Merida D12

Acordo, abro meus olhos e vejo meus irmãos, eles estão deitados na cama de minha mãe, acho que tiveram algum pesadelo ou algo assim. Hoje é dia de colheita, acho que eles tem medo de que eu seja escolhida, e que eles percam a unica pessoa que poe comida na mesa. Desde que meu pai morreu, minha mãe nunca mas foi a mesma, agora só faz ficar sentada na cadeira, olhando para o nada. Fico me perguntando o qu será de meus irmãos sem mim.

Vai chegar o dia em que eles completaram doze anos, e então os nomes deles vão estar naquele globo de vidro, com outros nomes, e eu não vou poder fazer nada para impedir que eles sejam sorteados para os Jogos. A não ser rezar para que eles não sejam escolhidos.

Deslizo meus pés sobre a cama e pouso eles no chão, tiro o meu pijama visto uma calça, uma blusa, uma jaqueta e minhas botas.

Saio de casa, ando pelas ruas do distrito 12, passo por alguns portões até chegar perto da campina, olho para os lados paara ver se não tem ninguém me olhando e passo entre a cerca, que deveria estar ligada.

Ando mais um pouco, até ter certeza de que estou longe o suficiente da cerca, chego perto de uma árvore e tiro um arco e uma aljava de um de seus troncos ocos.

Ando um pouco mais, tomando cuidado para não fazer barulho e espantar os animais que me ajudam a ficar viva.

Um cervo.

O primeiro servo do ano, vai me ajudar a conseguir muita coisa no prego. O prego é um balcão do distrito doze onde fazemos trocas, por exemplo, você tem um esquilo e troca ele por uma jaqueta.

Posiciono a flecha no arco, estico a corda até a bochecha, miro, estou preparada para atirar.

– O que pretende fazer com ele depois de mata-lô - alguém grita.

O cervo se espanta e foge, atiro uma flecha para pelo menos fazer ele cambalear, mas erro. Viro para trás, vejo ele vindo em minha direção, ah como eu qque matar ele.

– Mas que droga Nod! - berro. Nod aquele estupido, ele é meu amigo, o unico - esse foi o primeiro de muitos cervos desse ano, sabe o que só já faz muita diferença?

– Tá me desculpa - ele pede.

– Tá - digo

Nod é meu parceiro de caça, conheço ele a muito tempo, ele só é dois anos mais velho do que eu, ou seja ele tem dezoito, ele tem sorte de esse ser o ultimo ano de colheta dele, se ele não ser sorteado nessa colheita ele vai ir trabalhar nas minas.

Do nada uma das naves da capital aparece, eu e Nod corremos para de baixo de uma árvore, nos esconder, se formos pegos podemos acabar sendo mortos, ou virar um criados da capital.