The Dark Side escrita por Belcourt


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, margaridinhas. Então, eu finalmente consegui concluir o capítulo 18, e gostei muito do resultado. Ah, essa história deve ir até o capítulo 23 mais ou menos. Teremos uma segunda temporada, que será chamada The Dark Symbols. Yep.
E comecei a escrever uma outra história (ainda não estou postando) com bruxos, feitiçaria. Chama-se Hidden Power.
Postarei no intervalo entre TDS e TDSY provavelmente.
Boa leitura!



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Abri meus olhos lentamente. A luz do sol fazia minha cabeça doer e meus olhos arderem. Reparei que não estava em minha casa. Sentei-me na cama rapidamente. Os móveis daquele quarto eram escuros e de madeira. O cheiro dos travesseiros e dos lençóis era o mesmo de Tyler. Levantei-me. Ainda sentia um pouco de tontura, mas podia andar. Lembrava de ter desmaiado no parque OperHall após descobrir que Tyler e Jordan eram vampiros.

E eu deveria estar preocupada, mas me sentia absurdamente calma.

Reparei que não estava mais com minhas roupas. Usava uma camisa social azul clara, que deixava boa parte das minhas pernas visível. Havia um espelho na parede em frente à cama; meus cabelos estavam bagunçados e minha maquiagem borrada. Ignorei esse fato e fui em direção à porta. Caminhei por um extenso corredor até chegar na sala. Jordan e Tyler jogavam videogame, sentados no chão. Pigarreei.

–Grace? -Os olhos de Tyler brilharam, e ele se pôs de pé rapidamente.

–Oi. -Sorri para ele; queria que soubesse que eu não estava brava. -Posso te fazer algumas perguntas?

–Pode perguntar o que quiser. -Assentiu rapidamente, olhando-me esperançosamente.

Sentei-me no sofá, estava um pouco apreensiva.

–Onde estou?

–Na minha casa. -Tyler respondeu lentamente. -Aquele quarto em que você estava era meu.

–Você mata pessoas para se alimentar? –Aquela pergunta fez minhas pernas tremerem, e minha cabeça girar.

–Não. Pego bolsas de sangue no hospital. –Tyler disse suavemente, tentando fazer a situação parecer um pouco menos complicada/constrangedora.

–Como consegue andar exposto à luz do sol?

–Sangue me faz mais forte, consegue fazer meu organismo suportar o sol. –Respondeu, seu olhar parecia distante. Como se revivesse algo antigo.

–É verdade que vampiros só conseguem entrar em casas que são convidados?

–Sim, é verdade. –Sua voz estava trêmula, ele parecia nauseado.

–Como posso matar um vampiro? –Me engasguei com a própria saliva. Droga, que raios de pergunta era aquela? Eu não deveria ter falado nada.

–Quer me matar, bonitinha? –Ele riu, sem humor nenhum. Neguei com a cabeça veementemente. –Bem, vou te responder mesmo assim. As únicas coisas que matam vampiros são: estaca no coração e fogo. Mas água-benta e as frutas e folhas do pilriteiro os enfraquece.

Respirei fundo.

–Uma vez, ouvi seu coração bater... Como isso acontece, se você é um morto-vivo?

–Alguns de nossos órgãos continuam funcionando, porque ainda temos uma metade viva.

–Quantos anos você tem? Quero dizer, de vida vampiresca.

–146. -Respondeu. -Mas, de aparência tenho 18. Antes que pergunte como me transformei: eu trabalhava de coveiro em um cemitério, em Highgate, na Inglaterra, e naquela época os boatos de vampiros cresciam cada vez mais. Mas, quem iria acreditar nisso? Pelo menos, eu não acreditei. Continuei trabalhando no turno da noite. Uma vez, estava rastelando o chão próximo à uma cova, e caí em um buraco. Não sei como, acho que tropecei e caí; não me lembro direito. -Respirou fundo. -Então, machuquei minha perna, tinha um corte enorme. O sangue atraiu um vampiro até lá, e ele me mordeu. Não tive chances contra ele. Mas, antes que pudesse drenar todo o meu sangue, Caçadores de Vampiros apareceram.

–Os caçadores de vampiros acharam seu corpo? -Indaguei, sentindo o gosto da bílis em minha garganta. Estava apavorada e curiosa ao mesmo tempo, simplesmente não podia parar de fazer perguntas até saber a verdade.

–Não, eu estava em uma parte afastada do cemitério. Estava desmaiado, caído no chão, então não viram. Demora certo tempo para a transição. -Respondeu com desgosto. -Eu acordei no outro dia me sentindo loucamente vivo, e faminto. Matei grande parte da aldeia de Highgate. -Seus olhos perderam o foco e o brilho. Senti vontade de chorar, não por mim e pelo medo, mas pela dor que Tyler sentia. Ele se arrependera, e era isso que contava. -Então, Jordan apareceu. Ele trabalhava para o Círculo, e, portanto, teria que me apresentar para seus chefes. -Nessa hora, Jord parou de jogar videogame e o encarou. -Durante algum tempo, trabalhei para o Círculo. Mas depois vi que não era o que eu esperava; Jordan fugiu junto comigo; já éramos melhores amigos naquela época.

–O que é o Círculo? O que ele faz? -Perguntei, olhando para os dois meninos.

–O Círculo é como uma união de vampiros -disse Jord. -Eles são muito poderosos e antigos; digamos que são os chefes da nossa espécie. Quando transgredimos algumas Leis, somos enviados para lá, para a punição. E, quando um vampiro novo aparece, representantes são mandados para registrá-lo.

–Você era um representante? Conheceu esses chefes? -Perguntei à Jordan.

–Sim, eu era. Grace, ninguém conhece os chefes do Círculo, eles tem pessoas que fazem tudo. Eu tinha contato com o representante do representante do ajudante dos chefes. Eles são inalcançáveis. –Jordan respondeu, olhando-me. Seus olhos azuis estavam mais escuros.

–Por que vieram para cá? Quero dizer, vocês são da Inglaterra, certo? -Indaguei, curiosamente, para Tyler.

–Você descobriu nossa nacionalidade pelo sotaque! –Ele sorriu. Parecia orgulhoso. –Eu vim para cá por causa de você. –Pisquei freneticamente, tentando entender o que ele quis dizer. –Ano passado, estive em Nova Iorque. Um amigo meu, que é feiticeiro, disse que eu tinha uma Alma Destinada. Passei um grande tempo tentando descobrir quem era a minha Alma Destinada. –Olhou-me nos olhos. –Descobri que era você, Grace. –Arregalei os olhos. –Com a ajuda do meu amigo feiticeiro, localizei-a. Tratei de me mudar para Casebourne. Jordan veio comigo. –Tyler sentou corretamente. –Annabelle, a chefe daquele vampiro que matamos no OperHall, nos seguiu, e parece estar empenhada em conseguir o que quer.

–E o que ela quer Tyler? –Murmurei, com voz trêmula.

–Você. –Respondeu rapidamente. –Precisamente, você morta.

–Por quê? –Indaguei, sentindo lágrimas quentes escorrer por meu rosto.

–Porque ela o ama; é obcecada por ele. –Respondeu-me Jordan, revirando os olhos. –Annabelle é uma vadia louca capaz de tudo.

Meu estômago embrulhou e tive vontade de vomitar. Eu estava ameaçada de morte, e tinha uma Alma Destinada. Sabia exatamente o que significava, já havia lido sobre. Éramos unidos, nossas almas eram uma só (unidas desde meu nascimento) e fazemos outras coisas estranhas, que até ontem não imaginava que existiam.

–Preciso ir para casa. –Comuniquei aos dois.

–Vá se trocar e eu te levo. –Tyler respondeu, suspirando.

“É quente sentir a adrenalina para afastar o perigo. Eu vou correr direto para, para o limite com você. Onde nós dois podemos nos apaixonar.” –The Edge of Glory, Lady Gaga.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, finalmente conheceremos a vingativa Annabelle.
XX



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