Sangue Sobre Tela escrita por Noralexia


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oláááá meus amores!
Bem...eu achei que estava entediante só um capítulo curtinho por semana entãoooo vou ser boazinha e postar dois capítulos de uma vez só!
Espero que gostem!
Deixem comentários.



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–Sua casa é realmente linda!- Disse a moça de cabelos laranja que estava dentro da banheira cheia de espuma.

–Obrigado- Victor estava com um costumeiro roupão preto que usava depois de sair do banho. Apoiou no lavatório do banheiro decorado em branco e preto, a cabeça dolorida, não se lembrava direito quem era a moça de olhos amarelados em sua banheira. Havia dado uma festa na noite passada, bebeu demais e acordou de manhã com a ruiva desconhecida ao seu lado na cama– Desculpe mas, qual seu nome mesmo?- seu rosto adquiriu um leve tom de rosa nas bochechas pálidas.

– Nicoly. - riu de forma zombeteira enquanto ligava a hidromassagem. - Você realmente estava bêbado ontem!

–É eu acho que sim- Victor caminhou a passos lentos sobre o piso de mármore preto até ela - Você é tão bonita, tão jovem... - debruçou-se sobre a banheira.

–Que amável! Obrigada- Com uma das mãos tocou o rosto do artista e com a outra pegou uma taça de vinho que estava numa mesinha, acompanhando outras duas garrafas vazias.

–Por acaso, não quer ser minha modelo para um próximo quadro- Sorriu, virando-se e mexendo em uma das varias gavetas de um grande armário preto ao lago do vaso sanitário.

–Ah! - um gritinho agudo saiu de sua boca e a jovem levantou-se levemente da banheira exibindo o busto cheio de pequenas sardas e os seios médios– Com toda certeza! Eu adoraria ser sua... - A frase foi interrompida.

O jovem debruçou-se sobre a moça como se fosse beijá-la porém, de dentro do roupão, tirou um pequeno estilete e com um único e preciso golpe fez um talho no pescoço alvo de Nicoly. O corte jorrou sangue forte o bastante para respingar o rosto do pintor e a garota afundou na água, agora vermelho vivo.

–Oh meu Deus!- exclamou uma senhora de cabelos loiros em cachos grandes- Esse quadro é extremamente realista! - Apontava, com uma das unhas pintadas de dourado metálico, para o novo quadro.

Uma jovem de cabelos alaranjados na altura dos ombros dentro de uma banheira branca, um de seus braços estava caído para fora da água, seus pulsos e o pescoço haviam sido cortados, sangue escorria da mão para o chão e do busto para a água, a banheira parecia ter sido cheia com o liquido escarlate, um punhal ensanguentado caído em frente a banheira, pétalas brancas boiavam junto com pequenas velas, o rosto da garota formava uma mistura de surpresa e dor, seus lábios estavam pálidos e os olhos abertos de forma anormal. Na palma de sua mão havia um pequeno corte... Na forma de uma lua crescente.




Lana caminhava com passos rápidos sobre o piso de madeira do edifício que estava, o barulho dos sapatos de salto alto ecoavam pelo corredor, era corretora de imóveis e iria vender uma novo casa para um rapaz mas, como muito raramente ficava, estava atrasada. Chegou à porta do apartamento número 19. Apertou três vezes a campainha:

–Pois não?- Um jovem abriu a porta - Ah sim, você é... Lana –Olhou o crachá com o nome da jovem morena em letras garrafais – Corretora de imóveis, certo?- A deu passagem para entrar.

–Isso mesmo! E você é Victor Night, correto?- Sorriu adentrando o apartamento decorado com cores escuras.

–Exato. – Ele caminhou pela sala onde estavam, sentou-se em um grande sofá preto e deu batidinhas em seu lado para que a moça se senta-se também.

–Porque quer se mudar? – Lana sentou-se e ajeitou a saia bege em estilo secretaria -Mal chegou neste apartamento- Abriu a maleta que trazia consigo.

–Não me adaptei ao local – Lamentou o artista- Não consigo dormir por causa do barulho- Apontou na direção da grande avenida que passava na frente do prédio- Preciso de um local mais silencioso. De preferencia com poucos vizinhos.

–Entendo... Deixe-me ver. - Revirou alguns papeis de dentro da mala de mão apoiada em seu colo e entregou ao jovem uma foto, uma casa de campo azul bebê- Aqui! Esta fica em um canto afastado da cidade, as ruas são asfaltadas, mas o bairro é cheio de chácaras e as casas são bem afastadas umas das outras. Esta aqui- Passou-lhe mais uma foto, uma casa quadrada branca, em estilo mais futurista- fica em um bairro nobre bem silencioso.

–Eu gostei dessa primeira. - Victor pegou delicadamente a foto - Podemos vê-la?

–Claro!- Sorriu. Já estava acostumada a mostrar casas para clientes.

Lana recolheu seus papeis, o jovem de cabelos negros na altura dos lábios pegou as chaves de seu carro, desceram até o estacionamento e saíram. Percorreram uma longa avenida e outras pequenas ruas que ao rapaz eram totalmente desconhecidas. Chegaram à casa azul. Passaram pelo jardim cheio de rosas e entraram pela porta branca que dava acesso ao interior do local. Lana começou a mostrar o imóvel que estranhamente estava repleto de moveis de tons claros e estilo vintage:

– É muito silencioso aqui, quase deserto, os antigos moradores saíram a menos de uma semana, decidiram que vão comprar moveis novos então, por pouquíssimo a mais você pode ficar com toda a mobília. Acho que você vai gostar de morar nesse bairro.

–Qual o tamanho desta sala?- A pergunta saiu dos lábios do pintor com uma entonação estranha. Estava de costas, encarando fixamente uma das paredes.

–Ah, desculpe, dessa sala realmente não sei... Mas... - Lana revirou impaciente sua maleta de mão novamente.

–Eu tenho uma caixa de ferramentas que deixei no porta-malas, tenho uma trena lá, se importa se eu medir?- Um olhar suplicante, um artefato que nunca havia falhado.

–Claro! Vá buscar a caixa. - Mal terminou a frase já estava sozinha na sala, segundos depois Victor entrou pela porta radiante.

–De que lado devo medir primeiro?- abaixou-se ao lado da caixa abrindo-a e pegando algo dentro dela.

–Creio que aquele canto- a jovem apontou com o dedo destacado pela unha vermelha- Acho que é o ideal medir de lá para... -Inesperadamente uma faca aterrissou no peito de Lana, abrindo-lhe diagonalmente da altura dos ombros até a cintura. A moça ferida caiu sobre o grande tapete branco que cobria o chão da sala.

–Você será uma linda obra de arte!- Um sorriso surgiu nos lábios do pintor.

–A cada dia que passa esse pintor me surpreende mais... Ou será que é uma pintora?– Um dos críticos da galeria onde o quadro estava exposto disse sorrindo.

–Seja homem ou mulher é um gênio! – Uma mulher baixinha e roliça aplaudia, as varias pulseiras que usava no pulso emitiam um barulho estridente ao se chocarem.

O novo quadro mostrava uma mulher de mais ou menos vinte e cinco anos e cabelos pretos, caída sobre um tapete branco, seu peito estava com um corte imenso e incrivelmente fundo, na lateral do tórax era possível ver suas costelas, sangue escorria por sua camisa rose e formava uma poça vermelha no tapete, seu rosto era a definição perfeita para desespero, lagrimas finas escorriam de seus olhos castanhos, os lábios cobertos com batom pareciam gritar por socorro. Ao redor da jovem de pele morena, folhas e mais folhas impressas com minúsculas letras pretas estavam jogadas pelo chão, manchadas de sangue, algumas apenas com gotas outras com marcas de mão. Em uma das mãos da jovem havia mais um papel, desenhado com uma grande lua crescente feita em sangue.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero muuuito que sim.
Varias pessoas estão me perguntando sobre o final de Victor, "ele vai ser preso?", "Vai ser desmascarado?", "Vai se apaixonar?",... Então meus amores... Eu ainda não sei. Desculpem-me.
Mas estou disposta a fazer uma enquete “Como você espera que seja o fim de Victor?” assim eu fico sabendo a opinião de vocês e tenho mais ideias para um Gand Finale.
Então, por favor, deixem como comentário a sugestão de vocês e me ajudem!
Até o próximo capítulo e beijinhos sabor chocolate



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