A melhor derrota de Son Goten escrita por Branvermelha


Capítulo 15
Irritadinha


Notas iniciais do capítulo

Trunks ciumento hahaha



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Trunks idealizou e investiu na iluminação da “arena” há uns doze anos. Motivo? Ele próprio e seu melhor amigo, na medida em que cresciam, recebiam maiores responsabilidades e ficavam cada vez mais atarefados durante o dia, restando, deste modo, apenas o turno noturno para eles treinarem a fim de se manterem em forma.

Foram instaladas estrategicamente espécies de amplas lâmpadas no topo de algumas grandes rochas, sendo o foco de luz emitido por cada uma delas coordenado por um interruptor mestre alojado em uma pedra de aparência peculiar. A fonte de energia utilizada para acender essas luzes é a solar, por meio de um processo automático de armazenamento dos raios de sol em baterias.

O híbrido de cabelos roxos pousou no solo poeirento do local acompanhado de perto por Marron.

Mesmo em meio todo aquele breu, ele conseguiu distinguir os contornos de Pan ajoelhada em cima da rocha tateando em busca do tal botão que tinha apertado sem querer. O rapaz foi de pronto ao encontro dela já entendendo o que provavelmente tinha acontecido e agradecendo a Kami por não ter sido nenhum defeito no circuito ou algo do tipo.

– Não estou encontrando... – A morena disse usando um tom um tanto choroso. Não gostava do escuro.

Trunks pediu licença e espaço. Encontrou e apertou o interruptor. As luzes rapidamente preencheram todo o perímetro da arena, tornando novamente tudo claro e visível.

Pan suspirou alto de alívio e em seguida prendeu a respiração ao perceber o quanto o Briefs estava perto dela.

Ela subiu a gola do casaco com o objetivo de esconder as bochechas as quais haviam corado violentamente.

– O-obrigada, Trunks – A menina disse bem baixinho. Quase num sussurro.

Trunks não entendeu de imediato o ato repentino da garota de esconder o rosto daquela maneira, mas ao ouvir um som discreto e abafado vindo dela, ele compreendeu e falou:

– Ah. Saúde.

Pan até pensou em esclarecer que tinha agradecido e não espirrado, mas desistiu, porque o híbrido já havia saltado e se distanciado dela. Ela limitou-se a se colocar de pé, largar a gola do casaco e lançar um olhar preocupado para a colega. Esta piscou para ela, pôs o dorso da mão esquerda na testa e apontou com o braço direito para a arena.

A Son lançou o olhar para o campo e soube o que Marron quis dizer. “Ufa. Eles se desgrudaram bem a tempo”. Contudo não somente isso. A morena reparou e imaginou que sua amiga ainda não tivesse notado que Goten se encontrava fora, por muito pouco, mais ainda assim fora, do limite do campo. Ou seja, Bra havia vencido a luta e, por conseguinte, também a aposta.

Pan fez um gesto de tesoura com os dedos para a loira. O semblante desta deu lugar a um de incredulidade. Então Marron olhou para a arena de novo e fez uma cara de raiva ou choro ou as duas coisas e agarrou as pontas de seu cabelo. “Até para essa moleca você perde, Goten, seu filho da mãe!!”.

Trunks também contemplava o cenário sem acreditar. Uma excitação tomou conta dele.

– Ah, cara. Goten é um babaca mesmo. Como foi isso? O que foi que eu perdi? – ele perguntou voltando-se para as duas colegas. Um enorme sorriso estampado no rosto o qual foi diminuindo pouco a pouco ao perceber que as garotas permaneciam mudas e ou trocando olhares entre si ou olhando para qualquer outro lugar menos para ele. – O que há? Por que vocês não falam? O que foi que eu perdi?

O híbrido deu as costas para as duas e observou a extremidade em que sua irmã e o Son estavam. Bra, linha branca, Goten... Logo, Goten perdeu. Goten pressionando as têmporas com os dedos, muito possivelmente zangado com a derrota. Enquanto a Bra...

– Bra, que p§##@ de roupa é essa???!!! – Ele gritou usando todo o ar contido em seus pulmões. Ao ver que sua irmã deu um pulinho pelo susto e em seguida o fitou alarmada, ele continuou. – Uma vez que teve a audácia de sair vestida assim, com certeza também terá coragem de vir até aqui dar explicações, não é??!!

Ai Kami. Ele tá muito, muito, muito, MUITO bravo comigo. Certo, certo. Nada de lamentar. Você tinha plena consciência dos riscos e os assumiu, agora é hora de enfrentar”, Bra refletiu respirando fundo uma, duas, três vezes. A cor retornando a sua face.

A menina saltou e segundos antes de partir de fato em um voo veloz, não resistiu e olhou de relance para o Son. Este, em pé ainda no mesmo lugar, fez uma careta para ela, parecida com aquelas que as pessoas faze quando chupam limão, e abriu um sorriso meio triste como se dizendo para ela não se preocupar, pois o sermão maior e mais pesado não ia ser para ela.

E, de fato, era o que ele queria dizer.

Idiota.”, Bra revirou os olhos e partiu em direção ao local em que seu irmão, Marron e Pan estavam. Porém, embora ela teimasse em admitir, aquele gesto simples e bobo dele foi capaz de dissolver o excesso tensão em seu corpo. Tranquilizou-a. Um risinho até escapou de seus lábios... Ok! Ela havia criado uma espécie de simpatia pelo filho de Kakarotto. Mas somente isso!

–... Você disse a mim que o uniforme era parecido com o do nosso pai, Bra! – Trunks acusou enquanto mantinha uma expressão corporal de irritação: braços cruzados, batendo o dedo indicador da mão esquerda no braço direito e testa franzida. – Você mentiu pra mim!

– Menti nada! Eu disse que era parecido e não igual. Pois bem, é azul e branco como o do papai, não está vendo, não?! – Bra replicou com as mãos na cintura e nariz empinado. Não aceitaria ficar por baixo... Ainda que soubesse muito bem que estava errada.

– Sonsa e cínica, é? Você entendeu muito bem o que eu quis dizer e estou vendo mais do que eu gostaria de ver, aliais! De onde você tirou essa ideia de quase sair nua de casa?!

– Meu Kami, como você é exagerado. Você precisa sempre usar seus óculos, viu. Para seu governo, mamãe falou comigo e...

– Ah. Não fale mais nada. Eu já entendi tudo – O híbrido de cabelos roxos cortou a fala da irmã e massageou as têmporas. Aquilo só podia ser coisa da Bulma mesmo. Ele tornou a fitar a caçula e depois dirigiu o olhar para as duas garotas as quais até então só observavam a cena em silêncio. – Imagino que ele tenha perdido por causa... Disso.

Mais ou menos...”, Bra corou ao relembrar do... Do beijo. Cruzou os braços e olhou para o vazio. Não ousou dizer uma palavra, porque sentia que estas sairiam tremulas. “Droga....!”.

Pan escondeu o rosto por baixo da gola do casaco, para variar, e olhou para a colega loira ao seu lado. Foi esta que se pronunciou.

– Foi exatamente isso. Goten se abestalhou... – Marron disse com certa segurança, pois não deixava de ser verdade no final das contas.

A loira cruzou os dedos atrás de si, desejando que Trunks se satisfizesse com essa resposta. Caso contrário, a situação ia se complicar.

Para alívio geral das meninas, ele não fez mais perguntas sobre essa questão.

– A gente continua essa conversa mais tarde, mocinha - O meio-sayajin avisou a caçula. Depois se permitiu flutuar. Ele também apontou para a barriga da irmã e alertou: - Faça compressa de gelo aí.

Então Bra viu a mancha roxa em seu abdome, mais precisamente no local onde o Son havia chutado. Ficou assustada.

As pessoas ás vezes, em meio a estresse mental ou físico principalmente, machucam-se, não sentem no momento em que é feita a lesão e vão sentir a dor somente horas depois.

É o que estava acontecendo com a Briefs. O tomar consciência da presença do dano serviu apenas para fazer surgir uma dor em pontada na região.

Ela procurou pelo irmão, mas este já se encontrava distante. Ele fora ter com o Goten agora. Pôs as palmas das mãos na barriga. Como se aquele contato fosse fazer sumir a dor...

– Está doendo tanto assim, Bra? – Pan perguntou preocupada se aproximando dela junto a Marron.

– Nãããoo. Eu adoro fingir que estou sentindo dor, porque sou manhosa e gosto de chamar a atenção das outras pessoas – Bra falou com um tom carregado de sarcasmo. Sinto muito. Ela estava cansada e sem muita paciência.

– Ei, irritadinha, calma – A loira comentou rindo. – Devia agradecer a Kami, a Damaioh, ao universo, a mim, a Pan, a sua sorte... Enfim. Por pouco seu irmão não flagrou o Goten e você... Entendeu, querida? Se eu estivesse no seu lugar, dobrava a língua, porque de repente Pan e eu podemos deixar esse acontecimento escapar...

De início, Bra ficou chocada com a ameaça da filha da Número Dezoito, mas logo recobrou o controle. Ignorou a dor, colocou a mãos na cintura e empinou o nariz.

– E se eu estivesse no seu lugar, retirava toda essa porcaria que você acabou de falar e implorava misericórdia a mim para eu pegar leve com você, per-de-do-ra. E digo mais. Fale para quem você quiser. Você não tem prova alguma e pode ter certeza que eu vou negar tudo. É sua palavra contra a minha.

– Na verdade, é a palavra da Pan e a minha contra a sua, né Pan? – Marron rebateu cerrando os punhos

– Só deixem-me fora da rixa de vocês, ok? – A morena disse se afastando alguns passos das duas garotas colegas.

– Você e quem mais, querida? – A Briefs ironizou. A filha de Gohan era passiva ou meio covarde ou as duas coisas juntas.

Que droga, Pan...!”, A loira pensou com raiva. O plano de chantageá-la e driblar as consequências da aposta feita fora por água a baixo. Precisava encarar o fato. Fora derrotada. Precisava, mas não queria.

– Só quero lhe parabenizar pela linda vitória. Venceu a aposta e ainda bem que não precisa mais beijar o filho de Kakarotto, né? – Marron abriu um sorriso malvado. – A primeira vez a gente NUNCA esquece e parece que foi inesquecível mesmo.

Bra usava uma força descomunal para reprimir a vontade, o impulso de socar o rosto da colega a qual teve a audácia de falar nesses termos com ela. “Ela é humana e, embora eu não sendo lá essas coisas de sayajin, é arriscado eu acabar quebrando literalmente a cara dela...”.

– Paremos de falar de mim e falemos de você – Agora foi à menina de cabelos azuis que abriu um sorriso perverso o qual, inclusive, lembra muito o de um certo príncipe dos sayajins – Nos vemos amanhã depois do seu expediente no salão de beleza perto da universidade. Assunto encerrado. Vamos Pan!

Bra saltou e já voava na direção na qual ficava a casa da colega morena.

Pan acenou nervosa para Marron e seguiu a amiga de olhos azuis.

Marron bufou irada e partiu para o lado oposto.

Enquanto voava, Bra sentiu outra pontada vinda da região machucada. “Que droga”. E outra e outra e mais uma a qual superou as anteriores em intensidade. Sua visão ficou dupla. “Mas o quê...?”. Depois o mundo ao seu redor escureceu.

Pan vinha voando bem atrás da menina e viu o corpo da mesma perder altitude rapidamente. Que hora perfeita para se desmaiar!

Ah, não”. Era uma queda livre de pelo menos 30 metros de altura. Ela empalideceu. Duvidava muito que conseguisse alcançar a amiga a tempo. Não era rápida suficiente, mas precisava tentar...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulooo!
beijos