Bad Beat: The Price's Marry Me. escrita por Anne


Capítulo 16
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

OLÁLÁLÁLÁ

Ok... Eu até já imagino, os comentários "Anne, por que você demorou tanto pra postar?" ou "Anne, por que você abandonou a fic" E MAIS MUITAS OUTRAS COISAS MAIS MIL XINGAMENTOS. Foram praticamente 5 semanas sem postar. E isso foi algo horrivel. Eu sei... Mas antes de dar as minhas explicações eu quero deixar algo bem claro:

EU NÃO VOU de forma alguma, never, jamais, abandonar essa fic. Eu comecei com ela, vou até o fim. Não importa quanto tempo eu demore, mas eu vou terminar ela. Ok? Não se preocupem com isso!

Agora, minhas explicações: Para quem não sabe, eu estou no 3° ano do ensino médio, com isso vem aquela maldita época do vestibular. Onde a gente tem que estudar, e a atenção na aula é o triplo do que você já prestou em toda sua vida, tem os trabalhos da escola e as lições de casa. E não para por ai, eu tenho curso de teatro e de dança, trabalho no fim de semana e a minha amiga vai fazer a "festa dos 15" ou seja, eu tenho que ajudar ela a criar as musicas da festa dela porque eu prometi. Então... Vocês podem imaginar que eu to sem tempo algum, eu to realmente cheia de coisas pra fazer. Para vocês terem noção, eu fui escrevendo esse capitulo meio que em picadinho! UHASUHA
E se não bastasse isso, eu tive um grande azar de derrubar o meu notebook de cima da beliche e ele ta um caco agora. (Pois era pra ter terminado esse caps no feriado de Carnaval, mas não consegui por conta de notebook quebrado).

Bom, foi por esse motivo que eu demorei tanto pra postar. É bem provavel, que agora que eu não estou de ferias, demore mais do que o normal pra sair os caps, mas eu vou tentar não enrolar muito. Para não deixar vocês esperando.

Enfim, eu quero agradecer as recomendações da minha fic. Eu fiquei, MUITOOO feliz mesmo. Tipo, demais mesmo, muito obrigada! *O*

Eu quero agradecer a todos os leitores, que me pediram para postar e não parar, porque queriam a continuação! Isso vale muito para mim, serio!

E espero que vocês não me abandonem, por mais que eu tenha demorado muito D:

Enfim... Finalizando isso tudo, eu quero pedir desculpas se vocês encontrarem erros grotescos na fic, porque eu tive que terminar isso, com o meu pai na minha cola, perguntando a todo instante "Já posso usar o PC agora?" UAHSUASHU então, eu to escrevendo tudo com muita pressa! Depois, quando eu tiver tempo, eu vou entrar aqui pra arrumar os erros... Mas por enquanto, me desculpem por isso!

Enfim, sem mais delongas, vamos ao capitulo! Boa leitura!

Ps. Estava com muita saudade de vocês! :3 Suas lindas e lindos!



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Nós dois finalmente tínhamos acabado as compras. E agora finalmente iríamos voltar pra casa. Eu havia descoberto poucos dos muitos estranhos gostos do Do Contra. Ele gostava de fazer umas misturas e alguns sabores inusitados. Era meio estranho, mas dane-se, se ele gostava. Eu poderia fazer o que?

Ele também descobriu os meus gostos, de algumas coisas pelo menos. Eu era mais normal e as coisas mais comuns eram as que me agradava. Mas ignorando isso, sabe... Eu acho que essa era uma forma legal de nos conhecer melhor. Depois daquele sermão do Nimbus, eu fiquei pensando que em partes ele tinha razão. Quer dizer, nós precisávamos mesmo nos conhecer e nos respeitar. Ele principalmente.

E eu não pegava no pé dele. Quer dizer, eu só agia assim porque ele me enchia a paciência, com tudo. Ok? Não estava errada em ficar brava com as coisas que ele faz. Porque tudo que ele faz me irrita.

Só que eu estava disposta em fazer “esse relacionamento dar certo”, mesmo que me irritando muito, eu não poderia me esquecer o motivo de ter começado isso tudo e era por esse motivo que eu não poderia voltar de forma alguma pro Brasil, não agora. Só que esse é um assunto irrelevante agora.

Quando nós estávamos do lado de fora do mercado, eu lembrei que o Do Contra tinha deixado o carro dele do outro lado do mundo, droga, eu tava com mó preguiça de ir até lá para guardar essa pá de coisa, alias, nem sei se nós podemos levar o carrinho até o outro lado da rua.

– Sam, fica aqui! Eu vou trazer o carro pra colocar as compras, ok?

– Tudo bem, não demora! – Eu disse irritada. Ele me olhou feio

– Eu vou demorar o tempo que for preciso! – E deu de ombros. Se virou e sumiu poucos segundos depois. Agora eu tinha que esperar ele voltar, naquela maldita rua escura e que por sinal me era meio assustador, parecia aquelas ruas de cenas onde acontece estupros, assassinatos, credo. Mas não pensa coisa ruim Sama... Quer dizer, Monica. Não pensa coisa ruim. Logo o Do Contra volta e você vai pra casa dormir e descansar e vai se passar mais um dia quE BARULHO FOI ESSE? Não, calma. Não foi nada, deve ter sido um gato mexendo no Lixo e quebrAI MEU DEUS, É VIDRO QUEBRANDO! Calma... Não tem ninguém aqui, nãTEM ALGUEM AQUI SIM. Eu acabei de ouvir um grito, calma Mônica, você já passou por coisa pior, só mantenha a calma. E se for alguém precisando de ajuda? É melhor você ir lá e ajudar, você consegue se defender sozinha. Ok, eu vou até lá, seja lá de onde vem esses barulhos.

Eu segui os barulhos que me levaram até um beco sem saída bem menos iluminado do que aquela rua. Olhei atentamente pro lugar e não vi nada, além de duas grandes latas de lixo encostadas nas paredes pichadas, pedaço de papelão, luzes piscando que refletiam nas poças d’água, tinha também essas escadinhas dos fundos desses apartamentos velhos e outras coisas que deixavam aquele cenário um pouco assustador. Eu andei um pouco pra ver se encontrava alguém escondido ali, mas não vi absolutamente e cheguei a uma conclusão.

– Gatos malditos. – Falei pra mim mesma, pronta pra me virar e ir embora daquele lugar antes que algo acontecesse. E no exato momento em que virei, eu dei cara com duas pessoas, esquisitas por sinal. Elas vestiam preto, dos pés a cabeça, e as únicas coisas visíveis eram os olhos, parecendo até dois ninjas (Apesar de não conseguir enxergar direito os olhos daquelas duas figuras, por conta da péssima iluminação). Eles me encaravam e eu estava assustada.

– Olá, que saudade de você!– Um deles falou. E duas coisas me chamaram a atenção. Primeiro que aquele sujeito, falou em português. Como um norte americano falaria português? Então obviamente aquele ali, não era um norte americano. Segundo, sua voz era mais familiar do que o normal. Eu temia muito sobre eles. – E você? Sentiu saudade de nós? – Eles foram se aproximando e eu me afastando. Eu estava me metendo em um beco sem saída. Literalmente falando.

– Vai dizer que não sentiu? – Agora foi a vez do outro sujeito falar, e esse tinha a voz bem mais feminina, e que também era muito famíliar.

– Eu não sei quem são vocês! – Na verdade, eu tinha meus palpites. Enquanto eu me afastava dois passos, eles andavam dois passos.

– Não sabe? Tem certeza, Mônica? – Dessa vez, os dois passos que eles deram, os colocaram em baixo de feixe de luz, os iluminando, e consequentemente iluminando seus olhos. E ali, eu consegui ver quem eles eram. E era exatamente que eu temia. Meus palpites estavam certos. Eram eles.

– Vocês... – Falei com raiva

– Ah querida, que bom que você não se esqueceu de nós. Nós sentimos saudades, de verdade. – A mulher disse

– Sentiram foi? – Falei – Pois eu não senti falta nenhuma de vocês, seus babacas.

– Nossa, quanta rebeldia jovem. – Dessa vez o homem disse.

– Eu sei o que vocês querem!

– Se você sabe, o que estamos esperando? – Assim que ele disse teve um silencio de tensão e eles partiram para cima de mim, sem nenhuma arma e nem nada. Eu estranhei, mas foda-se, eu iria me defender. Nós começamos a lutar.

No momento em que eles avançaram em mim, eu me defendi, os pegando e jogando em cima dos sacos de lixo. Ela se levantou rapidamente tentando me acertar com golpes de karate e eu fui nocauteada, mas não deixei barato. Um soco meu, é equivalente a um soco de um lutador de boxe ou até pior que isso. Isso fez com que ela caísse no chão. Ele tentou me acertar por trás enquanto eu me distraia com ela, mas eu não sou burra. Eu fui treinada pelos melhores, eu me virei dando vários socos seguidos, na qual ele se protegeu de todos, levantei a perna para dar um chute alto, mas ele desviou abaixando. A nossa briga continuava, empatada. Eles pareciam que não caiam, eles eram resistentes. Eu me esqueci que não estava lutando com alguém sem defesa, estava lutando com alguém no mesmo nível que eu.

– Sam? Saaaam? – Eu ouvi alguém gritando, mas disso eu não parei de lutar, porque eles não pararam por um segundo. Se eu parasse, eles me acertariam. – Samanta? – Os gritos se aproximavam, até que ele passou em frente ao beco e me viu. Pronto, fudeu! Ele me viu lutando com duas pessoas que pareciam ninjas. Eu me rendi, quem sabe assim o DC pensasse que eu estava sendo ataca e simplesmente tentasse me ajudar e eu seria só uma vitima. Tudo bem que eu ia levar uns socos, mas tudo bem. Mas quando eu parei de me movimentar, eles pararam de também e se entreolharam, e saíram correndo pelas escadinhas daqueles prédios velhos. Me deixando ali estática, olhando para cima enquanto eles sumiam! Claro que isso tudo aconteceu muito rápido. Como se soubessem que o DC não poderia me ver ali, lutando com eles.

Ouvi os passos dele voltando e me encarando com uma cara muito confusa e assustada.

– Samanta? – Ele se aproximou ainda muito confuso – Você... É... Eu vi... Você tava..

– Estava o que? – Eu tentei me fazer de desentendida. “Como eu posso ser inteligente para umas coisas e tão burra pra outras”

– Samanta... Eu vi, você tava lutando com... Dois ninjas?! – Ele dizia meio surpreso.

– Não. Do Contra... De onde você tirou isso? – Eu falei – Tava fumando uns baseados enquanto foi pegar o carro?

– Não... Não que eu me lembre.

– Você ta pirando cara!

– Eu to pirando? Então me explica por que você esta aqui e deixou nosso carrinho de compras lá sozinho? – “Legal. Arranja desculpas para isso agora, Monica!”

– Ér... Eu ouvi uns gritos vindos daqui. E eu fui ver o que era... – Comecei

– Hm...

– E não era nada, além de gatos. – Falei

– Gatos?

– É... E eles passaram correndo e eles... Eles estavam er... Muito... Fedidos.

– Fedidos?

– É! E eles... Estavam com aquelas mosquinhas que ficam voando em volta de algo que cheira mal sabe?

– Uhum! – Ele me olhava muito desconfiado. “Claro, sua besta. Quem vai acreditar nisso? Mônica, sua jegue...”

– Então, e essas mosquinhas começaram a me incomodar. O que você viu aqui foi eu... Er... Eu tava... Tentando me livrar dessas mosquinhas, fazendo... Movimentos... Esquisitos. – Falei respirando fundo por ter dado a desculpa mais merda do mundo.

– Tentando se livrar de mosquinhas? – Ele me olhou muito desconfiado.

– Isso! – Afirmei. E ele riu.

– Admita Samanta. Eu sei o que esta acontecendo aqui! – Ele disse e eu quase morri.

– S-Sabe?

– Sim, eu sei. – Ele fez uma pausa – Esses caras que sumiram, estavam tentando de roubar e te estuprar, e você estava tentando se defender. – Ele disse.

– Okay. Foi isso mesmo. Você me pegou. – Falei me aliviando.

– Acontece que você é uma menininha muito frágil e delicada, e se não fosse por mim, você poderia estar morta agora.

– É, isso mesmo qu... O que?

– Eu sou seu herói Sam, mais uma vez. Pode me agradecer.

– Não, não foi nada disso! Eu sei me defender sozinha!

– Sabe? Então por que eles foram embora quando me viram?

– Você não sabe de nada, eu sei me defender sozinha DC, então fica de boas.

– Sabe nada... Você é super fraca e... – Eu já estava irritada, quando ele me disse isso, foi o épice para eu explodir. Eu peguei o dedo que ele estava apontando pra mim agora, simplesmente pra tirar uma com a minha cara.

– Quem é a menininha frágil e fraca agora? – Eu virei seu braço com força, fazendo ele se virar com tudo e quase cair no chão, eu segurei seu braço por trás das suas costas puxando cada vez mais, ele estava todo retorcido e eu “por cima” dele.

– AI AI AI AI... Samanta!!!! – Ele gritou – Para!!! Ta doendo! – Eu poderia quebrar o braço dele se eu quisesse, mas eu simplesmente o larguei. Ele caiu no chão.

– Retire o que você disse, ou eu vou fazer algo bem pior! – Quando eu disse, ele me olhou (ainda caído no chão)

– Ta bom! Eu retiro o que você disse! – Ele disse segurando o braço com força.

– Ótimo! Agora vamos pra casa. – Falei e segui andando. Quando cheguei no carro ele estava vindo em um ritmo bem mais lento que eu. Ele abriu o carro e eu entrei na mesma hora. Ficamos em silencio enquanto íamos pra casa e ele quase não conseguiu dirigir, por causa do braço dolorido. Ok, talvez eu tenha pego um pouco pesado com ele.

Talvez seja disso que o Nimbus esteja falando, eu realmente pego no pé dele por tudo. Acho que eu exagero. Eu não deveria ter feito isso com ele, mesmo estando com raiva. Eu acho que eu devia um pedido de desculpas para ele.

– Do Contra... – Falei. Ele simplesmente me olhou com o canto do olho. E não me respondeu. Ele deveria estar muito bravo. Paramos em um sinal vermelho. Eu voltei a olhar para ele. Ele ainda estava com a cara fechada. – Olha eu... – Eu fui cortada por ele que se manifestou repentinamente.

– Olha o que? – Ele virou seu rosto para mim com as mãos no volante. – Samanta, quando eu disse que eu queria tentar tornar nosso relacionamento um pouco mais amigável, eu não estava brincando. Mas você parece que não sei. Eu to me esforçando. E nem vem me dizer que não, eu prometi que não iria mexer com você e não mexi. O que eu fiz naquele beco, eu fiquei assustado lógico, mas quando eu percebi que você estava bem, eu só fiz uma brincadeira para descontrair, foi uma brincadeira. Agora, me desculpa por você não ter senso de humor. Mas um relacionamento, não funciona se só um se esforça pra dar certo, se você me odeia tanto a ponto de querer quebrar meu braço por uma brincadeirinha. Eu acho que isso não vai dar certo, você então nem deveria ter aceitado essa maldita proposta. – Ele falou sem pausas. Eu me senti mal, eu realmente deveria ser a pessoa mais irritante e chata desse mundo.

– Me desculpa. – Foi o que eu consegui dizer.

– Caramba Samanta, quando será que você... – Ele parou de falar – O que?

– Eu falei... Desculpas. Eu sei que eu peguei pesado e que eu não sou a pessoa mais amigável pra se conviver. Me desculpa, mas a partir de hoje eu vou me esforçar para fazer essa coisa louca toda, dar certo. – Foi o que eu disse. Eu olhei pra ele e ele ficou me olhando de boca aberta, acho que assim como eu, ele estava sem palavras.

Ouvimos as buzinas e os palavrões vindo do lado de fora, DC voltou a olhar pro farol e viu que estava verde. Quando ele voltou a andar, ainda não tinha dito nada. Ficamos em silencio por alguns minutos.

– Então... Que tal fazer esse negocio de contar mais sobre o outro de novo? – Ele falou sem olhar pra mim. Eu dei um sorriso de leve, eu estava feliz por finalmente estar tentando me entender com ele.

– Acho que seria uma boa. Dessa vez, podemos falar sobre o que mais gostamos de fazer!

– Pode ser! – Ele olhou para mim e sorriu. Retribui o sorriso.

19/04/2014 – Sábado. 16:50 PM

– Cheguei! – Eu gritei. Tinha acabado de chegar de uma tarde na minha antiga casa, lá com o Alex, o Robert e Mary. DC estava dormindo no sofá e o Nimbus não estava ali na minha vista. – Nimbus? – Eu gritei na esperança de que ele me respondesse.

– Aqui no quarto. – Ele gritou. Fui até lá, só que a porta estava fechada. Eu bati, porque vai que ele estivesse pelado lá dentro. – Posso entrar?

– Uhum! – Ele falou. Assim abri a porta. Quando eu entrei eu dei de cara com um quarto revirado de cabeça pra baixo. Um monte de roupa na cama. Um monte de coisa caída no chão. Tinha uns 5 pares de sapatos: Um na cadeira, outro na escrivaninha, outro no chão, outro na cama virado pra cima e mais um na janela. Nimbus estava vestindo apenas uma calça Jeans. Eu já disse e vou dizer de novo, aquele garoto tem um corpo, que... Meu Deus! Eu poderia catar ele aqui mesmo, se eu não fosse tão amiga dele.

– O que esta acontecendo aqui? – Falei

– Eu to confuso, eu não sei que roupa usar. Eu não sei o que fazer. – Ele disse se sentando na cama, apoiando a cabeça nas mãos.

– Mas o que?

– Você lembra daquele encontro que eu marquei com a garota da lanchonete?

– Sim!

– É hoje! Eu preciso arrumar uma roupa para ir.

– Mas esse Jean está ótimo, por que não coloca essa camiseta. – Eu peguei uma camiseta que estava dobrada em cima da mesa dele. – Essa camiseta é muito bonita. Ele levantou a cabeça e fez que não com a cabeça.

– Mas ela vai passar uma boa impressão! Não pode ser ela... – Fiquei confusa, como assim “ela vai causar uma boa impressão”

– Ué Nim, e você não quer causar uma boa impressão pra ela?

– Não!

– Como assim?

– Eu não quero que ela se interesse por mim. – Ele disse

– Não quer? Então por que marcou um encontro com ela?

– Por que eu estava confuso, eu não queria dizer não pra ela. Eu prometi pra Magali que ia sair com ela, e no começo eu até quis, mas agora vendo que eu vou ter que realmente sair com ela, eu não quero mais.

– An? E por que não quer sair com ela? – Eu falei – Eu vi a garota da lanchonete Nimbus, ela é linda. Por que não quer sair com ela? – Fiz uma pausa – É por causa da outra garota? O silencio foi a sua resposta. O que me fez confirmar que, sim, era por causa da outra garota. – Nimbus... Esquece essa criatura.

– Eu não consigo Sam! – Ele levantou seu olhar. Era como se ele estivesse machucado, e quisesse chorar. – Não consigo, tirar essa criatura da minha mente. Por mais que eu tente, por mais que eu queira. Eu fico com outras garotas, eu tento sair com outras garotas, mas não importa o que eu faça. Ela sempre vem na minha mente.

– Mas quem é ela? Nimbus, não é possível. – Eu falei – Quem é a garota que você ama tanto assim? – Eu disse, mas ele não quis responder. – Tudo bem, se você não vai responder, eu vou adivinhar!

– Sam... Não...

– Fica shiu! – Falei – Ok... É alguém da sua faculdade? – Ele fez um olhar de reprovação – Ok, não é da faculdade. É alguma amiga de infância, alguma paquera do ônibus? Quero dizer, você conhece ela a muito tempo ou a pouco tempo? – Ele deu um sorriso um pouco bobo, eu era muito boa em ler as pessoas. Seu sorriso era apaixonado e bobo, como se ele tivesse muitas lembranças com a garota que ele gosta. – Ta legal, a conhece a um bom tempo. É uma amiga de infância? – Ele abaixou a cabeça com vergonha – Ok, é uma amiga de infância, pelo menos, estou bem quente. Você convive com ela?

– Samanta... Chega de perguntas! – Ele tentou me parar, mas qualquer coisa que ele fizesse, era pior. Eu já falei que sou muito boa em ler pessoas?

– Ok, você convive com ela. Hmm... Não é da faculdade, é alguém que você conhece a um bom tempo e você convive muito. Com que frequência você vê ela? – Perguntei.

– Eu... – Ele fez uma cara pensativa.

– Quase todos os dias? Nossa. Nimbus! Que garota é essa? Tirando o tempo que você está na faculdade, eu não te vejo com mais ninguém a não ser eu e... – Então foi ai que a minha ficha caiu. Eu sorri no mesmo instante. – Eu a conheço? – O olhar dele foi de alguém assustado, que entregou o jogo. – Não é da faculdade, é uma amiga de muito tempo, na qual você convive quase todos os dias e é alguém que eu conheço... Por acaso essa garota tem um vicio por fofocas? – Eu já tinha meu palpite. No momento em que eu disse “vicio por fofocas” seu olhar foi tão reprovador, mas era o que eu precisava, era a resposta da pergunta final do teste. – A MAGALI? Ai Meu Deus... Nimbus!! – Eu estava perplexa. Então... Essa era a tal garota.

– Samata! Pelo amor de Deus... – Ele se levantou totalmente alvoroçado…

– É a Magali mesmo! Puta que pariu! Nimbus! – Eu disse

– Como você...?

– Eu sou muito boa em ler pessoas. – Eu sorri vitoriosa. Ele se jogou na cama novamente, e mergulhou a cabeça em suas mãos.

– Ela não pode saber disso, ela...

– Hey, eu não vou falar nada! Confia em mim! – Eu me sentei ao lado dele. Ele olhou pra mim. Fiz uma pausa. – Mas como? Como você conseguiu esconder isso durante todo esse tempo? – Eu perguntei

– Não foi fácil.

– Eu imagino! Mas por que não contou para ela? – Eu perguntei e ele não respondeu. – Você está muito silencioso pro meu gosto. – Ele soltou um risinho.

– Sabe o que é Sammy? – Ele falou pensativo – Eu conheço essa menina desde o colegial e acontece que eu, sempre gostei da Magali, mas ela nunca me deu bola. Nunca, nunca mesmo. No dia em que eu tentei me declarar pra ela, que foi no meu ultimo baile, ela já tinha um par. E ela começou a sair com esse cara, ela sempre me falava dele... E enquanto eu a ouvia me contando sobre como ele magoava, eu queria estar no lugar dele. Só que... Quando ela veio até mim, quando o os dois terminaram, ela estava muito mal e ela precisava de um ombro amigo, ela poderia ter ido até uma de suas amigas, ela poderia ter ido até a Denise, e foi ai que eu percebi, o quanto eu era importante pra ela, só que como um amigo. Ela me via como um irmão. Alguém que ela poderia contar. Apesar das nossas diferenças, e da gente sempre ter esse “ódio entre amigos”, em que ela me xinga e eu fico bravo com ela e também xingo ela e ela fica brava comigo, apesar disso tudo, ela sempre foi a minha melhor amiga, e nada mais. Não tinha como mudar isso. Foi ai, que eu meio que desencanei. Eu nunca a esqueci de verdade... Sabe? As vezes ela ainda vem na mente e tudo mais, mas depois desse choque de realidade que eu tomei, eu parei com essa fissura. Eu me livrei disso, sabe? Eu saia e pegava garotas, tinha uma noite com elas e nada demais, nunca um relacionamento serio, era só uma diversão, sabe? Eu sei o quanto isso soa machista, mas é o que eu faço, porque é só dessa forma que eu conseguia amenizar o que eu sentia pela Maga. Ou ao menos era...

– Era?

– Era!

– Não é mais? – Perguntei curiosa, novamente ele deu uma risadinha.

– Lembra aquele dia na balada que a gente foi? – Ele falou

– Uhum.

– Eu fiquei com ela naquele dia. Ela estava bêbada, ela não se lembra de nada, ela nem se quer faz ideia que isso aconteceu. – Eu arregalei os olhos

– Vocês ficaram? – Eu perguntei boquiaberta.

– É. Foi mais forte que eu, ela me chamou pra dançar e eu... Não aguentei. Acontece, que se eu soubesse que depois disso, todo o sentimento que estava amenizado, voltaria com tudo, eu nunca teria ficado com ela. – Ele disse cabisbaixo. Eu fiquei sem palavras eu não sabia o que dizer. Então, esse era o segredo do Nimbus. Aquele que o DC falou aquele dia comigo no carro.

Eu olhei pra ele, que estava ainda sentado, olhando pro chão.

Eu tinha que tomar alguma atitude. Eu me levantei e fui até o armário dele, procurei uma roupa, a melhor roupa que ele tinha. Peguei uma camiseta branca, sem nenhum desenho, com gola “V”. Voltei pra onde ele estava sentado e estiquei a camiseta.

– Essa camiseta é a melhor. – Falei, ele não entendeu muito bem.

– Se aquela ali – ele apontou pra outra camiseta – Causa uma boa impressão... Essa ai, vai parecer que eu quero casar com a guria. – Eu ri.

– Eis a questão Nimbus. Você disse que daria uma chance, disse que faria isso. Você não tem certeza, por causa dos seus sentimentos pela Magali, mas por que você não tenta... Tipo, pra valer mesmo? Se você tinha tomado essa decisão antes, se você disse sim pra aquela garota, é porque... Ai dentro, em algum lugar, deve ter uma pequena parte que quer isso. Se você se proibir de tentar, você não saber. Quem sabe, depois de alguns encontros isso não se cultive e se torne algo bem maior, a ponto de superar a Magali. Ela é a minha amiga, mas você também é meu amigo. E agora, falando serio... Se a Magali é tão lerda a ponto de não perceber o quanto você é um cara incrível, atencioso, doce e bonitão... Então ela não te merece. Deixe esse cara pertencer à outra menina, a uma que te mereça. – Eu falei. Nimbus me olhou com um pouco de incerteza. Eu dei um sorriso para ele, um sorriso de amiga, para passar segurança pra ele. Ele sorriu de volta e falou.

– Quer saber, essa camiseta vai combinar com aquele sapato. E eu tenho um perfume que vai fazer qualquer garota cair aos meus pés! – Ele se levantou e pegou a camiseta

– Isso... E quer saber mais? Qualquer garoto fica mil vezes mais sexy com xadrez. – Eu peguei uma camisa xadrez azul escura que estava em cima da cama. – Você vai matar essa garota do coração! – Eu sorri e ele riu. Pegou a camisa e disse.

– Eu sei que sim, sou lindo! – Ele riu e eu lhe dei um tapa no braço. – Vem cá sua baixinha! – Ele me abraçou – Eu já tinha pensado assim antes, mas as suas palavras, foram o empurrão final! Obrigado por tentar me encorajar e me ajudar.

– Que isso Nimbus. Para com essa viadagem! – Falei me soltando do abraço – Se arruma, que você tem que estar La as 18:00.

– Sim senhorita!! – Ele disse e deu uma piscadinha. Eu ri e sai do seu quarto. Quando bati a porta ouvi uma voz atrás de mim.

– O que você estava fazendo no quato do meu irmão? – DC perguntou esfregando os olhos.

– Aii que susto DC! – Eu falei – Eu estava conversando!

– Conversando, né? – Ele riu

– Ai que idiota. Sim, eu estava conversando! – Falei passando por ele, indo em direção a cozinha – Ele esta se arrumando pro encontro com a garota!

– Ah é verdade! – Ele me seguiu. Apoiou-se na mesa e falou – Então... Quer dizer que vamos ficar sozinhos hoje? – Ele falou com um tom malicioso

– Cara, fica ai na sua! Fica de boas ai! – Eu falei irritada, tentando não perder a paciência com ele.

– Eu to brincando! – Ele riu – Olha, e se a gente fizer mais um daqueles quizz? – Ele falou

– Uma boa ideia! – Falei

Desde aquela quinta feira, eu e DC, estamos tentando nos entender. Nós fizemos 2 quizz, um na quinta e o outro na sexta feira. O primeiro foi sobre coisas que gostamos de fazer, o segundo foi filmes, series, programas de TV, atores e coisas que gostamos.

– Qual vai ser o quizz de hoje?

– Micos e historias hilárias que aconteceu com a gente! – Ele falou rindo

– Gostei dessa! Quero rir um pouco!

– E eu quero rir também! – Ele falou.

***

– Serio que isso aconteceu? – Ele ria sem parar. Nós dois estávamos sentados no sofá contando micos, historias hilárias um pro outro, rindo sem parar.

– Siim! – Eu estava sem fôlego, só de me lembrar disso. – Minha boca ficou colada com aquele brigadeiro, e a minha paquera estava vindo me visitar. Foi a coisa mais engraçada que aconteceu.

– Eu imagino você tentando falar com a boca grudada de brigadeiro. – Ele disse – Alias, eu ainda quero experimentar esse doce ai, aqui não tem isso não.

– É uma delicia. Mas é muito comum lá no Brasil, tem certeza que vai querer?

– É comum lá, não aqui! É algo novo pra mim! – Ele falou

– Hey... – Nimbus apareceu na sala, todo bem vestido e super perfumado. – Está bom assim?

– Ta parecendo um viadinho! – DC falou.

– Não liga pra ele Nimbus... Você ta um gato! – Eu falei me levantando e indo até ele. – Eu sou uma garota, e sei o que as meninas curtem. Ela vai babar em você!

– Espero que eu babe nela também. – Ele riu sem animo.

– Parou com o momento emo sem fim. Lembra do que eu falei lá no quarto... Você vai se divertir hoje.

– É... Tem razão! – Ele disse – Que horas são? – Ele perguntou

– 17:40 – Do Contra disse

– Caramba! – Ele disse – Eu vou me atrasar!

– Vai logo, para de enrolar! – Eu falei pegando a carteira dele e entregando na mão dele. – Toma vai!

– Ok! – Ele foi abrindo a porta mas antes de sair ele disse – Só uma coisa, obrigada Sam! – Ele falou e fechou a porta.

– O que foi que aconteceu aqui? – Do Contra perguntou.

– Aconteceu que seu irmão, ta tentando seguir em frente e tentando esquecer a Magali!

– Olha... Então você não estava mentindo aquele dia, quando disse que sabia o segredo do meu irmão! – Ele riu

– Lógico que não! – Ai como eu sou falsa. Puta que pariu. – Mas então... Onde paramos?

– Minha vez de contar meu mico! – Ele falou se animando e eu ri da forma como ele adorava contar sobre os micos. Voltei pro sofá e continuamos a falar sobre nossas historias engraçadas.

P.O.V Nimbus

Eu tinha chegado no ponto de encontro que eu marquei com a Wendy, lá no Bubba Gump. Era 18:00 horas certinho, e não tinha chegado ninguém. Estava sentado em uma mesa para dois. Pedi um refrigerante e fiquei tomando, enquanto esperava ela aparecer.

No fundo, estava com medo. Medo de não consegui superar a Magali! E se eu não conseguisse? E se nenhuma garota chegasse aos pés dela? E se eu estivesse enganando uma pobre garota inocente? E se a Samante estivesse errada? Ai Caramba, será que foi certo ter vindo aqui? “Nimbus, ainda dá tempo de fugir”, pensei comigo.

– Oii! – Me despertei dos meus pensamentos quando ouvi uma voz feminina. Me virei pra ver, e bom, eu tinha que admitir. Aquela garota era muito linda. E ela estava muito linda.

– Oii! – Falei sorrindo para ela. Me levantei para puxar a cadeira pra ela.

– Não precisa disso! – Ela sorriu para mim. Que bosta, não posso ser um cavalheiro não?

– Tudo bem! – Me sentei novamente.

– Então... Nimbus né? – Ela perguntou

– Sim, e você é a Wendy, certo?

– Sim! Você tem quantos anos?

– 24! E Você?

– 21! – A mesma idade da Magali.

– Legal! É... – Eu sou péssimo pra puxar assunto

– O que vamos pedir? – Ela falou pegando o cardápio. Ela parece o tipo de garota que toma iniciativa de tudo, eu não curto muito isso. Quer dizer...

– Hmm, que tal “Shrimp New Orleans”?

– Ótima escolha! – Ela falou rindo. Sorri de volta. Ai meu Deus, será que foi uma boa ideia ter vindo aqui? Sei lá, parece que vai ser uma noite longa.

***

Quando o nosso pedido chegou, nós começamos a comer. Tínhamos trocado poucas palavras, eu não sabia o que conversar, não sabia puxar assunto. Eu acho que foi uma péssima ideia ter vindo pra cá!

Ainda em silencio, começou a tocar uma musica no restaurante. Uma musica que eu amo e que a banda é a melhor. “sweater weather”, essa musica era perfeita.

– “...I want the world in my hands... I hate the beach...” – Ela começou a cantarolar a musica. E eu olhei pra ela e sorri. Ela era encantadora cantando aquilo, baixinho só pra ela.

–“...But I stand in california with my toes in the sand...” – Eu completei e ela olhou pra mim.

– Gosta de “The Neighbourhood”? – Ela perguntou.

– Eles são demais! – Eu falei sorrindo e ela sorriu de volta.

– Eles são mesmo, pena que não tem o reconhecimento que merece.

– É! Mas eu adoro eles, eu já fui em uns 4 shows deles.

– Serio? Eu já conheci o Jesse e o Zach. – Ela sorriu vitoriosa – E fui 5 shows. Há! – Ela fez como se tivesse vencido

– Serio?

– Uhum! – Ela colocou uma garfada da sua comida na boca e eu fiquei olhando pra ela com um sorriso no rosto. Mas eu não queria que o assunto parasse ali, quer dizer, eu queria conversar mais! Então apelei um pouco. Resolvi fazer um truque bestinha de mágica. Fazer ela rir, sei lá!

– Olha só... Eu vou fazer essa moeda atravessar meu corpo. – Falei pegando o palito.

– Hmm... Você vai fazer um truque? – Ela disse rindo.

– É... A moeda esta nessa mão, e vai passar pra outra mão. – Falei –Então aqui eu tenho uma moeda, está vendo?...

– To vendo! – Ela disse apoiando os cotovelos na mesa e a cabeça nas mãos.

– Então, eu vou pegar essa moeda... Com a mão esquerda... E vou apertar bastante. E ai... Ela vai.. Ui... Passar por todo o meu braço e vai chegar... Ta quase chegando... Na outra mão...

– Hmm...

– E veja só... A moeda... Chegou na outra mão! – Eu falei mostrando a moeda. Ela riu.

– Interessante, se a moeda realmente tivesse saído da sua mão direita. – Ela disse.

– O que? Você conhece esse truque? Que sem graça! – Falei me fingindo de triste

– Você tentou... – Ela riu

– Vou fazer outro...

– Você não vai conseguir... Eu vou adivinhar todas. – Ela disse me fazendo desistir.

– Por quê? Você é uma boa observadora?? – Falei bebendo um gole do meu refrigerante.

– Não... Por que eu trabalho com isso! – No momento em que ela disse isso eu quase engasguei. – Uow... Você ta bem? – Ela riu

– Você é mágica? – Eu perguntei

– Mais ou menos, eu sou assistente do meu irmão, eu trabalho com ele desde sempre. Tipo, desde criança, ele gosta de fazer mágica e eu sempre ajudava ele com os truques, e o tempo foi passando e eu fui levando mais a serio esse negocio de mágica. Hoje eu sou assistente profissional dele.

– Oh Meu Deus! – Eu fiquei impressionado, surpreso. Meu Deus. Ela era assistente de mágica.

– Por que tanta surpresa? – Ela perguntou

– Por que eu também sou... Ou melhor, é o que eu quero ser.

– Jura? – Ela falou sorrindo... – Bom. Acho que temos muito que conversar então.

Eu olhei pra ela com muito interessa e sorri e ela fez o mesmo. Quer saber, talvez não foi um erro ter vindo pra cá!


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Notas finais do capítulo

E AI??
O QUE ACHARAM??
O QUE VOCÊS ACHARAM SOBRE O QUE ROLOU LÁ NO MERCADO COM A MÔNICA E O DC??
E VOCÊS ACHAM QUE ELES VÃO CONSEGUIR SE ENTENDER??
E O QUE VOCÊS ACHAM DESSA TAL WENDY??
DEIXEM SEU COMENTARIO E DIGA O QUE VOCÊS ACHARAM.

MAIS UMA VEZ, OBRIGADA A TODOS OS LEITORES E ME DESCULPE PELOS ERROS AUSHAHUSAUHS
BEIJO! ATÉ O PROXIMO CAPS!