Advantages of Dating a Rocker escrita por LiHh


Capítulo 2
I Can Only Hope


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, aqui está o primeiro capítulo dessa FIC. Espero que gostem! Ps: Quero comentários por favor, são os comentários que nos ajudam a ver se está tudo certo, se estão gostando ou não de nossa história ^^.



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Como sempre lá estava eu naquele colégio, mais parecia uma disputa pra ver quem se vestia melhor, várias patricinhas e playboys, eu era uma das únicas que não se importava com esse tipo de coisa, e é claro, quem não se importava era considerada "Nerd", ou algo parecido, e todos queriam se encaixar naquele grupo, o grupo popular, eu sinceramente não entendo pra que tanta frescura, mas enfim. Fui ao meu armário, peguei meus horários do dia, e meus livros, andava pelos corredores a procura da minha sala e acabo esbarrando no Vargas.

– Droga. - resmungo pegando meus livros e cadernos que tinham caído.

– Vejamos se não é a rockeira babaca. - disse irônico

– E o playboy ridículo que sempre usa as mesmas palavras para me zoar, acho que deve mudar a faixa, pois essa está riscada. - Digo me levantando.

Ele não soube o que responder, e eu entrei em minha sala, para a minha "sorte" ele teria aula comigo, o que me impossibilitava de prestar atenção, já que a cada 5 segundos ele arranjava uma nova forma de me irritar, pelo menos ele estava sozinho, porque quando estava junto com a Ludmila o tempo de irritação diminuía, eu não me "importava" com os xingos, ou melhor queria não me importar, mas eu me importava, e me doía a forma como todos me tratavam, feito um lixo. Eu só prestava atenção na aula porque não tinha amigos naquele lugar o que me restava eram os estudos e minha música. Estava tão distraída que não percebi que o professor já estava na sala.

Alunos, por favor prestem atenção. Chega de conversas ou serei obrigado a colocar todos na detenção - disse o professor já furioso.

De repente fez-se um silêncio incrível na sala, o silêncio que precisava para entender a matéria.

Bom, passarei trabalhos em duplas, e não haverá possibilidade de trocar, então tentem se dar bem com a sua dupla e façam o melhor de si, pois esse trabalho vale metade da nota do semestre. Entenderam? - disse ameaçador.

Eu sinceramente detestava trabalho em duplas ou grupos, porque sempre sobrava para mim fazer tudo, e o pior é que a pessoa fazia questão de se reunir comigo e ficar caçoando de mim a cada minuto, então, eu sempre preferia fazer sozinha, mas com esse professor não tinha conversa, ele determina as duplas/grupos sem consentimento de ninguém, diz que quer acabar com o pré-conceito, o que eu acho praticamente impossível.

Castillo e Vargas.

O QUE? EU E ESSA DAÍ? NÃO PROFESSOR PODE TROCAR - disse o Vargas irritado como sempre.

Não haverá troca Vargas - disse autoritário - E por ter reclamado, Castillo será sua dupla até o final do ano letivo. - Vargas fez cara de nojo - E não adianta fazer caras e bocas, não mudarei minha opinião, mas se eu souber por qualquer um dos seus colegas que destratou ela, você perderá metade da média, como se não tivesse feito o trabalho que pedi. Estamos entendidos? - O Vargas o olhava sem entender, ele sempre foi do tipo que ameaçava os professores quando algo lhe prejudicava, mas aquele professor não, tinha algo nele que o fazia meio que "respeitá-lo", sinceramente não sei o que é, e nem quero saber.

Tá bom, professor - disse sem ânimo - Mas ela tem que colaborar também. - disse me encarando com fúria.

Por mim não tem problema Vargas - disse num tom baixo.

Certo, continuando, outras duplas serão...

Enquanto o professor decidia as duplas eu estava imaginando como seria fazer o trabalho com o cara que mais detestava, e isso até o fim do ano? Droga. Espero que seja apenas nessa matéria, porque se o professor fizer que nem fez com Ludmila uma vez, ficarei em todas as matérias fazendo trabalho com ele até o fim do ano, e isso não será bom. Primeiro porque aumentará minhas discussões com ele, segundo porque Ludmila faria minha vida um inferno, na verdade ela já fazia, mas seria bem pior, porque ficaria com aqueles papos "Deixe o meu namorado em paz", ou "O Leon é meu", como se eu quisesse alguma coisa com o trouxa Vargas.

O tema do trabalho será História da Música, e deve ser apresentado aqui na sala, podem fazer banners, cartazes, ou até mesmo slides para o data show. Mas tem que ser um trabalho bem feito, com imagens, e até uma lembrancinha para os colegas. História da Música é o tema geral, cada dupla terá um sub tema. Castillo e Vargas, falarão do Rock. E assim...

Enquanto o professor falava o Vargas cerrou os punhos, como se aquele tema fosse abominável para ele. Ahh se ele soubesse como se originou o Rock talvez seu pré-conceito pelo som fosse deixado de lado. Você deve estar pensando, em um Colégio grande não tinha mais nenhum rockeiro? Sim, tem vários, mas eles não usam roupas como as minhas, tem medo de mostrar quem realmente são, e nunca falam sobre a música que gostam, pois os populares dominam praticamente tudo aqui. Com eu não tinha esse tipo de medo, eu usava sim roupas como queria, e aparentava não me importar com o que os outros diziam, eu não usava aquelas roupas de góticas, eu usava calça jeans justa de qualquer cor, camiseta preta de banda, cinto de rebites e pirâmides, pulseiras de couro, e all star para finalizar, meus cabelos eram pretos longos e com cachos largos perfeitos, e a maquiagem era escura. Como podem ver, não usava roupas exageradas, mas mesmo assim sofria na escola.

Assim que o sinal tocou anunciando o fim da aula saí correndo e guardei minhas coisas, queria sair dali o mais rápido possível, precisava da minha guitarra ela era minha única amiga, com quem desabafada através de composições de minhas músicas (apenas instrumental). Quando estava saindo da escola Ludmila estava vindo em minha direção, revirei os olhos e continuei andando e ela me empurrou.

– Escuta aqui sua ridícula, eu não vou permitir que chegue perto do meu namorado - disse praticamente gritando.

– Quem vê pensa que eu queria me aproximar daquele bicho feio. - digo irônica - Eu vou fazer um trabalho com ele querida, se está insatisfeita, fale com o Professor Michel, não comigo. - digo sorrindo. - Com licença.

Ela me barrou.

– Eu ainda não terminei - bufou - Se eu souber que está dando em cima do Vargas eu te mato.

– Ai coitada, está tão insegura assim com seu namorado para me ameaçar? - A ironia tomou conta de mim - Acho que deve rever seus conceitos, se tem tanto medo de alguém se aproximar dele é porque você não dá conta do recado. - dei uma gargalhada e saí.

Eu já estava cansada de ter que lidar com esse povo me enchendo o saco pela música que ouço, pela forma que me visto, ou até mesmo pela minha forma de ser, já não bastava meus problemas em casa, meus pais nunca foram os melhores do mundo, mas ele também não gostava do que eu ouvia, e muito menos das minhas roupas, e as vezes me ignoravam, eu tinha uma irmã pequena Larissa, ela era a única da família que demonstrava gostar de mim. Minha vida podia ser uma droga, mas ainda tinha esperança que tudo melhorasse. Estava ansiosa por afago e esse afago, só a minha guitarra me daria.


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