Dragões: os guardiões da terra (livro 1) escrita por SpyroForever


Capítulo 21
Esquadrão TechnoDraconen


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo eu mencionei um pouco da minha língua antiga favorita: o latim. Espero que gostem.



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Fiquei petrificado ao ouvir aquelas palavras. –Oque? A... A Russia lançou?! Essa não... O que é que...

–Chame o esquadrão de dragões da tecnologia agora! –Meu pai diz.

–Para já! –O cientista corre para fora da tenda.

Meu pai olha para mim e pensa um pouco, então começa a andar. “Vamos filho. Creio que você queira ficar com Draco, certo?”

Eu dei um pequeno sorriso e assenti. –Sim. Quero sim.

Ao caminho da tenda de meu pai todos estavam correndo de um lado para o outro, já sabendo o que estava acontecendo.

–Pai... Não acha que está tudo muito....... desorganizado?

–Haha. Verdade. Vou pedir ajuda para Esmeralda. –Ele olha para baixo.

Eu não entendi muito bem o que ele estava dizendo então ouvi um grande rugido vindo da direção da tenda de meu pai. Foi muito alto mesmo!

Meu pai deu uma pequena risada ao ver que todos tinham ficados simplesmente imóveis. –Excelente como sempre minha linda. –Ele diz sorrindo.

–Uh? Como assim?

–Quando adultos, um dragão e seu humano podem se comunicar por pensamento um com o outro. É uma ligação que ganhamos um com o outro.

–Uau! Q... Que incrível! Mas... como isso é possível?!

–Vai saber. Só sei que é! Mas agora vamos! Meu pai diz e aperta o passo.

Quando chegamos na tenda, Draco, Hadaliel e Esmeralda já estavam fora dela. Draco logo correu para mim e pulou, me derrubando no chão. Ele parecia mais feliz do que nunca, apesar de uma bomba estar a caminha de lá.

–Ei! Ei! Calma aí Draco! Por que está tão feliz?

–Ora! Simplesmente porque você está aqui! Não posso ficar feliz por isso? –Ele diz parando de me lamber e sentando em cima da minha barriga, costume que ele pegou quando era bem pequeno.

–Claro que pode! Assim como eu fico quando estou com você, filho! –Eu digo acariciando entre seus chifres.

Ele ronrona e lambe meu pulso, saindo de cima de mim. –Pai... O que aquilo que a Rússia mandou para cá?

Eu olhei para ele com uma expressão de tristeza. –Olha filho... Aquilo é uma bomba nuclear. Mas... à um esquadrão que irá desativá-la.

–Você está falando do esquadrão technodraconen. –Esmeralda diz se aproximando de mim.

–Technooquê? –Eu pergunto me levantando.

–Technodraconen, ou, do latin, dragões da tecnologia. Haha! –Ela responde rindo um pouco.

–Oh sim! Que criativo! Para não falar em inglês eles falam em latim? –Eu digo ironicamente.

–Pois é... Mas... o grupo é deles. Eles escolhem o nome que quiserem! –Esmeralda diz se sentando no chão. –Aliás! Parece que eles já estão em posição. –Ela olha para o céu, fazendo todos nós olharmos também.

Lá estavam. 6 belos dragões, 2 deles com penas e um com pelos, voando no céu em formação de triângulo. Eram incríveis. Eu fiquei o tempo todo me perguntando se conseguiriam desarmar aquela maldita bomba. Estava morrendo de medo. Não por mim, mas sim por meu querido filho, Draco.

Visão de Draco

Eu olhei para aqueles dragões e senti uma imensa vontade de ajuda-los, mas eu sabia que eu só atrapalharia, pois sou do elemento fogo e também minhas asas estão bem... danificadas. Ah... que se dane. Estavam doendo demais! Não conseguia voar mais de 5 minutos sem ter que aterrissar de dor. Mas eu não queria falar isso para meu pai. Ele iria se preocupar demais. Não quero que ele se preocupe tanto quanto já está preocupado.

Eu me aproximei da lateral dele e lambi atrás da sua orelha. Eu estava sentindo alguma coisa estranha que me dizia que meu pai estava... Eu não sei. Eu sabia que ele estava mal. –Pai? Está tudo bem?

Ele, assim que eu o lambi, ergueu sua mão até atrás de sua cabeça e me acariciou na bochecha. –Está sim. Apenas... estou com medo.

Eu lambi atrás de sua orelha novamente, sorrindo. ”Não precisa ficar com medo. Sei que eles conseguiram.” Então eu o abracei por trás colocando minha cabeça por cima de seu ombro direito. “Você vai ver, pai. Tudo dará certo.”

Meu pai envolve seus braços no meu focinho. “Você está certo filho. Ah! E depois, Esmeralda, quero que você me fale mais sobre os dragões.”

Eu olhei para minha mãe e ela sorriu. “Tudo bem pequenino. Apenas entre na minha tenda e eu te contarei tudo que desejar.”

Meu pai sorriu para ela e então voltou a olhar para o céu. Depois de poucos minutos podemos avistar uma pequena mancha preta no céu. Logo que a avistaram, o esquadrão dos dragões de tecnologia dispararam em direção dela como flechas. Era a bomba. Definitivamente era ela.

Visão do líder do esquadrão Technodraconen

Meu nome é Pilosus. Sou o líder do esquadrão Technodraconen. Vim da Athena, na Grécia. Minha mãe me deu esse nome, acho que é devido ao eu... bem... Eu não sou um dragão comum. Além do meu elemento ser um dos mais raros, eu tenho TODO meu corpo coberto por pelos. Claro, tenho escamas e debaixo delas tenho pele, mas os pelos crescem por entre minhas escamas em quantia grande, assim, parece que eu só tenho pelo. Ah sim... meu nome? Bem... Sou grego. Minha mãe sabe um pouco de latim e Pilosus significa..... peludo em latim.

Mas não estou aqui para falar sobre mim, estou? Vocês querem saber da bomba. Conforme nos aproximávamos dela ficávamos cada vez mais tensos. Sabíamos que seria bastante difícil desarmar aquela bomba, mas daríamos as nossas vidas tentando.

Eu fui o primeiro a me agarrar nela. Como combinado, eu enterrei minhas garras nela e me concentrei ao máximo nela. Comecei a sentir o ferro se contorcer e mudar de forma, criando pás ao lado da bomba, diminuindo sua velocidade, o que daria mais tempo para trabalharmos.

Assim que fiz isso, os 5 outros membros pousaram e enterraram suas patas na bomba também. Começamos a trabalhar. O sistema da bomba era incrivelmente complexo para... bem... ser explodido. De alguma maneira eles deviam saber sobre a existência dos dragões de tecnologia, pois aquele sistema estava MUITO avançado.

Minha cabeça começou a doer. Eu olhei para os outros e percebi que dois dos dragões estavam sangrando pelo nariz. Estávamos nos esforçando demais, mas, depois de 2 longos minutos, começamos a perceber algum resultado quando rompemos uma das partes mais difíceis de ultrapassar.

Nos empolgamos, mas então percebi que a bomba estava se aproximando da cidade. Nos desesperamos. Demorou alguns segundos para voltarmos a nos focalizar na bomba.

A segunda etapa de 4 acabara de ser ultrapassada e nós começamos a perder nossas forças. Estava um pouco mais difícil que o anterior, mas logo conseguimos romper também. Esse quarto era a desativação, mas estávamos muito perto da cidade, nos aproximando rápido. Comecei a achar que não iríamos conseguir. Comecei a me esforçar mais, além dos meus limites.

O primeiro prédio passa do nossos lado, nos assustando. Começamos a trabalhar o mais rápido possível para desativar aquela maldita bomba até que finalmente conseguimos, 2 segundos antes de a bomba encostar no chão e nós sermos arremessados para frente com força. Eu não perdi a consciência, mas fiquei grogue para caralho.

Meu corpo inteiro doía. Sangue para todo lado, não só meu, mas como dos outros dragões. Meus pelos estavam encharcados desse sangue no chão e, inclusive, saindo de mim. Estava inteiro ralado, mas a minha cabeça era o que mais doía. Era uma dor latejante, como se dois elefantes estivem pulando na minha cabeça sem esmaga-la.

Eu me mantive deitado, pensando que iria morrer, mas então surge um humano e me olho, agachado perto do meu rosto. Pude ver que ele falou alguma coisa, mas não conseguia ouvir absolutamente nada, mas, mesmo assim, pude perceber que ele queria me ajudar.

Ele se agacha e eu sinto seus braços passando pelo meu flanco direito, que estava deitado no chão cheio de sangue. Eu dei uma pequena rugida de dor e ele hesitou. Percebi que ele estava com um pouco de medo de mim, então me esforcei para levantar meu pescoço e lambi o seu pescoço. “P... Por favor.” Eu disse sem ouvir minha voz além de sentir as vibrações em minha garganta.

Ele sorriu para mim e me levantou. Senti muita dor e me remexi um pouco, deixando meus membros moles novamente. O humano se levantou e começou a andar meio correndo para algum lugar de costas para onde a bomba colidiu.

Quando olhei para lá, vi uma multidão de pessoas rodeando a bomba e os dragões do meu esquadrão. Vários estavam correndo para nos ajudar até que comecei a ouvir tudo em minha volta novamente. Várias saudações de viva e aplausos para nós preenchiam o ar de lá. Eu sorri e vi o último do membro ser retirado de lá.

Então eu olhei para o humano que estava me carregando e percebi que ele estava com uma camisa branca. “E... Eu est... tou te suj... jando.” Eu disse e olhei para ele.

Eu senti a mão dele dar uma leve coçada no meu flanco. “Não se importe com isso. Vocês salvaram nossas vidas.” Ele disse não parando de me levar para onde quer que ele estava me levando.

“P... Para o... onde é q...q...que está m...me lev...vando?” Eu perguntei com dificuldade.

“As ambulâncias já foram chamadas. Vocês vão ficar bem. Agora é a nossa vez de salvarmos as suas vidas.”

“A bomba c... caiu em al...algum lugar que n... não deveria?”

“Claro! Ela caiu no meio da cidade. Mas, não atingiu nada nem ninguém, apenas uma fonte e bancos vazios. Mas agora poupe suas forças.” Ele disse coçando meu flanco novamente.

Eu dei um pequeno sorriso e tossi para baixo um pouco de sangue.

Depois de algum pouco tempo eu ouvi as sirenes e o humano me colocou em cima de uma maca. Quando estavam me colocando dentro da ambulância junto com outro membro do meu esquadrão, que estava inconsciente, eu olhei para o humano que tinha me levado. “Quero q... que ele v... venha comigo.”

O humano sorriu para mim, assim como os paramédicos ficaram um tanto... emocionados com aquilo. Deixaram ele entrar e se sentou no lugar onde os acompanhantes sentam. Eu era um pouco maior que a maca então eu coloquei minha cabeça no colo do homem. “N... Não se importa?”

“Claro que não. Fique a vontade.... errr... dragão.”

“P... Pilosus.” Eu disse e fechei meus olhos, perdendo a consciência.

Visão de Willian.

2,3,4,5 minutos se passaram e nós estávamos esperando por alguma coisa. Aos 7 minutos já era óbvio. Eles haviam conseguido, graças a Deus.

Todos começaram a comemorar assim que Esmeralda rugiu gloriosamente. Todos abraçando todos. Eu abracei meu pai e meu filho juntos. “Eles conseguiram! Graças a Deus eles conseguiram!” Eu disse os abraçando.

Draco não parou de me lamber no pescoço. “Viu? Eu não disse que daria tudo certo?”


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Notas finais do capítulo

TENSÕES! Espero que tenham gostado deste capítulo.



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