Minha férias eram monótomo, entendiantes.

Pois eram ás mesma coisas de sempre.

A única coisa que me tirava um pouco do tédio era ler.

Mas nem isso mais era o suficiente.

Não para mim.

Percebendo que morava há tanto tempo no mesmo lugar e não conhecia ninguém.

Ninguém da minha idade.

Um adolescente para conversar de igual para igual.

Sair, dançar, rir e tudo mais.

Ficava dentro de casa o dia inteiro praticamente.

E assim ia o dia.

Decidi por mudar isso.

Não iria mais ficar no tédio!

Iria agir como uma adolescente normal!

Estava na hora de conhecer a vizinhança.

Saí do quarto agitada e nervosa.

E se ninguém gostasse de mim?

E se me achassem careta demais?

Sem graça?

Deixei essa incertezas para trás e continuei o caminho.

Parando somente para avisar minha mãe que iria caminhar um pouco.

A mesma deixou e disse que fazia bem caminhar um pouco, ao invés de ficar trancada no quarto só lendo.

Saí de minha casa e comecei realmente a andar.

Caminhava olhando á tudo e todos.

Havia belas casas na redondeza.

Algumas foram construídas á muito tempo.

Outras reformadas, e construídas á pouco tempo.

Os jardins eram em toda maioria bem conservados.

Esbarrei em algo ou alguém.

Percebi ser uma garota, mais ou menos da minha idade.

Mione: Desculpa!

Ela era morena, dona de um belo par de olhos verdes claro. Percebia que ela estava chorando.

Mione: Você está bem?

XXX: Eu pareço bem, por acaso.

Mione: Pergunta idiota, eu sei.

XXX: Pergunta idiota na hora errada. (confirmou) Gosto de pessoas que admitem seus erros. Gostei de você.

Ela passou as mãos sobre o rosto, limpando ás lágrimas.

Garota estranha!

Afinal, o que não é estranho nessa minha vida tão estranha?

Observei sua roupa.

Ela vestia uma blusa preta com um desenho de uma caveira com um fone de ouvido, um colete da mesma cor, um shorts jeans escuro e uma bota também preta.

Para completar o look gótico ou sei lá o que, uma maquiagem um pouco carregada.

Tudo muito preto!

Mas, sabe que também gosto de preto.

Porque combina com tudo.

Mas acho esse "look", dela muito "dark" para de manhã.

Finalmente resolvi me apresentar.

Mione: Prazer, me chamo Hermione Granger. Pode me chamar de Mione.

Ela também estava me observando assim como fiz á poucos segundos. Deu um sorriso e se apresentou assim como fiz.

XXX: Meu nome é Agnes Liwers. Então, está afim de ir numa festa hoje á noite?

Arqueei levemente minhas sobrancelhas.

Estava surpresa!

E não era para menos.

A garota mal me conhece e me convida para ir á uma festa?!

WTF?!

Praticamente convidou uma estranha.

Mione: Sério mesmo?

Perguntei ainda desacreditada.

Agnes: Claro. Ser não houvesse festa alguma porque estaria lhe convidado?

Mione: Não, não foi isso que quis dizer. Quis dizer á respeito de está convidando uma estranha para ir numa festa.

Agnes: Olha, ser não quisesse ir tudo bem, era só dizer não. Não gosto de enrolação.

É, percebi isso.

Não que eu não quisesse ir, mas achei estranho.

E qualquer um em meu lugar acharia.

Aposto!

E,eu não queria ir mesmo.

Imagina sair com uma estranha.

Não, mesmo!

Hermione, o que está pensando?!

Sair de casa querendo conhecer novas pessoas e me divertir ao menos um pouco.

E agora que tenho essa chance, vai desperdiçar?Assim?

Não, mesmo.

E no último minuto mudei de ideia.

Agnes já estava caminhando para onde ia antes.

Mione: AGNES!

Corri até ela, com medo de não alcança-lá. Mas conseguir alcançar, á tempo.

Agnes: O que é agora, garota?

Não estava com uma cara nada boa, mas mesmo assim resolvi falar minha decisão.

Mione: Eu aceito ir á festa. Será legal!

Agnes: Assim que se fala, garota! Espero que seja maior de dezesseis.

Mione: Tenho dezessete.

Agnes: Me encontre aqui, nesse mesmo lugar ás meia-noite. E para o seu próprio bem não se atrase.

Mione: Ok, estarei aqui.

E, foi assim um ínicio de uma bela e estranha amizade.

FlashBack Off

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É, realmente o tempo passa rápido.

Bom, caso contrário é porque você está contando ás horas de cinco á cinco segundos.

E ás horas sabem passar devagar quando querem.

Hoje era 1 de setembro.

Ou seja Hora de retornar á Hogwarts.

Meu lar doce lar.

Meu segundo lar.

E retornar ás preocupações diárias.

Não exatamente.

Estou diferente!

Deixei de ser aquela Hermione sabe-tudo, cabelo de vassoura.

Quer dizer, ainda sou a mais inteligente de Hogwarts.

Mais digamos que como é o último ano escolar.

Quero me divertir mais.

Deixar de me preocupar tanto com notas, em levantar á mão primeiro que todos e etc...

Uma mudança e tanto!

E todos irão perceber!

Ficarem chocados?! Muito provavelmente.

Fui interrompida de continuar minha divagação por uma voz que conhecia bem.

Agnes: Era essa saia que você usava nessa sua escola bruxa? Não sei como aguentava esconder esse corpo todo debaixo dessa saia de vovó.

E, sim contei a Agnes sobre eu ser bruxa e tudo mais.

Confio tanto nela que não pude esconder esse segredo.

Até porque seria injusto esconder esse segredo de minha melhor amiga.

Uma hora não saberia que desculpa inventar e iria complicar ainda mais.

Mione: Sabe que também não sei.

Havia aprendido com a mesma como usar roupas que adolescente normais usam.

E havia gostado do resultado final.

Mostrar um pouco de carne não faz mal á ninguém.

Pelo contrário só o bem!

E até que me sentia confortável.

Terminei de arrumar minha mala e saímos do quarto.

Eu carregando uma mala e Agnes outra.

Havia tantas roupas que havíamos comprado que nem mesmo tinha usado.

Aproveitaria para usar em Hogwarts.

Já que passava mais tempo lá do que aqui na Londres trouxa.

Pai: Já está tudo pronto, filha?

Mione: Sim, pai. Tudo pronto!

Mãe: Então vamos, querida.

Caminhamos até o carro. Agnes ia junto com a gente.

Coloquei minhas duas malas no porta- malas.

Não demorou muito para chegamos na estação de trem.

Coloquei minha malas no carrinho.

Agora era á hora da despedida!

Meus pais preferiram não me levar diretamente na plataforma 9 3/4.

Então, decidimos nos despedir antes de eu ir para a plataforma.

Mione: Tchau mãe, tchau pai.

Pai: Tchau filha, vai com Deus.

Mãe: Tchau filha, não esqueça de nos enviar sempre cartas dizendo se está bem ou não. E por favor, não se meta em confusão.

Minha mãe me envolveu em um forte abraço, assim como meu pai fez antes.

Ri.

Como se eu pudesse não me meter em confusão.

Difícil isso!(sarcástica)

Considerando que tenho dois amigos que tem como hobbie se meter em confusões.

Mione: Tudo bem mãe, enviarei sim. Vou tentar, eu juro.

Eles riram.

Me virei para a minha melhor amiga, já com ás lágrimas no rosto.

Agnes: Ah, não! Nem vem Mione, é uma manteiga derretida mesmo.

Mione: Sou mesmo, pelo menos confesso. Diferente de você, néh?!

Agnes: Porque confessaria algo que não sou?!

Mione: Vou sentir tanto á sua falta. E prometo que vou escrever para você, também. Sei que não é muito de ler, mas por favor, faz um esforço. Enorme, esse por sinal!

Agnes: Sabe que por mais que eu tenha esse jeito meio "durona" de ser, que por dentro possa ser um pouco sentimental. Não que eu esteja admitindo que sou manteiga derretida, pois não sou. Mais sou um pouco sentimental, como nesse momento.

Sorri. Agnes por mais que não aparenta ser nem um pouco sentimental e não está nem aí para a vida, é mentira.

Como se fosse uma máscara sabe?! Ás pessoas que não se "importam", com nada, é as que mais se importam.

Mione: Sei que é, lhe conheço bem mais que á mim mesma. Até porque como disse você é minha versão mais "Dark", eu diria.

Agnes: Me sinto lisonjeada, agora sabia?! (irônica) E sim, farei um ENORME esforço e lerei sim suas cartas e também enviarei algumas.

A abracei com carinho.

Ela é uma das pessoas que mais me entendi.

Como se visse minha alma e quem verdadeira eu sou.

Mione: Te amo, sabia?!

Agnes: E quem não me ama?!

Eu sabia, que essa era forma de dizer que também me amava.

Agnes meio que tem problema em demonstrar afeto.

Principalmente em público.

Mione: És, muito convencia sabias?!

Ela simplesmente deu de ombros.

Me separei de seu abraço, segurei no carrinho.

Antes de correr para atravessar a parede, os olhei mais uma vez.

Sorri e dei tchau com a mão, o que retribuíram.

Atravessei a parede de olhos fechados.

Por mais que á seis anos atravessasse essa parede, ainda sim era meio estranho.

Se não soubesse que sou uma bruxa e nem nada, acharia muito do estranho.