Blood On Blood escrita por RubyRuby


Capítulo 17
17 Sophie- Full moon’s time is soon to come


Notas iniciais do capítulo

Gente, não me mate. Logo, logo posto outro capítulo, okay?



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Era um longo caminho até a casinha branca. Parecia de boneca, mas era grande o suficiente para uma pessoa. Eu usava vestido branco e largo, e meus cabelos loiros escorriam soltos pelo ombro e pelas costas. Estava sem sapatos, e pisava na grama verde e macia de um campo infinito. Eu corria em direção à casa, e o vento fazia meu cabelo voar. Até que meus pés pisam em algo espinhoso e eu automaticamente olho para um deles, onde estava saindo pequenas gotas de sangue. Era uma rosa vermelha, fechada e linda. Seus espinhos eram finos e curtos, e seu caule verde-escuro e denso. Peguei-a e continuei meu caminho, dessa vez caminhando.

Já estava perto da casa, e então abro a porta branca. Estava tudo escuro, e os cômodos eram mil vezes maiores por dentro que a própria casa, o que me fez concluir que já não estava mais lá. Andei, tentando achar algum lugar iluminado, mas não havia uma sequer fresta de luz. Foi quando a luz ascendeu em todo o cômodo, e então eu estava novamente na casinha, com cômodos pequeninos e delicados, e Evan estava sentado numa cadeira de madeira, de frente a uma lareira, com seus cabelos presos.

Ele se levantou calmamente, sorrindo. Olhava para mim como sempre o fazia, pacifica e lindamente. Chegou perto de mim, olhando para minha mão com a rosa. Eu a entreguei em sua mão. Ele me abraçou, demoradamente, até que encosta a ponta do caule da rosa em minhas costas, e então começa a atravessá-lo por mim, fazendo um grande sangramento pelas minhas vestes brancas. Ele a atravessou até a rosa ser a única coisa que aparecia do outro lado, e então me abraçou novamente, fazendo com que o caule espinhoso também o perfurasse.

Eu dei um grito desesperado, e minha respiração estava novamente acelerada, assim como nas outras vezes que tive pesadelos. Destampei o compartimento onde estava, ainda de olhos fechados, como se o sonho me sugasse cada vez mais para dentro dele.

_Sophie, Sophie! Acalme-se.

Foi então que abri s olhos. Evan olhava para mim, calmo, no entanto preocupado.

_Evan? O que aconteceu?

_Você desmaiou._ ele falava, agora sério, ajudando-me a sair do caixão que eu estava, e minha surpresa foi inevitável, logo recebendo seu sorriso e a resposta_ Comprei esse caixão o mais rápido que pude. Tinha certeza que ele ajudaria, mas achei que você não ia acordar mais!_ ele sorriu _Você está melhor agora?

Eu realmente estava. Agora nos braços de Evan eu me sentia segura, e minha dor de cabeça tinha parado, mesmo que eu ainda estivesse me acostumando com a claridade da luz da lâmpada do quarto.

_Sim, estou._ dei um beijo nele.

Olhei pela grande janela com molduras douradas, e percebi que já estava muito escuro do lado de fora.

_Por quantas horas eu fiquei dormindo?!

_Bom, devo confessar que você dormiu por trinta horas. Agora são dez horas da noite, mocinha. Não se preocupe com Harri, eu disse a ele que você... precisava descansar._ ele sorriu, olhando para a cama, e indo em sua diração_ Sequer entrou no quarto para ver onde você dorme. E... eu dei meu jeito. Dormi na cama, mesmo que eu pudesse ter dormido no caixão junto a você.

Eu não conseguia acreditar que havia demorado tanto para me recompor. No entanto, estava tão bem quanto poucas vezes estive. Poderia dizer que tinha energia para o resto de meus séculos, mesmo que os pesadelos ainda me acompanhassem.

Evan estava com os cabelos presos, o que me fez lembrar involuntariamente meu sonho.

_Não prenda seu cabelo, Evan._ eu disse a ele, receosa, com o aperto e a dor que trazia no coração expressos nos olhos.

Fui até ele, que estava sentado na cama. Seu sorriso então desapareceu.

_Foi assim que aconteceu o último pesadelo?

_Foi._ eu comecei a chorar.

Evan me abraçou forte, e eu me entreguei a seus braços, chorando ainda mais.

_Evan... eu não sei se controlei minha mente durante todo esse tempo que estive dormindo. Quero dizer, eu não podia vigiar nem mesmo o que eu estava sonhando, quem diria...

_Shi..._ ele me fez calar, colocando seu dedo indicador em meus lábios, o que me fez parar de chorar, surpresa_ Não precisa ter medo, Sophie._ ele pôs meu cabelo para atrás de minha orelha, e passou seus dedos em meu rosto_ Caso precise, nós enfrentamos ele juntos. Eu nunca o deixaria fazer mal algum a você. Não tenha medo._ ele sorriu e me puxou novamente para seus braços.

Porém dessa vez eu não chorei. Sentia tanto amor por Evan que eu sequer tinha espaço para sentir medo de Tony. Nada mais em todo o mundo importava. Evan estava ali comigo, e eu com ele, e isso já valia por todos os séculos mal vividos perto de Tony.

Ainda embalada nos pesados braços dele, puxei seus lábios para os meus, e ambos pediam sangue. Ele dava pequenos beijos em meu pescoço, quebrando ainda mais o frio ar que um vampiro naturalmente tem, deixando-me aquecida e ao mesmo tempo excitada. Seus braços agora vinham para frente, e seus dedos desabotoavam meu vestido com tanta leveza que mal podia sentir.

Um empregado passou pela porta do quarto.

_Com licença, senhores_ ele disse.

Minha primeira reação foi virar-me em direção à porta, quando rapidamente me lembrei de que meu vestido estava aberto, então voltei-me em direção à cama, deixando Evan cuidar da situação, enquanto abotoava discretamente meu vestido.

_Pois não?_ Evan disse, corado.

_Harri me mandou aqui para limpar o chão. Se for tarde demais, eu posso voltar amanhã.

Eram 10h48min, obviamente estava tarde.

_Amanhã, por favor.

Ele confirmou com a cabeça e saiu rapidamente, fechando a porta.

_Da próxima vez que fizermos isso... lembre-se de fechar a porta.

_Fechar, não. Trancar._ ele riu_ Esses empregados aparecem quando menos esperamos.

Ele se levantou e olhou o corredor.

_Você está com fome?_ ele olhou para fora e depois para mim, e o vampiro de dentro dele apareceu em seus olhos, louco por sangue.

_Claro!_ eu disse, enquanto saíamos do quarto.

s.m.a

O corpo do empregado ficou estirado no barranco, aos fundos da imensa fazenda.

Eram 00h14min. Na Finlândia chovia mais que na Bulgária, e não seria diferente naquela madrugada.

_Então... onde paramos?

17 Evan

Sophie me empurra numa falha tentativa de me imprensar na parede. Eu não pude não rir, e ela também levou em conta que a situação foi engraçada, afinal ela obviamente não conseguiria fazer isso.

_Onde paramos?_ eu repeti a pergunta dela.

Virei o jogo e a imprensei na parede, fazendo seu corpo se agitar, até que nossos lábios se encontram num beijo apaixonadamente intenso. Ela pressiona meu corpo contra o dela, e eu deixo meu peso cair sobre ela, na tentativa de prendê-la ainda mais. Novamente desabotoo seu vestido, delicadamente. Ia em direção aos seus seios quando Sophie me puxa novamente para cima, em busca de um outro beijo. Ela passou sua mão em minha calça, mais por acidente que qualquer malícia barata, embora não tivesse o que temer_ ou se arrepender. Resolvi dar um passo um pouco mais longe quando ela grita, desesperada:

_Ele está vindo!


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Notas finais do capítulo

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