Trackless escrita por AkumaSama


Capítulo 1
Onde Estão Os Meus Livros?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores.
Devo avisá-los que essa fanfic é de completa autoria minha, Giulia Bariani Moniz, sendo esse conto baseado em um sonho que tive mas com algumas alterações. A capa eu mesma fiz, e em breve estarei postando fanarts minhas da história.
Por hora, são esses os recados.
Uma Boa Leitura!
Atenciosamente,
Giulia B.



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Onde Estão os Meus Livros?

Os ventos circundavam vertiginosamente os vastos campos de morango ao longo do Estreito de Long Island à medida que alguns raios de sol alongavam-se tocando o pico da colina clareando as colunas de mármore, a entrada para o Acampamento Meio Sangue. Os chalés dispostos na formação de um U invertido, sendo o Chalé de Zeus- obviamente o primeiro. Hera o segundo, Poseidon o terceiro, Deméter o quarto e assim respectivamente por todos os deuses (maiores e menores, que totalizam 20 chalés).

Aparentava ser apenas mais um dia comum no Acampamento, a Casa Grande funcionava normalmente, aos redores da Arena de Combate era possível escutar o retinir de espadas e alguns xingamentos muito provavelmente provenientes de Clarisse La Rue, a encrenqueira mais-do-que-famosa, Filha de Ares. Os filhos de Apolo ensaiavam suas músicas e poesias- um tanto patéticas, convenhamos- no anfiteatro. Os filhos de Hefesto suando e trabalhando arduamente nas Forjas.

Percy Jackson, filho de Poseidon estava sentado às margens do Lago onde à sua frente algumas náiades saltitavam alegremente, davam mergulhos e rodopios e vez ou outra lançavam-no um olhar instigante. Porém, Percy mal notava a presença dos espíritos da natureza, ele encarava fixamente a caneta que girava habilmente entre os dedos. Quantas vezes ele já não a destampara e no lugar de uma simples caneta esferográfica surgira uma espada, Anaklusmos- ou Contracorrente - que ao longo desses nove anos estivera com ele, dada por Quíron naquele museu de História para enfrentar uma Fúria, e que já derrotara milhares de monstros. Devaneando nas lembranças de suas mais recentes aventuras: Cair no Tártaro com Annabeth e com a ajuda do gigante Bob e de Bob pequeno ( o filhote esqueleto de Tigre Dente de Sabre) e escapar de lá, reencontrar seus amigos, e juntos derrotarem Gaia, a Mãe Terra, que pretendia literalmente, acabar com o mundo e com todos os semideuses e almas boas que existem nele. Porém, eles venceram a guerra apesar das consequências, a morte de Leo Valdez era uma delas, reencontrar o grande “E se?” de sua vida: Calipso e diversas outras desventuras, inclusive, a de escolher entre o Acampamento Meio Sangue e o Acampamento Júpiter, mas ele sabia que não podia abandonar a sua verdadeira família.

O estrépito de passos se aproximando fez com que Percy despertasse de seu estado hipnótico. Logo, ouviu a voz de Annabeth Chase:

- Percy, o que você está fazendo ai? –ela acenava para ele, correndo a passos largos, uma sobrancelha erguida e uma leve ruga de preocupação.

- Ahn, eu só estava...

- Pensando na morte da bezerra. - Completou Annabeth, estendendo as mãos para Percy ajudando-o a se levantar.

- Relembrando o passado seria uma melhor definição. – acrescentou Percy, batendo as mãos nos jeans para se livrar de algumas folhas.

Annabeth lhe lançou um olhar doce, completo de ternura como se um lapso se lembrasse de todos os momentos bons que vivenciaram juntos. Ela balançou a cabeça em negativa.

- Não é hora para nostalgia, Percy. Há coisas mais importantes acontecendo. – ela virou as costas e saiu correndo, da mesma maneira como surgira. Percy a seguiu.

Pararam abruptamente na entrada dos chalés quando um grupo de filhas de Afrodite, corriam em roupões de banho atrás de Connor Stoll, um filho de Hermes.

-Volte já aqui! Devolva já os nossos sais de banho! –Ordenou Drew que desajeitadamente tentava manter a touca de banho na cabeça enquanto corria.

- E os nossos xampús também!- implicou outra filha de Afrodite.

- Sem contar os sabonetes de lavanda! – e depois outra.

- Mas eu não peguei nada disso. Eu não sou o único filho de Hermes nesse acampamento. –protestou Connor.

De fato não era, mas provavelmente fora o primeiro que elas encontraram.

Will e Michael praguejavam poesias para os Stolls acusando do roubo de suas liras e arcos. Christopher , Harley e Nyssa aparentemente notaram a falta de seus tornos e martelos, as filhas de íris notaram a falta de dracmas, Kaitie arma um rebuliço de caça aos Stolls pelo desaparecimento de algumas ervas.

- Alguma coisa ou alguém está invadindo sorrateiramente os chalés e roubando pertences.- Percy concluiu o que já era óbvio.

- Precisamos interrogar os Stolls antes. –observou Annabeth, ela estava com a mão sob o queixo, o olhar pensativo.

Como um raio cortando uma tempestade, Malcolm do chalé de Atena veio em disparada na direção deles parando a poucos centímetros de Annabeth. Malcolm estava arfando, a respiração entrecortada e aparentava séria preocupação.

-Malcolm, o que você está fazendo aqui? –indagou Annabeth, com o cenho franzido. Malcolm era o conselheiro chefe do seu chalé, o Chalé de Atena. Era difícil vê-lo sair do seu canto de estudos para alguma coisa.

-Eu...- ele fez uma pausa para recuperar o fôlego, antes arqueado ele se endireitou e só assim avistou Percy, dando um aceno. Percy assentiu. – Annabeth, más notícias. Grande parte dos nossos livros sobre Arquitetura foram roubados bem embaixo dos nossos narizes! Já procurei em todas as sessões e não os encontro.

- O-O que? –Annabeth empalideceu, chocada.

- Nós vamos encontra-los , assim como todas as outras coisas que estão sumindo. – Percy segurou o ombro da namorada com delicadeza, ela se virou em um reflexo rápido.

- Está bem. – ela suspirou pesadamente.

Sem sombra de dúvida, Arquitetura era uma das coisas que Annabeth Chase mais amava no mundo, tanto que Percy até decorara algumas formas arquitetônicas e os dois visitaram monumentos pelos Estados Unidos. Lembrou-se de quando derrotaram a Quimera no Portal em Arco em St.Louis numa excursão, que fazia parte da primeira missão de Percy.

-Então...-Malcolm interrompeu o clima pseudo-romântico. – O que acha que devemos fazer? Comunicar a Quíron?

Como se lesse seus pensamentos ou por mera obra dos deuses, o trotar de patas se fez ouvir e uma voz ecoou:

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – instantaneamente todos pararam de fazer o que estavam fazendo, e alguns semideuses saíram de seus chalés, até mesmo as filha de Afrodite pararam de perseguir Connor e Katie pôs fim a sua rebelião.

- Quem é o responsável por esse bagunça toda? –indagou senhor D, com os braços cruzados. Trajava uma de suas típicas camisetas com estampas florais, de cores fortes e vibrantes, uma bermuda larga e chinelos Havaianas. Ao seu lado, Quíron repousava tranquilamente sobre seus cascos e olhava para Annabeth e Percy indiscretamente como se exigisse uma resposta.

- Roubos de itens pessoais dos chalés. – esclareceu Annabeth, dando um passo a frente na direção do centauro.

-Outra vez? Malditos sejam os filhos de Hermes. – murmurou senhor D, fazendo uma carranca.

- Não foram eles. Não dessa vez. – interveio Percy, juntando-se a Annabeth. Percy parecia confiante e determinado, havia uma chama de forte interesse em seus olhos verde-mar.

Chegaram à varanda da Casa Grande, o centro de reuniões. Fora lá decidido que Percy visitaria o Oráculo de Delfos pela primeira vez, quando lhe revelara a Grande Profecia. Annabeth se escorou na grade, Percy ajeitou-se confortavelmente em uma cadeira, Quíron se acomodou em sua cadeira de rodas quanto que Senhor D colocou os pés com seus chinelos havaianas sobre a mesa.

Percy e Annabeth trocaram um olhar aflito.

- Então...-começou senhor D, enchendo uma taça de Diet Coke com um estalar de dedos.

- O certo seria interrogar os Stolls, de fato. –Disse Annabeth, olhando para o céu límpido e claro. Não importasse o tempo aos redores de Long Islando, no Acampamento Meio Sangue nunca acontecia tempestades ou chuvas fortes a não ser caso fosse esse o desejo dos deuses.

- Mas caso isso não funcione, devemos mandar uma equipe de busca. – ponderou Quíron, tamborilando os dedos sobre o mesa num tec-tec repetitivo.

- Uma equipe de busca? – indagou o senhor D, estupefato, revirando os olhos castanhos mel.

- Qual o problema com isso? – disse Percy.

- Não é motivo o suficiente para mandar uma equipe de busca.

Quíron hesitou por um segundo em dizer algo mas manteve-se calado por um longo instante.

- Desculpem, meninos. – ele olhou ternamente para os dois semideuses ali presentes. – Mas acho que o senhor D tem razão.

- Mas...- Percy ia dizer algo mas infelizmente seu argumento não pareceu tão convincente a ponto de ser proferido.

- Coisas importantes foram roubadas. –exclamou Annabeth, retorcendo a boca em desaprovação e cerrando os dentes.

- Como por exemplo? – Senhor D deu de ombros, bebericando sua Diet Coke distraidamente.

- Livros do Chalé de Atena.

- Grande coisa. O que acha que os ladrõezinhos podem fazer? Queimar os seus amados livros? Vocês, filhos de Atena se preocupam tanto com coisas...superficiais.

Annabeth inspirou profundamente, esvaindo a ira lentamente.

- Percy, pelos deuses, não vão desobedecer as regras outra vez. Vocês já são grandes o suficiente para não se meterem em encrenca. – disse Quíron assentindo gentilmente para Percy, porém o seu olhar era tão severo que poderia ser comparado ao o do próprio Ares, deus da Guerra. E acredite, Percy já tivera encontros desafortunados com o pai de Clarisse.

- Por Zeus! Nós não somos mais crianças. - Balbuciou Percy. Um relâmpago cortou os céus.

- Cuidado com as palavras, Peter Jackson.- alertou senhor D, com um olhar fuzilante.

- É Percy.

- Bem, de qualquer forma nós estamos indo... – disse Annabeth, puxando Percy pelo braço e lançando um último olhar para Quíron como se agradecesse pela falta de ajuda que os dera.

Logo que os semideuses não estavam mais em seu campo de visão, fitando o pô r do sol.

- Certas coisas realmente nunca mudam.


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