Quando O Vento Selvagem Sopra. escrita por Anna


Capítulo 32
Trinta e Dois.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas. Como estão? Espero meio que recompensar você pelos últimos capítulos, que foram menores. Espero que gostem e boa leitura. =))



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–Hermione?

–Hum.

–Herms, acorda.

–Uhum...

–Herms?.... Hermione? –sinto algo tocar minha pele, mas estou zonza demais para ter noção do que possa ser. Viro-me de lado, voltando a dormir.

Segundos depois, ou é o me que parece ser, a única coisa que sinto é o peso de uma criança de três anos e meio pulando em mim.

Nota mental: nunca deixe Teddy acordar alguém.

–Tia Mione? –ele me chama, acho que pela milésima vez, ainda pulando, porém agora, na cama. –Tia Mioneeeeeeeeee?

Viro a cabeça para ele lentamente, abrindo um olho de cada vez, tirando o cabelo do rosto.

–1..2.. –ele pula da cama, ao mesmo tempo em que me sento. -...3.

Assim que termino de contar, ele grita e sai correndo pelo quarto, rindo enquanto eu, ainda dormindo, corro atrás dele. Quando finalmente o pego, corro até a cama, fazendo cócegas enquanto ele ri. Depois de um certo tempo brincando com ele, me aproximo de seus ouvido e sussurro, lembrando-me que não estamos sozinhos.

– Um. –conto silenciosamente, olhando para ele. –Dois. –nos viramos para o moreno parado em frente à janela, sorrindo com a cena. –Três.

–Ops. –corremos até Harry, que entrando na brincadeira, me pega no colo, ou melhor, nos ombros, como um pequeno saco de batatas. Ele me coloca na cama e vai até Teddy, trazendo até onde eu estava e me lançando um olhar cúmplice. Brincamos com o pequenino na cama por um tempo, digamos que até Harry e eu cansarmos, e resolvi me trocar para tomarmos café.

**** ***** ***** *****

Nosso dia foi completamente voltado para o pequenino, que, aparentemente, era incansável.

Depois que saímos da casa de Andrômeda, já à noite, Harry concordou em irmos diretamente para casa, com a intenção de não fazer mais nada ate a manhã do dia seguinte.

Fiquei na biblioteca por algumas horas, analisando alguns papéis para o trabalho, que exigiam um pouco mais de mim nesses últimos dias. Só percebi que era tarde quando um Harry totalmente descabelado apareceu na porta do lugar, fazendo com que eu me assustasse.

–Ah, é você. –disse, virando para ele com a visão embaçada.

–Sim. –ele disse, bocejando. –Não acha que já é tarde?

–Talvez? –esbocei um sorriso, enquanto guardava tudo. –Não se preocupe, eu já vou dormir.

–Bom mesmo. –olhei para ele. –Teremos um logo dia hoje.

–Hoje? Já passou da meia-noite?

–Já.

–Ah, Mérlin! Eu preciso dormir.

A manhã de trabalho foi incrivelmente cansativa.

Não pelo trabalho, que hoje era pouco, mas sim por eu estar sonolenta, apesar de ter dormido –as poucas horas –muito bem.

Tivemos uma reunião demorada na metade da manhã, o que fez com que eu me atrasasse para o almoço com o Harry, que apenas disse que teríamos que conversar à noite, com um sorriso maroto no rosto.

Quando finalmente chega a hora de irmos para casa, aparato sozinha. Segundo Kingsley, Harry já havia ido. É claro que eu não comentei o quanto achei isso suspeito, mas agradeci do mesmo jeito e fui para casa.

Como eu queria não ter feito isso.

Resolvi caminhar um pouco até a casa, o que foi uma má ideia, já que estava nevando. Não que isso me incomodasse, bem pelo contrário, mas como no Ministério é aquecido, não estava preparada para o frio que me atingia.

Subi diretamente para meu quarto, sem prestar atenção se tinha alguém na casa. Arrumei o quarto, que havia deixado meio bagunçado e fui até o banheiro, tomando um longo banho quente, afim de espantar o frio que sentia.

Saí do banheiro, embrulhada no roupão azul, que me mantinha aquecida, enquanto procurava por algo para vestir. Acabei optando por algo simples –calça jeans e moletom –e resolvi descer até a cozinha, tomar algo quente. Mas parei ao chegar ao quarto de Harry.

–Harry, quantas vezes já disse para não deixar suas coisas espalhadas pela.....casa.

O que eu vi a seguir não foi uma das melhores coisas que meus olhos já presenciaram.

Harry e uma garota -Anges, para ser mais exata –aos beijos, na cama dele.

–Desculpe, eu não queria atrapalhar. –disse, saindo do quarto, segurando as lágrimas.

–Hermione, eu posso explicar. –disse Harry, vindo atrás de mim.

–Não precisa. Está mais do que claro o que acontece aqui. –bati a porta do quarto em sua cara, trancando-a.

–Hermione, me deixa entrar. Aquilo lá no quarto.... tem explicação. Você sabe que eu nunca faria isso com você..

–Não foi o que me pareceu. –disse.

–Olha, eu realmente posso explicar... –ele disse, sua voz parecendo angustiada. –Herms?

–Vai embora, Harry. Sei que a casa é sua, mas saia da porta desse quarto. Eu preciso ficar sozinha. –disse, a voz embargada pelas lágrimas, que lutavam para cair.

–Sabe que não vou embora.

Ficamos alguns segundos em silêncio, até que eu aparatasse para qualquer lugar que me viesse à mente, mesmo já estando escuro.

Ironicamente, o único que apareceu foi o litoral onde ele me levou, quase dois anos atrás.

Deixei minhas lágrimas caírem por um bom tempo, enquanto observava o lugar. Aqueles poucos minutos que passamos nesse lugar chegaram até meus pensamentos, me fazendo perceber que, apesar de parecer mais tempo, estávamos juntos há um ano. Exatos doze meses, com nenhum dia a mais. E isso só fez com que eu ficasse, por mais incrível que pareça, com mais raiva. Raiva por ser estúpida o suficiente para ser enganada dessa forma.

Sequei as lágrimas que insistiam em cair, e aparatei até o único lugar que poderia me ajudar nesse momento.

Depois de alguns minutos tentando ir direto ao ponto, volto para o Largo, onde um moreno continua no mesmo lugar.

Descubro isso ao abrir a porta.

–Hermione...

Passo diretamente por ele, me encaminhando à biblioteca, trazendo comigo os livros que Kingsley havia me dado, que tinham relação ao trabalho.

Não dirijo meu olhar à ele nenhuma vez.


Quando volto para meu quarto, ainda sendo seguida, aceno minha varinha para o guarda-roupa, fazendo que todo seu conteúdo fosse parar no malão, que já estava em minha cama.

–Onde vai? Hemione... por favor..você não pode me ignorar para sempre.

–Era exatamente o que eu pretendia fazer.

–Por favor, isso... eu não sei o que aconteceu.... ela..

–Me poupe, Harry. Eu vi com meus olhos o que aconteceu. –balancei minha cabeça, crispando os lábios. –Há quanto tempo esta acontecendo isso?

–O quê? Não. Hermione, entenda, isso nunca aconteceu.

–Claro, o que eu vi era uma miragem. Não perca seu tempo, Harry Potter. –acenei novamente a varinha, fechando o malão. –Só achei que poderia ter me dado um presente melhor por um ano de namoro. Um namoro, que, a propósito, acabou.

–Não, Herms... eu.

–Para. Não vem com ‘’Herms’’ para cima de mim. Eu confie em você. Sempre foi assim. Eu achei que não haviam segredos entre nós, como você mesmo disse. Achei que você era diferente.. diferente dos outros, Harry. Eu achava que... o que tínhamos era forte, que você me amava com a mesma intensidade que eu. Você era a única pessoa com a qual eu podia contar quando... aquilo aparecia. –as lágrimas agora eram presentes nos dois. – Mas eu me enganei.

–Herms.

–A única coisa que eu não consigo entender é que, se você a queria, porque se envolveu comigo? Por que me fez passar por tudo isso? Você, de todas as pessoas, era a última da qual eu esperava isso.

Me virei, indo até a cama, e aparatando, levando comigo, a maioria das coisas que tinha.



Apertei a campainha e esperei que elas atendessem. As lágrimas ainda não tinham caído novamente. Pelo menos, não até eu entrar na casa.

–Mi, o que aconteceu?- as meninas se sentaram de frente para mim, enquanto eu me sentava no sofá.

–Não quero falar sobre isso. –limpei o rosto, levantando o olhar para Gina e Luna. –Não agora.

–Tudo bem. –disse a loira, me abraçando.

–Obrigada.

– Sabe que pode ficar o tempo que precisar, não é mesmo? –Gina também veio até mim.

–Obrigada... ahn, novamente. Se importam se eu me deitar agora?

–Claro que não. O quarto é na segunda porta, à direita.

Me levantei, indo ao quarto arrumado. Deixei o malão em um canto e me joguei na cama, alguns soluços sendo abafados pelo travesseiro.

Fui até o banheiro depois de um tempo, e lavei o rosto, ainda vermelho. Voltei para o banheiro respirando fundo e me deitei, mesmo sem ter consciência, na mesma posição na qual dormia com Harry.

Quando finalmente me dei conta disso, virei-me de barriga para cima, a cabeça pendendo para um lado, sem saber que, não muito longe dali, um moreno sentindo o mesmo que eu, estava trancado em um cômodo cheio de livros, com apenas um fora do lugar. Um de capa azul, jogado no chão, aberto em uma página com um parágrafo destacado de verde.


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Notas finais do capítulo

Então..comentem o que acharam!! haha' E me desejem sorte. Minhas aulas voltam amanhã, e não sei se já estou preparada para voltar a acordar mais cedo. hahaha'
Até o próximo, meus queridos terráqueos. =3



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