The Dark Side escrita por Belcourt


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey. Espero que gostem da minha primeira aventura, com personagens originais.



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Acordei ofegante. Havia tido outro pesadelo. Cocei meus olhos freneticamente, a luz do ambiente parecia não ajudar na minha "adaptação”. Me virei para o lado, tendo uma visão do relógio que estava em meu criado-mudo. Suspirei vendo que já estava quase na hora de ir para a escola. Levantei cambaleando e fui para o banheiro.

Logo estava vestindo calças jeans azul escuras e uma camisa xadrez em um tom de amarelo claro. Meus coturnos estavam jogados no outro lado do quarto. Havia prendido meu cabelo castanho escuro em uma trança; ele, geralmente, era liso, mas em algumas manhãs era cacheado. Meu cabelo, assim como todo o meu ser, era algo indefinido e exótico.

Após estar inteiramente vestida, passei lápis preto nos olhos, para destacá-los. Eles não eram claros, na verdade; tinham um tom de verde escuro, mas bem próximo do castanho. Peguei minha mochila no chão e desci as escadas correndo.

Havia me mudado para a pequena cidade de Casebourne dois meses atrás, por causa da transferência de trabalho da minha mãe, e ainda não tinha me acostumado. Casebourne era tão minúscula que nem constava no mapa, mas sua localização exata era na costa americana. Antes de subir na caminhonete velha de minha mãe, me perguntei mentalmente se a localização tinha algo de místico -oh, sim as cidades formam uma espécie de triângulo, Casebourne é na ponta direita. Sou tão supersticiosa quanto vovó.

–Bom dia, Grace. -Minha mãe, Jenna, disse.

–Bom dia. -Respondi, sentando-me á mesa.

Meu pai estava em uma escavação, ele é arqueólogo, voltaria em dois meses. A casa ficava extremamente parada e sem vida com ele em viagem.

–Hoje temos waffles para o café. -Mamãe disse colocando na mesa uma travessa cheia de waffles (minha comida preferida). -Não vou poder te levar para a escola, tem problema?

Coloquei um deles no meu prato e enchi o copo de suco de laranja.

–Não. O que foi dessa vez? Milhares de documentos de última hora?

Minha mãe era contadora, trabalhava para a famosa K&L Enterprises. O nome era muito óbvio, já que a dona se chamava Kylie e seu marido Logan. Mas, de fato, os colegas de trabalho dela eram realmente legais, e o salário razoavelmente alto. Esses eram os únicos motivos para ela não ter se demitido na primeira transferência pedida.

Eu nunca tive muitos amigos em meus 17 anos de vida, então viajar pelo mundo com minha família era uma coisa fantástica.

–É por aí. Caroline, minha chefe, pediu alguns papéis antes do previsto. Me desculpe, querida.

–Não precisa se desculpar, mãe, eu entendo. -Beberiquei o suco para logo depois morder a borda do waffle. -Depois da aula vou á concessionária, esses anos de economia me renderam alguma coisa, espero que dê para comprar um carro.

–Boa sorte! -Ela sorriu, terminando seu café e pegando sua bolsa. -Estou indo, tranque a porta e feche as janelas antes de sair. Boa aula, querida!

–Obrigada. Bom trabalho!

Terminei de comer e fiz o que minha mãe havia pedido. Juntei minhas coisas e saí de casa. Teria que ir a pé, a Casebourne High School era á cerca de vinte minutos da minha casa. Tirei da minha bolsa meu celular e meus fones, os pobres fios brancos estavam tão embolados quanto um novelo de lã. Dei um jeito rápido nos nós e coloquei a música Decoy do Paramore para tocar.

Eu sempre fui o ser que é desastrado até para andar, então temia que algo acontecesse quando circulava animadamente pelas ruas pacatas de Casebourne. Via muitas casas coloridas, quintais lotados de flores e mansões. Com certeza 99,9% da população daqui era rica. Esse 0,01% simboliza minha mãe, meu pai e eu.

Estudava há um mês e meio na CHS; as pessoas de lá eram diferentes da minha antiga escola, eram um diferente legal. Havia uma menina -Jessica Harper- que começara a encrencar comigo porque Jason McCoy tinha se tornado meu amigo. Jay, como eu passei a o chamar, era uma pessoa extremamente divertida e sincera; jogava no time de basquete da escola, mas não era “O Popular”. Na verdade, na CHS não havia populares, góticos e nerds, todos eram da mesma turma. A música que eu escutava mudou, agora escutava Unconditionaly da Katy Perry.

Comecei a mexer meus lábios, cantarolando a música inaudivelmente. Essa era minha música preferida no momento; gostava do ritmo, da letra e principalmente dos agudos de Katy. Mas, saindo desse foco musical, eu sou e serei fã de Ian Somerhalder até o fim dos meus dias. Além de bonito, ele gosta de animais e tem a ISF. Me casaria com Ian se ele me pedisse, nem questionaria.

Enquanto delirava com um homem maravilhoso de olhos azuis –vulgo Ian Somerhalder- tropecei em uma pedra e caí no chão, levando meu celular, fones e mochila. Coloquei as mãos na frente do corpo, para evitar bater de cara no chão. Assim que colidi com o cimento, tratei de levantar rapidamente. Ajeitei a mochila no ombro, guardei minha aparelhagem eletrônica –para não correr o risco de quebrá-la- e continuei andando.

–Grace Andrews? –Ouvi um grito. Virei meu corpo na direção do barulho. Era Jason e sua moto Harley Davidson. Desceu de sua moto e veio até mim. –Vi seu tombo desastroso. Quer uma carona?

–Tá legal, obrigada. –Sorri para ele, o seguindo em direção á sua máquina mortífera. Peguei o capacete que ele me ofereceu. Jason se sentou e logo depois foi minha vez. –Novidades?

–Nenhuma, minha vida está parada demais. –Respondeu, pisando no acelerador. –E você?

–Vou à concessionária hoje. Estou animada com a ideia de ter um carro. –Respondi, sorrindo. O vento batia fortemente em meu rosto, sentia que a qualquer momento minha trança desmancharia.

–Tem algum modelo em mente? Posso te ajudar com isso. –Jay disse, suavemente. Oh sim, os pais dele são donos da segunda maior concessionária da cidade, perdiam apenas para a família Brooke.

–Sugestões? –O envolvi em uma espécie de abraço de urso para manter o equilíbrio.

–Pra você? Acho que uma mula combinaria muito bem. –Ele gargalhou alto. Confesso que só não bati nele porque era perigoso. Não queria morrer em um acidente de moto.

–Jason McCoy, prepare-se, eu vou te matar assim que colocar meus pés no chão. –Resmunguei. Mas eu nunca faria isso.

–Melhor eu começar a bolar um plano, porque acabamos de entrar nos territórios da CHS.

Olhei em volta. Por alguma razão-que não sei explicar-, senti que alguma coisa tinha mudado ali. Não só alguma coisa... Tudo.

Era o fim de uma década, mas o começo de uma era.” –Long Live, Taylor Swift.


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Notas finais do capítulo

Bye, guys XX



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