escrita por Belcourt


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá, margaridas. Me perdoem pela demora, é que eu fui na WWAT (turnê da 1D) e me perdi no tempo. Sorry.



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A raiva borbulhava dentro mim enquanto olhava Annabelle. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, eu tentava controlar o impulso de gritar tudo o que estava preso em minha garganta.

–Onde está Tyler? –Perguntei com um fio de voz.

–Em casa, provavelmente bolando um plano para resgatá-la. –Ela respondeu, dando de ombros.

–Você não o capturou?

–Não. –Annabelle respondeu-me, passando as mãos pelos cabelos louros. -Eu não quero machucá-lo, Grace. Meu intuito é machucar você.

Engoli o choro e a encarei.

–Por quê?

–Eu odeio você! –Annabelle gritou desesperadamente. Os olhos ficaram amarelos e as presas surgiram. Lágrimas pingaram de seus olhos. –Você não imagina a dor que senti quando fui abandonada por Tyler, você não imagina como me senti quando descobri que ele estava com uma humana. –Seus olhos ardiam de raiva. –Um ser tão fraco, idiota... Mortal. Eu deveria ser tudo o que ele queria, deveria ser sua Alma Destinada!

Então era isso. Ela não superava o fato de que Tyler não a amava mais. Coloquei as mãos em meu rosto–era o máximo que as correntes permitiam. Muitas informações passavam simultaneamente em minha mente.

–Me mate logo, então. –Foi o que eu disse, após longos segundos em silêncio.

–Eu não posso te matar, Grace –Annabelle respondeu, respirando fundo. -, não posso me dar ao luxo de quebrar o plano.

–Que plano? O plano de Deus? –Minha voz estava mais alta, e eu atropelava as palavras, desesperada por respostas. –Não vai me matar?

–Plano de Deus? Poupe-me. –Riu teatralmente. –Eu preciso do seu sangue para completar o ritual que trará os vampiros da Primeira Geração à vida novamente.

–Para quê você quer fazer isso? –Meu corpo tremia violentamente, enquanto eu tentava manter minha respiração em um ritmo normal.

–Para acabar com o mundo Mortal. –Seus olhos se transformaram em azuis esverdeados novamente. –Imagine como tudo seria perfeito se eu comandasse. Tyler voltaria para mim, e você ficaria apodrecendo em uma cela...

–Você é uma psicopata, Annabelle! –Gritei, desabando em lágrimas. Algumas imagens de Tyler e ela passaram por minha mente, tentei expulsá-las, mas era impossível. –Não pode acabar com a vida de todo mundo por um motivo de merda! Ele não te ama!

–Tyler ainda não me ama; quando eu tiver o poder, ele me amará. –Ela disse, enquanto caminhava rumo á porta enorme de madeira e saía.

Gritei o mais alto que pude. A dor crescia dentro de mim. Pensei em todos que morreriam pela ideia doentia de Annabelle, e depois em Tyler, Sun e Jordan que a enfrentariam sozinhos. O Círculo não faria nada contra; eles provavelmente se juntariam a ela nisso.

A dor aumentou quando me lembrei que eu era a chave para isso.

Precisava sair dali o mais rápido possível.

Puxei meus braços com força, provocando um barulho estrondoso. Eu precisava de algo para lubrificar meus pulsos, assim a corrente passaria. Levei minhas mãos até a boca e cuspi. Esfreguei a saliva por meu pulso esquerdo. Puxei-o, e dessa vez ele se libertou da corrente. Fiz a mesma coisa com o direito.

Estiquei meus braços até os pés e tirei os coturnos que estavam nos meus pés. Após ficar só de meia, puxei-os. Logo eles estavam livres também. Calcei meus sapatos de volta e me pus de pé. Caminhei até a janela. Havia uma tela de ferro que evitava que eu pulasse. Fiquei na ponta dos pés, para conseguir ver o que tinha além.

O chão deveria ficar uns três metros abaixo. Eu suportaria a queda.

Comecei a busca por algo que pudesse me ajudar a cortar a tela. Após alguns minutos, encontrei um canivete embaixo de uma pilha de panos sujos que havia ali. Cortei a tela rapidamente, guardei o canivete no bolso da calça jeans e depois me posicionei no parapeito da janela, pronta para saltar.

Dei um passo á frente, rumo ao nada. Em segundos, caí em pé. Durante o impacto, torci meu tornozelo esquerdo, e a dor acometia-me violentamente. Olhei em volta, tentando reconhecer a área. O local em que estava presa era uma casa em um dos bairros ao norte de Casebourne. Reuni forças e corri pela rua –que estava molhada, devido a chuva.

Após alguns minutos correndo, avistei Phill e um grupo de jogadores da CHS. Apressei meus passos em direção a eles.

–Phill! –O chamei, me aproximando.

–Grace? Oh céus, o que houve com você? –Os olhos verdes me analisaram.

–Eu... Bem, é uma longa história. –Suspirei. –Será que poderia me emprestar o seu celular?

–Claro. –Ele colocou a mão no bolso da calça jeans e retirou o aparelho cinza de lá. Entregou-me com um sorriso gentil no rosto.

Digitei rapidamente o número do telefone de Tyler. Na segunda chamada, ele atendeu.

–Alô?

–Tyler! –Exclamei. Sentia o alívio me invadir gradativamente.

–Bonitinha, você está bem? Onde você está? A Annabelle te machucou? –O tom preocupado se fazia presente em cada frase.

Virei a cabeça para o lado, tentando enxergar o que a placa do outro lado da rua dizia.

–Acho que estou em StormShore. Eu consegui escapar; estou bem. –Eu disse, tentando manter a calma. Sabia que logo Annabelle perceberia minha fuga, e tinha medo do que vinha depois.

–Chego em alguns minutos.

Assim que a chamada foi encerrada, entreguei o celular de volta a Phill.

–Grace, está tudo bem mesmo? –Um dos garotos do grupo perguntou.

Assenti fracamente.

Sentei-me na calçada, não aguentando mais parar em pé devido à dor no tornozelo. Tombei a cabeça para trás, sentindo meus músculos relaxarem um pouco.

–Bonitinha! –A voz de Tyler me fez levantar apressadamente. Ele corria em minha direção (em uma velocidade humana). Seus braços me envolveram em uma questão de segundos. E, finalmente, eu me senti segura. Beijos foram depositados em minha testa, enquanto eu o apertava ainda mais contra mim. –Você está bem?

–Estou. –Murmurei. A adrenalina que corria por minhas veias não permitia que eu chorasse. Levantei meu rosto para beijá-lo suave e lentamente. Após o beijo, ficamos nos fitando. Parte de mim não acreditava que tudo estava bem (mesmo que temporariamente), e que estávamos frente a frente. -Podemos ir para casa?

–Claro. –Tyler me abraçou lateralmente, me guiando em direção a uma trilha. –Eu vim correndo, então teremos que voltar do mesmo jeito, bonitinha.

–Tudo bem. –Murmurei. Ele dobrou minhas pernas para depois me erguer. Logo, a floresta parecia um borrão. Estávamos, finalmente, indo para casa. Vivos. Juntos.

“Para sempre é muito tempo, mas, eu não importaria se vivesse ao seu lado.” –I wouldn’t mind, He is we.


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