A semideusa e o Deus escrita por Sayuri Hyuga


Capítulo 4
O treino com a Fúria


Notas iniciais do capítulo

Estou agradecendo muito a Lady Dreams of Love que comentou e favoritou a fic e as meninas que comentaram; Saraby, Valerine, e Almofadinhas :3
Gostaria de citar, que realmente estou tentando postar dois cap por dia, mas isso provavelmente não sera possivel aos finais de semana, porque tenho que dividir o pc com a minha mãe :p

Acho que vocês vão gostar desse capitulo até uma parte, aí vão querer me matar haha



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~Beth~

No treino daquela manhã, lutei com um menino do chalé de Hermes, e ele ganhou, não sou vingativa nem nada, então, ok. Nate parecia mais calmo naquela manhã, ele foi sorteado para lutar com Jules, e realmente espero que ele não tenha veneno nessa espada. Depois do treino, Quiron chamou todos os Campistas, para perto da casa grande, provavelmente queria falar sobre a fúria de ontem, tomara que Apolo, não tenha citado o meu nome, eu podia acabar morta enquanto dormia pelo ciúmes que as garotas do acampamento sentiam.

–Então eu chamei vocês aqui, porque ontem houve um ataque.

Todos começaram a cochichar, Cindy que estava do meu lado, se virou e falou no meu ouvido.

–O que você acha foi?

Fiz uma cara de desentendida, antes que pudesse inventar alguma resposta, Jules respondeu antes de mim.

–Aposto 2 dracmas que foi um minotauro.

–Fechado.

Ri baixinho, porque sabia que Cindy estava errada, Jules apertou a mão de Cindy, como aceitando a aposta.

–Silencio!

Quiron gritou, e todos os campistas se acalmaram, só agora raparei que Apolo estava parado ao seu lado.

–Uma fúria, ela tentou passar pela barreira do pinheiro de Thalia, mas sem sucesso, Apolo a destruiu. Também foi descoberto que a fúria pode sentir o cheiro dos semideuses dentro do Acampamento, isso era considerado impossível, por esses acontecimentos, iremos reforçar os treinos, e a partir de agora, teremos, por assim dizer, alvos mais difíceis. Desde o primeiro envenenamento da arvore de Thalia, pensamos e começamos a nos preparar para usarmos alvos mais difíceis, como monstros reais.

Houve um cochicho geral, pude ouvir filhos de Ares comemorando e filhas de Afrodite quase chorando de medo.

–Então, iremos separar vocês em grupos de dez, cada grupo será responsável em perseguir uma fúria, aquele grupo que matá-la primeiro, ganhara uma recompensa, que será revelada mais tarde. E antes que possam me perguntar, não podem escolher os seus grupos, será um sorteio por base nas diferentes capacidades de cada um. Todo nome que eu falar, de um passo a frente.

Quando Quiron começou a chamar os nomes para o primeiro grupo, Cindy, com uma cara amarrada, passou discretamente as duas dracmas da aposta, para Jules que estava sorrindo discretamente.

–Bethany, do chalé de Perséfone!

Quiron havia me chamado, me levantei rapidamente e fui para o grupo que ele indicou, passando por Apolo, ele deu um sorriso quase imperceptível, e fingi que não havia visto. O grupo que Quiron escolheu para mim ate que era bem bom, tinha três filhos de Ares, um de Atena, quatro de Hermes, e dois de Apolo, e eu. Jules e Cindy também estavam e grupos separados, mas não pareciam felizes com os seus grupos.

Nos tínhamos uma hora para elaborarmos uma estratégia então fomos atrás da casa grande, para discutimos. Quando chegamos lá, todos olharam para a filha de Atena, que sorriu, e começou a falar.

–Acho devemos cercá-la entre o rio e nós, as fúrias não gostam de água, então vai ter de nos enfrentar... os filhos de Hermes vão levá-la até o local, onde eu, Bethany e os filhos de Ares e Apolo vão estar esperando, os filhos de Apolo vão deixar os raios de sol mais fortes, e como a fúria também não gosta de sol, vai ser obrigada a andar, ai entra a Beth, que vai fazer aquelas flores explosivas em volta da fúria, quando ela estiver na área você explode, deixando-a em uma espécie de cerca, e ai todos entramos juntos para lutar. O plano pareceu bom para todos, que aceitaram e foram se equipar.

Nos encontramos no local marcado por Quiron, eu havia pego um arco e flecha e a minha espada, caso a fúria resolvesse voar, ou os plano desse errado. Quiron deu o sinal para que começássemos.

Corremos em direção a mata, para o local combinado, e os filhos de Hermes seguiram em direção a onde a fúria estava, corremos o mais rápido que pudemos, desviando de galhos e arvores.

Quando chegamos ao local certo, nos escondemos na mata, eu estava atrás de uma arvore tentando ajustar a minha respiração, e me concentrando para usar as flores bombas no momento certo, ouvi os gritos dos garotos do chalé de Apolo, e os barulhos bizarros que a fúria fazia. Me ajeitei atrás da arvore, para ela não conseguir me ver de jeito nenhum, e ainda bem que eu era magra.

Consegui enxergar uma parte das pernas da fúria, que estava andando, ela não voava pelo sol forte que os filhos de Apolo tinham feito, quando ela chegou ao ponto certo onde as fores estavam, eu me abaixei devagar para que ela não notasse e encostei a minha mão no chão. Quase imediatamente, as flores explodiram, encurralando a fúria em um grande buraco no chão, a fúria ficou presa lá por alguns instantes, e os campistas atacaram, mas ela foi mais rápida, ela se segurou na borda do buraco e começou a subir, nesse meio tempo ela me viu, então decidi sair do meu “esconderijo”, como não ia conseguir lutar corpo a corpo com ela sozinha, resolvi usar mais flores bombas.

Me abaixei rapidamente e coloquei as duas mãos no chão, uma dúzia de flores apareceram e explodiram, deixando a fúria presa sem meio de subir de novo.

Estava cansada, muito cansada. Nunca havia usado tantas flores sem nenhuma preparação, e minha cabeça girava. Senti algo quente escorrendo pelo meu rosto, e levei as minhas mãos as bochechas, era sangue, eu estava chorando sangue. A dor na minha cabeça ficou mais forte, e eu caí, senti minha cabeça bater em algo duro, as ultimas coisas que me lembro foi os campistas matando a fúria e comemorando, antes de me ver.

Acordei de repente no meu chalé, tentei focar meus olhos, mas só consegui depois de um tempo, tentei me levantar, mas senti uma dor muito forte na cabeça. Senti alguém me empurrar delicadamente de volta para a cama.

–Ainda não, raio de sol.

Eu conhecia aquele calor e aquela voz.

–Apolo...Apolo

A primeira vez que tentei falar, saiu apenas uma voz esganiçada, então repeti.

–Sim

Consegui olhar para ele, que parecia cansado, usava a mesma roupa do sorteio dos grupos, e percebi que havia passado um bom tempo me cuidando.

–O que aconteceu?

–Você usou muita força na caçada, e desmaiou, e quando caiu, bateu a cabeça em uma pedra. As pessoas do seu grupo te trouxe o mais rápido possível para o Acampamento, e eu te curei, mas como só curo os machucados físicos, você deve estar sentindo dor por se acostumar com o local.

Ele havia cuidado de mim, de novo! Eu senti vergonha, e corei. Eu agradeço, mas não me sinto confortável sabendo que uma pessoa, teve de me cuidar e me ver desacordada, muito menos ele. Quando vi que ele tinha notado que eu havia corado, decidi mudar de assunto. Dei um sorriso forçado e doloroso.

–Então... nos ganhamos?

Ele riu.

–Você quase morre, e me pergunta isso?

–Foi tão serio?

Ele suspirou.

–Sim, Beth, você chegou aqui desacordada e sangrando pelo machucado na cabeça, e pelos olhos, estava bem mal, e eu... fiquei preocupado.

O encarei, ele havia se preocupado comigo! Uma parte de mim estava aos pulos, mas a reprimi fortemente, não deixando escapar rastro de felicidade.

–Obrigada, você já me consertou uma duas vezes, acho que estou abusando de você.

– Não faço isso só por você.

O que? Ele não havia feito isso por mim? Por quem mais ele faria?

–Fiz isso por mim também, realmente gosto de você, é diferente das outras e me faz me sentir, mais... humano.

Ele se levantou, e olhava as fotos presas no espelho. Tinham fotos de Cindy, Jules e eu na nossa primeira fogueira juntas, quando estávamos em uma competição de arco e flecha, e muitas de momentos em casa, como as nossas tentativas frustradas de cozinhar.

Sorri ao lembrar de todas essas memórias, minhas irmãs eram uma das poucas coisas que me mantinham no Acampamento, se fosse por mim, já tinha fugido faz tempo,

Apolo também sorria a ver as fotos.

–Anh não sei o que dizer sobre isso.

Ele se virou e se sentou a beira da cama.

–Não diga nada.

Ele chegou mais perto, e... me beijou.

Eu não deveria, eu não devo, deveria parar, mas aquele beijo era perfeito demais para eu ter forças para sair de perto.

–Pare! Nós não podemos! Nós dois sabemos como isso termina, e não é com você chorando sozinho!

Eu me levantei, usando todas as forças que tinha, o que não eram muitas, mas consegui afastá-lo, eu fui em direção a porta e a abri dando espaço para ele sair.

–Eu já disse obrigada, agora, por favor saia do meu chalé.

Ele me olhou confuso, e depois com um pouco de raiva, saiu batendo os pés. Eu estava chorando, por eu, que logo nunca me apaixonava, tinha que me apaixonar pela a única pessoa que não podia ficar junto? Percebi que independentemente da escolha que tomasse, eu que ia acabar chorando sozinha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?