Yume Nikki - the story before the story escrita por Eloise Bruno


Capítulo 12
De volta para casa


Notas iniciais do capítulo

Olá lindioooooos. E o nosso maravilhoso Nyah está de volta para a alegria de todos e junto com ele essa fic - não tão maravilhosa - voltou. Eu gostaria de agradecer a Shirayukki pela recomendação *------* Eu a vi um dia antes do Nyah bugar então sinto muito por não ter postado esse capítulo antes agradecendo-a (semana de provas maldita). Eu simplesmente AMEI sua recomendação e ela me deixou imensamente feliz, principalmente por que você foi uma das minhas primeiras leitoras a deixar um comentário, mas como não comentou mais pensei que tivesse perdido o interesse :c Mas é bom saber que você ainda está acompanhando (e todos os meus outros lindios que ainda continuam comigo, mesmo eu dando essas minhas gafs em postar -.-') Enfim muitíssimo obrigada.

***** Depois da segunda quebra de tempo escutem essa música enquanto leem********
https://www.youtube.com/watch?v=WEmRNw6Q6-8



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Atim - Espirrei mais uma vez. Não aguento mais isso, parece que meu nariz vai se dissolver a qualquer instante.

– Aqui pegue - Masada Sensei me entregou uma caneca com chá - Você parece um *gato aninhada entre as cobertas desta forma.

– Nyah - Miei de forma jocosa vendo-o sentar-se ao meu lado na cama. Tomei um gole do chá e coloquei-o no criado mudo.

– Você está bem? S-sabe... Sobre ontem? - Me encolhi mais ainda entre as cobertas na esperança de esconder o rubor absurdo que se instalou nas minhas bochechas com a pergunta.

– S-sim, estou bem - Respondi acanhadamente. Senti sua mão repousar na minha cabeça e afaga-la gentilmente. Seu gesto fez com que eu sentisse toda a tensão momentânea do meu corpo escorrer e se dissipar pelo calor que provinha dela.

– De-desculpe eu não deveria fazer perguntas estranhas, não é? - Disse ele com um sorriso estreito - É que... Ainda me parece que estou fazendo algo muito errado, que sou algum tipo de maluco doentio por fazer isso com você.

Seu olhar era triste e suas palavras fizeram com que um vácuo se instalasse em meu estômago.

– Po-por favor, não diga isso Sensei! - No ímpeto, saí de dentro das cobertas e encarei suas orbes negras que mostravam espanto - Nó-nós não fizemos nada de errado. E se eu não quisesse poderia ter parado além do mais... - Parei ao ver que seu rosto estava rosado e me toquei que eu estava coberta apenas pelos cobertores. Soutei um grito e cobri-me até a cabeça com as cobertas de forma a parecer um casulo. Senti meu rosto esquentar até as orelhas. Por que eu sou sempre tão idiota?

– Haha - Pude ouvir sua doce risada, abafada pelas cobertas sobre mim. Senti seu peso sobre mim e dei um pulo quando o senti envolver minha cintura gentilmente sobre as cobertas, me levantando. As segurei o máximo que pude contra meu corpo.

Masada Sensei, me colocou em seu colo, com minhas duas pernas jogadas para um único lado, de forma que eu não pudesse encara-lo diretamente. Ele apoiou seu queixo em minha cabeça, e repousou seus braços levemente em volta dos cobertores em que estava envolta.

Ele não fez nada, apenas ficamos abraçados desse jeito por um tempo. Não sei dizer se curto ou longo, estrava me concentrando demais no cheiro, na respiração calma e regular, e nos batimentos que afastaram tantas vezes meu sofrimento, para notar esse tipo de coisa.

– Você, está certa - Disse finalmente, quebrando o silêncio - Eu te amo, e é o que importa agora.

Senti ele se mexer, ele segurou meus ombros e me afastou de seu peito gentilmente. Pude olhar em seus olhos de novo, eles não estavam mais apagados e sem vida, emanando preocupação e culpa. Estavam reluzindo como pérolas negras.

– Eu vou sair comprar medicamentos para esse seu resfriado - Disse ele beijando minha testa e me retirando delicadamente de seu colo.

– A-ah, não precisa, eu não quero ser um estorvo - Agarei seu pulso gentilmente quando saiu da cama. Ele sorriu gentilmente e colou sua testa na minha.

– Essa seria a última coisa que você seria - Proferiu em um sussurro, passando seus dedos esguios atrás de minha orelha e os afundando em meus cabelos. Nos beijamos suave e brevemente, logo ele já havia se soltado de meus lábios e ia de encontro a porta. Minha vontade era de correr atrás dele e mantê-lo o máximo de tempo possível perto de mim, mas ele já havia saído.

Levantei-me e tomei um banho morno e vesti uma roupa qualquer do Sensei - preciso urgentemente das minhas roupas normais -, depois voltei para o meu "casulo" de cobertores.

Isso é algum tipo de sonho, só pode ser– Pensei comigo mesma - Está tão perfeito que eu poderia até pensar que é alguma daquelas pegadinhas que aparecem nos programas de TV que passam na hora do jantar.

... Quero cozinhar pro Masada Sensei algum dia.

E com esses pensamentos bobos acabei pegando no sono novamente, naquela imensa cama branca, como a neve.

[...]

Hoje é segunda, tenho que ir para a escola, mas não estou nem um pouco animada com isso. Eu teria que ver aquelas duas idiotas de novo hoje, zombando de mim devido ao ocorrido.

Eu queria ficar eternamente na companhia de Masada Sensei. Indo à galeria de arte, tocando piano - mesmo que eu só tenha aprendido a tocar *três notas -, deitar a cabeça em seu colo, beija-lo delicada e levemente, e "da-daçar" c-com ele mais vezes... O-o que diabos estou pensando?

– Por que está mais vermelha que uma cereja? - Quis saber uma voz a minha direita.

– Poniko-san? - Exclamei surpresa ao ver a figura loira que agora bloqueava meu caminho - D-de onde você surgiu?

– E-eu sinto muito Mado-chan - Disse a loira curvando-se, ignorando a minha pergunta. Fiquei mais surpresa ainda, por que ela estava se desculpando? Foi quando notei que ela carregava duas bolsas, e uma delas era minha.

Até havia me esquecido sobre isso. Eu esperava chegar no colégio e conseguir livros e cadernos novos na diretoria. Dizer que fui assaltada ou coisa do tipo. Havia descartado completamente a hipótese de reaver minhas coisas.

– Não pedi a Gou e Manchú que levasse você a lugar algum! Pedi apenas que se desculpassem, mas por minha causa aquilo aconteceu - Eu não sabia o que fazer, eu realmente não a culpava de nada.

– De maneira alguma Poniko-san, a culpa não foi sua - Droga o que eu faço? Ela está chorando - Po-por favor não chore.

Peguei um lenço no bolso da minha saia, e limpei seu rosto molhado. A lembrança de ela fazendo o mesmo comigo tempo depois da morte de Monoko e Shitai correu em minha mente. A culpa não é dela, ela foi gentil demais comigo para ser capaz de uma coisa dessas, e acima de tudo se preocupa comigo. As únicas culpadas disso tudo são as irmãs Toriningen.

– Então você me perdoa?

– S-sim, eu perdoo você - Apesar de dizer isso, sinto como se minhas palavras tivessem saído vazias e sem significado.

– C-cento então - Disse ela enxugando algumas lágrimas restantes de seus olhos - Aqui suas coisas, não se preocupe me certifiquei de que tudo estava aí.

– Muito Obrigada por traze-las - Agradeci e peguei minha bolsa de suas mãos.

– Eu fui até sua casa para tentar entrega-la, mas você não estava - Disse ela colocando uma mecha loira da franja atrás da orelha - Fiquei preocupada que algo tivesse acontecido a você - Acrescentou com um olhar de preocupação misturado a mais alguma coisa que não sabia distinguir - Onde estava?

– A-ah, eu estava... - Eu posso contar para ela certo? Ela é minha amiga, vai entender - Eu estava na casa de Masada Sensei, eu não podia voltar para casa sem dinheiro, e como sabia onde ele morava lhe pedi ajuda.

Acabei não contando tudo. Não adianta, não posso contar isso para ninguém, nem mesmo a Poniko. Isso parece errado.

– Ah que bom! - Disse finalmente a loira. Seus olhos não estavam mais com uma expressão angustiada ou preocupada. Estavam frios e vazios e suas palavras eram cortantes como uma lamina recém afiada.

– Po-Poniko-san, você está bem? - Perguntei fazendo menção em toca-la. Mas ela piscou algumas vezes como se tivesse voltado a realidade antes que eu o fizesse. Fixou o olhar em minha mão e tocou-a gentilmente e deu um sorriso fraco, porém cálido.

– Desculpe, não queria preocupar você. De qualquer forma fico feliz que esteja bem, e que Masada Sensei estava por perto para ajuda-la - Eu ainda fico incerta quando a expressão de Poniko muda de forma drástica em momentos como esse, mas acho que ela só está preocupada comigo, e isso de certa forma me deixa feliz - Agora vamos antes que percamos o horário.

[...]

– Monoko, o que estou fazendo é realmente errado? - Perguntei a lápide gélida a minha frente - O que estou fazendo com Masada Sensei, digo.

Peguei uma das pequenas flores lilases que havia posto em frente a seu túmulo, e girei-a entre o indicador e o polegar vendo-a tornar-se um redemoinho roxo.

– O que você diria para mim se estivesse aqui ao meu lado? - Continuei, ainda olhando para a flor em meus dedos - Será que iria me abraçar alegremente como sempre fazia me perguntando ansiosa sobre os mínimos detalhes. Ou iria me repreender dizendo o quanto sou impudente?

Fiquei um tempo em silêncio ouvindo os pássaros a minha volta cantarem, e o vento suave chocando-se contra os galhos das árvores fazendo com que as folhas chacoalhassem. Queria que ela pudesse me responder.

– Bom, mesmo que você brigasse comigo ainda assim ficaria feliz. Por ter uma amiga que se preocupa tanto comigo - Senti minha bochecha queimar em uma linha, uma lágrima, mas eu não a enxugo. Não tem mais problema chorar por quem eu amei, foi isso que decidi.

– Mas se é assim não há porquê se preocupar, Poniko está cuidando de mim - Disse devolvendo a flor lilás ao bouquet - Ela tem sido uma grande amiga desde que vocês... Bem não vamos falar disso não é.

Olhei para a lápide cinzenta a minha esquerda.

– Shitai-san não pense que me esqueci de você - Levantei-me de onde estava sentada, batendo as mãos contra o casaco para retirar a terra que havia nele - Você com certeza estaria gritando comigo e dizendo que iria matar Masada Sensei.

O bouquet que coloquei a frente de seu túmulo tinha as mesmas flores pequenas e delicadas que o de Monoko, mas em uma tonalidade azul celeste.

– Mas não se preocupe, ele é muito gentil e não me faz mal algum - Senti mais algumas gotas quentes descerem pelas minhas bochechas, em seguida ficarem frias com o repentino vento gelado que passou cortando o cemitério - Mas também não ficaria irritada, é como ter um irmão mais velho sabe.

Agachei-me e passei meus dedos por cima de seu nome, sentindo a superfície áspera arranhar meus dedos.

– É cruel que eu posso passar tanto tempo junto de Masada Sensei e você e Monoko passaram tão pouco, mas acho que vocês devem estar sempre juntos onde quer que estejam não é mesmo.

Fiquei um tempo parada, deixando o vento frio que ainda permanecia acariciar meu rosto molhado.

Já está na hora de ir.

[...]

Coloquei meus pés dentro de casa e retirei meu casaco o pendurando ao lado da porta. Quando retirei meus sapatos uma sensação de espanto e alegria se misturaram percorrendo minha espinha, me prendendo onde estava.

– Mado-chan onde você estava? - Uma voz familiar soou pelo apartamento.

– M-mãe?


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Notas finais do capítulo

Então é isso meus lindios ^^ Comentem, recomendem, favoritem, enfim façam o que quiserem e nos vemos no próximo capítulo bjinhus >3●



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