Dois dias depois do treinamento quase morte, estava tudo voltando ao normal, na verdade quase tudo. Minha Tia esta pegando mais pesado com a gente por causa do treinamento ilusão que Alec se descontrolou. Alec esta falando um pouco mais, na verdade só comigo que ele fala, pois o pessoal ainda esta crilado com ele. Eles se esqueceram que não foi só o Alec que perdeu controle. Alec é tipo um irmão, -que eu nunca quis que minha mãe tivesse- pois ele já passou por tanta coisa e é ótimo dando conselhos, entende as pessoas, e ontem ele me ajudou a roubar chiclete do quarto da minha tia quando ela esta dormindo. Chiclete é um vicio que eu tenho, não consigo ficar sem mastigar três por dia, isso ainda é pouco, tinha vezes que eu enfiava 5 na boca de uma vez. É divertido fazer uma bola de chiclete gigante, até ela estourar na sua cara sujando seu cabelo e tampando o seu nariz. Quando isso aconteceu eu quase morri asfixiada no meio da sala de aula. Alec tinha uma mania irritante de batucar o lápis nas coisas, principalmente quando esta pensando. Quando eu não estou o perturbando ele passa o dia inteiro batucando o lápis ou então não sai do quarto.

Bati na porta do quarto dele.

Nenhuma resposta.

Ele devia esta dormindo, pois hoje a minha tia saiu com Helena para comprar umas coisa e só voltava no outro dia, então tradução: O pessoal da casa só ia acorda depois das 13:00 horas da tarde. Eu devia esta dormindo também, mas o meu subconsciente ficou traumatizado por causa da minha tia e agora ele só me acorda ás 5:00 da manhã.

O segundo andar tinha dois corredores, o da esquerda que era o das meninas e o da direita que ficava o dos meninos. O meu quarto era o ultimo do corredor feminino, igual a do Alec só que o dele ficava no masculino. Então quando eu estava passando pela porta do quarto de Andrew notei que a porta estava meio encostada e uns flashes vinham lá de dentro.

–Alieniginas! Estão fazendo lavagem cerebral nele! Pelas barbas de Merlin! o que eu faço!? Nunca fui treinada para isso! A única coisa que sei fazer é quebrar paredes com a minha super-força, mas se eu fizer isso irar chamar atenção de mais alieniginas, posso dar a volta ao mundo em menos de míseros segundo, mas os alieniginas devem ter colocado uma barreira em volta do acampamento e o meu outro poder é que eu posso me transformar em qualquer coisa, isso pode ajudar! Vou virar um ET e vou me comunicar com os outros Alieniginas e salvar o Andrew! -Me concentrei o máximo que consegui e virei um Alienigina parecido com daquele filme ET- O Extraterrestre. Foi o primeiro filme de E.T que eu havia assistindo, gostei tanto que fui assistir Sinais, mas me ferrei, pois passei três noite acordada com medo do E.T aparecer no meu quarto e tentasse me matar, mas isso foi quando eu tinha 7 anos, tinha uma imaginação tão fértil.

Entrei no quarto de Andrew e notei que ele estava deitado na cama de barriga para cima, do lado da cama tinha uma câmera batendo várias fotos dele. Então era dali que vinha as fotos! Voltei para a minha imagem normal e engatinhei no chão do quarto dele e entrei embaixo da cama, fiquei alguns minutos-horas- esperando ele se levantar da cama. Quando ele finalmente se levantou, me transformei na mulher do filme O Chamado e puxei o pé dele fazendo ele cair de barriga no chão, comecei a puxar ele para baixo da cama, até que o filho-da-puta me deu um chute com o pé que eu não estava segurando na minha cara.

–Seu viado dos infernos! -Xinguei voltando a minha aparência normal e coloquei a mão no meu nariz que estava saindo uma cachoeira de sangue.

–Raven, me desculpa! -Andrew me ajudou a sair de baixo da cama. -Mas que ideia foi essa? -Ele me colocou sentada na cama. -O que vamos fazer? -Ele andava apressado de um lado por outro no quarto. Até que ele estancou no lugar e me encarou sorrindo. -O professor Jason deve esta acordado! -Andrew me pegou no colo como um perfeito cavalheiro, pena que ele não gostava de mulher, porque senão eu pegava ele. Me levou até o primeiro andar, aonde Elizabeth e Jason conversavam alegremente no sofá.-Professor. -Quando Jason olhou para o lado e me viu com a mão toda suja de sangue segurando o nariz ele arregalou os olhos e Elizabeth fez o mesmo.

–O que houve? -Jason perguntou chegando perto de mim.

–Uma curta história que não dá para explicar agora. -O professor assentiu.

–Raven, aperte o nariz com firmeza logo abaixo do osso nasal durante 10 minutos ou até seu nariz para de sangrar, okay? -Balancei a cabeça afirmando.

–Vou buscar o gelo. -Elizabeth saiu da sala.

–Agora que diabos aconteceu? -Sério?! Não esta vendo professor-gatoso que eu estou com o nariz sangrando? Se eu morrer, minha tia vai dançar em cima do meu tumulo no dia do meu enterro e se um dia você vê ela dançando fecha os olhos pois e igual aos olhos da Medusa, se você olhar vira estatua na hora. A cena é tão horrível que deixa você em choque.

–Eu estava ouvindo música deitado na cama e minha maquina estava batendo fotos sozinha, pois eu sempre quis saber como e a nossas cara quando estamos perdidos nos nossos pensamentos, mas quando eu levantei da cama, a mulher do filme O chamado me puxou pelo pé fazendo eu cair no chão, só que sem querer, foi apenas uma defesa, eu acabei chutando o nariz dela. -Agora que Andrew explicou a versão dele esperava que o professor tenha entendido.

–Mulher do Chamado? -O professor fez uma cara de desconfiado e me olhou.

–Sim, eu me transformei nela. -Minha voz saiu estranha por esta segurando o nariz.

–Conte agora sua versão.

–Eu tinha ido chamar o Alec, mas ele estava dormindo, quando passei pelo quarto do Andrew vi que a porta estava encostada, mas saia milhares de flash. Graças a minha imaginação fértil acabei pensando que era alieniginas que estava fazendo lavagem cerebral no Andrew. Me transformei no E.T de um filme que vi e entrei no quarto, só que não foi nada que pensei, então resolvi fazer uma pegadinha com ele e o resto o senhor sabe... -Tirei a mão no nariz que já estava parando de sangrar e peguei a bolsa de gelo que Elizabeth me entregou.- Obrigada Elizabeth. -Sorri para ela.

–Alieniginas? -Andrew levantou a sobrancelha.

–Foi mal, eu tenho um histórico gigante de doidice aguda! -Falei levantando os braços. Andrew começou a rir.

–Garota, você é perturbada! -Ele saiu da sala rindo da minha cara.

–Seu viado dos...- Elizabeth me cortou.

–Raven, sem palavras feias!-O celular de Jason começou a tocar.

–Aló. Certo. Pode deixar. Tchau. -Ele guardou o celular no bolso.

–Sua tia Rachael pediu para avisar que vai chegar as 19:00 horas da noite e que quer todo mundo na sala de treinamento.

–Outra simulação doida?-Zoey perguntou aparecendo na sala de biquíni.

–Dessa vez é apenas demonstração de seus poderes. -Jason respondeu.

–Você estava aonde? -Perguntei.

–Na piscina, junto com o pessoal. -Esta explicado o porque de Alec não ter me respondido. O filho-da-mãe não me avisou nada!