De Volta Pra Casa escrita por mybdns


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desta one shot. Um beijo, Mayara.



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Rachel passava de táxi pela Times Square quando abaixou o vidro e olhou para cima pra contemplar um cartaz enorme em cima de um dos teatros mais famosos da região. Ele dizia: FUNNY GIRL, ESTRELADO POR RACHEL BERRY. ÚLTIMA NOITE. Nova York era simplesmente uma cidade maravilhosa. A moça deu um suspiro de satisfação: estrelado por Rachel Berry. Quem diria que um dia ela estaria aonde sempre sonhou: no topo. Ela finalmente era uma estrela da Broadway reconhecida e admirada por muitos. Cinco anos antes, ela era apenas uma garota do colegial, judia, com uma mania irritante de estrelismo que indignava muitas pessoas. Ela era sempre a melhor, sempre a mais talentosa, sempre a mais tudo. Hoje, ela olha para trás e não se arrepende das suas atitudes. Elas só a ajudaram a crescer e a chegar onde sempre quis. Riu sozinha quando se lembrou de como Tina, sim, Tina Cohen Chang, ficava brava com ela, por ser sempre o centro das atenções. Tudo o que Tina queria era o seu espaço. Sentia falta da Tina. Ela era uma excelente amiga, como todos no New Directions. Quantas coisas eles passaram juntos! Rachel sentia falta de tudo aquilo. Das alegrias, das tristezas, das vitórias, das derrotas, das humilhações, das ofensas ditas por Sue Sylvester, de cada slushie na cara. Tudo isso serviu de motivação. Tudo isso serviu para que o Glee Club se tornasse um grupo mais unido e mais forte. Ela se lembra, como se fosse hoje, daquela National... A primeira National vencida pelo New Directions. Foi a primeira vez que se sentiram verdadeiramente vencedores. Foi lindo ver a alegria estampada no rosto de cada um dos seus amigos... E principalmente, no rosto do Sr. Schuester. Ele foi o único cara que acreditou naquele grupo. Foi a única pessoa que lhes ensinou a acreditar nos sonhos. Devia muito ao Sr. Schuester. Na verdade, Rachel devia muito a todos no Glee Club, mas o primeiro nome que vinha à sua mente era o de Finn Hudson. O cara por quem ela sempre fora apaixonada. Aquele meio bobão de um metro e noventa e um de altura, um tanto desajeitado e perdido. O seu quarterback. O seu Finn. De mais ninguém. Finn Hudson era o cara mais sensacional que Rachel havia conhecido. Não o trocaria por nada nesse mundo. Nem ninguém. Nem pela experiência do Sr. Schuester, nem pelo talento de Jesse, nem pela beleza de Brody, muito menos pela sensualidade de Puck. Finn era único. Único em sua vida. Ele tinha um jeito todo especial de fazê-la se sentir especial. Com ele, ela não precisava ser perfeita, não precisava estar sempre bem arrumada ou com as unhas pintadas. Com ele, ela não precisava ser a Rachel de Nova York. Ela podia ser a boa e velha Rachel de Ohio. Isso era o mais importante. Ser ela mesma. Como ela aprendeu com o Glee Club.

Finalmente, o táxi chegou ao destino: Aeroporto de Nova York. O taxista desceu para ajudá-la com as malas e ela o pagou. Meia hora depois, ela se acomodava na poltrona do avião e ele subia. Rachel estava voltando para casa. Fazia um bom tempo que ela não ia para Lima. Um ano e meio, pra ser exato. Ela precisava colocar a cabeça no lugar. Estava com muito trabalho pra fazer, não tirava um tempo só para ela há meses. Agora, ela resolvera cancelar todos os seus compromissos e voltar para a pequena cidade onde nasceu e cresceu. Sempre quis morar em Nova York. Agora que ela morava lá há cinco anos, não fazia tanta diferença mais. Sentia saudades de Ohio. Sentia saudades das pessoas de Ohio. Sentia saudades do Finn e por este motivo, resolveu voltar. Agora, pelo que Kurt havia lhe dito, ele estava dando aulas na William McKinley High School e assumido o Glee Club. Estava tão orgulhosa dele, apesar dele não saber disso. Sabia que havia sido desonesta com Finn e se arrependia profundamente disso. Mais como um dia, a Quinn lhe disse: Você e o Finn nasceram pra ficar juntos. E ela tinha razão. Queria ter o seu Finn de volta. E iria lutar para isso.

Logo, pensou em todos os membros do Glee Club. Por onde andariam eles? Artie se tornara um grande diretor de cinema e ela sempre esbarrava nele em alguma festa em Los Angeles. Mike era professor de dança na NYADA. Kurt também se tornara uma estrela da Broadway. E o resto? Será que o Puckermann havia tomado um rumo na vida? Será que Brittanny conseguiu terminar o colegial? O que Sam, Mercedes, Tina, Quinn, Sugar, Rory, Joe estariam fazendo? Sentia vontade de reencontrá-los e abraçá-los. Será que já tinham filhos? Um homem gordo interrompeu seus pensamentos quando começou a chamar incansavelmente uma das aeromoças. Quinze minutos depois, avisaram que o avião pousaria no aeroporto de Lima. Sentiu um frio na barriga e suas mãos começaram a suar. Calma, Rachel. – ela disse pra si mesma. O avião pousou e logo ela estava com suas malas, esperando por um táxi. Finalmente, um estacionou e ela pôde, enfim ir embora dali.

- Pra onde, moça? – o taxista perguntou sem se virar.

- William McKinley High School. – respondeu.

- Tudo bem. – ele deu partida e dirigiu até o colégio. Rachel olhava pela janela a cidade, que não mudara muito depois de sua última visita. Dez minutos depois, o homem parou o carro na porta do colégio. – são quinze dólares. – Rachel tirou o dinheiro do bolso, pagou e desceu com suas malas. Olhou para os lados e respirou fundo. Escutou o sinal tocar e então, entrou. Misturou-se no meio dos alunos no corredor. Avistou a sala do Diretor e olhou dentro. Não era mais Sue Sylvester que comandava aquele colégio. Passou por seu antigo armário e viu uma garota abrindo-o. Ela sorriu quando finalmente chegou até a sala do coral. Ficou parada na porta e viu alguns adolescentes sentados. Ele estava lá, em pé. Na lousa, estava escrito: A TAREFA DESTA SEMANA É... Ele não havia percebido que Rachel estava lá até que uma das alunas o chamou.

- Sr. Hudson? – chamou.

- Só um instante, Victoria. – disse sem se virar. – então, a tarefa desta semana é... Don’t Stop Believin’. – disse se virando animadamente para os alunos. Ainda não havia percebido que ela estava ali. – o que iria perguntar Victoria?

- Tem uma moça ali na porta. – ele se virou e arregalou os olhos.

- Rachel? O que faz aqui?

Ela se aproximou dele e sorriu.

- Estou em casa, Finn.


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