A Caixinha Vermelha escrita por leticiagiovanna


Capítulo 1
A Caixinha Vermelha


Notas iniciais do capítulo

Espero que corresponda as expectativas.
Aliás, na minha história, o Jane não foge. Hahaha.
Aproveitem e saboreiem essa leitura.



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— O que estamos fazendo?

— Quero ver o pôr do sol.

Jane para o carro e resolve presenciar aquele lindo pôr do sol, com o vento movendo seus cabelos macios, logo em seguida, Lisbon vai atrás dele de braços cruzados e curiosa, tentando entender a situação.

— Quero te falar uma coisa, Lisbon. Algo que eu deveria ter dito há muito tempo. Quero agradecê-la por tudo que tem feito.

— Pode me agradecer depois.

— Não, eu... Preciso dizer isso agora.Você não tem ideia do que você significa pra mim... Obrigada.

E a resposta é o olhar expressivo de sua parceira com os cabelos ao sabor do vento, um caloroso abraço e um sorriso apaixonado da agente.

— Quase esqueci. Tenho uma surpresa pra você. Espere aqui.

O consultor vai até seu carro e busca uma caixinha vermelha e uma grande cesta. A agente, sem compreender, sorri como uma boba, sem querer expressar tamanha felicidade, pergunta:

— Você bebeu? Jane, o que é tudo isso?

— Érr, Uma cesta de picnik, ora! Nunca viu uma?

Com um sorriso largo de orelha a orelha. Teresa faz aquela cara de brava que só ela sabe fazer.

— E a caixinha, o que tem nela? - Já imaginando o que haveria, porém sem muitas esperanças.

— O que você acha que é? Diz, Teresa.

— Doces? - A morena sorri.

— Érr, você está ficando boa nisso, Teresa! Muito boa... Pode melhorar... Mas qual foi a primeira coisa que pensou?

— Nada, eu não tenho ideia.

— Então abre! - Sorrindo, entrega a caixa à Lisbon e organiza o picnik, com uma linda toalha laranjada como aquele pôr do sol, água quente, vários tipos de chá, frutas (muitas frutas) e deliciosos sanduíches frios.

Quando Patrick olha para Lisbon, ela ainda não abriu a caixa, ele se levanta e para ao lado da agente superior. Ela segura a caixinha com uma mão e a outra é puxada pelo consultor, segurando forte a mão da parceira, ele diz:

— Abre, Teresa, abre.

E então Lisbon puxa sua mão das mãos de Patrick e resolve finalmente abrir... E ao abrir a caixinha vermelha... Surpresa, felicidade e uma leve pontada de decepção (como ela já estava acostumada), sem entender, ela pergunta:

— Jane... O que é isso? - O vento levanta ainda mais os cabelos negros da mulher que espera por uma resposta para aquela surpresa.

— Morangos, Teresa. Dois morangos! O que achou que seria?

— Mas... Morangos... É que, tudo estava tão lindo... E, eu não pude deixar de notar que "os morangos" são apenas um, uma grande morango!?

— Érr, então teremos que dividir!

— Mas eu não divido de jeito nenhum, Jane! Estou morta de fome!

— Eu estou aqui, te fazendo uma surpresa e você e se nega a dividir um morango comigo!?

— Jane!

— Lisbon! - Uma pausa em suas palavras, um leve sorriso de canto de boca e Jane completa - Espero que tenha gostado, eu acabei de te entregar meu coração, faça bom proveito, hein?!

Sorrindo por perceber que o grande morango tinha o formato exatamente igual a um coração, Lisbon suspira, um leve suspiro apaixonado, o que ele esperava de uma surpresa, uma caixinha vermelha não era bem isso, mas ela estava feliz, vivendo aquele momento com seu amado consultor, um milhão de coisas passando pela sua cabeça, várias imagens, momentos, sorrisos, sempre ao lado do seu loiro, observando aqueles olhos e imaginando, tentando decifrar aquele sorriso, ela deveria dar o primeiro passo? Não, era muito forte para admitir esse sentimento, esse amor.

Após muito tempo parado, analisando cada sorriso da amada, Jane resolve preencher o silêncio constrangedor.

— Não vai comer o morango?

Muitos pensamentos levam Teresa à uma possível conclusão, ela coloca uma de suas mãos no pescoço de Patrick, respira fundo, sorri, pronta para dar o primeiro passo naquela possível relação, aproxima-se de Jane, olha seus belos olhos, mas aquele sorrisinho confuso e aparentemente irônico do consultor a deixa sem jeito, Lisbon abaixa a cabeça, desesperada, um pouco arrependida, tentando ficar calma, envergonhada, se sentindo diminuída naquela situação, provavelmente pensando "Que diabos deu em mim?".

Patrick pensa em tudo que está acontecendo naquele momento, ele está certo do amor que sente por ela, olhando aquela linda mulher em sua frente, Teresa... Aquela que não sai de sua cabeça.

O loiro aproxima-se, encosta a sua bochecha na de Lisbon e sussurra em seu ouvido.

— Divide aquele morango comigo?

A agente levanta o rosto, com olhos marejados, vermelhos, sorrindo totalmente sem sem graça, sentindo um pouco menosprezada, ela responde.

— Preciso ir. Ir embora, trabalhar, tenho muito trabalho para fazer, não tenho tempo para isso, esquece o dia de hoje.

Entendendo a situação, o consultor olha bem aquele rosto lindo, olhando diretamente nos olhos verdes e brilhantes da agente.

— Teresa, angry little princess! - sorrindo e colocando um sorriso naquele rosto encantador, ele completa - Por favor, fica. É muito importante pra mim... E eu espero que seja pra você também.

— O que é tão importante?

— Esse morango!

— Ah, Jane! Por favor, né?!

— Teresa, por favor!

— Tudo bem, tudo bem. Se eu fizer isso, você para de me encher?

E a resposta foi apenas um delicioso sorriso do belo consultor enquanto balançava a cabeça respondendo que sim.

Ao pegar o morango e dar a primeira mordida, uma nova surpresa, Lisbon havia mordido algo dentro da fruta.

— Patrick Jane, que diabos é isso? - pergunta a mulher, tirando um pedaço de papel da boca.

— Leia, Lisbon! Será que eu tenho que explicar tudo? -Novamente sorrindo da expressão raivosa da linda mulher.

A agente abre aquele pedacinho de papel, como se fosse um amigo secreto e vê em voz alta: "Teresa Lisbon...".

— O que quer dizer? Como termina?

— Não termina, Lisbon. Está apenas começando.

— Você está me assustando.

Patrick tira a franja do rosto chefe, respirando fundo, certo do que deveria fazer, olhando nos olhos verdes encantadores da mulher e pergunta.

— Quer ver um truque?

Ela responde com a cabeça que sim, sorrindo com a boca fechada, olhos brilhando, ainda marejados e vermelhos.

O consultor faz uma leve caricia naquele rostinho, aquela pele adorável, sobe a mão pela bochecha macia, sorrindo, levando sua mão até a orelha de Teresa e... O truque! Ele tira um anel, sim, uma aliança de trás da orelha dela. Olhando o rosto de Lisbon, completamente assustada, Jane sorri como uma criança que ganhou doces, ajoelha-se em frente à sua amada, naquele maravilhoso pôr do sol e pergunta o que ela sempre esperou (secretamente) ouvir dele:

— Teresa Lisbon... Quer casar comigo?

Naquele momento a Terra da chefe parou, emoção sem controle, sem explicação, sem descrição, apenas amor. Ela coloca as mãos no rosto, feliz e envergonhada como uma mocinha com o primeiro namorado, sorrindo, chorando, sem esconder nenhum sentimento, tira as mãos e depara-se com o lindo sorriso daquele loiro, enquanto em sua cabeça se perguntava "Como poderia resistir?" Isso se tornou uma tarefa impossível, aliás o seu sonho secreto desde menina era viver esse momento, após respirar fundo, achou uma resposta.

— Só aceito se prometer que nunca mais vai esconder nada atrás da minha orelha. - Sorrindo e chorando, sem saber mais o sentido de esconder o que sentia.

Patrick levanta-se, ambos sorridentes, extasiados e puxa o corpo da bravinha para si, com as mãos na cintura fina da agente que o envolve com os braços pelo pescoço. Aquilo se torna mais importante que qualquer Red John, naquele instante, era só ele e ela, e não mais um casal secretamente apaixonado vivendo no meio de uma vida conturbada, vinganças e trabalhos intermináveis.

— Ah, Teresa, Teresa. Você não sabe a quanto tempo espero por isso, esses seus olhos, essa boca, seu sorriso... Você inteira... Teresa, minha garota, minha mulher.

— Jane, calma! - Sorrindo e ainda sim querendo bancar a brava e resistente - Eu estou armada, posso te dar um tiro nesse momento, aliás, posso atirar em você a qualquer momento.

— Pode, pode mesmo... Mas não vai, você está gostando - Sorrindo e passando o nariz no dela - E se quiser atirar, tudo bem, tudo vale a pena por esse momento.

Abraçados, com os corpos colados, sem pensar no amanhã, sorrindo como se não houvesse mundo além daquele que estavam, felicidade evidente, momento tão esperado, Lisbon puxa Jane para um beijo, ficando totalmente entregue, apoiada no corpo do consultor, corações batendo mais forte, aquele amor todo colocado em um beijo, bocas adocicadas pelo gostinho do chá, línguas lentas para sentir cada momento único e apressadas para compensar os anos que poderiam estar juntos, prazer é a palavra que define o primeiro beijo do casal, com a iniciativa dela, Teresa. Quem diria? Beijos longos e melados, sem pensar na vergonha, o amor estava sendo a prioridade, tirando suas camisetas e suas mascaras, a paixão é o que importa. Ofegantes, despreocupados, loucos de amor e possuídos pelo desejo de anos, saboreiam aquela antiga paixão, naquele lugar, até amanhecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, pois eu adorei escrever.
Deixem comentários para eu saber se devo continuar escrevendo.
Muito obrigada por ler! Continue acompanhando minhas fics.