Disenchanted escrita por Diana


Capítulo 23
23 - Céu estrelado


Notas iniciais do capítulo

Olááá!!

Desculpem a demora! Sério, desculpem mesmo! Tô muito atarefada, mas enfim...

Então.. chegando pra postar o último capítulo dessa fic

Obrigada a quem acompanhou desde o início, deu incentivo, mandou review, recomendou e etc! Sério! Foi muito importante pra mim!

Dois avisos: Já estou terminando os próximos capítulos de Little Hell e, sim, vai ter continuação de Refúgio *----*

Sinto muito pelo tamanho do capítulo, mas foi o que saiu. Não sei se pode rolar continuação dessa fic, provavelmente não. No mais, muito obrigada e boa leitura!



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Capítulo XXIII

A noite estava estrelada no Acampamento Meio-Sangue, mas o local estava quieto, calado, quase mórbido. Acho que esse era o peso da guerra. Apesar da vitória, a sensação geral era a de perda, de todos estarmos praticamente em ruínas. Era hora do funeral dos heróis.

Os chalés de Ares e Afrodite fizeram uma mortalha para Silena. Sob a luz da fogueira, as mortalhas ardiam. Aos poucos, o tempo foi passando e os campistas se dispersando. Alguns foram cuidar de seus ferimentos, outros foram tentar dormir. Cada um lidando com suas perdas de formas diferentes.

Suspirei pesado. Eu não conseguia sair dali. A toda hora me culpava por Silena. Eu não deveria ter deixado ela usar minha armadura. Cerrei os punhos com força.

– Sinto muito, Sil. – Sussurrei. Culpa, decepção, raiva. Tudo pesava em meu peito.

Estava tão focada em conter minhas lágrimas que mal pude sentir alguém chegando por trás e me tocar o ombro. Me virei e vi Annabeth. Não soube encará-la. Com tanta coisa acontecendo, me esqueci dela.

– Ei. – Ela me disse, tímida. Seus olhos cinzentos estavam me estudando, tentando me avaliar. Eu sabia disso.

– Ei. – Disse, fraca. Não havia motivos para esconder o que estava sentindo de Annabeth.

– Não foi sua culpa, Clarisse. – Annabeth me disse. Eu havia perdido a conta de quantas vezes havia escutado aquilo. Quíron me disse, Percy me disse, meu pai me disse e até mesmo a própria Afrodite havia me dito. Entretanto, não importasse quem me dissesse, eu não conseguia afastar aquilo de mim.

De repente, me vi sendo abraçada por Annabeth. A filha de Atena me abraçou tão forte que eu podia sentir seu peito pulsando, calmo. Ficamos assim por um bom tempo. Os ventos suaves acariciavam os cabelos loiros, me trazendo seu cheiro delicioso e irresistível.

Apertei Annabeth contra mim e afundei a cabeça em seu ombro. E,por lá, me desmoronei. Chorei. Chorei tão forte que me corpo estremecia junto ao dela. A loira apenas afagava meus cabelos.

– Está tudo bem. – Annabeth sussurrava enquanto tentava me recompor. – Você pode chorar, Clarisse. Isso não te faz menos forte, meu amor.

Meu amor? Annabeth havia me chamado de ‘meu amor’? Mesmo após dois anos e uma guerra, ela ainda me chamava de ‘meu amor’? Aquelas palavras ribombavam em minha cabeça como tambores de guerra.

Por um instante, cruzei meu olhar com o dela e ela me sorriu. Um sorriso aberto, um pouco triste, mas confiante. Acho que ela leu a pergunta que estava implícita e que eu não queria dar voz.

– Eu ainda te amo, Clarisse. Te disse isso dois anos atrás, te disse isso quando você foi ao hotel, e te digo agora.

Eu não sou boa com as palavras como a loira. Sabia que não iria conseguir articular nenhuma resposta, mas fiz o que sei fazer melhor. Desviei meus olhos para os lábios de Annabeth e lhe dei um beijo calmo.

– Também te amo. Eu.. – Tentei esboçar algumas palavras, mas ela colocou um dedo em minha boca, me silenciando.

– Está tudo bem. – Ela sussurrou e eu senti meu corpo mais leve.

Sutilmente, ela recostou seu rosto em meu ombro e eu abracei, como se quisesse protegê-la do vento. Nunca havia sentido tanta paz em minha vida. Por um momento, pude esquecer os destroços da guerra contra os titãs.

Perto da baía, onda o mar reinava calmo, o céu era refletido pelo espelho de água. Eu encarei Annabeth por um instante. Um ínfimo instante e a beijei. Tínhamos as estrelas como testemunhas. As mesmas que imortalizam os heróis, agora presenciava esse momento de paz.

Já não havia o que discutir ou perdoar. Eu era dela. Ela era minha. E eu fazia disso nosso recomeço.


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Notas finais do capítulo

Aguardo os reviews.

Obrigada pela milésima vez!