POV. Naty

Tenho que mostrar o vídeo que gravei para o Vargas e a Castillo. Preciso da ajuda do Federico. Logo o avistei, ele conversava empolgado com uma garota, Ludmila, eu confio no meu namorado, não me leve a mal, mas não confio nela.

– Fede - chamei - Amor.

Ele veio em minha direção e me deu um selinho.

– Diga minha princesa - disse com um sorriso de orelha a orelha.

– Primeiro, o que fazia com a cachorrinha da Alana?- pergunto com ciúmes.

– Ela disse que precisava falar comigo, e eu fui ver o que ela queria - disse dando de ombros - ela disse que soube que eu tocava violão e queria que eu a ajudasse com uma composição que ela fez - disse sorrindo - e você sabe que eu amo música.

– Que seja, mas precisa ajudar essa garota? - pergunto nervosa.

– Ai amor, não seja ciumenta, eu nunca daria bola para outra que não fosse você - disse Fede me abraçando. - Eu te amo.

– Ama mesmo? - fiz carinha de triste.

– Claro sua bobinha - disse rindo e me abraçando - Do que precisa?

– Preciso que ache sua prima e o Vargas, tenho que contar o que descobri para eles. - disse urgente

– Tá bom, mas o que descobriu? - disse curioso

– Descobri que Alana e Maicon, planejavam separar Vargas e Castillo, eles fizeram um plano que aparentemente ninguém suspeitaria, mas eu gravei um vídeo e preciso que os chame para ver.

– Tá eu vou lá minha princesa - me deu um beijo - e não se preocupe com Ludmila, não tenho olhos para ela e nem para ninguém além de você - sorriu.

– Érrr... Você já disse isso - disse rindo.

– É mas eu repeti pra você se sentir segura amor - disse me abraçando - Eu vou lá tá bom?

Apenas assenti e ele saiu de perto. Espero que dê tudo certo, Castillo precisa saber que Vargas não teve culpa daquele beijo. Mas do jeito que é orgulhosa, não vai querer saber de voltar a ter o que tinham, que não era namoro. kkkk.

–

POV. Vargas

Depois que Castillo percebeu que tudo não passava de uma farsa, não pediu-me desculpas e nem me abraçou, apenas saiu de perto.

Flashback ON.

Castillo olhou para mim sem graça ela conseguiu entender agora o motivo do beijo, e que tudo não passava de um plano do novato com a Alana para nos separar. Me aproximei dela e lhe dei um abraço, ela retribuiu depois de alguns minutos, e depois se afastou.

– O que foi? Não viu que tudo não passou de armação? - perguntei.

– Sim, mas você correspondeu - disse fria.

– Castillo você beija com os olhos abertos? - perguntei nervoso.

– Não - disse seca.

– Então, eu só percebi que era Alana quando abri os olhos. - disse irônico.

– E pelo beijo não percebeu? - disse fria. - Se percebe pelo beijo também.

– Castillo deixa de orgulho, você viu que é armação, você só não quer me perdoar, ou melhor, esquecer, porque eu não fiz nada que tenha que me perdoar. - disse arrogante.

– Eu não tenho porque te perdoar, mas não vamos voltar a ter o que tínhamos Vargas, seremos apenas amigos, isso se você quiser. - disse sorrindo.

– Não quer ser só seu amigo - aproximei-me dela - Por favor Castillo não faça isso comigo.

– Já fiz Vargas - levantou-se - Com licença.

E eu fiquei ali com cara de taxo, Castillo havia me deixado como quem havia feito a pior coisa do mundo. Sei que não éramos namorados, apenas ficávamos, mas ela não me deu outra chance, ela simplesmente acabou com aquilo que estava no início. Tudo era mais fácil quando eu não sentia nada por ela, quando eu podia ficar com quem eu quisesse, quando eu era o popular e ela não era ninguém, a não ser a garota com quem eu zoava todos os dias, mas os professores nos colocaram juntos em dupla em todas as matérias e eu fui praticamente obrigado a fazer uma trégua para me sair bem durante os trabalhos e provas, já que a Castillo sempre tirou notas boas. Mas agora, é tão diferente, eu a amo com todas as minhas forças, como se tudo que tivesse vivido longe dela, não fosse vida.

FlashBack OFF.

Eu fui para casa, não estava afim de voltar para a aula e olhar para Castillo depois daquilo, eu só queria descansar. Cheguei em casa e me deparei com minha mãe chorando, eu detestava vê-la daquele jeito.

– O que houve mãe? - disse aproximando dela para um abraço.

– Filho, seu pai veio aqui para assinarmos definitivamente o divórcio, e veio com aquela garota, a Lara - disse chorando ainda mais.

– Mãe não fica assim, você não merece um cara como o meu pai, ele é um traste. - disse nervoso.

– Não diz isso filho, o maior presente que ele me deu foi você - disse com os olhos brilhando - Não me arrependo de nada.

– Mas mãe.

– Mas nada filho, ele ainda é seu pai, e isso não posso mudar, mas eu sofro, porque ainda gosto dele - disse forçando um sorriso. - Se amar alguém filho, lute, não deixe essa pessoa escapar.

– E como eu faço isso? - disse sentando-me ao seu lado.

– Filho, o amor é complicado, muito mesmo, mas você tem que provar para ela que a ama, prove através das palavras, através de atitudes, mas prove, dê um jeito de mostrar como se sente. Você canta bem, e faz tempo que não o vejo cantando. - disse me fazendo sorrir.

– Acha que devo compor algo? - abri outro sorriso.

– Sim, você vivia cantando e era tão lindo meu filho, porque parou?

Eu nunca tinha pensado nisso. Eu havia parado de fazer uma das coisas que mais gostava porque? E então me recordei, quando eu cantava e fazia tudo relacionado a música meu pai me chamava de vagabundo e vivia brigando com minha mãe, o que eu detestava, então para parar um pouco das discussões eu parei, e nunca mais retomei, agora era o momento perfeito para isso. Castillo tocava guitarra, eu sempre cantei e arranhava no teclado. Mas tenho um pequeno problema, Castillo gosta de rock, e não de músicas melosas, eu vou ter que pensar bem antes de fazer algo.

– Bom mãe, recorda-se das brigas que tínhamos com meu pai por isso? - ela assentiu - Então, para evitar mais problemas, resolvi parar, mas agora que ele saiu eu posso voltar a tocar e cantar. - ela sorriu.

– Filho, eu fico feliz, você sempre gostou de música, então, será incrível. - disse gargalhando - Espera, você está apaixonado?

– Err - droga, eu dei a entender então terei que admitir - Sim mãe, na verdade, eu amo uma garota, e armaram para mim e para ela, e o pior é que ela não acreditou em mim, e não sei o que fazer, espero que essa ideia da composição dê certo.

– Vai dar filho, você verá. - dei um abraço nela e subi para o meu quarto, eu precisava ter uma ideia o mais rápido.