Duas semanas depois do ladrão ser incinerado na minha casa por Draco, As férias finalmente acabaram... Draco estava magnífico. Havia crescido bastante desde daquelas semanas. Estava medindo 1 metro e meio. Suas escamas ganharam cor, suas asas triplicaram de tamanho. Seus dentes, mais afiados do que já eram. Sua força era gigante. aperfeiçoou seu elemento.

Bem... Eu também estou melhor. Ganhei um pouco de músculo levantando a espada. Fiquei mais ágil do que antes com a espada. Fiquei muito mais próximo à Draco que antes. Eu o amo como um filho, e só quero seu bem. Não gosto de forçá-lo muito, pois ninguém gosta disso.

Acordei com Draco me acordando com sua voz um pouco mais madura. "Pai! Ei pai! Acorda! Lembra? Você disse que hoje era o primeiro dia de aula!"

"Uh? Draco?" Olho para para o relógio. "Ai droga! Obrigado filho! Esqueci de colocar o relógio para despertar." Me levanto com um pulo e começo a trocar de roupa.

Draco ri para mim me vendo que eu estava atrasado. Ele desce da cama e vai até o guarda roupa. "Pai... onde está meu cachecol?"

"Eu lavei ontem! Está no varal. pode ir lá pegar!" Eu digo me vestindo com o uniforme da minha escola.

Draco sai do quarto andando tranquilo. Eu me apresei e coloquei meu tênis, peguei minha mochila e desci para a cozinha. Fiquei surpreso em ver Draco arrumando a mesa para o café de manhã!

"O que você está fazendo, Draco?"

"Adiantando o seu serviço!"

Sorri. "Obrigado filho!" Eu me sento e começo a preparar dois copos de leite. Percebi que Draco já estava com seu cachecol no pescoço. "Você gostou mesmo desse cachecol em filho!"

"Sim! É muito confortável usar ele! E foi você que me deu, né pai! Como eu não iria gostar?"

Eu sorri quando ouvi aquelas palavras. "Esse cachecol era muito especial para mim..."

"Eu sei! E é por isso que eu gosto tanto dele!" Draco sobe na cadeira e fica sentado. Ele começa a comer um lanche que estava feito.

Eu dei um copo de leite para ele e comecei a comer o pão. Uns dois minutos depois eu peguei minha bicicleta e comecei a pedalar. Draco começou a voar, me seguindo de perto.

Quase todos já tinham se acostumado com a presença de Draco, e cumprimentavam-no. Draco fazia questão de sorrir para todos. Ele era extremamente simpático.

Chegando na minha escola todos os olhos se direcionaram para nós. Draco ficou embaraçado por ver todos os jovens da escola olhando para ele. "Pai..."

"Calma Draco! Apenas fique do meu lado. Pouse!"

Draco pousa do meu lado quando eu prendia minha bicicleta na grade da escola. Eu vi ele pousando e o acariciei. Daniel logo vem correndo. "Eai Willian! Oi Draco!"

"Oi Daniel!" Responde Draco.

"Eae! Onde está Richard?"

"Ele não veio... Acho que levou uma surra do Ramon e a turma dele."

"OQUE?!" Exclama Draco.

"SHHH!" Eu e Daniel fazemos para Draco.

"Desculpe."

"Como você sabe?" Pergunto.

"Eu vi ele hoje. Está machucado."

"Esse Ramon está me dando nos nervos!"

"Eu posso cuidar dele se quiser, pai!"

Eu olho para Draco. "Acho que vou fazer isso! Na hora da saída ele e sua ganguizinha maldita vão ver só."

"Eu vou te ajudar, Willian!" Disse Daniel.

Nós três entramos na escola conversando bastante. A diretora olha para Draco e se impressiona em vê-lo lá.

Draco não estava se sentindo muito a vontade com todos o olhando como antes. Ele preferia passar desapercebido, mas claro que não seria tão cedo que isso aconteceria.

O sinal bateu e nós fomos para as salas de aula. Me sentei no lugar de costume e Draco se deitou ao lado da minha cadeira. Pelo menos eu era o último da minha fileira de cadeiras, assim Draco não impedia ninguém de passar.

Fazia tempo que eu não entrava na minha sala. Estava um tanto feliz. Mas minha felicidade foi pro lamaçal assim que vi Romon e seus filhotes sarnentos vindo na minha direção.

Draco percebeu a intenção deles e começou a rugir para eles.

"Arranjou um cachorro para te proteger, nerd?" Começou ele.

'ELE NÃO TEM MEDO DE UM DRAGÃO?!' Gritei em minha mente. "Vê se não me enche o saco Ramon!"

"Quer ficar igual seu amigo idiota?" Ramon dá um passo em minha direção mas recua quando Draco ameaça pular nele. "Melhor segurar esse seu merdinha, escutou bem?"

Eu não me contive. Me levantei e dei um soco na cara do Ramon. Se eu não tivesse treinado eu nunca teria conseguido fazer aquilo. Ramon caiu no chão mas encima dos seus amigos. Ele levanta o rosto para mim com raiva.

"Você vai ver só!" Ele se levanta e vai em minha direção.

Draco se levanta rápido e pôs-se na minha frente. "SAI DAQUI AGORA ANTES QUE EU TE DEVORE!"

Draco nunca tinha falado daquele jeito. Comer um humano? O que aconteceu com Draco? Ele estava querendo me defender? Com certeza ele estava.

"Você vai me devorar, filhote imundo? Hahaha!"

"Quer testar?" Draco da um paço para frente e abocanha o ar, sempre rosnando ferozmente.

Ramon quase cai no chão ao ver os dentes afiadíssimos se fechando à centímetros de seu braço. Então ele se vira e vai para seu lugar. "Não tenho tempo para isso!"

"Foi o que eu pensei seu covarde boiola!" Draco zomba dele. Eu ri ao ouvir aquilo. "Vai! Fica aí com seu rabo entre as pernas com o vira-lata que você é!"

Ramon se enraiveceu e partiu para cima de Draco. Mas desiste assim que Draco solta uma pequena labareda de fogo entre os dentes serrilhados. "Você ainda me paga!"

"Viu só! Covarde! Seu idiota! E te garanto. Se você encostar em mais alguém, considere seus braços arrancados e dentro do meu estômago!"

Todos começaram a dar vivas e aplaudir Draco. Ramon se sentou e ficou quieto o resto todo da aula. Draco gostou de ser aplaudido por todos. Ele inflou o peito e sorriu.

Eu me senti bem vendo Ramon acuado daquela maneira. Eu sabia que Ramon iria querer se vingar dessa vergonha que passou na hora da saída. Eu não estava me importando... Tá certo que a gangue dele tinha mais de 15 garotos maiores que eu... Mas eu tinha o Draco!

Dito e feito! Assim que o sinal bate eu peguei minhas coisas e fui, com Draco e Daniel, para onde minha bicicleta estava. Lá estavam eles. 15 retardados bucha sacos junto com seu "poderoso chefão."

"Ora ora..."

"Você quer mesmo virar comida, em?" Interrompe Draco.

"Cale a boca filhote de..."

"Fale! Vai na fé! Mas saiba que não viverá para falar mais uma palavra sequer!"

"Hohoho! Você que pensa, pedaço de bosta!" Ramon tira uma arma da cintura.

Eu arregalo os olhos para a arma apontada para a cabeça de Draco. "Não."

Draco fica tenso na hora. Não sei porque, mas tudo ficou quieto. Eu só ouvi o "clic" metálico da arma. Pensei em tudo que havia passado com meu querido filho. Não consegui ficar vendo ele ser morto daquele jeito. Assim quem Ramon disparou eu corri e fiquei na frente de Draco. Draco me viu na trajetória da bala.

"PAAAI!"

Eu não fechei os olhos! Se iria morrer, iria morrer com honra, protegendo quem eu amo. Mas algo aconteceu. Uma coisa verde entrou na minha frente e ricocheteou a bala para o ar. Eu olhei para aquilo e percebi. Era Esmeralda.

"Insolente! Irá pagar por o que fez!" Diz ela, rosnando para Ramon.

Ramon da alguns passos para trás. Mas já era tarde. Esmeralda da apenas um passo para frente e o abocanha, colocando-o dentro de sua boca inteiro. Eu congelei vendo Esmeralda, literalmente, engolir Ramon vivo!

"Es... Esmeralda!"

Ela terminar de engoli-lo e olha para os outros. Ela solta um grande rugido para eles. Todos saem correndo, em pânico. Até eu fiquei com um pouco de medo dela. Mas isso passou imediatamente quando ela olhou para mim com olhar amoroso.

"Está tudo bem agora, Willian!"

"Obrigado Esmeralda!"

Ela então voa para o céu novamente e desaparece entre as nuvens.

'De fato ela sempre está me observando!' Penso enquanto pedalava devagar voltando para casa, com Draco correndo ao meu lado.