The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 21
Contrato maldito


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI GENTE
Demorei um pouco né? Mas tive bons motivos pra isso u-u
OS QUATRO BONS MOTIVOS PRA TIA PANDA NÃO TER POSTADO ANTES:
1) Eu estava esperando uma parte dos leitores ler, mas diminuiu bastante os que comentam então fiquei em dúvida sobre quantos tinham lido ;-;
2) Estou viciada no seriado Arrow (sim, sou nerdona me deixem)
3) O BRASIL PERDEU ~~~quebra estádio ~~ Mentira, eu escrevi esse capítulo durante os jogos KKKKKK O real motivo foi a minha nova fanfic, dessa vez tem hentai, que esta sendo postada no ATF. Tive que resolver algumas coisas nela e-e
4) TEM ENEM MINHA GENTE! Poisé, faltam alguns meses pra que eu faça a prova que vai decidir meu destino ;-;
"Panda você tem que se comprometer mais e ter mais responsabilidade" Eu sei, eu sei, por isso vou deixar meu twitter aqui pra quando quiserem me cobrar (@ScreamNaah)
Boa leitura



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Eu não entendo muito bem sobre recomeços, talvez soubesse algo do assunto se tivesse conhecido algum lugar além de Sparks ou fosse mais velha quando fui morar com Stella. Mesmo com meu pouco conhecimento sobre o assunto imagino que chegar atrasada no primeiro dia de aula em uma escola de sobrenaturais não seja algo bom.

– Peço desculpas pelo atraso da minha sobrinha de consideração, Senhora Black – Stella disse de forma amigável com um sorriso simpático no rosto. A expressão da mulher logo ficou mais suave.

– Stella Cross – olhei confusa para Alex e percebi que ele não estranhou aquele sobrenome. Talvez Knight fosse falso, assim como suas orelhas de humano – É tão bom rever uma de nossas melhores alunas.

Stella corou um pouco.

– É bom poder trazer minha querida sobrinha para esta maravilhosa instituição de ensino.

Quase fiz uma careta imitando vômito, mas considerei que seria algo imprudente caso a Sra. Black saiba me transformar em sapo.

– Ah, a garota – a expressão alegre abandonou o rosto dela mais rápido do que Nana ao ver gordura na comida – Eu jamais aceitaria uma aluna nessa fase do ano letivo, porém, quando vi seu nome na ficha dela e suas notas no mundo humano não pude dizer não.

– Estou muito grata, Sra. Black – o rosto dela estava congelado com aquele sorriso de aeromoça antes de uma turbulência. Alegre por fora e desesperada por dentro.

Resolvi que era bom puxar o saco da Sra. Black. Afinal, sou tão legal ou mais do que minha tia que nunca foi minhatia ou prima dos meus pais.

– Olá Sra. Black – falei de forma amigável com um sorriso igual ao da mulher que vende cosméticos no shopping – Eu sou Alice Knight, estou muito feliz com a oportunidade de estudar aqui.

– Deve estar mesmo – a resposta dela me assustou – Esse é o Instituto, a maior escola para seres sobrenaturais do mundo e um dos lugares mais bem protegidos também. Estudar aqui é uma honra para poucos, será que você é digna de tal honra?

Seu olhar misturava repulsa e reprovação. Engoli em seco enquanto pensava em uma maneira de contornar aquela situação.

– Ora Marlene – Alex não sorria ou demonstrava qualquer sentimento – Não seja tão dura com a menina, ela é uma fada de sangue puro.

A expressão da mulher foi de repulsa e nojo para surpresa em segundos.

– Vejo que voltou para o Instituto Alexander, mesmo tendo jurado que nunca mais iria por os pés aqui.

– E de fato não estou – ele apontou para seus pés que flutuavam a alguns centímetros do chão, me esforcei muito para segurara o riso.

– Um anjo da morte sempre cumpre sua palavra, não é mesmo? Ah, não. Espere. Você se tornou um deus, não é mesmo?

– Com muito orgulho – Alex disse – E justamente por ser um dos servos mais próximos da minha senhora, a Morte, tenho pouco tempo para ficar aqui. Se puder nos levar até o quarto da senhorita Knight seria muito grato.

– Claro.

Sem dizer mais uma palavra, a Sra. Black entrou em um corredor e nós a seguimos.

O corredor parecia ter uma infinidade de portas e janelas pelas quais a luz entrava e iluminava tudo. Viramos vários corredores até sair no que eu acredito que seja o pátio da escola, um espaço aberto com uma imensa fonte no meio e vários bancos espalhadas. Continuamos caminhando até chegar á ala dos dormitórios.

– Espero que entendam que a partir daqui a garota está sozinha – a Sra. Black colocou algumas chaves na minha mão – Aqui estão as chaves do seu quarto, cada aluno tem um individual que deve sempre estar organizado. Uma chave abre a porta dele e a outra é reserva, se perdê-las você não ganha nenhuma outra chave. A limpeza e a organização do quarto são por sua conta e é claro que eu sempre faço visitas para ver como ele está arrumado.

– Acho que ela já entendeu Marlene, então pode ir embora – Alex parecia entediado.

– Alexander, não é só porque você é imortal e um deus da morte que pode falar assim com sua ex-diretora.

– Quer apostar?

A diretora saiu revirando os olhos e rosnando.

– Ela estava rosnando? – perguntei.

– Estava, ela é uma lobisomem – respondeu Alex como se fosse óbvio – Você deve tomar cuidado com ela quando a lua cheia está próxima

– Vou me lembrar – murmurei desanimada olhando pras malas com meus poucos pertences que Alex carregava com tanta facilidade – Acho que é a hora do adeus.

Stella me abraçou com tanta força que meu estômago quase pulou pela garganta.

– Se cuide, querida. Evite os lobisomens perto da lua cheia, evite os vampiros sempre que possível e acima de tudo – ela se afastou e pude ver lagrimas em seus olhos- Não se esqueça de quem você é. Ninguém aqui sabe quem são seus pais além da diretora e ninguém deve saber, mas você não pode se esquecer deles. Está bem? – assenti e ela me abraçou novamente.

– Você não quer entrar comigo? – seus olhos brilharam com a esperança de atrasar um pouco mais o adeus definitivo, mas logo esse brilho se foi.

– O dormitório é protegido por feitiços contra todos que não tem autorização para entrar nele – murmurou triste – Mas prometo que em breve estarei aqui para te visitar – ela acariciou meu rosto e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha – Se cuide, querida.

Segurei as lágrimas que queriam fugir dos meus olhos para não deixa-la preocupada. Vendo meu esforço, Alex fez um barulho com a garganta que chamou a atenção dela.

– Pode ir agora, Stella. Eu vou viajar pelas sombras depois.

Ela assentiu e me abraçou uma última vez antes de virar as costas e sumir do meu campo de visão.

– Vamos – Alex falou pegando todas as malas com facilidade enquanto eu segurava uma única caixa com grande dificuldade.

– Você tem permissão para entrar?

– A morte tem permissão para entrar onde quiser – ele respondeu.

Seguimos em silêncio na direção do prédio quadrado que se tornaria minha nova casa.

A ala dos dormitórios era cheia de prédios quadrados de no máximo quatro andares e todos tinham números na frente para diferencia-los. Os prédios tinham uma fachada simples, as janelas eram quadradas e bem menores do que as que eu vi no prédio escolar. Ao redor deles tinham árvores e flores, para provavelmente tentar dar uma imagem de ‘lar’.

Entramos no prédio com o número seis na frente, por dentro tudo era de madeira desde o piso até os detalhes da parede e a escada.

– Parece uma pousada do interior – falei.

– Acho que essa é a intenção – Alex disse sem me olhar.

As paredes estavam cheias de fotos de ex-alunos do Instituto que haviam morado naquele prédio, ao lado da escada havia um balcão com uma plaquinha que dizia “ Recepção” uma grande poltrona de couro e várias bugigangas estranhas como decoração. Atrás disso tudo tinha um quadro com o nome dos alunos e seus quartos.

Andei até o balcão deixando Alex alguns passos para trás e puxei a cordinha de um sininho que estava lá.

– Posso ajuda-la? – a poltrona de couro girou lentamente e o que vi nela me surpreendeu.

Não era uma pessoa sentada nela tampouco algum tipo de sobrenatural humanoide, a criatura sentada atrás do balcão de recepção era um esqueleto! Um esqueleto que fala!

Alex percebeu minha confusão e veio me ajudar. Ele começou a conversar com o esqueleto que usava roupas femininas e respondia com naturalidade ou o que eu imagino que seja naturalidade para um esqueleto com voz de mulher usando traves de gente viva. Ele não tem cordas vocais, como pode falar algo?

– Obrigada pela informação – Alex se virou para mim – Seu quarto é no último andar.

Subimos as escadas em silencio até o último andar.

– O que era aquilo na recepção? – perguntei enquanto procurava meu quarto.

– A recepcionista – ele respondeu como se fosse obvio e na verdade era – Ela se chama Flor. Qual o número do seu quarto?

– 14 ou N, não entendi isso muito bem.

– A Flor ou a identificação do quarto?

– Os dois – respondi.

– Ah, é esse – Alex parou diante de um quarto com a letra “N” desenhada na porta e o numero 14 em cima– Muitos sobrenaturais não aprendem números até vir pro Instituto – ele pegou as chaves da minha mão e abriu a porta do quarto – Mas todos conhecem as letras.

Entrei logo atrás dele no quarto escuro e sem vida.

– E o que é a Flor?

– Um espirito amaldiçoado. Achei – ouvi um clic e logo em seguida o quarto ficou iluminado.

Alex deixou minhas malas perto da cama e foi abrir as cortinas. O quarto estava mobilado com uma cama de solteiro, um guarda-roupa, uma escrivaninha e duas prateleiras. Em frente á escrivaninha uma janela mostrava um jardim bem cuidado e um outro prédio de dormitórios. Havia também uma porta no canto, quando a abri me deparei com o banheiro.

– Lar doce lar – Alex se deitou na cama e encarou o teto.

– Essa é uma péssima ideia – falei me sentando na ponta da cama e encarando a parede que diferente do resto do prédio não era decorada com madeira, mas sim pintada de amarelo claro.

– Você vai se sair bem – Alex se sentou e ficou do meu lado – Tenha um pouco de fé em você mesma.

– E se me descobrirem?

– Não vão – a segurança na sua voz me fez acreditar um pouco mais que esse plano iria dar certo- Eu prometo que vou vir te visitar sempre que for possível.

– Obrigada.

Encarei os olhos castanhos dele e seus cabelos pretos desgrenhados. Alex é bonito, talvez a morte tenha que ser atraente para levar os humanos com ela.

Enquanto o encarava ele fez algo que me surpreendeu, pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos enquanto tirava uma mecha de cabelo do meu rosto com a outra.

– Você precisa cortar essa franja – seus olhos encaravam os meus – Daqui um tempo não vai dar mais para ver seu rosto.

– Eu sei – sem querer gaguejei um pouco.

– Gosto dos seus olhos – senti meu rosto esquentar no mesmo instante que ouvi essas palavras e meu coração começou a correr uma maratona no meu peito – Tome cuidado, Alice. Se precisar de mim é só gritar meu nome, prometo que vou vir na mesma hora.

– Você não precisa cuidar sempre de mim – desviei o olhar para a colcha cinza da cama – Não sou uma criança indefesa e já sei controlar um pouco do ar.

– É meu dever cuidar de você, temos um contrato que me obriga a fazer isso.

O contrato. Toda a estranha magia daquele momento se foi. Meu rosto que estava formigando de tão quente ficou mais frio que um picolé esquecido no congelador e até meu coração que estava acelerado parou de bater tão rápido.

– O contrato? – repeti incrédula virando para vê-lo.

– Sim, o contrato – Alex respondeu confuso.

– O contrato – falei novamente – Sai do meu quarto, Alexander.

– Hãm? – ele parecia mais confuso ainda.

– Se manda – falei – Não quero mais te ver.

Ainda confuso ele se levantou da cama e eu o empurrei para o corredor.

– Eu fiz ou disse algo errado? – ele perguntou quando eu estava quase fechando a porta na cara dele.

– Nada – respondi de forma seca – É só um contrato – bati a porta com força na cara dele e voltei pro quarto.

Peguei o Sr. Pikachu da caixa e deitei com a cabeça em cima dele.

– Contrato maldito – murmurei.

Coloquei a mão sobre meu peito pensando em como meu coração ficou acelerado. Que merda foi essa?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sentiram o clima romântico e cliche?
ALEX LERDÃO U-U
Beijos galera



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