The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 27
As desvantagens de ser quase morta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas 'u'
Só eu achei que o título desse capítulo daria um ótimo título de livro? Quem sabe um dia eu escrevo uma história sobre zumbis com isso kkkkk
Eu estou clandestinamente postando esse capítulo porque devia estra digitando meu TCC (QUEM FAZ TCC NO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO? OH VIDA CRUEL!)
Boa leitura e leiam as notinhas finais



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Existem vantagens e desvantagens de ser atingida por uma lâmina amaldiçoada que corta a sua alma ao meio. Quando descobrir as vantagens conto pra você.

Melody e Pudim invadiram meu quarto enquanto eu dormia e me acordaram com um ataque do coração matinal.

– Ali-Chan! – gritou Melody me puxando da cama sem delicadeza alguma sem esperar por uma resposta.

Ela e Pudim me puxaram até o banheiro e começaram a jogar água no meu rosto e conversar coisas sem sentido.

– Acha que passar maquiagem é um pouco demais?

– É muito, Mel.

– Que porcaria está acontecendo? – perguntei com brava. Elas me ignoraram.

Nada melhor que ser ignorada após ter um ataque do coração matinal.

– Penteia o cabelo dela direito, Pudim!

– Isso daqui é pior que um ninho de cobras! – Pudim soltou um barulho de irritação que lembrava o do Totó quando alguém pisava no rabo dele – Retiro o que disse, um ninho de cobras perde pra esse cabelo.

– Desculpa se ele é meio revoltado com a vida pela manhã – murmurei.

Elas pareceram perceber minha presença como uma pessoa viva e consciente ao invés de uma boneca. Melody me ajudou a ficar e pé e ir até a cama enquanto Pudim arrumava a bagunça no banheiro.

– Sinto muito, Ali-chan – ela me deixou sentada na cama e se abaixou para ficar cara a cara comigo – A diretora quer te ver e conversar sobre o que aconteceu ontem.

– A diretora?

Olhei no meu calendário mental buscando alguma informação sobre a lua, mas não encontrei nada. Quem guarda os dias em que a fase da lua muda? Ninguém, é claro.

– Ontem a diretora veio aqui, mas você já estava dormindo e por isso pediu para que eu te avisasse que ela voltaria pela manhã.

Pudim saiu do banheiro e se juntou á nós.

– Pensamos que seria bom dar uma lavada no seu rosto antes dela aparecer, mas – ela trocou um olhar com Melody que suspirou.

– Dormimos muito – disse por fim – Acordamos agora a pouco e viemos te arrumar.

Essas garotas são incríveis. Nana nunca se lembraria sobre a visita da diretora, Stella ia me deixar dormir até tarde e a diretora que vá plantar batatas e Alex... Alex daria um jeito de cuidar de tudo sem me envolver.

Olhei para o meu travesseiro. O diário que ganhei estava dentro daquela fronha sendo vigiado pelo Senhor Pikachu. Virei-me para ver melhor minhas amigas e não me surpreendi com as marcas de cansaço no rosto de ambas.

– Vocês podem ir descansar – falei – Eu me viro agora.

Elas se entreolharam e tiveram uma daquelas conversas silenciosas, depois disseram que podia chama-las a qualquer hora e saíram do quarto.

Aproveitei para trocar meu pijama por uma roupa mais comum para ver a diretora lobisomem da escola. Existe isso? Acho que vesti a mais próxima do que imaginei ser uma roupa adequada apara a situação.

Algum tempo depois a diretora bateu na porta e entrou no quarto.

A Senhora Black continuava intimidadora como da primeira vez que eu a vi, os cabelos grisalhos estavam puxados em coque firme no topo da cabeça, os olhos dourados pareciam desconfiar de tudo ao redor e o terninho preto era idêntico ao que ela usava quando cheguei ao Instituto. Some tudo isso e terá a diretora mais assustadora de todos os tempos.

– Bom dia, senhorita Knight.

– Bom dia, Senhora Black – disse com um belo sorriso no rosto e um tom respeitoso de voz. Ela pareceu gostar.

– Fiquei sabendo sobre o acidente que ocorreu ontem com a senhorita e o seu colega, Thomas, sinto muito pelo ocorrido e quero que saiba que a segurança está sendo dobrada para evitar que isso aconteça novamente.

– Fico aliviada em saber disso.

– Como diretora eu preciso saber de tudo que acontece nessa instituição, então tenho que lhe perguntar: o que aconteceu ontem?

Suspirei e expliquei para ela toda a história sobre as estrelas ninjas no banco até sobre a garota que me atacou com uma katana e tentou atirar em mim, a diretora Black apenas ouviu e assentiu nos momentos certos me incentivando a continuar a história.

– É isso – falei no final.

– Alexander não está mais com você?

– Ele teve que resolver uns assuntos.

– Que tipo de assuntos? – “Do tipo que ele não fala para garotas ruivas e não interessam para diretoras intrometidas”, completei mentalmente.

– Não sei – fiz uma cara de garota triste e desolada que ninguém quer consolar para ver se afastava a diretora, deu certo.

A diretora começou a caminhar em direção á porta, mas parou no meio do caminho e se virou para me olhar.

– Ontem a senhorita não compareceu á sua aula de magia e hoje está liberada, mas recomendo que a partir de amanhã comece a frequentar, já fui informada que você está bem atrasada para uma fada.

– Sim, senhora Black – respondi mecanicamente.

– Tenho que ir pensar em como resolver esse problema de invasão – ela estava enfim saindo do quarto com sua pose de poderosa – Qualquer problema pode vir até mim, senhorita Knight.

– Terei todo o prazer do mundo, senhora Black – sorri falsamente e fechei a porta do quarto – Amém – disse movendo os lábios já que até mesmo sussurrar seria idiotice perto de um lobisomem.

Peguei o diário e rabisquei em cima de todas as metas uma que eu já havia esquecido.

0 - Descobrir mais sobre aqueles que mataram meus pais e o porquê.

Pudim veio até meu quarto e deixou uma bandeja de café da manhã que eu desconfio ter sido materializada por magia e depois foi para as aulas da manhã e fez um feitiço para que eu não sinta dor. Após comer tudo (Como ser atingida e quase morta dá fome!), tomei um banho, vesti uma roupa normal e fui em busca de respostas.

Andar pelos corredores era uma tarefa fácil já que todos os alunos estavam em suas salas de aula tendo matérias teóricas e chatas como matemática, mas encontrar a biblioteca foi quase impossível. Depois de me perder mais de uma vez consegui chegar até o santuário dos livros.

A biblioteca tinha as paredes cobertas por prateleiras que iam do chão até o teto cheias de livros. Uma das paredes era feita de vidro e iluminava todo o local.

Sentada atrás de uma mesa estava uma mulher negra com olhos em um tom de preto incrível que parecia absorver todos os segredos do mundo e atrás dela uma prateleira com livros trancados atrás de uma tampa de vidro chamavam minha atenção. Maldita curiosidade.

– Em que posso ajuda-la? – perguntou a mulher.

– Eu estou em busca de livros sobre ... – afinal o que eu procurava? Será que existe a sessão “Respostas para o assassinato dos seus pais aqui”? Já escreveram algum livro sobre isso? - .. Espécies sobrenaturais – se isso fosse um desenho animado, uma lâmpada iria se acender sobre minha cabeça.

– Você foi criada no mundo humano? – os olhos da mulher pareciam me avaliar o que era assustador.

– Sim – um pouco de insegurança saiu na minha voz.

A mulher sorriu e se levantou, de pé ela era mais alta do que eu.

– Eu também fui – notei um pouco de compreensão na sua voz – Sei do que precisa me siga - antes de segui-la olhei para a plaquinha sobre a mesa, o nome Marina estava escrito.

O barulho do sapato dela era tudo que se ouvia na biblioteca, as mesas de estudo estavam vazias e todos os corredores pareciam não receber ninguém há décadas. Marina me levou até um corredor com livros de aparência bem antiga e capas pouco coloridas.

– Esse corredor tem alguns dos livros mais antigos do nosso acervo – Marina começou a subir em uma escada que ficava presa á lateral da estante – Aqui você encontra tudo sobre as espécies sobrenaturais e um pouco da história delas – ela pegou um livro que estava em uma das prateleiras mais altas e desceu – Esse me ajudou muito quando vim estudar no Instituto.

Peguei o livro das mãos dela, a capa vermelha estava desbotada os cantos estavam desgastados e as folhas amareladas, o livro parecia que ia se desfazer nas minhas mãos, mas não pude deixar de ficar contente por encontrar algo que ajudou tantas pessoas a descobrirem mais sobre esse mundo.

– Obrigada – murmurei.

– Eu acho que você é uma fada, acertei? – fiz um movimento com a cabeça confirmando – É bom pegar alguns livros de magia para estudar um pouco, eles ficam na sessão ao lado – ela sorriu e apontou para uma sessão com quase todas as capas de livro da cor azul – Vai ser muito útil pra você.

– Obrigada, Marina.

Ela se afastou e me deixou sozinha. Comecei a escolher livros ao acaso, folheava algumas páginas buscando algo que me chamasse a atenção. Fiz isso na sessão de magia também e terminei saindo de lá com um bom número de livros pesados nos braços.

Marina se ofereceu para me ajudar a carrega-los até meu quarto, coisa que aceitei com prazer porque a dor no meu braço estava voltando, depois ela pediu que eu a procurasse caso qualquer coisa acontecesse comigo ou precisasse de ajuda e saiu.

Deixei os livros sobre a escrivaninha e peguei meu amuleto que estava escondido dentro de um livro com fundo falso. Sim, minha alma sangrou quando tive que fazer um buraco no meio do livro com o estilete, mas me pareceu mais seguro que deixa-lo jogado em um lugar qualquer do quarto.

Prendi o amuleto ao meu pescoço e relaxei com a presença dele. Comecei a ler o livro que Marina pegou para mim. Sempre que algo chama minha atenção anoto no diário que Alex me deu.

Ouvi alguém bater na porta do quarto e joguei o amuleto para dentro da blusa tentando escondê-lo. É por isso que nunca consigo estudar, quando não é meu celular tocando com Nana tendo uma crise é alguém batendo na porta do quarto. Fechei o livro que estava lendo e fui abrir.

–Oi – Morfeu deu um sorriso torto.

– Oi – respondi olhando-o de cima a baixo.

Mesmo tendo lutado ontem e me ajudado a não ser morta pela tal Red, Morfeu estava perfeito como se não tivesse passado por isso. Seu rosto não tinha nenhuma marca de luta, seus braços também não possuíam nenhuma cicatriz e ele não parecia sentir dor em nenhuma parte do corpo.

– Vim te convidar para um almoço, que tal?

– Eu não sei se posso sair do quarto, tem todo aquele lance de tentaram me matar ontem e tal – ele riu e não pude deixar de rir junto.

– Eu salvei sua vida de uma ninja maluca, acho que você me deve um almoço.

– É, obrigada por isso – que grande merda! Como se deve agir com o cara que você mal conhece e já salvou sua vida? Alguém devia escrever um livro sobre isso.

Lembrete mental: Escrever livros sobre pais que foram assassinados e como lidar com o cara que salvou sua vida.

– Só um obrigado não conta- ele fez biquinho – Almoçar comigo por outro lado..

Ele não ia desistir, percebi isso na mesma hora.

– Certo – revirei os olhos – Deixe-me só pegar um casaco – fechei a porta do quarto na cara dele e corri para tirar meu amuleto e guardar dentro do livro.

Talvez almoçar com ele não me faça mal nenhum e depois posso ir para as aulas de magia.

Talvez não me arrependa de sair sem meu amuleto.

Talvez tudo seja normal hoje.

Talvez, só talvez, eu esteja certa pra variar.


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Notas finais do capítulo

Olá, de novo kkkk Espero que tenha gostado desse capítulo.
Só quero avisar que antes do ENEM eu não pretendo postar NADA. Sei que é injusto e talvez um pouco de desconsideração com os leitores, mas estou em ano de vestibular e a prova do ENEM pode me ajudar e muito depois.
Não abandonem a fic por isso nem me xinguem, por favor.
Beijos com glitter na pontinha do nariz



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