Distrito Um escrita por Peixotize


Capítulo 2
Treinamento


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoal o/
Gostei da recepção dessa fic, só me senti triste ao ver que não tem tantos favoritos quando achava que teria, mas mesmo assim fiquei feliz pelos comentarios. Muita gente se interessou por essa fic e é isso que me anima a escrever mais caps. :)

Como disse da ultima vez: Será um capitulo por semana, e como já é segunda, o proximo talvez venha no Domingo ou até mesmo na sexta. Dependendo de como as coisas estiverem até lá.

Eu ainda não terminei de escrever o terceiro capitulo, mas estou adiantando muitas coisas. ;)

Boa Leitura o/ E leiam lá embaixo que tem coisas importantes.



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– Então? O que acham? – Franklin perguntou assim que chegou onde Quinn e Puck estavam.

Quinn ainda estava pasma com a roupa que usava. Já Puck parecia animado com a roupa. Puck estava com um colete cor de esmeralda com listas brancas e brilhosas. Suas calças eram brancas com listas verdes. Já Quinn, estava com uma camisa branca, uma jaqueta verde esmeralda por cima e tinha umas listas brancas iguais ao colete de Puck, e sua calça também era branca com listas verdes.

Resumindo: Todos não paravam de olhar para eles.

– Como...? – Quinn perguntou pasma.

– Fui aprendiz de Cinna antes dele... Bom. – Franklin colocou uma mão no ombro de Quinn e com a outra mão, pegou a mão direita dela colocando algo parecido com um botão. – Aperte isso aqui assim que achar que está pronta.

Quinn sorriu agradecida e se virou para olhar ao redor da sala. Puck e ela estavam ao lado de sua carruagem, e os outros tributos a olhavam, talvez por que ela era a única sem vestido. Seu olhar caiu no Distrito Cinco. Rachel Berry sorria para ela, como se estivesse aprovando. Mas Quinn não podia deixar de aprovar o visual dela. Rachel usava um vestido curto, deixando suas belas pernas, maravilhosas, perfeitas, deliciosas... enfim, a mostra, e o vestido era cor beje e era brilhante. Ao seu lado estava Jesse que usava um terno da mesma cor com uma gravata dourada.

Quinn sorriu de volta para Rachel e se virou vendo que Puck já subia na carruagem e esticava a mão para ela. Quinn subiu com a ajuda do amigo e se arrumou lado a lado. Ela se virou para olhar para sua irmã que tinha chegado junto com Ian, os dois sorriram para Quinn que retribuiu, então ela olhou ao redor novamente e seu olhar caiu no Distrito Doze. Katniss Everdeen a encarava. Engolindo em seco, Quinn tentou sorrir para ela, e ganhou um sorriso de volta, um sorriso tenso e curioso, mas mesmo assim um sorriso. Mas o que lhe chamou a atenção foi que assim que Katniss sorriu, sua cabeça se moveu para frente, e Quinn seguiu o movimento vendo que ela estava apontando para o Distrito Cinco. Rachel a olhava sorrindo mais abertamente, um sorriso maravilhoso que fez os olhos castanhos da garota brilharem para Quinn, que quase perdeu o fôlego. Então sua carruagem começou a se mover, Quinn virou para ver que Katniss falava com seu marido, mas sem tirar os olhos de Quinn.

Então Peeta Mellark virou para olhar para ela com um sorriso.

Quinn não entendia mais nada.

XxX

Sua carruagem estava em primeiro, todos aplaudiam e gritavam. Quinn sentiu alguém lhe cutucar, e virou para Puck que apontava para o botão em sua mão. Ela sorriu para ele e apertou. Toda a Capital gritou animadamente, todos eufóricos. Olhando para si mesma, Quinn viu o porque.

Sua roupa brilhava, todas as listas que tinham, brilhavam quase que cegamente. Puck ao seu lado gritou animado e ergueu os braços gritando para a plateia. Quinn revirou os olhos e sorriu para todos.

A ideia do Franklin realmente foi muito boa.

XxX

Depois que o desfile acabou com o discurso do Presidente Snow que dava inicio a septuagésima sexta edição dos Jogos Vorazes. Então eles foram mandados para seus aposentos. Jantaram e foram para seus quartos. Depois de tomar banho, Quinn se jogou na cama e não demorou para adormecer, estava exausta.

De manhã cedo, eles acordaram e tomaram café, logo indo para o campo de treinamento. Onde iriam fazer aliados, ou não. Ian não recomendou nada em relação a isso, somente disse que não mostrassem muito suas habilidades, ninguém poderia saber em que você era realmente bom. Então assim que entraram no campo, todos os tributos estava em circulo escutando uma mulher que falava sobre tomarem cuidado e não atacar nenhum dos outros tributos ou seria expulso do campo e não iria treinar.

E então deram inicio ao treinamento.

Eles iriam ter que treinar pro três dias e no quarto dia teriam que se mostrar para os Idealizadores dos Jogos que irão dar uma nota de 0 a 12. Quanto maior for a nota, mais patrocinadores você terá, e então tem mais chances de sobreviver nos jogos.

Quinn foi até onde tinha as facas e pegou duas. Foi até o alvo e se preparou para jogar. Sabia que tinham pessoas lhe observando, então tratou de fazer o melhor.

E ela fez.

Jogou a faca com tanta força que quebrou um dos alvos ao meio, depois virou para jogar a outra em outro alvo quebrando-o ao meio. Fez isso com as outras facas quem tinham ao seu lado, quebrando todos os alvos com tamanha força.

Isso em menos de cinco segundos.

Sorriu para si mesma e se virou para pegar mais facas, quando viu que tinha vários tributos a olhando. Puck sorria presunçosamente e ergueu um polegar para ela em aprovação. Achando os olhos castanhos brilhantes no meio deles, eles brilhavam com admiração. E Quinn não podia se sentir mais animada.

Então todos voltaram para seus treinos, menos Puck, ele ficou ao lado de Quinn e pegou duas espadas que tinha compartimento ao seu lado.

– Que tal? – Puck ergueu uma espada para ela, que sorriu e aceitou.

– O objetivo é tirar a espada da mão do oponente. – Quinn ditou e Puck assentiu e sorriu manobrando a espada.

Quinn fez o primeiro movimento, tentando pelo lado esquerdo, acertar Puck, que bloqueou com sua espada, então Quinn fez outro movimento indo pelo lado direito, mas quando Puck tentou defender, ela fez um movimento mais rápido girando para o lado acertando o quadril de Puck com a parte achatada da espada.

– Esperta. – Ele comentou e fez o próximo movimento.

Que logo foi bloqueado no ar por Quinn. Então ele tentou novamente, indo pelo lado direito tentando acertar as pernas de Quinn, que pulou e deu uma cambalhota para a esquerda. Novamente acertando Puck só que na perna.

– Você costumava ser mais rápido, Puckerman. – Quinn zombou e investiu com a espada e logo foi bloqueada.

– Não me subestime, Fabray. – Puck sorriu maniaco

E então ele se moveu para frente, rapidamente tentando atingir o braço de Quinn, que se esquivou laçando-se para o lado e girando a espada até bater no calcanhar de Puck, que caiu para frente de joelhos, consequentemente largando a espada.

– Mmmm. – Quinn zombou pegando a espada que estava na frente de Puck e manobrando na mão esquerda, facilmente.

– Você está mais rápida. – Puck comentou, ofegante, enquanto se levantava.

– Não, eu apenas sei o que estou fazendo. – Quinn deu de ombros e Puck riu alto tomando sua espada da mão da loira.

– Não seja ridícula. – Puck andou até o compartimento de espadas, passando por Quinn, não sem antes dar uma bater no traseiro da loira.

– Puckerman! – Quinn reclamou e Puck gargalhou.

Ele sorriu para ela e se sentou em uma bancada que tinha perto de onde estavam. Quinn retribuiu o sorriso e voltou e jogar facas nos alvos. Sabia que estava sendo observada, e não só por Puck. E isso a fez sorrir e se empenhar mais no que fazia, se movendo cada vez mais rápido. Depois das facas Quinn resolveu tentar algo com sobrevivência, aprendendo a fazer armadilhas com a ajuda da garota do Distrito Doze, rapidamente conseguindo sua amizade. Depois tentou com o arco, conseguindo algumas vezes, mas não o mesmo resultado que teria com suas facas, e ela queria muito voltar para elas, mas sabia que se continuasse rapidamente morreria na Arena.

Então Quinn foi falar com o Sam Evans que treinava com o arco, ele era bom, mas não o suficiente. Quinn conseguiu conversar com o garoto, mas ele a assustava. Depois foi até Kitty Wilde, Distrito Quatro. Ela parecia tensa, manobrava uma lança, acertando os alvos. Quando Quinn se aproximou, rapidamente Kitty soltou a lança e saiu do campo de treinamento alegando que ia ao banheiro. Quinn não sabia que podiam fazer isso, mas não se importou, e voltou para Puck, que estava conversando com a garota do Distrito Dois. Marley Rose. Quinn se juntou a eles e viu que Sam também. Os quatro treinaram juntos até dá a hora de recolherem.

XxX

Isso aconteceu todos os dias de treinamento, Quinn nunca se mostrando demais, mas sempre tentando arrumar aliados. Puck a ajudava as vezes, mas ele sempre queria dar em cima de alguém. Quinn gostava muito de Sam, ele era simpático e não parecia ser do tipo que mataria alguém para ganhar os Jogos. Esse era o problema, Quinn sabia que Sam não duraria muito na Arena, nem mesmo Marley, que era gentil e também simpática. Quinn temia por eles.

Por incrível que pareça, em nenhum dos três dias Quinn falou com Rachel Berry, a observava de longe as vezes, vendo em como ela sorria para o parceiro de Distrito. A única vez em que Quinn viu ela fazer algo, foi quando o tal Jesse ajudou-a a atirar com um arco. E até algumas outras vezes em que ela conversava com a garota do Distrito Doze que a ajudava fazendo armadilhas de caça.

Quinn estava preocupada em relação a isso. O que Rachel Berry mostraria para os Idealizadores no quarto dia. Que por sinal. Hoje é o quarto dia.

Todos os tributos estavam em uma sala fechada com vários bancos onde se sentavam em duplas. Quinn e Puck se sentaram na primeira fila de bancos ao lado e Sam e Marley que conversavam animadamente. Kitty Wilde sentava atrás na ultima fileira ao lado do seu companheiro de Distrito, Ryder. Quinn estranhava Kitty, a primeira vez que ela tentou se aproximar, a outra simplesmente se afastou, a garota simplesmente se excluía, Quinn não lembrava de ver ela conversar com seu companheiro de Distrito. Quinn não estava muito atenta até que seu nome foi dito através das caixas de som.

Os Tributos eram chamados por ordem de Distritos, mulheres e depois homens, consequentemente, Quinn era a primeira.

Respirando fundo, ela se levantou, caminhando lentamente até a porta, antes que a porta se abrisse, Quinn virou para os Tributos, vendo Puck, Sam e Marley lhe sorrirem. Então seu olhar se dirigiu a Rachel Berry, que estava ao lado do seu parceiro. Ele falava algo para ela que não estava prestando atenção, seu olhar estava em Quinn, e parecia levemente preocupado.

Então seu nome foi chamado novamente em um tom impaciente, Quinn se virou e se dirigiu até a porta.

Entrando na sala de treinamento, Quinn olhou para cima vendo os Idealizadores estavam, todos a olhavam, e entre eles estava Plutarch. Ele a olhava com um sorriso irônico no rosto, como se estivesse desafiando-a a fazer algo que o impressione.

Quinn aceitou o desafio.

Andou até os alvos e pegou suas facas. Oito. Colocando uma entre cada dois dedos. Se posicionando com as mãos ao lado do corpo. Olhou uma ultima vez para os idealizadores, vendo que todos a olhavam mais interessados do que antes. Quinn sorriu e jogou as facas.

Quebrando oito alvos ao meio, pegando mais oito facas, jogando-as novamente e quebrando mais oito. Afastou-se dos alvos sem olhar para os Idealizadores, caminhou até as espadas, pegando duas, e foi calmamente até o sistema de treinamento. Ligando-o no nível mais difícil.

Então veio o primeiro holograma, e ela o decapitou habilmente. Sentindo outro atrás de si, Quinn deu um mortal para trás acertando a espada no meio da cabeça do holograma. Caindo em pé, viu outro holograma se aproximar com um arco, atirava rapidamente, Quinn se esquivava de todas as flechas, até se aproximar dele, dando uma cambalhota para a esquerda ficando atrás do holograma e cravando uma espada nas suas costas. Então dois hologramas vinham em sua direção, mas em sentidos diferentes. Quinn esperou até que eles estivessem mais próximos, então pulou. Dando um giro com as espadas erguidas decapitando ambos os hologramas. Caiu no chão em pé.

Então o sistema deu o sinal de que tinha acabado. Quinn ficou em pé andou até o compartimento de espadas colocando-as ali e caminhou até a saída. Ainda sem olhar para os Idealizadores.

XxX

Estavam todos sentados no sofá da sala. Toda sua equipe, Franklin e Gavlin – a estilista de Puck - conversavam com Ian e Frannie sobre o figurino que pensavam em fazer na entrevista. Quinn não prestava atenção, eles estavam ali para escutar o resultado do treinamento. Puck brincava com uma das almofadas ao seu lado, jogando-a para cima. Depois que terminou as apresentações para os Idealizadores, a única pessoa que sabia o que Quinn tinha feito era Frannie, que não parava de olhar orgulhosa para sur irmã mais nova.

Então Caesar anunciou que ia ditar as notas dos tributos, e todos ficaram em silencio. Quinn levou as pernas até o sofá e as abraçou apertando-as contra o peito. Ela estava nervosa, sabia que tinha feito muita coisa boa e não era esse o motivo, e sim estava nervosa para saber quanto uma outra pessoa tinha tirado.

– Quinn Fabray... – Caesar fez suspense, olhou para a tela extremamente sério, então sorriu abertamente, e disse impressionado. - ... 12!

– Oh Meu Deus! – Frannie gritou e se jogou nos braços de Quinn abraçando-a apertado.

– Meus parabéns Quinn. – Ian desejou sorrindo abertamente para as loiras.

Depois que Frannie se soltou de Quinn, Puck a abraçou apertado. – Parabéns minha gostosa!

Quinn riu e se soltou de Puck que gargalhava, mas olhou tenso para a televisão onde Caesar ainda falava sobre o quão incrível é um tributo que consegue 12.

– Acho que depois de tantos anos em algum tributo tirar 12, temos ai alguém para nos impressionar. – Caesar falava animado. – Mas então vamos para o próximo. Noah Puckerman...! – Novamente o suspense e depois o sorriso. - ... 10!

Puck gritou animado e abraçou Quinn, então todos estavam se abraçando, Franklin e Gavlin já combinavam o figurino dos Tributos enquanto comemoravam. Mas Quinn ainda estava tensa.

Sam Evans ficou com 6.

Marley Rose ficou com 8.

Os dois irmãos ficaram com a mesma nota: 9

Ryder Lynn ficou com 8.

Kitty Wilde com 9.

Então foi o Distrito Cinco, e Quinn ficou mais tensa ainda, todos tinham parado para prestar atenção, até porque a estrela da Capital estava ali.

Jesse St. James com 10.

Puck deu um gritinho indignado por ser a mesma nota que a sua.

– Então aqui vamos nós... – Caesar começou parecendo tenso e preocupado. - ... a nossa estrela da Capital... Rachel Berry... 10! Parece que a nossa estrela tem vários talentos!

Quinn estava feliz! Não entendia o motivo, mas estava muito feliz, sentia-se em êxtase. Puck acenava ao seu lado dizendo que a garota tinha o impressionado.

Quinn só se sentia mais calma ao saber que Rachel Berry tinha mais chances de sobreviver.

XxX

Era noite do dia seguinte.

O ultimo dia antes dos Jogos. Consequentemente o dia da entrevista, onde todos os tributos seriam entrevistados, sendo simpáticos e bonitos, para ganhar patrocinadores, o que é bem útil na Arena. Quinn estava em pé em uma sala enquanto Franklin dava os últimos toques em sua roupa. Novamente Quinn não usava vestido, e ela agradecia a Franklin por isso sempre que podia. Mesmo não usando um vestido deslumbrante como 99% dos tributos femininos vão estar usando, ela se sentia incrível.

Usava uma calça de couro justa e preta, uma camisa branca por dentro de uma jaqueta preta também de couro, mas infelizmente Franklin não a livrou dos saltos. Mesmo assim Quinn estava feliz com seu visual, mais ainda com seu cabelo, que estava desarrumado com sempre, Franklin dizia que ela ficava sexy e isso é o que importava. Quinn riu desse comentário, mas não se manifestou quando Franklin colocou lápis ao redor de seus olhos, destacando-os mais do que já eram.

Era um visual agressivo, para mostrar que ela estava pronta para o que iria acontecer na Arena. Mesmo não tendo nenhuma verdade nisso.

Se admirando no espelho mais uma vez, Quinn viu por ele quando Frannie entrou na sala para adiantar e parou quando viu sua irmã.

– Você está linda, Quinnie. – Frannie sussurrou se aproximando da irmã e tocando o ombro dela, as duas ficando lado a lado no espelho.

Franklin vendo que aquele momento era somente delas, se afastou saindo da sala avisando que iria esperar do lado de fora.

– Eu não sei... – Murmurou insegura virando para olhar para a irmã. - Me sinto totalmente diferente do que eu sou.

– Isso é o que a Capital faz, você não consegue evitar, quando percebe já está usando roupas ridículas e penteados estranhos. – Quinn riu com o comentário da sua irmã e abraçou-a pela cintura.

– Eu não quero dizer assim, - Indicou a roupa que usava. – quero dizer que... essa roupa não tem nada a ver com o que eu sinto.

– O que você sente?

– Medo.

Frannie suspirou e trouxe a cabeça da sua irmã até seu ombro, ninando-a enquanto enterrava os dedos nos fios loiros fazendo um carinho suave e calmo. Quinn respirou fundo afastando as lágrimas que queriam sair de seus olhos. Mesmo não tendo totalmente perdoado Frannie, Quinn não podia deixar de se sentir segura nos braços da sua irmã.

– Você sabe que pode conseguir isso, não sabe? – Frannie perguntou e Quinn levantou a cabeça e se afastou.

– Eu já disse que...

– Que não vai matar ninguém. – Frannie concluiu pela irmã. Quinn balançou a cabeça e saiu do pequeno altar em frente ao espelho. Caminhou irritada até a porta. – O que vai dizer para aquelas pessoas? – Isso fez Quinn parar de andar, vendo que conseguiu a atenção da irmã, Frannie continuou. – O que você vai fazer quando a primeira pessoa erguer uma espada para você? – Quinn engoliu em seco, mas continuou calada. – Vai se matar? Vai se esconder até alguém lhe achar?

– Os morfináceos ganharam duas vezes fazendo isso. – Quinn comentou e Frannie riu.

– Eles se camuflaram e você nem sabe desenhar um circulo. – Debochou e Quinn bufou.

– Eu posso ter aprendido esse tempo que você desapareceu...

– Ah cala a boca! – Quinn se encolheu com o tom da irmã. – E se você morrer naquela Arena? – A voz de Frannie agora estava embargada. Quinn não se virou para perceber que sua irmã estava quase chorando. – O que eu vou dizer para Brittany? – Quinn fechou os olhos e colocou uma mão na porta para se apoiar, se sentia tonta. – O que vou dizer a Santana? O que ela vai pensar quando ver você implorar para morrer? E Puck? – Frannie já chorava desesperadamente.

– Eu...

– Não diz nada! Não quero ouvir a mesma frase! – Implorou e Quinn escutou algo quebrar, virou para ver, vendo que Frannie tinha jogado um vaso no espelho. – EU NÃO QUERO VER VOCÊ MORRER!!! – Gritou desesperada, o rosto vermelho os olhos azuis brilhando assustadoramente.

– Frannie por favor não...

Quinn foi interrompida por Ian e Franklin que entraram no cômodo. O estilista correu até sua irmã abraçando-a que chorava desesperadamente. Ian olhou para Frannie e depois para Quinn. Pegou a loira pelo braço e puxou-a para fora do quarto. Quinn finalmente percebeu que chorava quando se olhou em um espelho que tinha no corredor. Seus olhos estava vermelhos, mas seu rosto não estava manchado, sua maquiagem não estava borrada. Franklin pensou em tudo afinal.

– Eu entendo o que você está passando. – Ian comentou suspirando. – Sua irmã está certa, você não pode se matar lá.

– Puck poderia ganhar. – Comentou limpando as lágrimas.

– Sim, sim ele poderia fazer isso. Mas você conhece o cara, ele não faria nada sem você ao lado dele dando ordens. – Quinn riu baixinho e Ian a acompanhou. - Antes de vim para cá, eu estava no camarim dele, sabe o que ele me disse? – Quinn negou e Ian suspirou. – Ele disse que não importava o que você queria, ele iria fazer você ganhar os jogos. – Quinn o fitou incrédula. – Ele jurou eterna lealdade a você, espero que você faça o mesmo. – Concluiu batendo a mão no ombro da loira.

Quinn assentiu se sentindo pressionada, ela sabia que não era por querer que Ian estava fazendo aquilo, e sim por incentivo, todos apostavam nela para ganhar os Jogos Vorazes. E era verdade, tinha tudo para ganhar, só faltava a coragem.

– O que eu vou dizer lá? – Perguntou apontado para a porta que deveria sair para a entrevista.

– Você vai ser sincera, seja você mesma. – Sorriu para a loira e colocou a mão em suas costas guiando-a para a porta. – Boa sorte, Quinnie. – Sussurrou em seu ouvido beijando sua cabeça em um gesto carinhoso.

Quinn sorriu para ele e passou pela porta.

XxX

A plateia gritava. Seu nome era berrado por cada um. Caesar ria animado enquanto também falava seu nome. Como já era conhecida na Capital isso não a assustava, mas a deixava apreensiva.

– Vamos, vamos! – Caesar chamou animado enquanto Quinn se sentava na poltrona branca na sua frente. – Temos aqui, Senhora Fabray!

– Oh Caesar, - Quinn debochou simpática. – Você sabe que me deixa triste me chamando de Senhora.

– Oh, esqueci – Caesar riu baixinho. – Ainda não existe uma senhora Fabray não é mesmo?

– Não, - Quinn respondeu parecendo triste, a plateia feminina pareceu ficar triste com ela, então Quinn soltou um sorriso sensual para a plateia. – Pelo menos ainda não.

Todas as mulheres gritaram desesperadas, até mesmo aquelas que são casadas e com filhos, e até mesmo as filhas das mulheres casadas que estava gritando por ela.

– Olha só, parece que alguém está procurando uma pretendente. – Caesar comentou olhando para a plateia em expectativa.

– É, quem sabe? – Deu de ombros escutando mais gritos. Santana estaria muito orgulhosa.

– Certo, certo. Mas, Quinn, estou olhando para você agora, e vejo esses olhinhos maravilhosos, eles parecem tristes, e estão inchados, conte-me o que aconteceu. – Quinn suspirou e encarou o homem de cabelos roxos.

– Poucos sabem, mas... – Suspirou parecendo verdadeiramente triste, o que causou um suspiro em toda a plateia. – Francine é minha irmã.

Toda a plateia arquejou assustada, Quinn assentiu tristemente e observou a plateia encontrando sua irmã na primeira fila sentada entre Franklin e Ian. Ela tinha os olhos vermelhos iguais aos de Quinn.

– Bom, Quinn, isso deve ser terrível. – Caesar realmente parecia sentir muito.

– É, é terrível sim. – Deu de ombros. – Mas eu não me importo.

– Huh... – Caesar não tinha o que falar, pela primeira vez, então resolveu mudar de assunto. – Mas então, vejo que está usando a sua marca “Nada de Vestidos”. – Brincou tentando desfazer o clima tenso e fez Quinn sorrir e rir baixo.

– Meu estilista é bem compreensivo. – Brincou e Caesar caiu na gargalhada e Quinn riu novamente.

– Mas hoje, seu visual está... como posso dizer?

– Sexy? – Quinn sugeriu brincalhona piscando um olho para a plateia.

– Tirou a palavra da boca de todos! – Caesar devolveu a brincadeira e Quinn riu novamente.

– Oh, Caesar. – Quinn debochou ainda rindo.

– Ah, vamos deixar esse assunto de lado, temos algo importante para conversar. – Ele ficou sério depois sorriu animado. – 12. Huh?

– Oh, sabe como é né... – Quinn riu seguida de toda a plateia e também de Caesar.

– Ah, vamos, nos fale o que você fez. – Caesar pediu e Quinn sorriu para ele.

– Só mostrei que tenho vários talentos. – Deu de ombros e Caesar riu.

– Claro que tem, claro que tem. Mas então, Quinn... – Ela o olhou e Caesar se aproximou dela. – O que espera dos Jogos Vorazes esse ano?

Quinn não respondeu de primeira, passou um tempo pensando. Encarou Caesar que pareceu ficar preocupado com a sua falta de resposta, então olhou para a plateia. Na primeira fila, Frannie não chorava mais, mas seus olhos estava brilhando cheios de lágrimas, Franklin a consolava, e Ian ergueu um polegar para ela.

– Honestamente? – Quinn se virou para Caesar e abaixou a cabeça. – Eu estou com medo. – Fez-se silencio na plateia, ninguém ousou falar algo. Caesar pareceu compreender. – Tenho medo de desapontar aqueles que esperam que eu ganhe. Vou tentar, obvio, mas não sei o que esperar, só tenho que ver o que vai acontecer. Se em algum momento não tiver nenhuma saída, irei apenas implorar para que ao menos Puck ganhe os Jogos. – Suspirou e levantou a cabeça para olhar nos olhos de Caesar. – Porque eu sei que se ele ganhar, ele irá cuidar das minhas amigas, eu sei disso.

Demorou para que todos começassem a aplaudir, mas eles não pararam, e Quinn se levantou para se retirar. Caminhou se sentindo tonta até a saída, dando de cara com Puck que a abraçou apertado lhe sussurrando palavras de conforto enquanto Quinn chorava copiosamente em seu peito. Então o nome de Puck foi dito, e ele teve que se separar dela, dando um ultimo beijo em sua testa, ele correu até a porta atrás de Quinn. Olhando ao redor da sala, Quinn não tinha percebido antes de entrar, quem estava ali.

Rachel Berry, com um lindo vestido dourado até o meio das pernas, saltos um pouco altos, e cabelos soltos e volumados. Sempre incrivelmente linda.

Seguida de seu companheiro que Quinn não lembrava mais o nome.

Rachel Berry a olhava com os olhos castanhos que estavam vermelhos, ela tinha chorado, então Quinn viu que tinha uma pequena televisão colada na parede, na frente de onde Rachel estava. Ela viu tudo. Quinn deu de ombros, ela não tinha dito nada, somente verdades. Então passou pela morena caminhando até sua sala para tirar a maquiagem a prova d’agua.

XxX

Depois da entrevista de Puck, que não foi tão tensa quanto a de Quinn, mas teve um pouco de tensão quando ele entrou depois do que a loira tinha dito. Mas ele logo animou a todos, brincou com Caesar e negou quando lhe perguntaram se ele estava apaixonado. Puck era coração de ferro, não se apaixonava, mas ele protegia sempre que pudesse todos os seus amigos, e principalmente Quinn, e foi o que ele disse. Que seria eternamente fiel a Quinn, nunca iria traí-la em uma Arena, nem que fosse para se matar. O que deixou Quinn um tanto tensa. Viu a entrevista dos outros Tributos, e a mais estranha foi a de Kitty Wilde, a garota não disse nada de muito importância, foi simpática, mas ignorou as perguntas sobre se ela estava apaixonada. Mas isso não preocupou Quinn, e sim a pessoa que subiu ao palco depois de Ryder Lynn.

– Nossa estrela, Rachel Berry! – Caesar gritou empolgado.

Rachel riu animada e sentou na cadeira. A plateia estava gritando exatamente como quando Quinn entrou no palco.

– Quanto tempo, Caesar. – Rachel cumprimentou com sua voz suave e forte, sempre maravilhosa.

– Ah, sim, muito tempo. Não é a primeira vez que a senhorita sobe nesse palco, não é? – Caesar perguntou animado e Rachel gargalhou gostosamente.

– Não, claro que não, já subi aqui várias vezes, e sempre amei esse palco, mas agora... – Suas feições mudaram, ela parecia que estava a ponto de chorar. – Agora eu não sei se estou feliz.

–Uh, é a primeira vez que você sobre aqui por uma razão diferente, não é mesmo? Não queremos que essa seja a ultima vez que a nossa estrela estará aqui – Caesar perguntou parecendo repentinamente triste.

– É, nem eu quero que essa seja a ultima vez, mas isso não quer dizer que eu não vá cantar hoje, Caesar. – Rachel mudou de assunto e Caesar vibrou.

– Quer dizer que o nosso pássaro irá cantar para nós, aqui? – Rachel riu a balançou a cabeça concordando. – Então, vamos, cante, nos encante!

Caesar lhe deu um microfone e Rachel levantou, arrumou o vestido e foi um pouco mais para frente. Olhou para todos da plateia e sorriu lindamente. Então ela abriu a boca, e cantou. Incrivelmente bem, fazendo os olhos das pessoas se encherem, tanto de lágrimas quanto de orgulho e admiração. Quinn sentiu se coração acelerar quando escutou a voz que tanto admirava. Seu olhar foi até a televisão que tinha na sala em que estava, vendo Rachel Berry, cantando, de olhos fechados, saboreando cada letra que saia de sua boca, fazendo cada um que a escutasse saboreasse o som da sua voz. Não conhecia a musica, provavelmente era alguma do seu Distrito, mas era tão maravilhosa que Quinn queria escutá-la para sempre.

E então se encerrou. Rachel saiu do palco para seu colega de Distrito entrar. Deixando várias pessoas com os olhos cheios. E quando seu olhar encontrou o de Quinn assim que saiu do palco, Quinn tinha certeza de que Rachel Berry não iria morrer na Arena, e que ela iria cantar novamente naquele palco. E todos iriam se emocionar. Novamente...

XxX


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Notas finais do capítulo

Então é isso :3
Ansiosos para o próximo? Comentem e me digam o que acharam!
Bom, nesse capitulo não tem 5000, eu sei que descumpri isso muito cedo hehe, mas o proximo provavelmente terá ja´que é quando começa os Jogos.
É isso! Comentem e me deixem feliz :D



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