Notas iniciais: Vou escrever aqui, porque como já disse uma vez, o Nyah! corta as parada que eu vou dizer e isso me irrita tanto que eu escrevo só um "Boa leitura" u_u

Anyway...

Olá vocês ♥ Seguinte: OBRIGADA REBEKAH PELA RECOMENDAÇÃO! Eu nem surtei nem nada >< (lá, lá) Kkk' Amei cada palavra que você lá, muito fofa você! Obrigada ao cubo kkk' *-*

Daqui a pouquinho respondo os reviews das senhoritas, ok? ^_^

###

Havia fechado os olhos enquanto o vento afagava meu rosto com suas caricias suaves. Estávamos na estrada em torno de duas horas, no entanto ainda eram oito horas da manha. Eu e meus pais havíamos pegado a estrada cedo e eu achara melhor assim, pois eu não havia conseguido dormir mesmo, então ter saído de Annapolis na aurora fizera bem para mim.

Abri os olhos e captei a placa que passara por nós: Bem vindo a Aspen Hill. Eu gostava daquela cidade, ela costumava ser fria e calma, Annapolis era uma cidade agitada e turística, então ela seria o último lugar onde você poderia buscar por um dia de tranqüilidade.

— Flaubert! — Tio Maurice se levantou da cadeira de balanço que estava no hall de sua casa e nos recebeu.

Eu e minha mãe saímos do carro e o meu tio ajudou meu pai a sentar-se na cadeira de rodas. Nosso carro era especialmente para meu pai, mas minha mãe arriscava dirigi-lo de vez em quando.

Tio Maurice me lembrava Tessy, com aquelas bochechas salientes e fofas, mas tio Maurice estava com a barba, então eu não conseguia ter uma visão muito clara de suas maças do rosto. Maurice é meu tio por parte de pai, assim como nós, ele, a tia Shae e a Roxie tinham vindo da França também. Roxie provavelmente seria minha melhor amiga se morássemos na mesma cidade, mas sempre que nos víamos parecia que nenhum minuto havia se passado desde que havíamos nos visto pela última vez. Assim como Natasha, Roxie também ficara abalada com a forma como eu fiquei depois do que aconteceu a Tessy.

— Terry! — Roxie era uma loura miúda e de olhos chocolates. Era linda por dentro e por fora.

Ao se aproximar, ela me abraçou fortemente e eu retribui o gesto. Eu estava com saudades dela e havia tantas coisas que eu precisava contá-la, então assim que cumprimentei meus tios fomos para o seu quarto.

— Não nos vemos desde o natal e olha que já estamos próximos das férias de verão. — Roxie estava certa, a primavera estava no seu fim e junto com ele meu penúltimo ano no colégio.

Férias de verão não me lembrava apenas que o fim do ano letivo estava próximo, mas também minha ida para a França com meus pais.

— E ai, quais são as novidades? — Roxie havia sido uma fofa em ter feito um curso promissor de libras, então eu conseguia conversar com ela tranquilamente.

— São tantas, mas vamos às principais: estou namorando.

— O que? Sério? Não brinca Terry! Quem? Tem foto? — Roxie era bem agitada, mas eu entendia a euforia dela.

— Mas eu não sei se vai dar certo, andei pensando muito sobre nosso relacionamento e, não sei, acho que... — Eu deixei minhas mãos caírem sobre meu colo, eu não sabia mesmo o que eu ia fazer.

— Credo! Você sabe acabar com a alegria dos outros, hein? Só porque eu estava pensando em fazer uma festa em comemoração a seu namoro você diz que vai terminar com o garoto. — Ela disse rindo. — Mas por que você vai terminar? O que houve?

— Acho que não vai dar muito futuro. — Sorri sem humor, dando de ombros. Não queria conversar sobre aquilo, então resolvi mudar de assunto. — Vou para a França nas férias de verão.

— Eu soube, meus pais estão querendo ir também, sabe? Reencontrar a família, matar a saudade, fofocar, falir em compras e etc. — Roxie disse me fazendo rir. — Ei, preciso te mostrar o amor da minha vida. — Ela se levantou e foi até a mesa do seu computador.

Sempre que visitávamos tio Maurice ou ele ia nos visitar, Roxie me mostrava o amor da sua vida, normalmente costumava ser livros de mitologia grega ou biografias.

— Mas diferente dos outros esse daqui realmente é o amor da minha vida, eu já pedi esse livro trocentas vezes em casamento. — Ela colocou o livro sobre meu colo e eu arqueei uma sobrancelha. — Não faz essa cara feia pra mim, não. Esse não é qualquer livro é O livro.

— Roxie! — Tia Shae a chamou e ela saltou da cama.

— Já volto Terry! — Dito isso ela saiu do quarto, deixando-me sozinha com aquele livro de capa dura e preta, na qual havia, em letras grandes e douradas, escrito: Sainte Bible, Bíblia Sagrada em francês, por fim resolvi abrir na pagina em que Roxie havia parado de ler: Marcos 7, mas havia alguns versículos marcados com um marca texto verde e meus olhos foram diretos para lá, onde dizia:

“A seguir Jesus saiu dos arredores de Tiro e atravessou Sidom, até o mar da Galileia e a região de Decápolis.

Ali algumas pessoas lhe trouxeram um homem que era surdo e mal podia falar, suplicando que lhe impusesse as mãos.

Depois de levá-lo à parte, longe da multidão, Jesus colocou os dedos nos ouvidos dele. Em seguida, cuspiu e tocou na língua do homem.

Então voltou os olhos para o céu e, com um profundo suspiro, disse-lhe: "Efatá!", que significa "abra-se!"

Com isso, os ouvidos do homem se abriram, sua língua ficou livre e ele começou a falar corretamente.

Jesus ordenou-lhes que não o contassem a ninguém. Contudo, quanto mais ele os proibia, mais eles falavam.

O povo ficava simplesmente maravilhado e dizia: "Ele faz tudo muito bem. Faz até o surdo ouvir e o mudo falar””.¹

Ao terminar de ler, minhas mãos tremiam e meu coração estava acelerado. Eu não conseguia mexer músculo algum do meu corpo. Senti meus olhos arderem assim como meu coração pulsante. Foi como ver uma luz no fim do túnel, mas de repente me lembrei que fora esse mesmo Jesus, que fizera o mudo falar, que permitiu que minha irmã morresse, fora esse mesmo Jesus que fez com que eu ficasse com tanto medo ao ponto de fazer com que eu perdesse minha voz e nunca mais a encontrasse.

Fechei os olhos e senti uma lágrima cair e ao abri-los vi que a lágrima caíra na palavra: Efatá.

###

¹ Mc 7: 31-37

Espero que estejam gostando! O próximo vai ser puro POWER ♥

Ótimo final de semana!