Don't Shoot Me Santa escrita por Iofthestorm


Capítulo 4
Parte 4 - Don't Shoot Me Santa




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http://www.youtube.com/watch?v=cglLJJ0Czo8

Oh Noel

Eu estava esperando por você

Isso é engraçado, garoto

Porque eu estava vindo por você

Oh Noel

Eu tenho matado por diversão

Bem, a festa acabou, garoto

Porque eu

Porque eu tenho uma bala na minha arma

Uma bala na sua o que?

Não atire em mim, Papai Noel

Eu tenho sido um bom garoto

Eu prometo a você

Fiz tudinho que você me pediu

Eu não posso acreditar em tudo que venho sofrendo

Não atire em mim, Papai Noel

ninguém mais por aqui acredita em mim

Mas as crianças do bairro, elas me provocam

Eu não podia deixa-los escapar tão facilmente

Oh Noel

Tem sido um ano tão difícil

Não tem como escapar dessa situação

A vida é dura

Mas olhe para mim

Eu me virei bem

Hey Noel

Porque nós não conversamos sobre isso?

Para resolver esse problema

Acredite em mim

Num era isso que eu queria

Eu amo todas as crianças, você sabe disso

Que inferno, eu lembro quando você tinha só 10 anos

Brincando lá no deserto

Esperando por um gole da doce chuva de Mojave

Na doce chuva de Mojave

O garoto tinha que se virar sozinho

Não atire em mim, Papai Noel

Eu tenho sido um bom garoto

Eu prometo a você

Fiz tudinho que você me pediu

Eu não posso acreditar em tudo que venho sofrendo

Hey Papai Noel

ninguém mais por aqui acredita em mim

Mas as crianças do bairro, elas me provocam

Eu não podia deixa-los escapar tão facilmente
Eles mereceram

Porque você não consegue ver?

Eu não poderia continuar aceitando aquilo

O sol está se pondo e o Natal está perto

Só olhe pra outro lado e eu desaparecerei para sempre



Woo!

Não atire em mim, Papai Noel

ninguém mais por aqui acredita em mim

Mas as crianças do bairro, elas me provocam

Eu não podia deixa-los escapar tão facilmente

Acredite em mim

Noel

Noel


Sam e Alicia correram pelos corredores de mãos dadas, enquanto as luzes piscavam. Ela tinha jogado os sapatos de salto longe. Passando pelo refeitório, eles viram as luzes acesas e vozes histéricas.

–Vamos lá – disse Alicia, e soltou a mão de Sam. Ela abriu a porta com força. Para sua eterna infelicidade, Lindsay estava lá, num vestido rosa bebê de babados que ficavam horríveis com os cabelos ruivos e o séquito de seis amigas, todas com vestidos em tons pastéis. Lindsay estava chorando e gritando e as amigas tentavam consola-la.

–O que está acontecendo? – perguntou Alicia.

A sete meninas olharam feio para ela.

–Escutem, tem algo muito... Perigoso acontecendo – falou Sam – se vocês sabem de alguma coisa, precisam dizer para nós.

–Ele atirou em mim! – gritou Lindsay.

–Quem, o Josh? – perguntou Mackenzie, uma garota com cabelos pretos, franjas e olhos azuis, e um vestido verde bebê.

–Não! Aquela... Coisa.

–Que coisa? Lindsay, o que você fez? – Alicia estava parada em diante dela, os olhos brilhando de fúria.

–O que EU fiz? VOCÊ arruinou a minha vida perfeita, e vem me perguntar o que eu fiz? – ela bufou, deixando saliva voar para todo o lado. – eu só queria o Josh de volta! Vadia!

–Como assim? – perguntou Deborah, uma loira pequena e bonitinha – você fez alguma coisa para o Josh terminar com a vadia?

–Silêncio! – Sam falou alto, e a voz grave dele se sobrepôs as vozes femininas histéricas. Ele olhou com aquela cara de cachorrinho sem dono para Lindsay – explique o que está acontecendo. Sabemos que tem algo errado acontecendo nessa cidade. Algo sobrenatural.

Lindsay olhou para Sam com desprezo. Tinha parado de chorar.

–Vocês são mais estranhos do que eu pensava. Tudo bem, eu só me aproveitei dessa velha lenda de bruxas da cidade. Fiz um feitiço invocando elas, no Halloween. Mas deu errado. Pelo menos eu achei que tinha dado. Mas agora tem esse... Papai Noel e ele está correndo pelos corredores da escola com uma arma! E eu acho que ele é um espirito! Ele ATIROU em mim!

Ela tinha voltado ao tom histérico.

–Que velha lenda? – perguntou Sam, cansado. Não estava a fim de resolver casos, queria poder voltar ao momento em que estava com Alicia em seus braços.

–É assim – falou Melissa, que como o nome, tinha cabelos cor de mel. – há 100 anos, um pouco mais, existiam algumas bruxas nessa cidade. Sete bruxas. Elas tiravam o poder de um velho espirito que vivia nessa cidade. Esse espirito exigia sacrifícios humanos, a cada dez anos, todo Natal. Então uma das vitimas ia ser o filho de uma das bruxas. Elas se rebelaram, e tentaram se livrar do espirito. Mas o espirito sumiu com elas. E a tradição continua desde então, morre uma criança a cada Natal. Ou pelo menos é o que diz a lenda. Mas achávamos que era só uma lenda.

–Não é – repetiu Lindsay – e eu descobri isso há 10 anos, quando Tommy morreu. Eu tinha 8 anos, mas me lembro. Havia 8 crianças lá naquela festa, e éramos para ser todas mortas. Alguma coisa nos puxava para dentro daquela piscina – os olhos dela se encheram de lagrimas – mas houve uma luz, e só Tommy morreu.

–A Lind ficou obcecada por essa luz durante muitos anos – uma voz falou atrás deles, e Josh entrou no refeitório – queria saber o que era a luz. Mas só eu descobri.

–Josh? – falou Lind, curiosa. Parecia surpresa.

–A luz eram os espíritos das bruxas. A cada centenário, a exigência do espirito é maior. No ano em que as bruxas morreram, oito crianças seriam levadas também. Mas dessa vez foi só o Tommy, e o espirito ficou furioso. E ficou em silêncio, aguardando mais 10 anos...

Josh estava olhando de forma maníaca em direção de Alicia. Ela começou a sentir medo e andar para trás. Ele tinha feito alguma coisa, mas o que?

–Então – ele continuou – eu reparei que todas as crianças que estavam vivas daquela noite em que Tommy morreu tinha um irmão muito jovem. E eu chutei que essas crianças eram sacrifícios. E eu estava certo. Quando salvaram aquelas crianças, as bruxas automaticamente fizeram vir ao mundo crianças de sacrifício.

–Como você sabe? – perguntou Sam.

–Porque, ele, o espirito, me contou. – ele riu – ele foi perturbado pelas invocações de Lindsay, mas fui eu realmente que o libertei, no Halloween.

–O que? Por que você fez isso, seu louco? – perguntou Alicia.

–Porque eu te amo, Allie. – ele disse, e começou a chorar – eu sabia que tinha algo de incomum com você, e te vigiando, descobri sobre o que sua família faz. Você é até boa esconder, mas eu fui melhor... Queria que um caso sobrenatural forçasse você a se revelar. Mas você se manteve afastava e só me magoava.

Eles começaram a ouvir passos vindos do corredor, passos pesados.

–Além do sacrifício, o espirito queria matar a Lindsay, porque ela o perturbou muito com seus pedidos de poder e outras coisas assim... Ela é muito chata. Mas ai eu descobri como controla-lo. E agora ele vai matar você, Alicia, a não ser que você volte para mim.

Alicia olhou para Sam.

–CORRA! – ela gritou. Eles fugiram para as cozinhas. Ouviu o grito histérico das meninas, e fugiram pelos fundos, correndo pela neve até o estacionamento. Os pés de Alicia queimavam com o frio, mas ela nem sentia. Atrás dele, a coisa mais ridícula do mundo – uma enorme figura vestida de papai noel, com uma espingarda na mão.

Foram até o carro. Sam deu a partida.

–Para onde?

–Cemitério, eu acho melhor. QUE PORRA DE ESPIRITO É ESSE? – gritou Alicia – que precisa correr? Que se veste de papai Noel?

–Eu acho que é um espirito indígena – falou Sam, enfiando o pé no acelerador – já li sobre coisas assim. Eles são muito humanos, muito poderosos e podem assumir qualquer forma, mas normalmente quem define a forma é quem o invoca.

–Oh, ótimo, então o maníaco do Josh quer que eu seja morta por um PAPAI NOEL? VÁ PRA PUTA QUE PARIU!

–Allie, fica calma. Vamos matá-lo.

–Como vamos matar essa coisa?

–Não sei, mas é uma boa ideia começar com aquela estatua de anjo da morte. Afinal, foi lá que encontramos os sinais do ritual.

–É, mas do ritual da Lindsay ou do Josh? Vou te dizer uma coisa, são dois completos malucos, se merecem!

–Bem, dá próxima vez escolha um namorado melhor.

Eles tinham chegado ao cemitério. Alicia vestiu botas e um casaco que estava no porta-malas, junto com sal grosso, gasolina e o isqueiro, espingardas com tiros de sal, e pás.

Quando se aproximaram da estátua, ouviram uma risada que deixou os pelos deles arrepiados. Se aproximando da noite, estava o espirito. Tinha o rosto como uma caveira, mas era gordo e vestia a roupa do papai Noel. Segurava uma espingarda. Sam deu o primeiro tiro nele, e o espirito desapareceu.

–Certo, vamos tentar tocar fogo nessa estatua. – eles colocaram gasolina em volta da pedra, e acenderam. Deu mais ou menos certo. A neve em volta começou a derreter. Pelo brilho das chamas, Alicia viu um medalhão no chão.

–O que é isso?

–Josh não tinha dito que estava controlando ele? – perguntou Sam. A risada do espirito tinha voltado. – deve ser com isso.

O medalhão era todo gravado com símbolos estranhos. Alicia abriu ele. Havia uma foto dela. Ela não se lembrava da foto, Josh devia ter tirado enquanto a seguia. Um barulho forte de freada anunciou a chegada de Josh, que saiu do carro. Não parecia mais tão maligno, na verdade parecia bastante assustado.

–Alicia, eu nunca quis isso. – ela olhou para ele e friamente, jogou o medalhão no fogo. O espirito reapareceu atrás de Josh, e atirou nele. Josh caiu na neve, o sangue tingindo a neve de vermelho.

E agora o papai Noel macabro estava vindo para cima de Alicia e Sam.

–O que vamos fazer? – perguntou Sam, olhando para os lados, buscando uma solução. Alicia deu um tiro de sal no espirito, fazendo ele sumir.

–Não sei como destruí-lo!

–Olhe! – gritou Sam. O papai Noel tinha deixado cair a espingarda. Sam, para sua surpresa, conseguiu pegá-la.

A criatura reapareceu, bem atrás de Alicia. Sam atirou nela com a própria arma. Com um grito de congelar o sangue, o espirito sumiu, assim como a arma e também a estatua de anjo da morte.

–Você acha que acabou? – perguntou Sam, observando Alicia verificar se Josh estava vivo – mas ele estava morto.

–Eu espero que sim.

–Que história vamos contar? – perguntou Sam.

–Provavelmente um psicopata vestido de papai Noel tentou matar todo mundo. Aposto que as meninas confirmarão isso. Ela se levantou e parou bem em frente a Sam. – Sammy, eu sinto muito. Sei que queria terminar o ano aqui, mas acho que vamos ter que deixar essa cidade. Vai ser o melhor para todo mundo.

Ele concordou com a cabeça. Segurou a mão dela.

–Allie, tudo bem. Não podíamos deixar as pessoas morrendo, né? – ele deu um sorriso triste.

–Olhe pelo lado positivo. Pelo menos a noite acabou no cemitério, que é nosso habitat natural.

Sam riu. Ao longe, sirenes anunciavam a chegada da policia.


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