Eu estava completamente hipnotizada com Harry. Ergui minha mão e nossas mãos se encontraram. Foi algo surreal, honestamente.

Provavelmente, Harry não queria ter um momento desagradável, então segurou apenas as pontas dos meus dedos porque afinal, tínhamos acabado de nos conhecer. Nossas mãos ficaram juntas até chegarmos na escada, e quando chegamos, nossas mãos se desencontraram e subimos lado a lado.

– Quero te mostrar um lugar. - Harry disse.

– Que lugar? - Perguntei.

– Estamos bem perto. - Harry disse, já andando.

Continuamos andando lado a lado, e quando eu ia puxar mais assunto, nós chegamos no tal lugar. Era enorme. Paredes pintadas da cor vinho e portas prateadas. Havia uma placa bem grande dizendo que o lugar estava fechado. Olhei para placa e logo em seguida meu olhar foi para o Harry.

– Não tem problema. Eu só venho aqui quando está fechado. Não tem que se preocupar, os donos sabem que faço isso. Uma vez fui pego. - Explicou, rindo. - Nos tornamos amigos depois disso. Fique tranquila, é que você tem que ver isso.

– Então eu estou ansiosa pra ver. - Eu disse, sorrindo.

Harry sorriu de volta e entramos no lugar. Começamos a andar por um corredor bem longo, até entrarmos em uma sala gigantesca. Havia um palco grande e vários assentos cobertos com veludo vermelho.

– Uau! Isso aqui é enorme. - Eu disse, surpresa.

– Sim, e bonito também, né? - Perguntou Harry.

– Sem dúvida alguma.

– Mas não é isso que eu quero que você veja. - Harry disse, andando em direção a uma porta preta.

Entramos em outra sala, toda de vidro. Surreal! Eu conseguia ver Londres inteira dali. Eu estava completamente maravilhada.

– Meu deus! - Eu disse, maravilhada.

– Eu sei, é um dos meus lugares preferidos. - Disse Harry.

– Se tornou um dos meus também, com certeza. - Respondi.

Harry sorriu e eu estava completamente encantada por ele. Cada parte dele. O jeito gentil e cativante, o coração de ouro, o cabelo, os olhos, o nariz, a boca, as covinhas que se formam em sua bochecha quando ele sorri, o sorriso, a risada... tudo! Nunca pensei que seria possível se apaixonar por uma pessoa em apenas um dia, e eu sabia que eu não tinha me apaixonado por ele ser Harry Styles. Eu não me importo com o nome, com a identidade. Eu realmente não achei que aquele banco do metrô nos traria aqui. Eu realmente não achei que me sentiria assim. Eu me importo com o jeito da pessoa, e me apaixonei perdidamente pelo jeito do Harry. Mas ele não deve estar apaixonado por mim. Eu não tenho nada de especial, e ele me encontrou chorando no metrô, por que ele iria se apaixonar por mim? Milhões de garotas gritam por ele, eu sou apenas uma menina que não tem nada de especial, nada cativante...Eu acho.

– Nossa! Já são 23h30! - Harry disse, surpreso.

– Mesmo? Perdemos completamente a noção do tempo! - Respondi, também surpresa. - Bem... Acho que tenho que pegar o metrô de volta pra casa.

– Não! Eu pedirei um taxi pra nós. Não deixarei você pegar metrô nessa hora, e não deixarei você ir sozinha no taxi. Não me importo se nos conhecemos hoje mesmo, eu me preocupo! - Ele disse.

– Mas Harry... Minha cidade fica há uma hora daqui...

– Uma hora de metrô, você quer dizer. De taxi nós chegamos lá em vinte minutos. - Respondeu.

– E como você vai voltar depois? - Perguntei.

– De metrô. Andar de metrô é um passatempo pra mim. - Respondeu. - E sim, tenho certeza.

– Obrigada, de verdade. - Eu disse sorrindo.

Ele sorriu de volta e saímos do teatro. Harry pediu um taxi e sentamos um bem próximo do outro. Meu coração batia muito rapidamente. Uma música que eu amo da Fergie começou a tocar no rádio e eu fazia leves movimentos com a cabeça, foi quando Harry viu e começou a cantar e a dançar desengonçadamente. O acompanhei e aquilo nos rendeu boas risadas.

– Muito obrigada Harry, muito obrigada mesmo... Eu não tenho nem palavras. - Eu disse, saindo do taxi.

– Obrigada pelo que? Eu que agradeço pela noite de hoje! - Harry respondeu.

Nós conversamos um pouco mais e trocamos os números de celular, e eu entrei em casa depois daquela noite inesquecível.