The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 1
Todo mundo enlouqueceu?


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes, eu estou de volta.
Depois da minha pequena depressão pós terminei a fic resolvi transformar meu "livro" em uma fanfic. Uhul , eu acho.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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— Talvez morrer seja uma coisa boa.

— Socorro! – gritou com a pouca força que restava.

— Você já deveria saber que ninguém vai te ouvir aqui.

Aquilo era verdade, mas a pequena garota não iria desistir.

Estavam em um galpão abandonado, afastado de todos na área industrial da cidade, mesmo que alguém, por milagre, passasse por ali não iria ouvir os gritos da garota de cinco anos.

— Por favor... – sua voz infantil tinha se tornado um fraco sussurro – Não me mate...

— Desculpe – o sorriso do homem denunciava sua falta de arrependimento.

A menina estava amarrada em uma mesa de cirurgia, ao seu redor havia vários instrumentos de tortura. O homem pegou uma adaga com diversas runas entalhadas e começou a cortar os braços da menina em vários lugares.

Os gritos de dor pareciam incentivá-lo a continuar, a cortar mais profundamente.

Até quando isso vai continuar?, ela se perguntava. Eu vou morrer.

Ele já havia jogado ervas sobre a menina e desenhado em seu pequeno e frágil corpo usando o sangue da família dela como tinta. O que faltava naquela tortura?

— Ora, parece que me esqueci de algo muito importante – o homem sorriu – Fique quietinha. Preciso de um balde para por o seu sangue dentro.

A consciência já estava começando a abandoná-la, ela podia sentir que aquele seria seu fim.

Desculpe mamãe, pensou triste, não vou viver para ver a neve.

E tudo ficou escuro.

—x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Acordei com aquela maravilhosa voz que dizia volte a dormir. Por mais clara que a mensagem tenha sido, ignorei e fui ao banheiro para tomar um bom banho para tentar acordar.

Oi eu sou o Goku. Você não caiu nessa? Ninguém nunca cai, nem sei por que ainda tento.

Meu nome é Alice Knight, tenho dezessete anos e uns bons meses o que pra minha tia, vulgo mãe adotiva, só significa que sou mais irresponsável do que ela pensava que alguém da minha idade podia ser.

Eu nunca quis ser diferente, mas sou por causa de um infeliz acontecimento.

Quando era criança minha família foi atacada e morta por um psicopata. Sou a única sobrevivente. De acordo com os médicos, eu reprimo todas as lembranças do ocorrido e por isso tenho poucas lembranças sobre meus primeiros cinco anos de vida e nenhuma sobre o massacre.

Acho que isso é algo bom, deve ser depressivo viver com as lembranças da sua família morrendo.

Estudo em uma das melhores escolas da pequena e desconhecida cidade de Sparks. Se você piscar quando passa por aqui de carro termina saindo na cidade vizinha sem nem perceber. Não estou brincando, você se assustaria com o número de turistas que se perdem todos os anos quando tentam vir aqui.

Graças ao tamanho diminuído da cidade e aos meus cabelos ruivos, que em nada parecem com os loiros da minha mãe adotiva, todos na cidade sabem que sou adotada e me julgam por isso como se não pertencesse a essa pequena e chata comunidade.

— Alice, venha comer logo ou vai se atrasar.

— Já vou! –gritei.

Vesti uma roupa qualquer e peguei meu material que, graças aos deuses olimpianos, estava sob a minha escrivaninha e não espalhado pelo meu já bagunçado quarto.

— Bom dia Stella – sentei-me no banco e peguei uma torrada.

— Bom dia Alice – Stella como sempre estava linda mesmo pela manhã – Tente não se atrasar.

— Vou tentar – sorri.

Stella Knight é a minha mãe adotiva, e prima de não sei quantos graus da minha mãe real. Depois que a tragédia ocorreu com meus pais ela me adotou. Stella tem a aparência que eu gostaria de ter, cabelos loiros e olhos verdes que parecem sorrir e brilhar sempre, muito diferente dos meus olhos verdes apagados e cabelos ruivos revoltados.

Stella sabe que sou muito grata a ela por ter me adotado, nenhum parente queria ter a garota que sobreviveu em casa.

Olhei no relógio na parede e quase tive um treco ao ver que estava atrasada. De novo.

— Tem como você me dar uma carona até a escola hoje?

Stella olhou para seu relógio de pulso e depois revirou os olhos de forma dramática.

— Vamos logo se não eu me atraso pro trabalho.

Dei um beijo na sua bochecha e uma mordida na minha torrada.

Stella ensinou o carro a voar e provavelmente quebrou um milhão de leis de trânsito pra me deixar na escola no exato momento em que o sinal tocou.

— Obrigada pela carona – saltei do carro e corri pra dentro.

Mais um dia de tortura escolar. Menos um dia de tortura escola pela frente.

Corri o mais rápido possível para chegar à minha sala de aula torcendo para que nenhum inspetor ou monitor terminasse me vendo e dando uma bela detenção. Entrei na sala de história junto com o senhor Parker.

— Hoje a senhorita deu muita sorte – ele fez um sinal para que eu me sentasse e começou a escrever no quadro.

— Sorte é para os fracos – disse me sentando – Eu tenho talento.

— Deve ter talento pra alguma coisa, mas sei que não é pra escolher roupa.

Virei para encarar Aline Marshall, a garota mais popular da escola e também a que mais me odeia. Sim, minha vida tem um pouco de clichê.

— Obrigada por perceber minha roupa Aline, agora perceba como eu não me importo com a sua opinião enquanto tiro notas muito melhores do que as suas – sorri da forma mais venenosa que consegui e me virei para o quadro.

Os alunos começaram a dar risinhos e consegui imaginar Aline quebrando uma de suas unhas rosa chiclete e pensando se me matar com tantas testemunhas ao redor é uma boa ideia.

— Você não deveria irritar tanto a Barbie, ela pode te matar intoxicada com seu perfume de marca – ela tinha um sorriso de satisfação no rosto.

— Eu sei bem disso Nana, mas nada me impede de me divertir um pouco – retribui seu sorriso e comecei a copiar a matéria.

Anna, ou Nana como eu carinhosamente a chamo, é minha melhor amiga desde que fui adotada, seus longos loiros e olhos claros ela é um imã natural pra todo tipo de gente, mas graças a sua família rica ela se tornou ainda desejada pelos garotos.

— Desculpe a intromissão Sr. Parker – reconheci a mulher na porta como sendo a secretaria do diretor – Encontrei esse aluno perdido, pensei em ajudá-lo a se encontrar – ela sorriu e fez um sinal em direção à porta, convidando o novo aluno a se juntar a aula – Pode entrar Alex.

Nana fez um ‘uau’ com a boca só mexendo, as outras garotas da sala pararam de fofocar e encararam o garoto que havia acabar de entrar com um misto de admiração, surpresa e desejo.

Desviei o olhar do quadro e resolvi encarar o novato que havia chamado a atenção de tanta gente.

Ele era um garoto diferente. Não diferente ruim, mas diferente bom.

Estou acostumada a conviver com garotos fortes, bronzeados e com cabelos cortados bem curtos do tipo que prefere ver uma partida de futebol a sair com uma garota para ir ao cinema, não sei qual seria a atitude do novato nessa situação, mas sua aparência mostra que ele iria preferir levar a menina ao cinema.

Ele era alto, sua pele era muito branca, mas um pouco queimada pelo sol, seus cabelos eram de um tom muito escuro de preto que parece ter sido escolhido a dedo para combinar com seus olhos castanhos profundos. Não vou dizer que ele é magricela, comparado aos garotos daqui ele é magro por não ser ultra bombado, mas observando bem é possível ver alguns músculos. Ele com certeza é ágil. Usava uma calça jeans preta e uma camiseta branca estampada com um coelhinho zumbi.

— Uau – disse sem perceber.

O Sr. Parker se despediu da secretária do diretor e fechou a porta em seguida.

— Já estava pensando que você tinha ido embora, mocinho – ele começou a mexer em alguns papeis sobre sua mesa – Achei – leu um pedaço de papel que mais parecia uma lista de supermercado – Senhor River, Alexander River, não é mesmo?

— Sim – essa única palavra fez com que metade da sala soltasse um suspiro.

Até mesmo sua voz era diferente e ao mesmo tempo incrível.

— Acho que o senhor pode se sentar.

Antes que Alex pudesse dar um passo, Aline se apressou para impedir.

— Professor, não seja tão indelicado. Alex é um garoto novo na escola e tenho certeza que não conhece ninguém seria muito bom pra ele se apresentar.

O professor Parker revirou os olhos.

— Você quer se apresentar? – perguntou para Alex.

— Eu não sei bem o que dizer – suas bochechas estavam coradas – Gosto que me chamem de Alex , faz um pouco mais de uma semana que eu me mudei para Sparks e realmente não conheço ninguém. Eu morei no exterior quase minha vida toda e não conheço ninguém da minha idade nesse país.

— Por que você voltou? – perguntou uma das Barbies que seguia Aline, acho que seu nome era Izzy.

— Encontrei uma coisa muito preciosa aqui e tenho que protege-la.

— Você tem irmãos? – perguntou Aline.

— Não.

— Tem namorada? – Nana perguntou mordendo o lápis com uma cara de flerte

— Também não – ele riu sem graça.

Nana se levantou e o cumprimentou com um beijo em cada bochecha e um aperto de mãos.

— Prazer me chamo Anna, sou solteira, ariana, gosto de comida e filmes de terror. Se você aceitar resolvo seu problema de falta de namorada agora.

Eu queria cavar um buraco e fingir que sou um avestruz. Se ela tivesse tatuado o nome dele na bunda e dançasse macarena em cima da mesa seria menos óbvio que estava afim dele. Nana, você é uma idiota.

— Senhorita Chaves, controle seus hormônios – o Sr. Parker achava graça da situação mesmo tentando parecer severo.

Aline e suas amigas se levantaram e foram cumprimentar Alex da mesma forma que Anna. Jéssica, Marianne e Camila, as mais nerds da escola, também foram. Depois disso foi a vez de Elise, que namora com o jogador de futebol.

Antes que me desse, conta todas as garotas da minha aula de história estavam flertando descaradamente com o aluno novo e eu era a única sentada.

Acho que os cientistas estão subestimando o poder dos feromônios.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Manda review.Odiou? Manda review.Amou? FAVORITA AGORA E MANDA UM REVIEW U_U KSAOKDOSKADOK
Eu sei que está meio confuso, mas não vou revelar tudo de uma vez.
Aceito capas pra fic cof cof Sério, essa ta meio cocô e eu nao sei editar nada em photoshop KAKSOKAOK
Beijos