Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 18
Precisamos conversar


Notas iniciais do capítulo

Pov da Estela!



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Depois de levar uma bronca daquelas do meu pai, por causa da minha idéia de matar aula, consegui um castigo que era o fim do mundo pra mim: eu não poderia ir a festa nenhuma esse fim de semana. Ou seja, iria ficar moscando em casa enquanto meus amigos iam se divertir na festa. Ótimo. É o que eu ganho por tentar ser uma namorada legal.

No dia seguinte, acordei cedo e me vesti. ( roupa Estela: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=114293010&.locale=pt-br ) Porém, não vi meu pai na mesa do café, como era comum.Me senti culpada na mesma hora. Ele estava claramente decepcionado comigo. Então um pensamento me ocorreu: “ será que ficar com o Pedro, realmente era a coisa certa a se fazer?” Eu tentei fazê-lo se sentir melhor e acabei ganhando a decepção do meu pai.

Sai de mau humor de casa, o que resultou em xingamentos e mais xingamentos. Quando cheguei na escola, o Pedro ainda não havia chegado. Encontrei primeiro o Caspian, que veio logo falar comigo.

– Oi Estela. – cumprimentou

– Oi Caspian. – respondeu, desanimada

– O quê houve? – perguntou

– Eu não sei o que eu faço da minha vida. Isso aconteceu. – explodi

– Explica. – ele pediu

– Simples. Eu já não sei mais se ficar com o Pedro é a coisa certa a se fazer. Ele não confia em mim, brigamos por qualquer coisa e somos muito diferentes.

– Mas você não disse que o ama?

– Eu amo. Tenho certeza disso. Mas você sabe o que eu já passei. E, talvez, me arriscar num relacionamento com uma pessoa que eu não sei quase nada, sei lá. Não me parece certo.

– Está me dizendo que você ta pensando em terminar com o Pedro?

– Talvez. Eu acho que dar uma chance pro Ben vai ser o melhor pra mim.

– Eu não to te reconhecendo Estela. Você disse que nunca sentiu mais que amizade pelo Ben.! – ele protestou

– Não sinto. Eu acho. Ai, Caspian, quer saber? Eu to confusa.

Com essa frase, eu sai, irritada. Por quê a minha vida tinha que ser tão complicada? Então eu vi o Ben vindo na minha direção, sorrindo. Tive que sorrir também. Então lembrei do Pedro e do modo como ele sorria pra mim...

– Oi Estrelinha. – cumprimentou Ben, me dando um beijo na bochecha

– Oi Ben 10. – respondi

– Aonde você se meteu ontem, hein?

– Fui com o Pedro jogar basquete. – respondi e sua expressão se fechou

– Aquele garoto fez você matar aula. – ele comentou – Você devia tomar cuidado.

– Eu sei me cuidar Ben, obrigada. – falei, grossa

– Ei, calma. Só não quero que você acabe como da última vez.

– Não vai ser assim. – garanti

Ele me olhou, ainda em dúvida,mas assentiu. Fomos andando até a sala e eu recebi então uma mensagem do Pedro:

Tenho que resolver algumas coisas hoje, então não vou pra aula. Sinto muito por ter deixado você de castigo. Te amo, Nutella. _P

Hum, ok. Não é nada. Também te amo Superman. _E

Eu sabia que tinha mentido pra ele, mas não pude evitar. Eu estava chateada. Só não sabia ao certo com quem, Pedro, Ben ou com a vida em geral.

– ~ -

Naquele dia, fiquei observando umas cenas bem estranhas. Caspian, Susana e Michael sentaram juntos no almoço, e os dois ficavam disputando a atenção da Susana. Também percebi uma outra coisa: a capitã do time de vôlei da escola, Katherine Davison, olhava meio magoada na direção do Michael. Será que ela estava gostando do Michael? Seria bom pra ele, já que eu sabia que com a Susana na havia a menor chance.

Como a minha última aula era de Álgebra e eu não estava com a mínima vontade de pensar em números, resolvi ficar na quadra da escola, pensando em qualquer merda ai. Em percebi quando o Ben se sentou ao meu lado.

– Estela, precisamos conversar. – ele falou. Como não respondi, ele continuou – Eu não sei se você já percebeu, mas eu gosto de verdade de você. Não só como uma amiga.

– Ben eu... – comecei – Você sabe o que eu sinto por você.

– Sei. Você já me disse que me considera somente um amigo. Um irmão. Mas isso pode mudar. Eu posso te fazer feliz.

– Ben, eu sou feliz. – falei

– Esse Pedro é igualzinho ao Stefan. Não confia nele.

– Ele não é! – berrei – Ele é muito melhor!

– Estela, eu odeio te fazer sofrer, mas vocês são muito diferentes. Não vai dar certo. E você sabe disso, bem lá no fundo.

Eu não respondi. O Ben me conheça bem demais. Ele conseguia enxergar meus maiores medos. Ele via que eu temia que o meu relacionamento com o Pedro não desse certo pelas nossas diferenças. Ben percebeu que eu me calei e me abraçou.

– Olha pra mim – ele pediu – Me da uma chance. Eu posso fazer você se apaixonar por mim. A gente se conhece desde criança. Eu nunca te faria sofrer.

Novamente, eu não respondi. Ben, então tomou isso como uma oportunidade. Ele se aproximou de mim e me beijou. Não sei direito o por quê, mas eu correspondi. Acho que a confusão da minha mente, passou pro meu coração. Eu tinha que admitir: aquele beijo mexeu comigo.

– ~ -

Pedro ou Ben? Segurança ou risco? Razão ou emoção? Eu não sabia o que fazer. As palavras e o beijo do Ben, mexeram profundamente comigo. Eu já não tinha certeza do que era o melhor pra mim. Não que eu me sentisse apaixonada pelo Ben. Não. Isso eu não estava. Mas ele sabia como eu era. E se depois de um tempo, Pedro achasse que eu não era aquilo que ele pensou. Além disso, Pedro ainda não sabia que eu já fui uma viciada em bebida. Será que se ele soubesse, iria querer ficar comigo?

Meus devaneios foram interrompidos por batidas na porta da minha sacada. Era o Pedro. Ele sorriu pra mim e meu coração acelerou. Fui até lá e abri a porta. Ele me deu um selinho e entrou. A culpa me atingiu na mesma hora. Eu não devia ter deixado o Ben me beijar e nem ter retribuído.

– Pedro, precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

É agora que as coisas vão começar a esquentar.