Imagine escrita por Heike J Wade


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

heeeey ! isso já estava escrito, então resolvi postar. Curtinha e bem simples hihih. Enjoy!



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- Kurosaki-kun, eu.. eu.. sou apaixonada por você!

Oh, aquilo foi um choque. Definitivamente, foi um choque. Até já tinha escutado falar por aí que a Inoue era apaixonada por mim, mas... não imaginava que era faria algo assim.

Trouxe-me uns bolinhos que parecem a ração das carpas do Byakuya e uma flor - achava que deveria ser o contrário - e eu tenho quase certeza de ter visto uma igualzinha no vizinho dela.

Inoue é uma boa pessoa. Todos na escola - principalmente aqueles moleques do primeiro ano - gostam e ficam olhando ou tirando fotos pelo celular quando ela passa. Já passamos por muitas coisas juntos, também. Isso conta alguns pontos, mas não consigo me imaginar tendo alguma coisa com ela.

- Bem, é.. Inoue... eu - realmente não sei como dispensá-la - não sei, nós.. eu nunca quis... eu nunca... pensei em algo assim...

- Entendo, Kurosaki-kun. Eu.. entendo.

Foi um ótimo diálogo, por sinal. Com certeza sou um retardado mental.

Ela foi embora um pouco triste, mas deixou a ração de carpa e a flor do vizinho comigo. Não faz mal aceitar, né? Espero que não.

Ouvi dizer que vão mandar um substituto pro Imoyama-san... espero que chegue logo. Não que ele ajudasse em algo antes, se alguém for ajudar menos que ele, realmente.. vou enlouquecer.

Urahara-san também me disse que a Rukia deve vir para o mundo real para fazer alguma coisa que não me lembro, mas que voltaria rapidamente. É um pouco estranho retomar o contato com a Soul Society assim, depois de tanto tempo.

Percebi que estava a um bom tempo olhando para a direção que Inoue havia ido embora com as coisas dela numa mão e minha bolsa na outra. Apenas resolvi ir para casa.
Quando cheguei, meu pai não estava, devia estar fazendo plantão ou algo assim; Yuzu e Karin estavam apenas vendo TV e já tinham jantado. Levei a comida para o quarto e levei junto os bolinhos de carpa. Se meu pai visse aquela embalagem vermelha em forma de coração eu estaria acabado.

Sei que não devia tratar um presente da Inoue como ração de peixe, mas.. realmente tá estranho aquele negócio. Da última vez que me aventurei em experimentar algo que ela me ofereceu, fui embora imediatamente para minha casa e fiquei a noite toda no banheiro. Triste.

Abrindo a porta do meu quarto, vejo que tem uma pessoa - mais precisamente uma mulher de menos de 1 metro e meio - deitada na minha cama e dormindo virada pra parede. Essa folgada...

Cheguei um pouco mais perto e estiquei o corpo, a fim de olhar se ela estava mesmo dormindo. Com a cabeça apoiada em cima de uma das mãos, já que a outra estava apenas jogada em frente ao corpo, ela dormia em plena paz. Mas estava na minha cama.

- Rukia, acorda.

Nenhuma reação.

- Rukia... - eu dei uns cutucões em seu pequeno ombro. - Rukia.

- Hm... - ela soltou um ~gemido~ qualquer e apenas continuou dormindo.

- Maldita..

Comi meu jantar e fui tomar um banho. Qualquer coisa, se ela não acordasse, eu jogaria Rukia para dentro do meu armário e tudo se resolveria.

- Rukia, deixa de ser folgada!

- Mas que saco, Ichigo... - ela finalmente acordou, e dizia sonolenta - seca esse cabelo, está me molhando.

A shinigami folgada virou o corpo para cima e esfregou os olhos. Parecia uma criancinha. E tinha pegado as roupas da minha irmã de novo...

- Tsc. Não sabia que viria hoje.

- Só viria daqui a dois dias, mas me mandaram agora. - Rukia disse sentando-se na minha cama. - o que é esse coração?

- Ah, isso.. Inoue me deu. - ela pareceu um pouco chocada - ela disse de repente que era apaixonada por mim.

- E.. o q-que você fez?

- Eu? Nada.. não sabia o que fazer, na verdade. Nunca imaginei essa situação.

- Que situação?

- Da Inoue se declarar e tudo o mais. Não me imagino com ela. - eu dizia numa calma que só Rukia me permitia falar.

- E se imagina com alguém?

- Talvez.

Vendo a garota que mudou completamente minha vida sentada na minha cama com cara de quem acabou de acordar... acho que estava cada vez mais próximo de uma solução. Os cabelos lisos e tão escuros dela estavam desordenhados e ela mantinha os olhos baixos; imaginei como seria vê-la assim todos os dias. Encostado no meu armário, não hesitei em perguntar:

- Rukia, você se imagina com alguém?

- Talvez.

- Tsc. Ótima resposta, hein. - uma veia saltava da minha testa. Eu queria mesmo saber!

- Você me deu a mesma resposta, se não percebeu.

- Sei. Mas já se imaginou?

- Sim. Só que atualmente é algo impossível.

- Impossível? De quem você está falando?

- Ninguém importante...

- Rukia.

Ela apenas me olhou, e eu tive certeza. Tínhamos chegado na resposta para o talvez.

- Você já se imaginou.. comigo? - ah, era muito difícil falar isso! Eu sabia que poderíamos conversar sobre qualquer coisa, mas era um assunto delicado. Ela apenas deu um sorriso fraco.

- E isso é impossível por que?

- Você é um humano, Ichigo. - aquele maldito celular começou a tocar - Hollow! - Eu não poderia esperar. Ela saiu do gigai e iria sair correndo, mas eu segurei seu braço - idiota, é um hollow! Anda logo!

- Rukia, se o problema é que você é uma shinigami... - eu peguei meu emblema de shinigami e saí do meu corpo, ainda pegando a mão dela. - não se esqueça que eu também sou um.

Rukia apenas me deu as costas e foi cuidar do hollow. Cuidaríamos daquele assunto depois.


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