The Lost Demigods escrita por woozifer


Capítulo 2
Capítulo um.


Notas iniciais do capítulo

Não gostei do capítulo, acho que poderia ser melhor, mas prometo para as meninas que ia postar hoje, então...

Desculpe se houver erros.



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Um foco de luz havia chegado ao rosto de Amy, que abriu os olhos sonolentos, os cabelos castanhos lisos estavam bagunçados, caindo em seus olhos e tapando parcialmente sua visão.

Ela tirou o cabelo dos olhos e viu o que era a luz que a acordara.

Uma menina não muito alta, com os cabelos castanhos cacheados, e olhos verdes a olhava com uma lanterna com o foco de luz dirigido para o rosto de Amy, a recém-chegada estava tão maltrapilha quanto à própria Amy, tinha os cabelos bagunçados, o rosto sujo de fuligem, a calça estava rasgada nos joelhos, as blusa estava com as mangas arrancadas, havia furos em seu sapato, ela segurava um martelo, e apesar da aparência selvagem, Amy ainda reconheceu alguma doçura por trás dos olhos verdes.

– Quem é você? – perguntou a desconhecida séria.

– Amy Eisley – respondeu a mesma, ainda sonolenta e se sentou.

Ela estava no meio de escombros, como viera estando nos últimos dois dias, quando fugiu da caverna onde se refugiava com sua mãe e mais cinco pessoas, a menina já estava ficando agoniada naquele cubículo, vivera lá por dezoito anos de sua vida, até que resolveu fugir, porque sentia que não estava mais segura lá, que algo de errado aconteceria em breve.

– Levanta – disse a menina dos olhos verdes, tentando soar autoritária.

Amy ergueu uma sobrancelha e coçou os olhos.

O mundo ainda lhe era algo estranho, não havia luz naquele mundo a não ser as das lâmpadas, tudo eram ruínas, prédios caídos, asfaltos cortados ao meio por longos quilômetros, pessoas sempre mal vestidas, sempre sujas, sempre tristes, e sempre havia monstros circulando por tudo, sempre comendo a perna de um humano aqui, matando outro por prazer ali.

Ainda assim, a morena se levantou confusa.

– Quem é você? – perguntou Amy.

– Eu faço as perguntas por aqui. – retrucou a outra morena e apontou com o martelo para suas costas – Anda.

– Porque eu te seguiria? – indagou Amy.

– Porque eu tenho um martelo e não tenho medo de usá-lo. – disse a outra, mas ela não parecia nem convencer a si própria do que havia dito – Olha, não sei por que estou te ajudando, mas se quiser continuar viva é melhor me seguir.

– E se você for um monstro? – indagou Amy semicerrando os olhos azuis.

– Olha pra minha cara! – disse a segunda garota exasperada- Caramba, minha única arma é um martelo! Acha mesmo que eu mataria alguém?

Amy não sabia se deveria confiar naquela estranha, e não sabia se estava segura com ela, não por a menina poder matá-la, mas exatamente não conseguir matar alguém, mas viu que não tinha opções, então seguiu a menina, que começou a andar rápido pelas ruas, até que elas ouviram um som de alarme ser disparado e olharam na direção que vinha o som, então viram o vidro de uma loja estourado, e pouco depois uma menina de cabelos loiros, com uma touca enfiada na cabeça que saiu correndo de lá e trombou nas duas morenas, o som atraiu monstros que geralmente as ignoravam, Telquines pregaram os olhos nas três garotas que agora estavam paradas no meio da rua, se entreolhando em estado de alerta.

Os monstros avançaram, e elas dispararam pela rua, a loira e Amy seguiram a outra morena, que parecia ter bastante certeza de para onde correr, e Amy teve certeza àquela hora de que se a garota dos olhos verdes precisasse lutar, ela provavelmente morreria, mas as três sabiam que nenhum tipo de arma a qual tinham acesso, mataria aqueles bichos, então correram o máximo que puderam, a morena desconhecida desceu uma rua e as outras duas a seguiram, com muito ódio por ter que fazer aquilo, a loira atirou uma das facas que carregava em um dos montros, que urrou de raiva quando foi atingido, e foi retardado. A garota jogou mais duas facas com força, e com uma precisão incrível as facas se cravaram entre os olhos de dois monstros.

As três não sabiam que Telquines sentiam cheiro de semideuses, sequer sabiam que sangue divino corria em suas veias, não sabiam que estavam levando-os para seu esconderijo, mas ainda assim correram ainda mais, a morena que as liderava entrou nos escombros de um prédio, as três tiveram que correr um tempo agachadas, e depois puderam se endireitar quando chegaram a um corredor com um pouco mais de espaço, mas não pararam de correr, correram e desceram lances de escadas aos pulos, então chegaram a outro corredor, elas não ouviam mais o som pesado dos monstros seguindo-as, e diminuíram um pouco o ritmo, mas não pararam de correr, desceram ainda mais alguns lances de escada, e chegaram a outro corredor, onde a que as liderava abriu a porta no fim do corredor e mandou as outras duas passarem, então ela mesmo passou pela porta, onde deveria haver um quarto meio mal iluminado, havia apenas a escuridão completa.

– Onde estamos? – sussurrou Amy assustada.

– No... – a outra morena parou para pensar, não parecia com o lugar onde ela esteve morando nos últimos quatorze anos.

Então uma luz bruxuleante foi acesa, revelando um rosto sombrio, que ergueu os olhos negros para elas e sussurrou:

– Bu!

Amy gritou imediatamente, e a loira tapou sua boca com a mão, com medo de que algum monstro a escutasse.

– Quem é você? – perguntou a outra morena.

– O que importa? – retrucou a invasora.

– Você está no meu lugar, deve-me falar pelo menos seu nome.

– De acordo com as regras de quem? Ah sim, nesse mundo não existem regras- a garota deu um sorrisinho provocativo e assoprou a vela, deixando as quatro no breu novamente.

– Acenda a droga dessa luz! – reclamou Amy e logo depois sentiu uma forcinha percorrer seu braço e as quatro observaram desconcertadas, um pequeno raio atingir a lâmpada que acendeu imediatamente com uma força enorme.

– Quem é você? – perguntaram as outras três para Amy, que se encolheu.

Aquilo às vezes lhe acontecia, mas sua mãe dizia que era normal e que humanos tinham descargas elétricas algumas vezes.

– Sou Amy Eisley – disse a morena – e vocês?

– Mandy Huntinghton – se apresentou a loira, que a luz deixou que as outras a encarassem, Mandy tinha os cabelos loiros e lisos, era alta, a pele era pálida, e os olhos azuis muito claros.

– Sou Samantha Dewan – suspirou a outra morena, dos olhos verdes.

– E não é de seu interesse quem sou, ou deixo de ser – disse a ultima das garotas -, e não sei se vocês sabem, mas seremos atacadas por monstros aqui em menos de dois minutos.

– Impossível, despistamos eles – disse Mandy séria.

– Nada é impossível nesse mundo – a garota-sem-nome falou, e deu um sorrisinho sarcástico.

As outras três lhe encararam sérias, elas sabiam que o que aquela desconhecida dissera, fazia completo sentido. Todas já tinham passado por situações extremamente bizarras desde que nasceram, e aparentemente quanto mais velhas ficavam, maiores eram seus problemas.

– Certo, mas aqueles bichos não vão nos alcançar – disse Mandy.

– Bem, se quiser ficar aqui e pagar pra ver... – a garota-sem-nome deu de ombros e passou pelas três, então saiu para a porta – Vão querer lutar aí? O espaço é pequeno demais e muito longe da superfície.

As outras três bufaram e fecharam a porta na cara da outra garota, que sorriu de canto com o gesto, e foi caminhando calmamente pelo corredor, de volta as escadas.

Segundos depois, as três que ainda estavam no quartinho, escutaram estrondos, grunhidos e rosnados do lado de fora do quarto, ficaram tentadas em ir ver do que se tratava, mas estavam temerosas, achavam que ficariam mais seguras atrás de apenas uma portinha de madeira, paredes finas de concreto e metros e mais metros de terra para todos os seus lados.

Num impulso, Amy abriu a porta e saiu para o corredor, Mandy e Samantha se entreolharam confusas e espiaram pela porta que Amy deixara aberta.

A morena observava paralisada a garota-sem-nome urrar enfurecida, e então metros e mais metros de terra engoliam os monstros, e os arrastavam de volta para os lados, para a terra, e os monstros desapareciam.

Depois de dezenas de monstros, todos aparentemente haviam sido aniquilados, então a garota-sem-nome desabou, sem força alguma.

Amy demorou a acordar do transe, mas quando o fez correu até a garota e a levantou, Samantha e Mandy também acordaram naquele momento e correram para ajudar as outras duas.

– O que foi isso? – perguntou Amy meio que em estado de choque.

– Não sei – admitiu Samantha.

Apesar dos deslizes de terra que a garota havia causado o caminho ainda estava livre, porém todo enlameado, mas as quatro meninas conseguiram arrastar a garota desacordada escada acima, e quando chegaram à superfície, viram uma menina no topo da escada, ela tinha aquela característica que todos os habitantes daquela terra tinham: era “mal conservada”, porém muito bonita, tinha cabelos loiros e olhos verdes que exalavam puro ódio, ela tinha pose de durona, as olhava de cima, com as mãos nos quadris, o queixo erguido, o semblante sério.

– Me mandaram aqui – declarou a recém-chegada.

– E você, quem seria? – suspirou Samantha.

– Sou Catherine Evans.

– E quem te mandou aqui? – perguntou Amy.

– Os javalis – respondeu Catherine como se fosse a coisa mais obvia do mundo, nenhuma delas riu, porque também já haviam sido guiadas por animais, só que geralmente elas se desviavam dos caminhos no qual tentavam guiá-las, porque monstros apareciam.

– E porque te mandaram aqui? – perguntou Mandy ajeitando o braço de menina desacordada sobre seus ombros.

– Era isso que eu queria saber – respondeu a outra loira.

. . .

– Elas se encontraram – disse Apolo com um sorriso vitorioso nos lábios.

– O que disse purpurina? – gritou um monstro e chicoteou o deus nas costas nuas, Apolo se retraiu, mas depois aumentou o sorriso e encarou o monstro que lhe torturava todos os dias.

– Eu disse, que seus dias estão contados feioso. Você será um dos primeiros a ser morto, e não tenho pena alguma de como elas farão isso– disse o deus, e o monstro urrou e voltou a chicoteá-lo.


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Notas finais do capítulo

Purpurina ♥ k

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